Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)

By tamires_menaldo

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Em meados do século XV, na época da Inquisição, a Igreja perseguia os bruxos acusando-os de heresia e condena... More

Introdução - Personagens e Playlist
Prólogo
Capitulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulos 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capitulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Epílogo

Capítulo 63

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By tamires_menaldo

Tribunal do Santo Oficio



Ao decorrer do caminho, durante a noite, o grupo foi se escondendo em abrigos pela floresta para descansarem de forma segura usando magia para se camuflarem. Assim alguns dias se passaram até que os bruxos chegassem mais perto do Tribunal. Então, ao encontrarem uma caverna mais profunda onde todos poderiam se esconder, decidiram, durante o dia, montar um acampamento improvisado.


Depois de tudo arrumado e a redoma transparente de proteção para deixar os bruxos invisíveis aos olhos de possíveis intrusos ser colocada em volta da caverna usando a fase minguante da lua para canalizar a magia, Freya junto com alguns bruxos e o cavaleiro resolvem seguirem rumo ao Tribunal, enquanto outros mais velhos com algumas mulheres e as crianças ficam para cuidar do acampamento e esperar o restante voltar.


Oliver pede para Beatrice ficar com os outros no acampamento e esperar ele retornar.


- Quero que você fique aqui - pede ele segurando nas mãos dela.


- Eu vou com você, Oliver - retruca ela apertando levemente as mãos dele.


- Vai ser perigoso e não quero que nada aconteça com você.


- Quantas vezes vou ter que te dizer que sou sua esposa e vou aonde você for - diz ela acariciando com o polegar as manchas escuras de queimadura da mão dele.


- Mas você...


- Não adianta tentar me convencer a ficar - interrompe ela dando um passo mais para perto de Oliver e colocando o dedo indicador sobre os lábios dele silenciando-o. - Eu vou com você.


Beatrice fica na ponta do pé e encosta os lábios nos dele, mas quando estava se afastando, o bruxo a enlaça pela cintura puxando-a para perto de si novamente.


- É por isso que te amo, Bea.


Ela sorri envolvendo o pescoço dele com seus braços, enquanto Oliver aproxima o rosto do dela e a beija com mais volúpia.


O grupo reunido saem do acampamento e após alguns passos, avistam o Tribunal. Então se aproximam do muro que o rodeava pela parte de trás para entrarem pela passagem lateral.


Murmúrios de uma multidão e algumas vozes alteradas eram ouvidas vindas pela Praça da Fé, que ficava em frente à porta principal do Tribunal do Santo Oficio.


- Eu vou checar se há movimentação de caçadores no pátio e já volto - diz Adrian se afastando e entrando pela passagem lateral que dava acesso ao pátio.


Ele espia para dentro do pátio, que estava silencioso e, praticamente, vazio, com apenas alguns carrascos fazendo ronda pelo local.


- Há alguns carrascos no pátio - diz o cavaleiro ao voltar perto dos demais.


- Então vou despistá-los para que vocês possam entrar - diz Freya.


- Tome cuidado - adverte Adrian.


Ela assente com a cabeça e segue pela passagem, camuflada por folhagens e trepadeiras agarradas as pedras do muro alto, entrando no pátio e chamando a atenção dos carrascos, que se postam em posição de ataque apontando suas espadas na direção dela. Freya, vagarosamente, encaminha-se para o centro do pátio encarando de forma desafiadora cada um dos homens trajados de capa vermelho-sangue, que eram sete no total.


- Quem é você? - pergunta um deles.


- Você vai descobrir logo - responde a bruxa dando um passo para frente.


Dois carrascos avançam contra ela. Freya, rapidamente, faz um movimento com as mãos paralisando seus corpos, impedindo-os de se mexer.


- Ela é uma bruxa - brande outro dos homens. - Peguem-na.


Antes que os outros saíssem de seus lugares para atacá-la, Freya arremessa os carrascos paralisados para longe fazendo-os estabacarem-se violentamente no chão. O único som que se ouve são os ossos dos mesmos se quebrando em várias partes. Os outros homens ficam estarrecidos com a cena.


