Sangue do Conquistador

Av FERREIRAK81

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E se Rhaenys não morresse na batalha? E se Maegor não fosse tão cruel? E se Visenya Targaryen visse a destrui... Mer

SINOPSE
A Conquista
Uma Nova Partida
Uma Guerreira, Uma Mãe (Munã)
Os Deuses Rogam, O Homem Age
Rainha, Príncipe e um novo membro na família.
Um Novo Príncipe, Um Reino e Louco
" Justiça dos Deuses"
Governo e Loucura
Dia de Nome de uma Rainha
Vida, Morte e Uma Nova Casa
O Peso é Conhecido Por Aquele que Carregará a Coroa
Uma Lady para Um Príncipe
Meu Lema é Família
Um Ataque de Dorne, Uma Princesa e Um Príncipe
Deixe a Criança Morrer Para o Homem Nascer
Carne e Sangue, Coroa e Loucura
Momentos e Romance
Casamento Real
NOTA DA ESCRITORA
Rotina🔥🔥🔥
Herdeiro do Seu Herdeiro
PERGUNTAS
Cotidiano e Problemas do Reino
Flores e Sangue ( O Amor Segredo dado por uma Mãe)
À Futura Rainha Consorte
Jeaherys, O Conciliador
Seja um Filho, Seja um Segundo Filho; Isso não importará.
ORDEM
Daelon I, O Rei Monstro
Nascimento, Morte e Governo Targaryen
NOVAS HISTÓRIAS
NOVAS HISTÓRIAS
NOVAS HISTÓRIAS
Informações
Viserra Blackfyre
Momentos & Momentos
Chamas Gêmeas
Compromissos e... Afronta
Para Futuro Rei e Uma Nova Vida
Pedido
Fanart Maegor e Visenya
Compromissos
Seu Destino, Escolhido Por Suas Próprias Escolhas.
Deixe o Dragão Sair
IDÉIA
Nascida da Tormenta; O Chamado a Tempestade
Olhar da Lua
IDÉIA
NOTÍCIAS
Família e Sentimentos.
E Tudo Ficou Escuro
A Ira D Dragão
Sem Dó, Sem Piedade; Sem Humanidade
Reis e Rainhas
DAS SOMBRAS E ESCURIDÃO - Viserys Targaryen
Sangue de Sangue. Vermelho tú és.
Forças e a Proteção dos Deuses
A Ira do Norte (idéia kkkk)
A Ira do Norte (Publicado)
O Nascimento dos Dragões
O Coração do Dragão
Sangue do meu sangue, Neste Momento; Não Será Mais Minha.
CRONOGRAMA LITERÁRIO
Corpo, Sangue e Água
TIRO ÚNICO
O Inverno Esta Chegando
DOÍDA? EU SOU!
Batismo

Confie em Mim.

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Av FERREIRAK81

Pesado? É! Triste, com certeza. Mas acho que isso liga nossa amada rainha muito mais profundamente com Polirys, de uma forma que nada mais poderia fazer, principalmente pelo passado dela.

Espero que gostem!!!

Logo, logo também vou postar sobre a outra ideia de história que tive, sobre Viserra Targaryen.

_________________________________________

Uma rebelião não era incomum. Mesmo para a Rainha Dragão, Visenya Blackfyre. E depois de ter matado dois membros da família Vaelarys, considerando Darius e seu primo usurpador também, Aelyx, era claro que nem todos ficariam satisfeitos.

Os Belaerys não estavam satisfeitos por serem preteridos pelos Mantaryan para se casar com os Blackfyre e poderem reconquistar o poder dos dragões em uma ou duas gerações.

Os Vaelarys estavam bem, com o casamento de Rhaegar e a herdeira Vaelarys atual. Mesmo assim, Aelyx não estava satisfeito, e conseguiu algum apoio pelas sombras para conseguir uma briga.

Mellione havia tido uma visão sobre isso. Rosas brancas e azuis boiando no mar, manchadas com sangue pingando e sujando a água. Então o mar agitado empurrando pedaços de madeiras podres e quebrados.

Os Mantaryan foram levados ao tribunal, considerando todos os envolvidos; Lady Nevea Mantaryan-Raellaeris, casada com Ellior Rhaellaeris.

A Família Raellaeris é caracterizada por seus
cabelos dourados, suas cores oficiais eram o cinza e o dourado. Também eram conhecidos pela tendência a terem heterocromia, onde os típicos olhos cor de violeta faziam par com os olhos em tons de azul.

