Nemenci & Amanti [malec]

Door _druigwtt

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Até onde uma alma poderia continuar pura e inocente em um sistema corrupto e corrompido? Alexander não aprend... Meer

[Avisos e Observações]
☢️Book trailer☢️
[Epigráfe]
[La morte saluta]
[il destino si intreccia]
[Primo e ultimo appuntamento]
[Un capo misterioso]
[Il solo ed unico]
[ Il veleno del diavolo]
[L'incontro di due opposti]
[Una bugia]
[Un segreto nascosto]
[il piccolo appuntamento ]
[Un poeta in anticipo sui tempi]
[Una nuova possibilità]
[L'altra faccia della medaglia]
[Un avvertimento amichevole]
[Un buon soldato]
[Mezzo morto]
[AVISO IMPORTANTE!]
[Un incontro casuale]
[Modifica]

[Un nuovo inizio]

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Door _druigwtt

Alec estava um tanto quanto desacreditado pela frase que o parabatai havia falado. Se Jace fosse se exibir de alguma maneira o moreno com certeza iria lhe dar um soco na cara. Porém o olhar sério e baixo do loiro fez com que Alec parasse por um momento, era raro ver Jace em uma situação assim, então todo aquele momento era um tanto quanto interessante. O mais alto soltou um suspiro baixo, abrindo a porta totalmente e dando espaço para que o loiro pudesse passar. Este entrou sem dizer nada. Alec pensou que provavelmente Isabelle havia dado umas boas broncas em Jace, para que ele parecesse um cachorro acanhado dessa maneira perto de seu parabatai. Mesmo que estivesse bravo, não conseguia não achar tudo aquilo engraçado, ver Jace daquele jeito era um tanto quanto interessante.


O loiro se sentou na cama bagunçada de Alec, olhava os papéis espalhados e a caixa de pizza ainda com comida. Depois de absorver a bagunça do quarto e focar por algum tempo na linha do tempo na parede, Jace finalmente teve coragem de olhar para os olhos de Alec, os olhos dourados mais escuros do que o moreno já havia visto antes. Claro que Jace não conseguiu sustentar o olhar por muito tempo, voltando a olhar para a linha do tempo.


-Você está trabalhando nisso daqui a quanto tempo? - Até mesmo sua voz estava acanhada, apenas um pouco mais alta que um sussurro.


-Ontem a noite. - A voz de Alec estava ríspida, quase rouca com a raiva que borbulhava dentro de si. Jace havia sequer falado mais alguma coisa, deixando com que o quarto caísse em um silêncio um tanto quanto desconfortável.


Aquele silêncio fez com que Alec pensasse, eram parabatais a pelo menos 9 anos. O experimento que fez com que eles se tornassem parabatais era algo inédito, poucas crianças participavam desse experimentos, e o número dos quais eram sucessidos era menor ainda. Jace e Alec haviam participado porque, desde que Jace havia sido adotado pelos Lightwood, os dois não se desgrudavam, e trabalhavam melhor juntos do que sozinhos. A Clave viu uma oportunidade de um experimento sucessido, e foi, os dois eram uma das únicas duplas de parabatais vivos ainda, e os únicos em Nova York. Eles eram inseparáveis, Jace era do combate corpo a corpo e Alec era de lutas a distância. Facas e espadas eram o forte de Jace, e o arco era a arma preferida de Alec. Eles eram como ying e yang, inseparáveis, se completavam para formar uma imagem completa.


E deveria ser assim até hoje, porém, em algum momento, tudo isso mudou. Jace havia se tornado imprudente, orgulhoso, seguro de que tudo ia dar certo se fosse resolvido com violência. Enquanto Alec ficava para trás, lidando com as consequências e criando um rancor forte que o consumia a cada dia. Os dois passaram de crianças alegres e animadas com o mundo que a Clave os apresentava para jovens que sequer sabiam se poderiam contar um com o outro. Alec queria saber como que poderia voltar no tempo, voltar a ter aquela animação e não duvidar dos ideias que havia crescido com.


Depois do que pareceram horas para Alec, Jace havia sido o primeiro a quebrar o silêncio desconfortável que ainda residia no quarto.


-Olha, eu quero que você me deixe terminar de falar primeiro antes de dizer qualquer coisa. Tudo bem?


Alec nem se deu o trabalho de responder naquele momento, apenas acenando com a cabeça para que o outro pudesse continuar a falar. Jace não precisava mais do que isso para começar a falar.


