Já tem mais ou menos cinco minutos que estou parada na frente da porta da casa da minha mãe, esperando o nervosismo da Elena diminuir, para poder apertar a campainha.
— Posso apertar? — Pergunto.
— Pode... — Ela fala, enxugando o suor das mãos no vestido verde-esmeralda, que compramos no dia anterior.
Levanto a minha mão, para finalmente tocar a campainha e Elena a segura, impedindo que eu tocasse a maldita campainha.
— Não! Espera... — Ela continua nervosa. — Eu preciso mesmo ir?
— Não, mas eu já avisei aos meus pais, que traria você, e eles estão esperando que você compareça.
— Droga... — Ela sussurra nervosa.
— Como? O que você falou? — Finjo que não escutei. — Não entendi direito o que você acabou de sussurrar.
— Não foi nada de mais, Dia. — A danadinha tenta me enganar.
— Dia?
Questiono curiosa.
— É que eu não sei como chamar a senhora. De senhora, mestra, querida ou namorada, linda, baby. Coisas do tipo.
— Que tal, "Diana"? — Sugiro.
— Não! — Ela dispara. — Eu não quero que eles concluam que eu sou uma péssima namorada ou que não somos próximos o suficiente.
— Elena, eu estive com a minha língua dentro de você várias vezes, e sinceramente eu não acho que ter a minha boca na sua intimidade, não é aproximadamente o suficiente.
— Shiu! — Ela tampa a minha boca com as suas mão. — Não fala isso mestra, alguém pode ouvir, o que vão pensar de nós.
— Eles precisam pensar alguma coisa? — Pergunto confusa.
Ela suspira.
— Você realmente não se importa com o que os outros pensam, não é?
— Não.
— Está bem! Você não se importa, eu não me importo. — Ela fala tentando convencer a si própria. — Eu sou sua namorada, não preciso me preocupar com nada.
— Exatamente, linda.
Elena respira fundo e toca a campainha confiante. Porém, toda a sua confiança volta a sumir quando ela retira o dedo da campainha.
— Ah! Não! O que eu fiz? Eu ainda não estou preparada o suficiente Diana!
Sorrio.
" Essa garota é realmente uma coisa linda, de tão fofa".
— Não sorria, por favor, Diana!
Ela implora, me olhando com uma carinha de cachorro abandonado, e mudando completamente a expressão, quando a porta se abriu.
— Boa noite! — Ela fala nervosa, com um sorriso no rosto.
Tento me segurar para não sorrir. "Ela é muito fofa".
— Boa noite, até que enfim, vocês chegaram. — Fala o meu irmão mais velho.
— Elena, esse é o meu irmão mais velho, Derek Dragna. — Continuo. E irmão, essa é Elena, minha namorada.
— Muito prazer, Elena. — Ele fala.
— O prazer é meu.
Eles se cumprimentam com um aperto de mão e um sorriso amigável. Derek, dá passagem para entrarmos em casa.
— Mamãe havia me contado, o seu romance com a senhorita Elena, e confesso, que fiquei surpreso e ao mesmo tempo, feliz.
— É mesmo? — Noto o seu Tom de diversão. Conheço muito bem o meu irmão, para saber que ele está reunindo todas as suas forças, para não tocar no assunto "John". — Os O'malley, já chegaram?
— Sim, já estou todos aqui, até mesmo John.
Sorrio, ele realmente está curioso sobre esse assunto, dá para ver no rosto dele, mas está se segurando por conta da Elena.
— Irmão, você tem a alma de um fofoqueiro.
— O quê? Mas, eu não perguntei nada! — Ele disparou.
— Mas, essa sua cara feia, sim. — Continuo. — Vamos entrar, linda.
Seguro na mão da Elena, e vamos para sala de Estar, onde está reunindo as duas famílias.
Derek, havia falado a verdade, já estavam todos presentes.
Elena e eu, damos "Boa noite", assim que entramos no recinto e eles retribuem.
— O que diabos ela está fazendo aqui? — Pergunta John, assim que nos ver juntas, surpreso por ver Elena, comigo.
A senhora Lilian e o senhor Miguel, se viram para o filho, e pediram para ele ficar quieto.
— Esse é um jantar de família e amigos, e Elena, é a minha namorada.
Silas, o filho mais novo e mais sapeca da família O'malley, começa a sorrir das expressões de choque do irmão. Olho para minha mãe e para o meu irmão mais velho, que também estão, se divertindo.
— E desde quando você gosta de mulheres? — John pergunta.
— Desde que ela me beijou. — Falo olhando para Elena, que está claramente arrependida de ter vindo.
As suas bochechas já estão ganhando tons novos avermelhados.
— Você era a noiva! — Ele dispara.
— Agora ela é a minha namorada! — Dispara Elena, logo em seguida, me surpreendendo.
— E você era a minha amante, até pouco tempo atrás.