No Quinto Milênio, os Raellaeris se uniram
oficialmente ao Clã Peninsular de Valyria e ao Conselho Valiriano - uma reunião de famílias valirianas com suas sedes na Península e mais precisamente na Cidade Franca de Valyria onde estavam presentes todos os arcontes com poder militar, social e político. Este tipo especial de arconte tinham o compromisso de defenderem os assuntos de Valyria com prioridade, por isso eram chamados Francos Arcontes.

De lá eles controlavam as estratégias de domínio valiriano, controle das revoltas e escravos, supervisão do uso das magias e metalurgia, a marinha naval e mercantil e as negociações estrangeiras.

Sua maior responsabilidade era a ecumenização
das crenças religiosas, tratando para que os diversos cultos presentes na Cidade Franca não causassem problemas, porém tiveram inúmeras dificuldades. O culto a Meleys, por exemplo, estava entrando em conflito com a poderosa religião de R'hllor que se comportava cada
vez mais como uma religião monoteísta e evangelizadora. Também tiveram que engolir vários êxodos religiosos que migraram para regiões distantes da Península, criando cidades poderosas com pensamentos religiosos diferentes.

Os Raellaeris eram membros cerimoniais com
lindos dragões dourados, usados em eventos
matrimoniais, religiosos e políticos.

Os seus dragões eram em sua maioria brancos e cinzentos, enfeitados com armaduras
douradas ou prateadas e como já dito muito usados em cerimônias solenes.

Apesar de Ellaena Raellaeris incentivar o cruzamento com dragões selvagens, os últimos milênios na vida da Família Raellaeris foi com a dominações de dragões mais mansos. Eles produziam poucos, mas poderosos berrantes, estes eram usados na domesticação de dragões, no uso de rebanhos, acasalamento e disciplina.

Embora tenha se encerrado o domínio com os dragões após a queda de Valyria, todos que se sobreviveram se estabeleceram em Essos, participando e subindo na hierarquia de uma Corte Essosis, auxiliando no estabelecimento da ordem e da civilidade entre os povos ao redor, incluindo  Ândalos, Roinares, membros da Velha Ghis e da Cidade Franca de Valíria.

Desde o estabelecimento do reinado de Visenya, ainda mantiveram o poder, embora com menos extensão.

Herdeiro Mantaryan também veio com sua esposa, assim como Lorde Mantaryan e sua filha mais nova, Selyse.

Todos ficaram acomodados na área de visitantes do castelo.

O que ninguém esperava, era haver uma traição dentro da própria família Mantaryan.

Um ataque aconteceu na sétima lua do ano. E bora não tenham entrado, todos foram confinados na área cercada do trono, com Maegor, Rhaegar e a própria rainha seguindo para fora verificar e lidar com a situação.

A Princesa Consorte deveria seguir para lá acompanhada de cinco guardas e sua irmã. No entanto, Nevea nunca chegou, e os soldados não eram os membros da Guarda do Dragão responsável pela família real.

Ela percebeu isso tarde demais...

***

O desaparecimento da princesa Consorte não demorou a ser percebido, mas com o retorno rápido da família real, isso não foi lidado com calma.

Maegor exigiu que todos os soldados do castelo procurassem sua esposa, enquanto seguia para a Ala principal verificar por ordem de sua mãe.

A família Mantaryan foi levada para seus aposentos pelo dobro de soldados. Embora Lorde Mantaryan tivesse já saído muito antes da chegada de seu bom filho, atrás de sua filha quando percebeu que ela não chegaria.

No entanto, não foram eles que a encontraram. Nenhum deles.

Quem a encontrou, correndo pelos corredores com olhos carregados, carregados do medo.  Ela... carregava um semblante duro e olhos significativos, junto a vinte e cinco soldados.

"É a princesa."

Os soldados murmuraram enquanto a viam correr pelos corredores em direção a eles, antes de parar, completamente paralisada.

Ela soube o momento em que a viu. 

Reconheceria aquele olhar de receio e vergonha em qualquer lugar. Os olhos de sua boa filha lhe contaram tudo o que precisava saber, e isso abalou Visenya Blackfyre profundamente. 

Aqueles homens que invadiram sua casa forçaram Polirys, da mesma forma que seu marido foi forçado contra ela. Imediatamente tentou se livrar da memória e ganhar controle de suas emoções. Foram necessários anos de luta interna para superar seus casos, para aperfeiçoar sua máscara, para encontrar alguma aparência de normalidade novamente e, por Deuses, ela não iria ver a mesma coisa acontecer com a esposa de seu filho.

 Não se ela pudesse evitar. 

Ela olhou para ela, vendo em sua mente a garotinha mal saída da infância, mal saindo da perda do seio materno que literalmente foi deixada sob seus cuidados e noivado com seu filho, jurada a ser protegida.