-O que eu quero começar dizendo é que eu realmente não esperava tudo que ia acontecer na cozinha hoje de manhã. Eu fiquei totalmente em choque e Isabelle ficou também. - Jace se mexia desconfortavelmente na cama cada vez que uma palavra saia de sua boca. - Alec, a gente nunca te viu brigando desse jeito. Você tava um tanto quanto assustador, eu achei que você ia me matar estrangulado naquele momento.


As mãos do loiro gesticulava de maneira extravagante. E Alec, conhecendo seu parabatai como ele conhecia sabia dizer que ele estava nervosa. Até mesmo conseguia dizer que estava ansioso, os olhos encontrando apenas por alguns segundos, sem conseguir manter um contato visual forte o suficiente. Isso o irritava ainda mais, essa enrolação fazia com que o mais velho quisesse realmente enganar Jace ali mesmo.


-Jace, fala logo o que você quer, com toda essa sua encenação e enrolação. - A voz de Alec que estava baixa, mas continuava em um tom seco e agressivo. Os olhos azuis encaravam fixamente Jace, que ainda assim não lhe encarava de volta.


De primeira, Jace ficou em silêncio, suas mãos mexendo agitadamente em seu colo, tentando encontrar as palavras certas para conseguir dizer para o parabatai. Demorou alguns segundos para que o loiro pudesse voltar a falar.


-Olha, o que eu quero falar para você é que, eu não sabia Alec. Eu realmente não sabia de nada. Eu sempre achava que estava tudo certo entre a gente, nós sempre estávamos bem, lutavamos bem e eramos uma ótima dupla em combate. Nós sempre protegemos as costas um do outro. Eu não sabia que você se sentia assim. - O mais novo deu um suspiro pesado. - Isabelle disse que eu era meio tapado.


-Ela está certa.


-É, ela está. - Alec viu o parabatai soltar um risinho baixo, voltando a encarar o moreno. Dessa vez não quebrando o contato visual. As mãos do loiro ainda estavam ansiosas, agora passando os dedos sobre os fios loiros. Que Alec notou levemente que estavam opacos, provavelmente fazia tempo que Jace não os lavava. - Eu quero dizer que não sabia o quão afetado você ficava com tudo isso, Isabelle me contou todas as vezes que papai e mamãe brigaram com você por conta de erros que eu fiz. E você nunca sequer falou para eles que tinha sido eu. Por quê?


-Jace, você é o menino dos olhos de ouro deles. Você acha mesmo que eles iriam acreditar em mim?


-Mesmo que não acreditassem, eu poderia falar com eles. Eu sei que eu cometo erros, Alec. Mesmo que eu seja incrivelmente bonito, carismático, foda, eu cometo erros. - Alec revirou os olhos, tentando não rir com a presunção do seu parabatai. - A gente poderia ter conversado sobre isso, eu não iria brigar com você. Por que você não falou comigo? Eu gostaria que você tivesse conversado comigo. Se não fosse comigo pelo menos com a Izzy, ela estava bem preocupada com você nesses últimos dias. Ela mal tem dormido, tentando fazer as experiências com o yin fen e tentar te ajudar no relatório.


Não conseguia negar que sentiu uma pontada de dor e culpa. Não queria que Izzy se envolvesse tanto assim e ficasse tão abalada. Alec sabia como os pais poderiam ser, mas ele sempre tentava blindar a irmã das coisas, das pressões e das expectativas que os seus pais colocavam em seus ombros.


Agora o mais velho se aproximou, se sentando do lado de Jace na cama. Não totalmente colado, numa distância que fazia o moreno confortável.


-Eu nunca pensei em falar, saca? Eu sou o irmão mais velho e era de minha responsabilidade cuidar de você, cuidar de todos nós. - O moreno suspirou, as costas apoiadas na cabeceira da cama. - Eu fui criado assim, com uma promessa que eu seria o novo coordenador do Instituto quando fosse a hora. Eu não queria que isso fosse um empecilho para vocês.


Dessa vez quem quebrou o contato visual havia sido Alec. Os olhos azuis agora passando para a linha do tempo, vendo o que tinha trabalhado naquelas horas da noite.



-Eu sinceramente não sabia que eu iria explodir assim. Eu sequer esperava que a gente discutisse hoje de manhã. Não sabia que eu tinha tanta raiva assim acumulada. - O moreno confessou. - Eu me descontrolei demais, eu sequer falei com a Isabelle, eu tenho que falar com ela depois. Pedir desculpas para ela.