— Agora sou a namorada da sua ex-noiva. — Ela fala novamente, e se aproxima ainda mais de mim.
Silas, está do outro lado da sala, morrendo de rir. Enquanto a minha mãe e o meu irmão continuam se divertindo com a situação.
— Hora sua cobra ar...
— John O'malley! — O senhor Miguel grita. — Exijo respeito com as garotas, principalmente com os Dragna. Este é um jantar para comemorar a volta de Denise, não faça nada que possa se arrepender.
O pai dele termina de falar e ele volta a ficar quieto no seu canto, contra a sua vontade.
— Diana. — O senhor Miguel, cumprimenta-me.
— Senhor Miguel. — O cumprimento de volta e depois cumprimento a sua esposa. — senhora Lilian.
— Diana. — Ela fala.
Cumprimento o restante do pessoal e apresento Elena, que apesar de estar morrendo de nervoso, se saiu muito bem, conversando com cada um deles, principalmente com o senhor Miguel, que sempre gostou muito de mim, já que nunca teve uma filha mulher, apenas filhos homens.
— Quando a mamãe me contou que você estava namorando com a ex-amante do seu ex-noivo, eu não acreditei, Diana. — Fala a minha irmã mais nova, Denise. — Mas, sabe. Ao ver vocês duas entrando juntas, eu não pude deixar de pensar, que você e o John, nunca fizeram sentido.
— Porque? — Pergunto.
— Você sempre foi como o sol, livre e independente. Rejeitou o dinheiro dos nossos pais e decidiu começar o seu próprio negócio, nunca seguindo as regras impostas por eles. Acredito que fiquei muito mais surpresa, quando você cedeu aos desejos da mamãe e da senhora Lilian, e decidiu noivar com o John, vocês não combinavam em nada. Fico feliz por você estar com alguém de que gosta, mas triste, pela manhã e Lilian, elas desejavam tanto a junção das duas famílias.
— Bem, isso é fácil de resolver. É só você se casar com Lorenzo.
Falo me referindo ao filho mais velho dos O'malley, e a minha irmã, intensamente fica envergonhada.
— Diana! — Ela se surpreende com o seu próprio tom e começa a sussurrar. — Ele é dez anos velho que eu.
— E desde quando isso é problema? Eu namoro com uma mulher, que é mais nova que eu. — Continuo. — Além do mais, desde que cheguei, pude perceber que vocês dois estão praticamente se comendo com olhos.
— Aí meu Deus, Diana. Isso não está acontecendo.
— Então, porque você está tão envergonhada?
Ela fica nervosa.
— Isso é porque você está aí falando coisas sem sentido.
Sorrio.
— Mentirosa, você sabe muito bem, que não estou.
— Merda! Diana, você é pior que a mamãe para descobrir os segredos dos outros.
— Ah! Então tem algo? — Pergunto surpresa.
Ela suspira e começa a ficar um pouco mais tímida que antes.
— Promete não contar para a mamãe?
— E desde eu conto os seus segredos para ela?
— Tudo Bem! — Ela continua. — Há um mês, esbarrei com ele em uma ‘boate’ que permite estrangeiros em Seul, e uma coisa levou a outra em…
— Você transaram.
Ela balança a cabeça que sim, envergonhada.
— E você gostou?
Ela consegue ficar ainda mais vermelha.
— Sim, foi muito bom.
— Diana, o que está falando para a sua irmã? — A minha mãe pergunta curiosa. — A pobrezinha está parecendo um tomate.
— Nada de mais mamãe, só uma pesquisa inocente, sobre o tamanho do membro que fica no meio das pernas, dos coreanos.
O pessoal sorriu.
— Esse é o tipo de assunto do qual não quero me envolver de jeito nenhum. — Fala o meu pai com nojo.
Vou até ele e o abraço.
— Brincadeira pai. Você sabe que Denise é um anjinho, não tem como ela saber dessas coisas.
Olho para Denise que ainda estava envergonhada.
— Eu espero que não, ela ainda é um neném.
— Pai! Eu tenho dezenove anos. — Ela dispara.
— Foi o que eu disse, um neném. — O meu pai fala novamente e sorrimos.
Solto o meu pai e me sento ao lado da Elena.
— Gostou de conversar com o meu pai? — Perguntei no seu ouvido.
— Sim, ele e o resto do pessoal, são legais.
— Fico feliz, que tenha gostado deles. Vocês são importantes para mim.
Ela sorri tímida.
— Você também é importante para mim. — Sussurrou no meu ouvido.
Se não estivéssemos na frente de todos, eu com certeza agarraria o seu pescoço e a puxaria para mim, colocando as nossas bocas, num beijo perfeito.
"Ah! Não vejo a hora de chegar em casa".
Suspiro, desejando que as horas, passagem mais rápido, para que eu possa me deliciar do pote de mel da minha diabinha.