 Aquele que ela prometeu proteger em segredo ao ouvir de seu próprio pai sobre seu passado. Ela sabia que não tinha feito isso antes, a perca de seu primeiro neto deixa uma marca visível sobre isso, mas faria questão de fazer isso agora. 

Visenya convocou as palavras mais poderosas que pôde, porque sabia que Polirys precisava não apenas de compaixão, mas de força, e a forçou de volta ao quarto, correndo contra o tempo e seus instintos agressivos que exigiam matar todos os homens ao seu redor.

Os soldados ficaram, mas ela não deixou de fazer uma careta ao ve-la se encolher com um passo seu, antes de correr para o final da cama, tentando as separar.

"Eu sei que você não quer ser tocado, tudo bem. Mas você está seguro. Não sei como você conseguiu escapar, mas você conseguiu. Você está vivo. Você vai sobreviver a isso. Eu sei disso... porque eu sobrevivi. Eles tentaram destruir você tirando seu orgulho e sua força, mas essas coisas não podem ser tiradas. Não de você. Nunca. Vamos trocar suas roupas, consertar seu cabelo, vamos apagar qualquer marca de suas mãos em você."

"Por favor, deixe-me em paz..."

Sua voz era quebrada, soluçante e morta.

"Nós vamos... Vamos fazer isso por você e por Maegor e por Valíria. Eles tentaram diminuir um reino esta noite degradando a futura rainha, e não terão sucesso. Porque o mundo nunca saberá o que eles fizeram para você."

"Isso não é possível..."

"É, porque você sairá daqui e enfrentará seu tribunal como se isso nunca tivesse acontecido."

"Não, não posso. Não posso..."

Disse se encolhendo mais, se deixando cair no chão.

"Sim, você precisa, seus guardas devem acabar com quaisquer rumores imediatamente. Esses próximos momentos de sua vida irão definir você como uma vítima ou uma rainha poderosa intocada por uma tentativa fracassada de assassinato. Eles definirão quem você será percebida como sendo. Seu lugar na história. Não os deixe vencer. Confie em mim. Confie em mim e deixe-me ajudá-la. Confie que posso ajudá-la a superar isso, porque juro que posso. "

Trêmula, embora não gostasse de admitir, ofereceu a mão a ela. não achava verdadeiramente que aceitaria, mas queria que percebesse que estava falando sério, Polirys poderia não ter uma mãe ali, como ela não tinha a muito tempo, mas ambas estariam unidas. 

Mantaryan olhou para a mão dela por um momento e, por um segundo, por motivos que não conseguia entender, sentiu-se segura. Ainda abalada e soluçando, rstendeu o braço e pegou a mão da rainha conquistadora.

 A respiração de Visenya ficou presa na garganta, sabia que tipo de coragem aquele pequeno gesto deveria ter exigido, também sabia a quantidade de confiança que deveria ter exigido.

O tipo de confiança que não poderia ser alterada, e ela não tinha certeza de como conquistou essa confiança, porém tinha certeza de que não a trairia. 

Apertou suavemente sua mão para tranquilizá-la e começou a se levantar e estendeu a outra mão para ajuda-la.

 Polirys se levantou e soltou o aperto, e embora não fosse de muito afeto, ela estendeu a mão um pouco, querendo confortá-la um pouco mais, contudo depois retraiu o braço imediatamente, sem saber até onde deveria empurrá-lo. Ela no entanto, pareceu perceber esse gesto e, para sua grande surpresa, a abraçou.

Ela congelou ali, com sua boa filha chorando em seu ombro, sem saber ao certo o que fazer. Ela lentamente levantou os braços para abraçá-la de volta, certificando-se de dar-lhe todas as oportunidades para impedi-la se fosse necessário, mas ela não o fez. Elas ficou assim, em silêncio por um período, deixando-a decidir quando estava pronta para deixar ir, e quando começou a se afastar, Visenya levou a mão ao rosto dela e enxugou as lágrimas do rosto.

"Venha agora, vamos limpar você." Disse, conduzindo-a para se sentar. despejou um pouco de água em uma tigela pequena e pegou um pano da mesa. Sentando-se ao seu lado, espremeu o excesso de líquido do pano e começou a passar o tecido frio no rosto para ajudar os olhos vermelhos e inchados. Lady Mantaryan fungou um pouco, tentando impedir que novas lágrimas surgissem.

"Eu não acho que posso fazer isso..." ela engasgou.

"Você pode. Eu sei que você pode. Você é forte demais para deixar isso te derrotar."  Expressou, colocando o pano de volta na tigela e colocando-o sobre a mesa.

