Diana Dragna 17

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— Vamos trocar Angel, pela Lydia. — Falo para a Edna.

— Tem certeza? a Angel ficou linda nas fotos.

— Sim, ela ficou linda, mas a marca de perfume, que contratou os nossos serviços, necessitam de alguém tão linda quanto o luar, que brilhe tanto quanto uma sereia em alto mar. — Continuo. — Foi exatamente isso que eles falaram.

— E qual outra modelo você sugere? Elena, Maggie, Carena, Mia?

— Nenhuma delas. — Me levanto da minha cadeira e pego um álbum na estante, com fotos das modelos. — Eu quero a Brasileira "Samira Duarte".

Edna, franze a testa.

— Porque ela? Ela é praticamente nova.

Mostrei o álbum com as fotos dela.

— Pele morena, corpo de vilão, olhos cor de mel e cabelos pretos, com cachos naturais, que chegam até a cintura, ela é perfeita. — continuo. — Agora, pense nela saindo do mar, a luz do luar banhando o seu corpo e realçando a perfeição que são os seus olhos, a sua pele brilhando junto com o frasco do perfume, cujo nome é "dea del chiaro di luna", que significa, "deusa do luar".

— É, você tem razão, ela é perfeita para essa publicidade.

— Eu sempre tenho razão, Edna.

Ela sorrir.

— Sua metida. — Ela se levanta. — Eu vou entrar em contato agora mesmo com ela, até mais.

— Até.

Ela vai embora, fechando a porta atrás dela, volto a avaliar os dados dos nossos últimos eventos, quando o meu celular começa a tocar. Olho para tela e vejo que é um número desconhecido, pego o celular e atento a ligação.

— Pois não? — ouço várias vozes do outro lado da linha, mas nenhuma delas parecia ser da pessoa que me ligou. — Quem é? — Pergunto.

— Diana...

O meu corpo gelou, quando ouvi a voz trêmula e chorosa da Elena.

— Elena? É você? — Olho para tela do celular, para ver se realmente era um número desconhecido.

— Sim.

— O que foi? Porque está me ligando com um número desconhecido?

— É que eu saí de casa sem o meu celular e a minha carteira, agora estou muito longe de casa e não tenho como voltar, tem como você pedir um táxi para mim.

— Claro, e onde você está? Pergunto e a sua resposta me surpreende.

— Bem... — Ela começou a gaguejar, estava nervosa. — Na delegacia.

Leva aproximadamente uns dez segundos, que passei em silêncio, tentando imaginar o porquê de ela estar lá.

— Ok, estou indo buscar você. Em qual delegacia você está?

— Não precisa vim me buscar, eu só preciso de um táxi agora.

— Eu vou buscar você, você queira ou não.

Ela não fica muito feliz em saber que estou indo buscá-la pessoalmente, mas mesmo assim, ela fala em qual delegacia está.

Leva aproximadamente trinta e cinco minutos, até eu chegar lá. Encosto o carro na porta da delegacia, e logo avisto Elena, e por um momento eu quase não acreditei no que estava vendo. Ela estava apenas com uma camiseta cinza, que tinha manchas de sangue e um short preto, o seu cabelo estava desgrenhado e quando ela se aproximou do carro e abriu a porta para entrar, pude ver marcas de enforcamento no seu pescoço.

Apenas Uma Paixão (Romance LGBT)Where stories live. Discover now