- Como consegue fazer magia dentro das dependências do Tribunal? - pergunta um dos carrascos perplexo. - Este é um lugar sagrado, livre de magias malignas.


- Eu sou uma bruxa diferente - ela dá mais um passo à frente -, portanto eu posso fazer magia em qualquer lugar.


- PEGUEM-NA AGORA! - grita outro carrasco em ordem, impaciente.


- Eu aconselho a vocês a correrem se quiserem sobreviver - diz ela calmamente, enquanto com um movimento de mão, segurava-os inertes no lugar -, pois para aqueles que resolverem ficar, aviso que morrerão hoje.


Assim que Freya solta-os da magia paralisante que os envolvia, três dos carrascos insistem em investir contra ela. A bruxa saca seu punhal, que estava escondido em sua bota e espera o ataque. Quando o primeiro homem se aproxima, em um gesto rápido, Freya corta-lhe a garganta fazendo o sangue dele jorrar e respingar em seu rosto, braços e vestes. Ela assiste o corpo do carrasco tombar no chão com um baque surdo.


Então olha para frente e vê outro carrasco avançando com a espada apontada na direção de seu peito. Sem titubear, Freya lança seu punhal contra o homem acertando-o em cheio na testa fazendo a cabeça dele ser jogada para trás e os olhos se esbugalharem de surpresa e medo antes de perderem o brilho. A espada que ele segurava cai ao chão junto com seu corpo sem vida.


Ela percebe a presença do próximo carrasco aproximando-se pela lateral. Sem virar-se para ele, Freya estica seu braço paralisando-o e com um gesto de mão, mesmo à distância, faz como se o estivesse enforcando. O homem agarra seu pescoço desesperado tentando se desvencilhar da força invisível que o sufocava, ele começa a ficar com a pele arroxeada sentindo sua tranqueia sendo esmagada. A bruxa, com magia, aperta mais forte a garganta dele e num movimento rápido torce a mão quebrando o pescoço do carrasco.


Freya abaixa seu braço vendo o corpo do outro desabar no piso de pedra do pátio. Ela vira sua atenção aos outros dois carrascos que sobraram e estavam estagnados, pelo pavor, em seus lugares.


- Quem vai ser o próximo? - provoca ela encarando-os com fúria.


Ambos saem correndo, tropeçando em suas próprias pernas, para dentro da fortificação do Tribunal. Freya encaminha-se de volta a passagem para chamar o restante do grupo.


- O pátio está livre, por enquanto - avisa ela -, vocês podem entrar e resgatar as pessoas presas.


Todos entram no interior do Tribunal e uma parte do grupo encaminham-se para o subsolo onde ficava as celas, enquanto a outra parte fica de vigia no pátio para o caso de mais carrascos ou caçadores aparecerem.


Freya com Adrian vão a frente ao adentrarem o subsolo através das escadas de pedras em espirais. Ela com sua magia vai guiando os outros, aguçando sua audição para ficar em alerta em relação a qualquer ruído suspeito. Ao chegar na entrada para as celas, a bruxa estaca os passos fechando os olhos para se concentrar e com um movimento de suas mãos, todas as fechaduras das portas de aço das celas se abrem com um clique.


Freya sente um liquido espesso e quente escorrer de seu nariz, ao perceber que era sangue, ela, rapidamente, limpa com a manga de sua capa cinza. Depois vira-se para os demais fazendo um aceno de cabeça sinalizando de que as portas já estavam destrancadas. Os bruxos se espalham ajudando as pessoas presas a saírem de suas celas.


- Ajude todos a saírem daqui - pede Freya a Cassius -, eu vou atrás do Padre Bartolomeu.


Ele assente com a cabeça.


- Eu vou com você - avisa Adrian a bruxa.