"Não me sinto forte. Não consigo nem pensar direito." ela disse.

"Você pode não se sentir assim agora, mas você está... Afinal, quantas outras pessoas poderiam ter tirado o melhor de mim do jeito que você fez." ela tentou aliviar um pouco o clima. Na verdade, Polly quase sorriu com isso.

"Aprendo com os melhores." ela disse em um tom agridoce, ainda tentando conter as lágrimas. 
Visenya empurrou o cabelo dela por cima do ombro e colocou-o suavemente atrás da orelha, tentando dar-lhe um sorriso tranquilizador, mas sem conseguir. Ela roçou o pescoço de Pokirys com as pontas dos dedos, tentando inspecionar o dano o mais delicadamente possível.

"Eu não acho que maquiagem será suficiente para cobrir isso. Vou buscar algo para você usar. Você tem alguma coisa com coleira?"

Questiomou se levantando, instantaneamente a mão de Polirys disparou para agarrar seu braço.

"Não, por favor!... Não... não me deixe em paz. Eu não posso..." começou a entrar em pânico., e a rainha rapidamente se virou.

"Tudo bem, está tudo bem. Eu não vou a lugar nenhum..." ela disse colocando a mão em seu ombro. Depois que ela então pareceu se acalmou um pouco, tentou se levantar novamente. 

"Talvez você possa pegar..." 

Ofereceu gentilmente, foi até seu armário e começou a vasculhar seus vestidos em busca de algo que pudesse servir para a menina nesta ocasião. 

E acabou por puxar então uma camisa preta de gola alta e uma capa cor de vinho e dourada. Ela entregou o turno a ela.

 "Aqui, talvez isto sirva? Podemos... unir com algum vestido..." disse olhando seus armários nvoamente e pegando um. " Talvez assim.. "

Suas mãos foram para cada lado da alças e então puxou-se, rasgando o tecido em suas mãos até a altura da cintura.

A faca em sua cintura serviu para firmar o corte já altura da cintura, então cortou uma tira do que já foi a ombreira, e pressionou contra a cintura da saia por um momento para ver, antes de assentir e entrega-lo.

Polirys aceitou gentilmente, e ficou ali sentada, segurando-o no colo, olhando para ele. "Polirys?" ela disse depois de alguns momentos.

"Isso para? Esse sentimento. Alguma vez para?" ela perguntou em sussuros ... " Me sinto suja, me sinto..."ainda olhando para a mudança em seu colo.  Visenya sentou-se ao lado dela.

"Eu não irei mentir para você. Isso nunca vai embora. Sempre estará lá, no fundo, em algum lugar. Mas melhora. Você vai superar isso. Eu tenho fé em você." 

Assegurou a ela, e não disse mais nada. 

Um suspiro estrangulado escapou de seus lábios e engoliu em seco e então ficou de pé, movendo-se atrás do biombo. Trocou a camisola pela camisola e voltou com ela pendurada nos dedos. Visenya caminhou até ela, removendo delicadamente a roupa de sua mão. Ela deu uma olhada e jogou-o na lareira. 

A princesa consorte ficou olhando para ele, observando até que ele se transformasse completamente em cinzas.

Visenya voltou-se para pegar a capa. Ela o ergueu e levemente Mantaryan se virou para poder colocá-lo nos braços. Finalmente, virou-se para encarar sua boa mãe e começou a tentar fechar os botões da frente.

Nervosamente começou a mexer com eles, mas por algum motivo não conseguiu fazê-los passar. Ela começou a ficar chateada e a rainha agarrou suas mãos para firmá-las.

"Aqui, deixe-me." ela disse.

"Não. Não, eu posso..." ela começou, mas não conseguiu pronunciar as palavras.

"Está tudo bem se você não puder. Você não pode se mostrar lá fora. Mas aqui, comigo, está tudo bem." ela disse. 

Bruscamente, com as mãos trêmulas, soltou os botões e permitiu que ela os fechasse. Então sentou-se em silêncio. 

" Agora, vamos ver se não podemos fazer algo com esse cabelo, hmm." encurvada e trêmula ainda, a mais jova se virou para encarar o espelho. Ela não conseguia nem olhar para si mesma. Isso só a fez se sentir pior, mas isso não impediu a mulher, que segurou firmemente seu queixo e o ergueu até seus olhos poderem serem forçados a observar seu reflexo e o dela pelo espelho.

" Você não tem culpa! Você é uma guerreira forte e determinada, não abaixe a cabeça!"

Disse firmemente , não lhe deixando muito espaço para desacreditar, e então a soltou, mais gentilmente, e pegou uma escova e começou a passá-la cuidadosamente em suas madeixas claras. 