A voz do moreno agora estava mais calma, até mesmo um pouco envergonhada. Realmente ele sequer pensou direito enquanto estava gritando com o Jace na cozinha. A raiva havia sido acumulada por tanto tempo que tudo saiu de uma vez, afetando pessoas que nem sequer tinham haver com isso.


-Alexander, não precisa pedir desculpas para ela, nem para mim, não precisa pedir desculpas para ninguém. Mesmo que tenha sido um tanto de choque, você não está errado. Você está certo em tudo isso.


 - A voz de Jace estava mais agitada agora, como se quisesse que as palavras entrassem na cabeça do moreno. - Eu posso não admitr totalmente ou falar muito sobre os meus erros, mas eu realmente sou imprudente para essas coisas. Eu ajo sem pensar, eu bato antes de perguntar. E essa imprudência me fez ficar cego e não perceber o quanto eu te machucava.


Mesmo que não fosse alguém que gostava de proximidade, o loiro alcançou e segurou a mãe de Alec, apertando forte. A mão de Jace era fina e delicada, o oposto da forte e grande da de Alec. O que era um tanto quanto contraditório, já que era Alec que mexia em uma arma mais delicada do que uma espada. O moreno retribuiu o toque, segurando com força também.


-Com tudo isso o que eu quero dizer é que eu quero pedir desculpas. Tudo que eu fiz nos últimos tempos foi imprudente, e mesmo que isso não é uma desculpa, eu só fiz tudo isso porque eu sabia que você estaria lá para me ajudar e a me levantar. Que você estaria cobrindo com as minhas costas, assim como você faz nas missões. E agora eu quero fazer isso por você também, quero fazer o certo. Eu vou mudar para ser merecedor do seu perdão.


Alec não pode fazer nada a não ser sorrir, mesmo que alguma parte de si ainda guardasse o rancor, o carinho e o amor que sentia por seu parabatai sufocou aquela pequena parte raivosa. Sabia como Jace era, e sabia o que ele estava dizendo naquele momento era verdadeiro. Naquele momento conseguia ver o vislumbre do pequeno Jace de 10 anos na sua frente, com a aura de que iria lutar contra o mundo ao lado dele. Conseguia sentir que talvez, dali para frente, os dois poderiam voltar a ser o que eram antes, como eles deveriam ser realmente.


-Não posso dizer que estou cem por cento bem com tudo isso, Jace. E quero ser sincero contigo. Vai ser um caminho difícil, você vem fazendo irresponsabilidade e eu tomo no cu a anos por conta disso. - Mesmo que estivesse falando essas coisas, a voz do moreno era mais leve, uma pitada de carinho no fim de cada frase. - Porém eu sei que eu vou te perdoar, porque eu sei como você é, e eu sei que você está falando a verdade. Eu não quero ficar bravo com você por toda a minha vida, você é o meu parabatai, somos duas metades de uma mesma alma.....e pera, você tá chorando?


O jovem interrompeu o discurso por um momento, as sobrancelhas arqueadas, tentando assimilar a situação na sua frente. Jonathan Cristopher, o imparável Jace, estava derramando singelas lágrimas na sua frente. Eram raras as vezes que Alec havia visto o loiro chorar, poderia contar nos dedos de uma mão só as ocasiões que Jace havia chorado desde que chegou ao instituto e foi acolhido por seus pais. E com certeza, Alec não sabia como lidar com isso direito.


Sendo assim, o mais velho apenas se sentou mais perto do irmão, a mão indo timidamente até o ombro do parabatai fazendo um carinho delicadamente. As mãos do loiro agora estavam em seu rosto, tentando esconder a sua face. Soluços discretos saíam aos poucos, enquanto ele liberava tudo que havia dentro de si.
Depois de alguns segundos de silêncio, o mais novo finalmente conseguiu se acalmar. O rosto estava vermelho por conta do choro, e as fungadas ainda estavam presentes, porém as lágrimas haviam finalmente cessado.


-Desculpa, eu não achei que iria chorar.


-Porra nem eu, fazia uns três...quatro anos que você não chorava dessa maneira.


-É...acho que fiquei só sensível com todo esse rolê. Ai você começou a falar e eu comecei a chorar. - Uma risada fraca saiu dos seus lábios, enquanto Alec ainda fazia um carinho no ombro do mesmo. Mesmo que não fosse algo tão bom assim, conseguia ver como Jace estava realmente aberto para mudanças. - Perdão deve ser esquisito me ver chorar.


