Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)

By tamires_menaldo

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Em meados do século XV, na época da Inquisição, a Igreja perseguia os bruxos acusando-os de heresia e condena... More

Introdução - Personagens e Playlist
Prólogo
Capitulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulos 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capitulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Epílogo

Capítulo 53

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By tamires_menaldo

Mosteiro da Graça



Diana acorda com o sol invadindo o aposento através da abertura da janela. Ela olha para o lado e vê a sobrinha colocando a aljava no ombro.


- Onde está indo? - pergunta ela sentando-se na cama de palha.


- Vou me juntar aos outros no pátio para planejar as estratégias para o ataque ao Tribunal.


- Freya, acho que seria melhor você não participar desse ataque.


- A ideia do ataque foi minha, não faria nem sentido eu não participar.


- Você sabe que estaria correndo perigo indo até lá, já que é uma fugitiva do Tribunal, foi por esta razão que teve que se esconder no quarto quando estava no Castelo Real.


- Todos nós estamos correndo perigo - retruca Freya pegando seu arco, que estava encostado na parede de pedra. - Foi o Rei que pediu para você vir falar comigo? - indaga ela encarando a tia.


- Sim, ele está preocupado com você e eu também.


- Pois diga a ele que não vou fugir dessa luta e saiba, tia, que estou fazendo isso pela Aimée.


Freya termina de falar e sai do quarto sem esperar por resposta, rumo ao pátio.


Diana arruma-se e sai em busca de Henrique encontrando-o pelos corredores da Abadia.


- Estava procurando por você - diz ela ao deparar-se com ele.


- Estava em companhia do Abade discutindo algumas questões financeiras em relação a reconstrução da muralha.


- Como deve imaginar, não consegui progresso algum em relação a Freya.


- Não posso deixá-la ir ao Tribunal.


- O que está pensando em fazer?


- Prendê-la aqui.


- Não pode impedi-la contra a vontade dela.


- Você tem uma ideia melhor?


Diana fica calada.


Diante do silêncio dela, Henrique começa a andar se afastando pelo corredor.


- Como pretende fazer isso? - indaga ela encarando as costas dele.


- Ainda não sei, mas vou pensar em algo - responde ele sem olhar para trás e continuando a andar.



○○○



Tribunal do Santo Oficio



O Bispo estava olhando para o pátio através da janela de seu gabinete, quando vê os caçadores adentrarem o local com seus cavalos e arrastando alguns bruxos pelas correntes até o subsolo onde ficavam as celas.


Alguns minutos depois batem à porta do gabinete.


- Entre - ordena o Bispo sentando-se em sua poltrona.


A porta se abre e Alexandre entra.


- Com licença, Reverendo.


- Vi que o cerco contra o mosteiro surtiu efeito.


- Sim, os bruxos estavam realmente esse tempo todo escondidos no Mosteiro da Graça.


- Então conseguiram capturar todos?


- Infelizmente não, fomos surpreendidos pelos cavaleiros da Guarda Real, que lutaram a favor dos bruxos, e devido a isso tivemos que recuar antes que perdêssemos mais homens.


- Os cavaleiros da Guarda Real lutaram a favor dos bruxos? - indaga o Bispo com a testa franzida.


- Sim, Reverendo.


- Isso não é certo; o Rei tomar partido nessa batalha e ainda ser contra a Igreja - esbraveja Domênico fechando os punhos e batendo-os com força sobre a mesa


- O Bispo já foi informado que o Adrian se tornou cavaleiro e, portanto, ele estava lá lutando ao lado dos bruxos e matando aqueles que um dia foram seus parceiros.


- Eu tentei ignorar o fato de ele ser um traidor para não o punir, mas não posso fechar os olhos para essa audácia. Adrian terá o que merece. - Ele bate mais uma vez na mesa com o punho fechado.


- O que pretende fazer, Reverendo?


- Vocês voltarão ao mosteiro e trarão o resto dos bruxos que ficaram.


- E quanto aos cavaleiros?


- Acabem com eles se for preciso, não devemos mais lealdade ao Reino depois dessa injúria.


- Mas os bruxos podem nem estar mais no mosteiro depois do nosso ataque.


- Procurem eles pela Floresta da Lua, não poderão mais se esconderem pelos vilarejos, estão marcados. Taquem fogo em tudo se for necessário, mas tragam aqueles malditos bruxos, nem que sejam mortos.


- Entendido, Reverendo - diz o caçador saindo do gabinete.


- Você vai me pagar por isso, Henrique - ladra Domênico dando outro soco na mesa. - Afinal de contas de que lado você está? - devaneia ele com os olhos faiscando de raiva.



○○○



Mosteiro da Graça



- Temos que partir para o Tribunal o quanto antes, não podemos perder mais tempo - diz Freya a Cassius no pátio, enquanto treinavam.


- Concordo, por isso já comuniquei a todos que partiremos amanhã ao alvorecer.


- E por que não fui informada dessa decisão?


- Porque eu pedi para não te informarem - responde Henrique aproximando-se.


- Ainda está insistindo nessa ideia de me impedir de ir até o Tribunal junto com os outros?


- Gostaria que você entendesse a minha preocupação com você.


- Vou deixar bem claro que eu irei, Vossa Majestade querendo ou não.


- Estou ciente da sua teimosia.


- Então pare de tentar me impedir.


Freya afasta-se do Rei entrando na Abadia.


- Eu te avisei que não iria conseguir impedi-la - diz Cassius a Henrique após Freya ter se afastado.


- Eu tenho os meus motivos para querer que ela não vá.


- Mas você não pode contar a ela esses motivos.


- Eu vou ter que apelar para conseguir que ela fique aqui.


- O que vai fazer?


- Para o que tenho em mente, vou precisar da ajuda de alguém que consiga se aproximar sem que ela desconfie - explana o Rei olhando para Adrian treinando arco e flecha.


Henrique resolve aproximar-se do cavaleiro.


- Adrian.


- Vossa Majestade - diz o outro virando-se para o Rei e abaixando a flecha que encaixara no arco.


- Preciso conversar com você a sós.


- Como desejar, Vossa Graça.


- Acompanhe-me.


Adrian segue Henrique até a biblioteca do mosteiro, que ficava acima do claustro de meditação e da capela na ala dos fundos.


- Preciso da sua ajuda - pede o Rei assim que adentram a biblioteca.


- Em que posso ajudá-lo, Vossa Graça? - pergunta Adrian parado em frente ao outro.


- Vou ser direto - diz Henrique asperamente. - Eu sei que você é próximo de Freya e que já sabe que sou pai dela e, portanto, sou um bruxo.


- Sim, Vossa Majestade, eu sei sobre isso.


- E você não ter levado essa informação adiante, já que a Corte não sabe disso, mostra a sua lealdade.


- Esse assunto não pertence a mim.


- Eu, como pai, estou preocupado com Freya, temo pela vida dela se ela for até o Tribunal para o ataque, acredito que você também se preocupe com isso.


- Sim, mas sei que ela irá mesmo assim, independentemente da minha vontade, apesar de eu preferir que ela ficasse aqui; segura.


- Eu tenho um jeito de mantê-la aqui e é por isso que preciso da sua ajuda.


- O que tem em mente, Vossa Graça?


O Rei explica para Adrian a sua ideia.

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