E embora tentasse se conter, começou a chorar novamente. 

"Eu não machuquei você, machuquei?" 

Perguntou preocupada por ter um ferimento que não tinha visto. Polirys balançou a cabeça, mas continuou chorando, um suspiro interno e colocou a mão no ombro da menina. 

A jovem olhou para ele e lentamente colocou a mão em cima. Ela a abraçou levemente, apoiando o rosto no topo da cabeça da menina traumatizada.

Um breve momento depois e continuou a escovar o cabelo da outra em silêncio, sabendo que não havia nada que pudesse dizer. Nenhuma palavra que não seja mais prejudicial do que útil. Por enquanto ela estava apenas grata pela outra não ter medo dela, por ser confortada por sua presença e não desanimada. 

Visenya tentou se lembrar de suas primeiras experiências, da sensação dolorosa e então vazia que vinha que sentia.

Ela não tinha ninguém para confortá-la verdadeiramente , e não desejava muito, pois não podia deixar ninguém saber o que como havia acontecido. Mas ela não tinha certeza se teria permitido que alguém chegasse tão perto quanto sua garota havia permitido.

Depois de terminar de arrumar o cabelo, ela foi até a caixa de joias e tirou sua tiara, aquela feita para seu casamento, caminhou de volta e colocou-a cuidadosamente no topo de sua cabeça.

" Agora... Sei que não se sente capaz, nem mesmo respeitada, mas preciso que me ouça com atenção.." disse se expressando firmemente. " Quero que seja firme, não abaixe a cabeça. Assim que passarmos por essas portas, sua cabeça deve estar erguida, sua face neutra e sua postura a de uma verdadeira futura rainha de Valíria."

" Eu... Eu não..."

" Você pode. E fará! Sim, você é capaz, e sim, vai continuar, pois se não, você nunca se sentirá bem consigo mesma, nunca perceberá que para ter o respeito precisa se respeitar, ou então os outros pisarão em você! Sei que não será agora, mas em algum momento espero que se orgulhe disso, por passar com isso de cabeça erguida, mesmo com medo, de ter a coragem de não se deixar abater e cair."

Lady Mantaryan ainda estava quieta, tremula, e Visenya não pode deixar de compara-la a um pequeno ratinho pego em ação.

" Você seguirá de cabeça erguida, não olhe para ninguém direto nos olhos, se precisar, encare seus cabelos ou orelhas, qualquer ponto atrás deles, menos seus olhos. Você se sentará na cadeira ao meu lado, como esposa do herdeiro do Trono, manterá a postura e a seriedade necessária, e então, se precisar, iremos nos reiterar e então você poderá quebrar totalmente, poderá até mesmo atacar e gritar o quanto quiser..."

Disse lembrando-se do quanto queria destruir as coisas ao seu redor depois das primeiras noites de seu casamento.

 "Você está pronto?" ela perguntou.

"E se eles souberem? E se eu não conseguir esconder? Se eu desmoronar lá fora, na frente de todo mundo..." Começou a entrar em pânico. 

Visenya a firmou, colocando suavemente as mãos nos braços.

"Você não vai desmoronar. Você se manterá firme e irá lá e mostrará ao seu povo que nenhum homem pode enfraquecer seu espírito." ela disse, mas depois suavizou um pouco o tom. 

"Você se concentra nas palavras de Maegor. Pense apenas no que está dizendo. Nada mais. Você as coloca na cabeça e depois as repete como se as estivesse lendo de um livro. Ignore o resto." 

Ela olhou para o chão. 

 "Você é mais forte do que imagina. Você pode fazer isso. Estarei ao seu lado o tempo todo." Ela se levantou lentamente e eles foram até a porta, onde ela parou por um segundo. Ela olhou para sua boa mãe, respirou fundo e endireitou os ombros, antes de abri-la e dizer aos guardas para reunirem todos na sala do trono. Como prometeu, a rainha Visenya não saiu do seu lado.

"Meus súditos leais... asseguro-lhes que sua rainha, seu Herdeiro, e nossa família permanecem intocados. Esses traidores assassinos que invadiram o castelo esta noite não conseguiram nada, não alteraram nada e morrerão... por nada."

Disse encarando firmemente sua nora.

" Eles pagaram pelas mortes de inocentes perdidos e de... Todo o mal que causaram a este castelo. Isso juro por minha alma!"

Assim que ela fez seu discurso e a sala ficou vazia, Visenya rapidamente a conduziu ao seu próprio quarto.

"Você fez bem..." ela disse enquanto fechava a porta atrás deles. "Tenho certeza que ninguém suspeitou que algo estava errado... você está bem? Talvez você devesse descansar um pouco."