-Tenho que admitir que é sim. Porém tá tudo bem, é bom chorar de vez em quando. Faz bem aliviar essa sua dor. Tá tudo certo, okay?


-Tudo bem. - O loiro deu mais algumas fungadas antes de se levantar. - Acho que posso começar com meus trabalhos de redenção limpando o seu quarto. E nem vem falar que não precisa, porque eu já estou fazendo.


Alec sequer conseguiu falar algo quando o loiro começou a juntar os papéis que estavam espalhados na cama e no chão. Deixando tudo em cima da escrivaninha, também jogou a pizza fora. Até mesmo negou a ajuda de Alec, fazendo tudo sozinho.


Depois de alguns minutos tudo estava pronto, não estava totalmente limpo e arrumado, mas estava realmente melhor do que como tinha deixado naquela madrugada.


-Então...você vai realmente ir para casa desse feiticeiro? - A voz de Jace estava bem mais calma e cautelosa ao fazer aquela pergunta, ao contrário de como estava agressiva da última vez.


-Sim, eu vou. É um privilégio que eu não vou ter em algum outro momento e eu realmente preciso de informações. Os relatórios para a Clave estão ficando cada vez mais escassos e eu não tenho outra maneira a não ser ir com ele. E como eu tinha dito, não vou ser um prisioneiro ou algo assim. Estarei no Instituto o tempo que eu conseguir e a noite ficarei com ele para ver a rotina. Tentarei informar vocês diaramente sobre o que eu encontrar.


-Eu entendo, só toma cuidado okay? Se precisar de qualquer coisa ou for uma emergência, eu e Isabelle vamos correndo te ajudar.


-Eu sei.


-Bom, agora que está tudo arrumado. Eu vou indo, te deixar arrumar suas malas para poder ir. - Jace lançou um sorriso para Alec, que, sem muita demora, se levantou e abraçou o parabatai, os braços segurando com força o corpo esguio do loiro. Que sem pestanejar, também retribui o ato de afeto.


Não foi preciso dizer mais nada naquele momento, os dois conseguiam se entender perfeitamente sem que uma palavra fosse dita. Era como se estivessem ligados, de corpo e alma. Os sentimentos fluindo entre os dois como água. E isso acalmava Alec.
Depois que Jace saiu o moreno foi até em direção ao seu celular, sabia que não tinha falado mais nada com Magnus porque Jace havia entrado no quarto bem na hora. Sabia que não estava na posição de fazer propostas, mas já que o outro estava tão determinado em fazer o caçador morar com ele por um tempo, sabia que conseguiria algo.


"Magnus?"



"O bonito apareceu novamente"



"O que deseja?"


"Por que você sempre acha que eu estar conversando com você é porque eu estou pedindo algo?"



"Meu querido"


"Você nunca conversa comigo, obviamente quer pedir algo."


"Anda logo, desembucha"


Alec não pode fazer nada a não ser dar uma risada. Era uma situação um tanto quanto cômica o fato de que aquele feiticeiro sempre parecia saber as coisas certas. Não que Alec fosse tão previsível assim, mas Magnus parecia adivinhar quando isso ia acontecer.


"Okay"


"Se for possível, claro"


"Eu preciso de uma salinha para pesquisas"



"Pesquisas?"


"Que pesquisas?"


"Um dia você saberá"


"Ui, misterioso"


"Adoro gente assim."


"No final vai roubar meus órgãos"



"Vou roubar seu rim"



"Deixo roubar seu coração"


"Mas arrumo um quartinho para você sim"


"Ou você estava achando que ia dormir comigo no meu quarto?"



"...."


"Até amanhã, Magnus"



"Te esperarei bem animado, gatinho"




O moreno finalmente trouxe a última mala para as escadas do Instituto. Seus dois irmãos já estavam lá, apenas esperando ele terminar de arrumar suas coisas. Alec olhou para os irmãos por um momento, abrindo os dois braços.


-Ganho um abraço antes de ir embora? - O tom do moreno era de brincadeira, e não demorou muito que os dois fossem lá e abraçassem o mais velho. Claro que toda a situação dos três e a família não era perfeita, mas Alec sabia que estavam caminhando para algo melhor. - Tento mandar mensagem para vocês assim que eu chegar na casa dele okay?


-Só toma cuidado, Alec. - A voz da irmã estava abafada no peito do mais velho, que afagou levemente o cabelo.


-Eu vou. Meu táxi já chegou, eu preciso ir.


