Elena Smith 11

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Não ficamos muito tempo no hospita, ao irmos embora, confesso que fiquei aliviada, ainda Diana contou que já havia pagado a conta do hospital. Depois do hospital, passamos na farmácia e compramos os analgésicos e a pomada que o médico receitou para que eu tomasse e usasse.

— Ainda está doendo muito? — Diana pergunta.

— Não, está mais suportável que antes.

Entramos no carro.

— Qual o seu endereço?

— Ah! você não precisa se preocupar em me deixar em casa, eu pego um táxi.

— Não, eu insisto, me fala o seu endereço.

— Realmente não é necessário Diana, eu consigo ir sozinha. Não quero ocupar mais o seu tempo.

Confesso que eu iria amar levar Diana para a minha casa, isso se eu morasse em um lugar descente, que não estivesse caindo aos pedaços. A última coisa que quero no momento é que ela vejo o estado do lugar onde eu vivo.

— Eu irei levar você para casa. — Ela fala de forma autoritária.

— Não precisa me levar, Diana. — Insisto novamente.

— Qual o seu endereço? — Ela pergunta de novo, sem se importar com o meu desejo.

— Eu não vou falar. — Viro o meu rosto para o outro lado, chateada com o quão cabeça dura ela pode ser.

— Você está fazendo birra?

— Não, é você que está, eu já falei que não é necessário me levar para casa.

Ela sorrir.

— Tudo bem, eu te levo para a minha casa.

— O quê? Não! Eu vou para casa. — Viro o meu rosto para olhar para ela novamente.

— Então, me fala o endereço?

— Aí meu Deus, Diana. Por que você está insistindo tanto nisso.

— Por que, você não quer que eu te leve a qualquer custo.

— Viu só, você está fazendo birra, igual a uma criança.

— Você também não está se comportando como uma adulta agora, Elena.

Ela tem razão, é bobo e trivial o motivo pelo qual eu não quero que ela me leve para casa. Mas, ela também, porque ela tem que ser tão cabeça dura e autoritária?

— Tudo bem! Eu vou para casa, sozinha!

Tiro o cinto de segurança e tento abrir a porta do carro, mas ela foi mais rápido e as travou.

— Diana! Deixa de ser criança e destrava as portas.

— Deixa de ser criança você, e me deixa de te levar em casa.

Olho no seu rosto e percebo que ela realmente não vai me deixar ir.

— Você não vai me deixar ir, não é?

— Não. — Ela faz que não com a cabeça.

— Tudo bem. — Solto um suspiro frustrado, antes de dar o meu endereço para ela.

Depois de mais ou menos vinte e cinco minutos, chegamos no Bronx. "Bronx", é literalmente um dos bairros mais pobres de Nova York. Andamos por alguns quarteirões, antes do carro parar em frente ao prédio, onde eu moro. Ela desliga o carro e ficamos alguns minutos em silêncio. Fico esperando ela mencionar algo sobre o local onde eu vivo, mas ela não faz isso. Depois de um tempo, eu decidi acabar com o silêncio e ir embora.

Apenas Uma Paixão (Romance LGBT)Where stories live. Discover now