"Não posso. Não posso voltar para aquele quarto." Polirys disse.

"Então você deve passar a noite aqui."

Confirmou e ela olhou para sua rainha enquanto a mesma olhava seus armários, tirava uma camisola e entregava a ela. Delicadamente pegou-o e tirou a coroa da cabeça, devolvendo-a a outra, que a depositou em sua estante.

"Obrigado." A conquistadora deu-lhe um meio sorriso e Mary foi se trocar novamente.

Quando ela saiu de trás da tela,  a rainha estava colocando um travesseiro no sofá. Polirys estremeceu e a mulher de cabelos prateados pegou um xale, envolveu-o nos ombros dela, levou-a até o sofá. Ela se sentou ao lado dela.

"Eu sinto-me entorpecido." disse por final.

"Isso era de se esperar. Aqui, deite-se." ela disse, acariciando seus cabelos. Ela fez o que pediu, pois não sabia mais o que fazer. 

Quando a cabeça bateu no travesseiro, Visenya percebeu que estava segurando a mão dela,  passou o polegar sobre os dedos para confortá-la.

 "Você deve tentar descansar um pouco." 

Disse puxando o cobertor sobre ela, aconchegando-a.

"Quero dormir, mas não consigo parar de tremer. Estou com tanto frio."

"É o choque dos acontecimentos da noite."

Naquele momento, Maegor entrou, parecendo aliviado ao encontrar os dois realmente bem, os ver na sala do trono não parecia o suficiente, principalmente quando tinha que bancar o herdeiro ao invés do marido e filho. A mais velha levantou-se rapidamente para impedi-lo de se aproximar. 

Nao queria que ele a assustasse. Explicou que ele deveria ir devagar e sentiu pena do filho ao ver a expressão de confusão em seu rosto, sabendo da bomba que estava prestes a ser lançada sobre ele. 

Estava preocupada em deixar a mais nova sozinha agora, mesmo com ele. Não apenas por causa da mais nova, mas por ela mesma.

"Graças aos Deuses vocês dois estão seguros!" Ele sorriu para a mãe, tocando suavemente seu braço antes de se virar para a esposa.

Ele reprimiu o impulso de correr até ela quando percebeu sua aparência. Embora não houvesse nada de errado com isso, ela apenas desviou o olhar . Seus olhos, que sempre continham uma faísca - de amor, raiva, poder, pureza, desespero - uma faísca de qualquer tipo, pareciam opacos. Ele não conseguia identificar, mas no geral, parecia quebrada .

" O que aconteceu?"

Perguntou diretamente, ele reconhecia cada gesto de sua esposa, cada respiração e o que poderia estar por trás disso, da emoção e do sentimento, e tudo o que sentia ao redor dela era medo.

O pânico aumentou em sua voz enquanto seus olhos percorriam cada pedacinho de pele exposta, em busca de qualquer sinal de dano. Lá! Apenas visível sob a gola da gola, sua garganta perfeitamente cremosa estava começando a mostrar sinais de hematomas. Ele pegou as mãos dela, mas só foi recompensado quando ela as puxou para trás e envolveu os braços em volta de si mesma enquanto tentava.

Mantaryan fungou. Sabia que sua esposa nunca seria capaz de fazer algo para partir seu coração , mas a dor que ele sentia agora, mesmo sem saber da história, por sua esposa recusar seu pequeno conforto naquele momento, o fez sentir menos do que o mínimo.

 "Polly, por favor, fale comigo." 

Ele saiu de sua posição na frente dela para se juntar a ela no sofá. Assim que ele estendeu a mão para o ombro dela, já que estava a milímetros de distância, ela se levantou abruptamente e cobriu o rosto com as mãos. O movimento expôs seus pulsos, que também começavam a ficar roxos.

Ele sentiu algo inflar em seu peito, uma sensação nauseante e furiosa, dolorida e gritante, que desejava matar todos que aparecessem a sua frente.

Perdido, voltou-se para sua mãe. "O que aconteceu? Por que ela não me permite tocá-la?" Sua voz falhou enquanto ele segurava as lágrimas: "Por que ela não diz nada?"

" Agora não..."

" Mãe..."

" Agora não, Maegor."

Disse firmemente, tentando desesperadamente transmitir paciência ao seu filho pelo olhar. Um dragão não era conhecido por ser paciente, mas esperava ter ensinado seu filho ao menos um pouco sobre isso.

Pareceu funcionar quando ele assentiu minimamente, olhou para sua esposa com uma saudades sem igual, como se não estivessem se visto a anos e desejasse desesperadamente permanecer ali, e então voltou para ela.