A mulher logo soltou o abraço com ele, deu um pequeno beijo da testa da irmã. Deu uma encarada no parabatai, sabia que não precisava dizer nada para o loiro, que ambos já conseguiam se entender. Então logo desceu para pegar o táxi.


Era uma sensação estranha, havia vivido no Instituo por quase dois terços da sua vida. Estar saindo dali depois de tanto tempo e poder 'viver uma vida', mesmo que falsa, era um sentimento esquisito. Não sabia se gostava muito daquilo, mas a palpitação no seu coração era um conforto que estava se apegando no momento.




Chegou no Central Park uma hora mais cedo do que o que tinha marcado com o feiticeiro. Achava aquilo um pouco incômodo, já que estaria com um monte de malas no meio de turistas e pessoas caminhando. Porém realmente não esperava que fosse ver Magnus parado na frente dos portões praticamente uma hora antes do que havia marcado. Os olhos passando ansiosamente pelo mar de pessoas entrando e saindo. Alec achava aquilo totalmente fofo, não que fosse admitir isso para ele ou para alguma outra pessoa. Guardaria isso em uma caixinha no fundo da sua mente.


Fez com que o táxi parasse a alguns metros de distância do feiticeiro, descendo com as suas três malas e andava desajeitadamente até o mais velho, que parecia até mesmo um tanto surpreso de ver o moreno ali tão cedo.


-Alec! Chegou mais cedo do que a gente planejou. - A voz do mais alto tinha um leve pingo de animação, como se estivesse feliz que Alec havia chego no lugar do encontro mais cedo.


-Bom, acabei achando que ia me atrasar nesse trânsito e no final não tinha trânsito nenhum. O que com certeza é esquisito em uma segunda feira.


-Sim, hoje o dia está bem tranquilo. Não tem nenhum feriado nesses dias, acho que só não querem trabalhar.


-Bom, quem gosta de trabalhar não é?


-Claramente são os ossos do ofício. - Magnus apenas balançou os ombros com aquilo, olhando as malas que Alec havia trazido junto consigo. - Trouxe bastante coisa com você, não é mesmo?


-Preciso andar preparado, nunca se sabe qual será a emergência.


-Parece uma mãe, leva quase todo o guarda roupa.


Alex apenas deu uma risada para o comentário, apenas uma dessas malas continua roupa. A outra continua livros e cadernos para documentar tudo que encontrasse não só na rotina que iria fazer com Magnus, como também no que poderia encontrar naquela casa. Na terceira tinha o seu arco, seu fiel escudeiro em momentos assim. Não tinha tantas flechas ali, mas levava também o seu Kit para fazê-las, em caso de alguma emergência. O que não achava que fosse acontecer.


-Bom, não quero deixar você com esse monte de mala aqui e o risco de ser roubado. Acho que já podemos ir. - O feiticeiro falou animado, fazendo questão de levar uma das malas até o carro estacionado mais ao longe.


-Eu sabia que os feiticeiros ganhavam bem porém eu não sabia que ganhavam tanto assim.


Não poderia dar outro adjetivo para o carro de Magnus a não ser luxuoso, não era um carro esportivo mas com certeza poderia valer muito mais do que um. Era grande e espaçoso e com certeza valeira pelo menos 10 anos de salário que Alec fosse receber.
-Não é tão cara assim, quis pegar uma mais simples. - O feiticeiro respondeu enquanto andava até o carro, ajudando o mais novo a colocar as bagagens no porta malas.


-Bom Magnus, com certeza você não sabe o que é simples.
A parte de dentro era tão luxuosa quanto a parte de fora. Os bancos de couro acolchoados claramente fizeram um bem danado para as costas de Alec, que quase soltou um murmúrio de satisfação quando se aconchegou no banco.


Não estava prestando muito atenção no caminho que o feiticeiro fazia. Alec estava tão acostumado de fazer as missões a pé, que estava aproveitando cada sensação de conforto que aquela viagem estava lhe causando. Magnus havia colocado uma música qualquer no rádio, e murmurava baixinho as que sabia. Havia ficado um tanto surpreso com o fato do outro saber dirigir, talvez porque na sua própria realidade ele sequer havia tirado carta, não sabia nem se os pais se importavam com esse tipo de coisa.


Depois do que pareceu uns 15 ou 20 minutos, Magnus parou o carro em frente a um prédio de 3 andares, em uma parte mais afastada do Brooklyn. O prédio não era magnífico de lindo, mas não era feio. Era uma aparência rústica se fosse dizer no mínimo.
-Bom, eu moro no terceiro andar, vamos?



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