o outro lado do paraíso

By cami_da_lern

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Camila tem uma vida tranquila e simples na cidade de tampa, na Flórida, com o seu avô, Adalto e a amizade de... More

capítulo um
capítulo dois
capítulo quatro
capítulo cinco
capítulo seis
capítulo sete
capítulo oito
capítulo nove
capítulo dez
capítulo onze
capítulo doze
capítulo treze
capítulo quatorze
capítulo quinze
capítulo dezesseis
capítulo dezessete
capítulo dezoito
capítulo dezenove
capítulo vinte
capítulo vinte e um
capítulo vinte e dois
capítulo vinte e três
capítulo vinte e quatro
capítulo vinte e cinco

capítulo três

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By cami_da_lern

Obs: não estou romantizando a agressão/estrupo

- está perfeita, meu amor.- lawrence dizia maravilhado com o meu reflexo no espelho.

Eu estava usando um vestido branco, que ia até a metade de minhas coxas, ambos os lados eram abertos, com um decote generoso nos seios, e nada mais que um salto branco.

Após nossa noite agradável, lawrence estava me tratando como uma princesa, me fazendo sentir mulher de verdade, não posso esquecer o que ele fez , mais posso tentar viver o presente com ele.

O sorriso não saia de seu rosto, suas mãos segurava minha cintura, de forma suave e carinhosa, seus lábios depositaram um breve beijo em meu ombro.

- obrigada, está lindo amor.- sorri, deixando um beijo em seus lábios.

- podemos ir , minha princesa?.- ele levou minha mão, até seus lábios deixando um beijo singelo em cima da nossa aliança de casamento.

- sim, já estou pronta.- proferi, e o mesmo me ofereceu seu braço, com cautela, coloquei meus dedos em seu ante-braço, descendo as escadas ao seu lado.

Os seguranças estavam de prontidão na porta, e no carro havia mais quatro, dois do lado de fora , e dois em outro carro de cor preta, ambos tinham vidro fumê.

Meu marido, abriu a porta traseira da sua BMW X6 , me ajudando a se acomodar no banco, ele passou o cinto de segurança, prendendo meu corpo, nossos olhos se encontraram, e ele sorriu, deixando um beijo de tirar o fôlego em meus lábios.

Sorri abobalhada, vendo ele entrar ao meu lado, enquanto o motorista pisava no acelerador, sendo acompanhando por dois carros mais atrás.

- chamará muita atenção no jantar, está deslumbrante.- seus dedos apertaram a carne da minha coxa exposta, me dando um sorriso galanteador.

- não sei se é possível, haverá muitas mulheres lá?.- perguntei-lhe, vendo o mesmo negar.

- isso são assuntos de negócios, às mulheres que vão estar lá são apenas esposas dos outros empresários.- me passou confiança.

Céus, o que está acontecendo com ele, tão carinhoso e atencioso, isso pode ser uma possivelmente traição?, Mais ele nunca chegou com cheiro de outro perfume, ou com roupas manchadas de batom.

Não trocamos mais nenhuma palavra durante o caminho, às ruas iluminadas pelo poste faziam reflexo contra a janela blindada do carro , lawrence mexia no celular, falando com algum empresário, com sua expressão séria.

Ao chegar no restaurante, o garçom, nos levou a uma grande mesa, onde havia oito pessoas, sendo quatro mulheres e quatro homens, sentamos atraindo a atenção para nós.

- veja só, quanto tempo Camila, como estás?.- o homem tinha seus quarenta anos, um sorriso exuberante que deixava qualquer mulher a sua disposição.

- estou muito bem senhor Clark.- sorri, para o homem que retribuiu o sorriso, e abraçou a cintura de sua esposa.

Lawrence conversava com os outros empresário, mais sua mão não saía de minha cintura, ele estava me segurando com possessividade, eu não sairia dali tão cedo.

O jantar ocorreu perfeitamente, como todos os outros, os homens solteiros sempre procurava uma brecha para me elogiar ou soltar um flerte, meu marido já estava possesso ao meu lado, ele não falava nada, só bebia o whisky que tinha em seu copo, ele já deveria estar no seu décimo copo.

- preciso ir ao banheiro, se importa?.- perguntei, em seu ouvido, vendo o mesmo negar com o maxilar trincado.- volto logo.- meus dedos puxaram seu rosto, deixando um beijo singelo em sua face.

O banheiro ficava afastado da mesa onde estávamos, então seria uma leve caminhada, nada mais que alguns segundos, tinha casais conversando em uma mesa para dois, outros em uma mesa maior com a família.

Meu corpo colidiu violentamente com o de alguém, deduzir ser um homem, pois era maior que eu e sua carne era dura o bastante.

- mil perdões, você está bem?.- a voz grossa entrou em meus ouvidos, me fazendo olhar pra cima, eu massageava minha testa com a ponta dos meus dedos, nossos olhares se encontraram rapidamente.

Uma alegria tomou conta do meu peito, foi quase inevitável não deixar meu sorriso transparecer.

- mathew?.- perguntei, o homem tinha seus olhos brilhantes vidrados em minha direção.

- Camila?.- ele perguntou confuso, suas sobrancelhas foram arqueadas, tentando desvendar a confusão que estava em sua cabeça.

Assenti, vendo o sorriso brotar em seus lábios, seus braços rodearam minha cintura, me abraçando de forma gostosa, automaticamente meus braços abraçaram seu pescoço, lhe devolvendo o abraço.

- meu deus thew, que saudades.- o chamei pelo apelido, escutando o mesmo da uma risadinha.