"Devo ir?"

Polirys assentiu com um olhar ferido e embora parecesse que não queria, seu marido saiu da sala.

A Princesa Consorte acordou no sofá da rainha na manhã seguinte, piscando e abrindo os olhos, esquecendo por um momento onde estava. Foi estranho. 

Havia acordado várias vezes durante a noite com pesadelos do ataque, e em cada vez, Visenya vinha para o seu lado e a acalmava, e ainda assim, ficava sempre confusa. Quando ela finalmente abriu totalmente os olhos, viu que sua boa mãe já estava acordada e vestida, olhando alguns papéis em sua mesa. Ela olhou para cima quando viu a se mexer. Ela se levantou e foi até ela.

"É tarde?" Perguntou baixinho.

"Você finalmente conseguiu se livrar dos pesadelos por algumas horas, então eu não queria te acordar." ela disse sentando-se ao lado dela.

"Há alguma notícia sobre...os intrusos?" ela perguntou nervosamente.

" Meu filho e os guardas passaram a manhã inteira procurando por eles. Eles ainda não voltaram." ela respondeu.

"Eu... deveria ir. Deixar você voltar para o que quer que estivesse fazendo." ela disse, sentindo-se um pouco desconfortável com a situação.

"Bobagem, você não estava me incomodando. Você pode ficar o tempo que precisar." assegurou.

"Eu... eu acho que preciso de um pouco de tempo para mim." ela disse levantando-se para sair.

"Mas você disse que não estava pronto para voltar para aquele quarto?" – perguntou, e ela se virou.

"Não estou, mas não posso ficar em seus aposentos para sempre." ela disse.

"Talvez você devesse voltar para seus antigos quartos, só até estar pronto." ela ofereceu sabendo que os aposentos dela, enquanto noiva do seu filho e ainda Lady Mantaryan, eram facilmente arrumados.

 "Você dormiu pouco, deveria ir tentar descansar mais. Vou avisar os guardas onde você estará." 

A princesa assentiu novamente e voltou-se para a porta, depois parou.

" Eu... Eu..."

"Eu sei." ela disse calmamente.

Mais tarde naquele dia, a jovem Consorte ainda estava deitada na cama, sem conseguir dormir. 
Visões de seus agressores assombrando seus sonhos. Infelizmente, eles a assombraram até acordada também. 

Enquanto ela olhava para a parede, tentando pensar em qualquer outra coisa, qualquer coisa, ouviu alguma comoção vinda de fora. Temerosamente caminhou lentamente até a janela, onde pôde ver Maegor reunindo alguns prisioneiros. Ela rezou para que um deles fosse seu estuprador.

Ela rapidamente se vestiu e voltou para o quarto da rainha. O guarda deixou-a entrar sem alardes. A rainha ainda estava na sua secretária, Mellione. Ela olhou para cima quando entrou.

"Maegor trouxe mais prisioneiros." ela disse. 

A rainha podia ver o medo crescendo lentamente nela. E entendeu, sem que dissesse, que ela não estava aqui apenas para lhe dar uma atualização, mas porque queria que ela fosse com ela, porque precisava. Ela estava com medo de enfrentar seu estuprador sozinha. Ela se levantou e agarrou seu pelo.

Eles começaram a andar pelo corredor e a mais velha percebeu que a garota estava tremendo. 

Em poucos pensamentos, pegou a mão de Polirys e fechou-a entre as suas com firmeza, mas gentilmente. Lentamente, parou de tremer. Quando chegaram ao portão, dla parou, puxando Visenya com ela.

"E se ele estiver lá fora? O que farei se o vir?" ela disse. A rainha olhou para o chão e engoliu em seco.

"Eu não... Não é fácil, mas precisa ser feito. " ela disse, então olhou para cima e olhou nos olhos dela. 

"Esta é a única maneira de levá-los à justiça. Você foi o único que os viu e viveu para contar a história... Como eu disse ontem à noite, estarei com você o tempo todo." Polirys assentiu e apertou sua mão, então eles saíram. 

Ela tentativamente deixou seus olhos examinarem a multidão de homens, soltou a mão da rainha e lançou-lhe um olhar para que ela soubesse que estava bem. 

Lentamente caminhou até eles, olhando-os, um por um. Procurando por qualquer recurso que possa reconhecer. Enquanto procurava cuidadosamente, Maegor saiu do castelo e ficou ao lado da mãe, que estava de olho em sua esposa, caso ela precisasse dela.

“O que Polirys está fazendo aqui?

" Ela... Ela está procurando por seu estuprador. E se você não o pegar, é isso que ela fará pelo resto da vida... em todos os cômodos e em todas as multidões."