Ambos sobem os degraus ingremes até o andar superior rumo ao gabinete que deveras pertencera ao Bispo Domênico, imaginando que iriam encontrar o Padre lá, já que ele tomara as rédeas do Tribunal. O corredor que levava até o cômodo estava vazio.


- Apesar da maioria dos caçadores estarem longe aterrorizando os vilarejos, é estranho esse lugar estar tão silencioso - comenta o cavaleiro enquanto eles caminhavam cautelosamente -, não havia movimentação de carrascos no subsolo também.


- O que você acha que isso significa?


- Que alguma coisa está acontecendo.


Eles param em frente à porta do cômodo, que estava fechada. Freya aguça sua audição e não consegue ouvir som algum, então abre a porta e eles se deparam com o local vazio.


- Você sabe onde mais o maldito Padre poderia estar?


- Ele pode estar em qualquer canto deste lugar - responde Adrian apreensivo -, temos que ter cuidado, pois mesmo que aqui não tenha ninguém, há muitos padres e carrascos circulando pelos corredores do Tribunal.


- Eu vou vasculhar esse lugar inteiro até encontrar o Padre Bartolomeu.


Eles seguem pelo corredor.



Enquanto isso, Cassius guiava as pessoas para fora do subsolo até a superfície e Diana ajudava-os a sair do pátio pela passagem lateral. Em dado momento, os carrascos que haviam adentrado o Tribunal retornam com reforços, entre eles caçadores.


Eles cercam os bruxos que estavam no pátio.


Quando Cassius retorna do subsolo com os últimos presos, depara-se com essa cena. E por alguns segundos, ele observa suas opções olhando de um lado para o outro do pátio.


- Fiquem aqui - pede ele as pessoas, que ainda estavam ás sombras da escada do subsolo.


Cassius, cuidadosamente, aproxima-se de Diana, que estava ao lado de Oliver.


- Leve o restante das pessoas para fora daqui e fique lá com elas - diz ele ao pé do ouvido dela olhando para a entrada do subsolo.


Ela acompanha o olhar dele acenando, sutilmente, com a cabeça. Cassius, assim como o filho, e os outros desembainham suas espadas, enquanto Diana corre para a entrada do subsolo.


- Eu vou tirar vocês daqui - diz a bruxa às pessoas que olhavam assustadas para o conflito que se instaurara no pátio. Diana percebe que haviam cinco pessoas ali: quatro homens e uma mulher. - Venham comigo. - Ela pega a mulher pela mão e conduz o pequeno grupo para fora da escuridão, formando uma fila indiana.


Eles a seguem.


A bruxa contorna o estábulo e o alojamento até chegar a passagem. Atenta ao seu redor, ela percebe que todos estavam ocupados demais lutando entre si para prestar atenção no pequeno grupo se movimentando. Do lado de fora, Beatrice, que aguardava com os demais, vem ao encontro da bruxa assim que a vê.


- E os outros?


- Apareceram alguns carrascos e caçadores e estão lidando com eles - explica Diana -, agora precisamos sair daqui e nos esconder na floresta, enquanto esperamos o restante dos bruxos.


Elas conduzem as pessoas, que ainda estavam apavoradas, rumo a Floresta da Lua. Diana percebe que algumas delas estavam feridas nos braços e pernas, então ela com a ajuda de Beatrice decide curá-las.



○○○



Freya e Adrian percorrem alguns corredores pelo Tribunal e apenas se deparam com alguns carrascos e caçadores correndo em direção ao subsolo, mas os dois conseguem esconderem-se atrás de um pilar que fazia divisa entre um corredor e uma sala com um pequeno altar, que era o local de orações dos sacerdotes, e não foram vistos, porém o Padre Bartolomeu ainda não fora encontrado em lugar nenhum.


Quando eles estavam chegando ao hall da entrada principal, notam a porta dupla de madeira aberta e dando visão para a Praça da Fé que ficava em frente ao Tribunal.