Mathew e eu éramos amigos de infância, depois que ele se mudou para Londres quase não se víamos, éramos os melhores amigos inseparáveis, ele estava lindo, seu cabelo castanho estava menor, sua barba lhe dava um charme, seu porte físico estava em dia, dava para ver os músculos marcando em seu terno azul-marinho.

- como você cresceu pirralha, está linda.- agradeci, lhe oferecendo um sorriso.

- você está diferente thew, quase não reconheci de imediato.- e isso era verdade, mathew tinha mudado muito, ele havia amadurecido muito, estava um homem feito e não um menino que me julgava por brincar de bonecas.

- claro camila, os anos se passaram e eu cresci.- ele deu um soquinho em meu ombro me fazendo cambalear um pouco, eu iria cair, se ele não tivesse segurado minha cintura.

- não faz isso, quase me derrubou e....

- Camila!, Saía daí agora!.- aquela voz rouca fez eco em meus tímpanos, meu olhar caiu diretamente para lawrence que estava parado mais a frente, me fuzilando com os olhos.

- lawrence, não é nada disso que você está pensando.- me apressei em dizer, ele deu um passo a frente, ficando cara a cara com mathew.

- solte-a , agora.- em sua voz havia desgosto, mathew não colaborava, ele ainda segurava minha cintura olhando para meu marido.

- pode abaixar o tom?, Estamos em local onde se deve ter classe.- lawrence trincou o maxilar, e mathew soltou minha cintura.- depois conversamos melhor mila, boa noite.- seus lábios tocaram minha testa, ele deu um sorriso antes de sair andando em direção a sua mesa.

O homem a minha frente me olhava com um olhar indecifrável, suas narinas infladas, o denunciava que ele estava com raiva.

- ande Camila, vamos.- seus dedos se fecharam em meu braço, o apertando com força, isso estava desconfortável.

Ele saiu sem se despedir de ninguém, seus passos estavam rápidos, eu mal conseguia lhe acompanhar.

- por favor, solte meu braço, está doendo.- ele não ligou, seus dedos me apertavam mais ainda, o recepcionista deu uma boa noite, mais lawrence não se deu ao trabalho de responder, logo estávamos do lado de fora do restaurante.

- você é uma puta mesmo, não ia só no banheiro Camila?.- ele me soltou com força, meu corpo cambaleou para trás devido a força aplicada.

- ele é meu amigo, não é nada disso que você está pensando, nos somos amigos de infância.- ele riu, dando um passo a frente, ele estava alterado, e não havia um pé de gente na rua.

- amigo?, Para de graça, estava nítido o olhar de desejo dele sobre você porra!.- sua mão esquerda acertou minha face, a maçã do meu rosto ardia.

- pare com isso!, Eu estou cansada de tudo...

- cansada?, Você não faz nada e tá cansada, tá merecendo uma boa surra Camila, uma puta de esquina, já deu quantas vezes pra ele?.- ele tremia, seus punhos cerrados me dava angustia.

Eu mal tive tempo de responder, seus dedos puxaram meu cabelo com força, me arrastando para o carro, eu me debatia , tentando sair de seu aperto, meu corpo foi jogado na parte traseira do carro, minha cabeça bateu no vidro, me fazendo ter uma dor insuportável .

- acho bom você não dá um pio, se não irá ser pior pra você.- a porta do carro foi batida com força, suas mãos trabalhava rapidamente, soltando a fivela de seu cinto, Tentei me afastar, mais foi em vão, seus dedos me puxaram pelo pescoço.

O ar começava a faltar em meus pulmões, meu vestido estava enrolado até o quadril, com brutalidade ele rasgou minha calcinha, sua respiração descontrolada o mostrava que ele estava fora de controle total.

Fechei os olhos, sentido a dor me consumir, seu membro entrou em mim de forma brusca, o gemido de dor saiu dos meus lábios, suas estocadas violentas fazia meu corpo se mover para cima, seus dedos apertaram mais a pele do meu pescoço, eu tentava tirar suas mãos do meu corpo, mais nada adiantou, isso o deixou mais bravo.

Meu corpo foi virado de forma bruta, me obrigando a ficar de costas para ele , seus dedos puxaram meu cabelo, me fazendo tombar a cabeça para trás, isso era tão assustador, meu corpo tremia a cada estocada violenta, meu choro saia abafado por sua mão está em minha boca, tampando qualquer som que fosse sair.

Eu já não aguentava o peso do meu corpo, ele deixava marcas em minha pele a cada penetrada bruta, eu já não tinha fôlego para aguentar mais nada, minha cabeça doía meu corpo convulsionava em movimentos bruscos, eu queria gritar, queria pedir socorro e acabar com tudo isso.

Minha cabeça girava de uma forma jamais explicada , eu estava inconsciente, não conseguia pensar em nada , só sentia desconforto, dores e medo, medo.....

Meu corpo ia pesando cada vez mais, suas mãos desceram parando em meu pescoço, seus dedos apertaram o mesmo, enquanto ele estocava sem dó e piedade.

- pare....por.... favor.- com muito custo consegui forma uma frase, minha voz saiu falha, mais audível o bastante para ele escutar.

- você é uma puta, as putas gostam de ser tratada assim, que nem você, porra. Como você é gostosa.- três tapas seguidos foram depositados em minha face, meu corpo se contraiu, devido a dor , meu coração estava acelerado, o medo tomava conta do meu corpo.

Eu já não pensava em mais nada, a tontura tomou conta da minha cabeça, fazendo meu corpo pesar mais e mais, não sei a hora certa o minuto ou o segundo em que eu fiquei inconsciente, minha mente parava de funcionar aos poucos, e logo adormeci, escutando zumbidos em meus ouvidos.

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