Visenya sabia disso muito bem, mesmo que soubesse quem era o seu. Até hoje, ainda deixava seus olhos admirarem cada convidado que passava pelas portas do castelo. 

Maegor foi falar com a esposa. Ela não conseguia entender o que eles estavam dizendo, mas podia ver seu filho pegar a mão dela e vê-la retirar rapidamente, como se lhe doesse. 

Visenya sabia que seu filho, por mais que tentasse,  não conseguia compreender o que estava a acontecer, podia ver a dor e a confusão em seu rosto. Ele estava sendo tão compreensivo quanto possível, sem ter passado por isso sozinho. Ele terminou de falar com ela e voltou para o castelo. Ao passar por si, ela o deteve por um momento.

"Talvez, da próxima vez, não pegue a mão dela de forma tão agressiva. Apenas ofereça a sua. Deixe-a decidir quando estiver pronta." 

Dissecalmamente, eoe lançou-lhe um olhar pensativo, seus olhos gritavam fúria, dor e raiva por tudo isso, mas não disse nada e continuou entrando. Assim que ele desapareceu de vista, sua esposa voltou para o lado da rainha.

"Ele não estava lá." ela disse. 

Ela não sabia dizer se estava aliviada ou chateada. Ela imaginou que poderia ser um pouco dos dois.

"Tudo bem. Tenho certeza de que ele estará no próximo lote. Ou no seguinte. Seu marido o encontrará. Eu sei que ele o fará." ela disse.

Na manhã seguinte, ela viu Polirys voltando, da janela. Havia descoberto quase duas horas antes que havia passado a noite fora, e foi um milagre sangrento esconder isso do seu filho e não o ver unir todos os soldados do reino atrás dela.

Rapidamente saiu dos seus aposentos, seguida por cinco soldados armados e correu para encontrá-la. Quando saiu, viu que Rhaegar estava com ela. Ela lançou-lhe um olhar significativo, e teve seus olhos arregalados quando seu olhar foi correspondido com um silêncio expressivo.

"Onde diabos você esteve a noite toda?" ela perguntou enquanto a via descer do cavalo.

"Eu os encontrei." ela disse aparentemente sem emoção. Crua e indiferente, com uma máscara tão firmemente no lugar que a surprendeu. "Eles estão mortos... eu o matei." Os olhos de Visenya se arregalaram.

"Você? Você... matou..." ela engoliu em seco. Ela não tinha certeza de como responder a isso. Sua nora não parecia alguém que mataria uma joaninha, quem dirá um grupo de estupradores e assassinos.

 "Venha. Entre. Está frio aqui fora." eles voltaram para o quarto da rainha rapidamente, com um silêncio gelado durante todo o caminho até lá. Um olhar morto no rosto da futura rainha. Um nervosismo surpreende da mais velha.

Assim que eles entraram na sala. A mulher fechou a porta, queria dizer alguma coisa, mas não tinha certeza de qual seria a coisa certa a dizer desta vez. Ela olhou para ela por um momento até que foi Polirys quem quebrou o silêncio.

"Eu o queimei vivo... Ele disse que não estava arrependido pelo que fez. Que eu merecia o que recebi. E eu só... a lanterna..."

Disse quando a emoção finalmente rompeu seu olhar frio e ela começou chorar.

Visenya puxou-a para um abraço gentilmente. Ficaram assim por um segundo e depois a rainha levou-a a sentar-se. 

A mulher moveu os lábios como se fosse dizer alguma coisa, mas depois se conteve. No entanto, rla sabia o que queria dizer. 

"Não ajudou."

Respondeu à pergunta não feita. 

"Não fez diferença. Eu ainda sinto..." ela não sabia como descrever, mas não precisava. "Não parece justo."

"Nunca é quando essas coisas acontecem." ela disse.

"Não, quero dizer, eu não teria sobrevivido ontem à noite sem você. Uma noite foi demais. E eu consegui justiça... Mas quem fez justiça para você?" 

Ela perguntou. Estava maravilhada com ela mais do que nunca. Como ela conseguiu sobreviver sozinha? Criar um reino e viver tranquilamente depois de tudo?

 "Eu quero, quero encontrá-los para você e fazê-los pagar. Não está certo." ela colocou a mão no braço da menina.

"Não. É tarde demais." ela disse.

"Não é, deve haver..." ela começou.

"Por favor. Agradeço que você queira ajudar... mas se esforçar depois de todo esse tempo... prefiro deixar isso enterrado." ela disse.

"Tem certeza?" ela perguntou com as lágrimas ainda escorrendo.

"Confie em mim."

Fortsett å les

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