Ambos se aproximam do limiar da porta observando a movimentação que acontecia do lado de fora. Havia um palanque, que fora montado, onde três estacas de madeira foram colocadas no meio e duas mulheres e um homem estavam amarrados a elas com cordas grossas. Percebia-se o desespero no semblante de cada um deles, que olhavam angustiados, com lágrimas molhando seus rostos, para a multidão que cercava a Praça e clamava pelo início do espetáculo.


Freya olha em choque para aquela cena. Tinham marcas de cinzas na madeira e cheiro de fumaça no ar, o que significava que outras pessoas já haviam sido queimadas naquelas estacas. Ela olha ao redor e vê alguns carrascos, vestidos com capas vermelho-sangue, parados em fileira em cima do cadafalso montado na Praça da Fé para as execuções e no centro do palco de horrores estava o Padre Bartolomeu com uma tocha na mão prestes a atear fogo na palha colocada embaixo dos pés da primeira mulher.


- PARE! - grita Freya fazendo o palanque estremecer e as folhagens das árvores ao redor farfalharem com a força de seu timbre estridente.


A multidão se cala instantaneamente. Todos os olhos se voltam para a bruxa, que mantinha uma postura ereta, há alguns passos à frente de Adrian, e os olhos faiscando de raiva fixados na figura do Padre. Os carrascos se posicionam com suas lanças apontadas para Freya em porte de ataque.


- Você vai morrer hoje - avisa ela a Bartolomeu, pronunciando cada palavra lentamente.


- Eu devia tê-la matado quando tive a chance na Sala de Confissão - exprime o Padre ao reconhecê-la, virando-se para Freya e apontando a tocha na direção dela - e a você também, caçador traidor. - Ele encara Adrian, que retribui o olhar ameaçador.


- Solte essas pessoas inocentes - exige Freya.


- Elas são cúmplices de bruxos - diz o Padre dando um passo em direção a ela -, não são inocentes.


Quando ele estava prestes a dar outro passo, Freya move seus dedos prendendo os pés dele na madeira do palanque, que a olha incrédulo e furioso.


- Você não pode fazer magia em solo sagrado - vocifera Bartolomeu tentando mexer as pernas, mas sem sucesso.


- Eu sou filha do Rei - dispara ela erguendo o queixo com ar de superioridade -, então sim, eu posso.


Os carrascos tentam avançar sobre ela com as lanças em riste, Adrian se movimenta para entrar na frente de Freya, porém ela é mais rápida e com um movimento da outra mão arremessa todos eles para longe jogando-os em meio à multidão, que se afastam do cadafalso, horrorizadas.


- Solte as pessoas, Adrian - pede ela enquanto mantinha o Padre paralisado.


O cavaleiro atende o pedido, prontamente, e começa a desamarrar as cordas da primeira mulher, que assim que se vê livre sai correndo na direção contrária a dos carrascos se misturando aos demais.


- Matem-nos - brada Bartolomeu aos seus homens, que ainda estavam se levantando da queda.


- Eu não faria isso se fosse vocês - alerta Adrian enquanto terminava de desamarrar a segunda mulher, que ao se livrar das amarras, também corre para longe na mesma direção que a outra.


Os carrascos sem saber o que fazer, permanecem parados em seus lugares.


- Não me ouviram? - esbraveja o Padre mais alto -, matem eles agora.


Adrian desamarrava a última pessoa, que era o homem, quando os carrascos se movimentam em sua direção. Antes que ele pudesse reagir, vê um dos carrascos, que estava mais próximo quase lhe acertando com a ponta da lança, girar a cabeça em um movimento bizarro e escuta o osso do pescoço dele estalando. O cavaleiro apenas observa o corpo do outro tombar ao chão sem vida.


Os outros homens que avançavam sobre Adrian, estacam seus passos abruptamente. O cavaleiro vira-se para trás e vê que fora Freya quem quebrara o pescoço do carrasco.


- Quem mais se atrever a dar um passo, terá o mesmo fim - avisa ela encarando cada carrasco.


Eles permanecem imóveis, assim como toda a multidão que estava paralisada pelo medo, enquanto Adrian termina de desamarrar o homem na estaca, que após ficar solto sai correndo por entre as pessoas.


- Agora o assunto é entre mim e você - diz Freya voltando sua atenção para o Padre.


- Sua maldita, você ainda vai queimar no inferno - amaldiçoa ele cuspindo de ódio.


- Não antes de você. - Ela olha para Adrian. - Tire essas pessoas daqui.


O cavaleiro obedece pedindo que a multidão se afaste do palanque. Algumas pessoas começam a dar alguns passos para trás, mas outras permanecem no lugar curiosas para ver o que iria acontecer.


Freya, com um movimento da mão livre, faz o fogo da tocha que o Padre ainda segurava tremular. Bartolomeu olha assustado para a chama tentando arremessar a tocha para longe, mas a tora de madeira parecia estar pregada a sua mão e não se move. A bruxa começa a sentir seus olhos arderem e a sua cabeça a latejar de dor, mas ignorando o desconforto e com um olhar faiscando de fúria, faz o fogo elevar-se no ar consumindo, rapidamente, o corpo de Bartolomeu, que grita em desespero.


Ela, enfim, o solta, que cai ao chão se contorcendo e gemendo até tudo ficar em silêncio e o corpo do Padre se transformar em uma massa disforme carbonizada.


Freya sente sua cabeça doer ainda mais, mas segura sua magia tentando não deixar suas forças se esvaírem.


- Freya - chama Adrian aproximando-se dela.


A multidão assistia a tudo estarrecida com os pés plantados no chão, mas começam a correr desesperados por todas as direções, uns pisoteando aos outros, ao verem o fogo se alastrando por todo o palanque e ir ao encontro da plateia.


- Freya - chama Adrian novamente em tom mais alto.


Ela olha para ele sem se mover.


- O que você está fazendo? - Ele indaga quase em pânico.


- Vou transformar o Tribunal em cinzas.


Ela vira-se para a fortificação do Tribunal e com os movimentos de suas mãos direciona as chamas para o local fazendo-as lamber as estruturas retorcendo-as conforme o fogo se espalhava. Freya e Adrian assistiam as labaredas consumirem a edificação, que em poucos segundos estava queimando por completa, enquanto as pessoas ainda corriam desesperadas para escapar do fogo.


A bruxa arfa de cansaço tentando puxar o ar de seus pulmões em uma respiração profunda, tremendo devido ao esforço para manter a magia sente sangue escorrer de seu nariz. Adrian vira o rosto para Freya, que ainda olhava para as chamas, e percebe que ela estava exausta com o rosto avermelhado e suor escorrendo de suas têmporas, além de sangue manchando seus lábios e queixo.


- Precisamos sair daqui - diz o cavaleiro colocando os braços dela ao redor de seu pescoço, e pegando-a no colo, ele sai em meio ao alvoroço rumo a Floresta da Lua para irem ao encontro do restante do grupo, que os aguardava.


No meio do caminho, nos braços de Adrian com a cabeça pendendo para trás, ao olhar desorientada, com os olhos semicerrados, em volta para a confusão de pessoas correndo para todos os lados, a bruxa avista um vulto em meio à multidão desgovernada que aparentava ser o Padre Gregório, mas quando ela tenta focar sua visão, a figura dele desaparece em meio ao tumulto.


Eles chegam onde o grupo os esperavam. Todos olhavam espantados o fogaréu, ao longe, que tomava conta da paisagem, e a cortina de fumaça que se erguia em espirais em direção ao céu.


- Foi você quem fez isso? - pergunta Diana para a sobrinha.


- Sim - responde Freya em um suspiro, erguendo a cabeça, ainda no colo de Adrian.


Freya pende a cabeça para o lado fechando os olhos ao perder os sentidos.


- Precisamos voltar ao acampamento - diz Diana olhando preocupada para a sobrinha.


Todos encaminham-se para a caverna onde o acampamento improvisado fora montado. Adrian segue o caminho com Freya nos braços, que permanece desacordada.

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