Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)

By tamires_menaldo

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Em meados do século XV, na época da Inquisição, a Igreja perseguia os bruxos acusando-os de heresia e condena... More

Introdução - Personagens e Playlist
Prólogo
Capitulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulos 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capitulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Epílogo

Capítulo 31

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By tamires_menaldo

Castelo Forte dos Espinhos



O Rei estava na Sala do Trono e pedira para um dos servos buscar o mensageiro do Tribunal do Santo Oficio, que ainda estava hospedado no castelo.


- Mandou me chamar, Vossa Graça? - indaga o mensageiro entrando na sala.


- Tenho algumas ferramentas para serem levadas até o Tribunal a pedido do Reverendo.


- Certo, Vossa Graça.


- Já está tudo organizado para a sua partida. - O Rei aproxima-se do mensageiro - entregue esta mensagem para o Bispo junto com as ferramentas. - Ele entrega um pergaminho lacrado com o selo Real para o homem.


O mensageiro assente com a cabeça e guarda o pergaminho dentro de sua capa preta.


As ferramentas já estavam no vagão do mensageiro, que sai da sala e parte logo em seguida.


Após a partida do outro, Henrique encaminha-se até o seu aposento e, ao entrar, encontra Cateline sentada em sua cama a sua espera.


- Cateline, o que faz em meu quarto?


- Precisava falar com você, meu Rei.


- O que foi? - pergunta ele postando-se em frente a ela.


- Estou grávida - dispara ela levantando-se - mais uma vez.


Henrique a encara incrédulo.


- Tem certeza, Cateline?


- Tenho, descobri há alguns dias.


- E você está sentindo-se bem? - indaga ele aproximando-se.


- Sim, sentindo-me um pouco enjoada, o que é normal, mas estou bem.


- Eu deveria ficar deveras feliz com essa notícia, mas me preocupo com seu estado.


- Entendo, meu Rei, também me preocupo depois de tantas tentativas fracassadas de lhe dar um filho, mas estou me sentindo melhor do que das outras vezes.


- Isso é um bom sinal - diz ele beijando-a na testa.


- Espero que desta vez eu consiga levar essa gestação até o fim e assim, meu Rei, você poder ter o seu tão sonhado herdeiro.


Henrique não diz nada, apenas sorri e apoia seu queixo no alto da cabeça dela, tentando disfarçar seus pensamentos sombrios ao saber que aquele filho nunca nascerá.



○○○



Freya, após sair do estábulo depois da chuva ter se abrandado, encaminha-se até o quarto de Oliver. Ao adentrar o aposento, ela encontra o amigo e Beatrice sentados lado a lado à mesa de leitura.


- Não sabia que estava acompanhado - diz ela desconcertada -, não quero incomodá-los.


- Está tudo bem, Freya - diz Oliver levantando-se. - Beatrice está apenas me ajudando a aprimorar minha leitura.


- Você é a nova amiga do meu irmão - comenta Beatrice virando-se para Freya, mas permanecendo sentada.


- Sim.


- Então vocês duas já se conhecem? - pergunta Oliver olhando de uma para a outra.


- Nos conhecemos ontem - responde Beatrice levantando-se. - Nós continuamos nossos estudos mais tarde - diz ela dirigindo-se a Oliver.


Ele assente com a cabeça e Beatrice retira-se do quarto.


- Ela é bem bonita - comenta Freya com um sorriso malicioso nos lábios.


- Beatrice é noiva.


- Ah! - murmura ela murchando o sorriso.


- Na verdade ela está sendo obrigada a se casar com um homem bem mais velho, então para tentar se esquivar de falar sobre o casamento com a mãe ou a irmã, que é a Rainha, ela se esconde aqui e nesse tempo em que fica escondida, me ajuda na leitura.


- Só tome cuidado, essa Senhorita é uma nobre e você um mero camponês e bruxo, que está aqui se escondendo também, pois ninguém pode saber o que somos.


- Eu sei disso, apesar de alguém já saber sobre nós, não é?


- Sim, mas o Adrian não contaria para alguém sobre nós.


- Você realmente confia nele? - questiona Oliver pasmo. - Mesmo depois do que ele fez?


- Ele não só me salvou da execução, como matou outros caçadores para proteger a localização dos outros bruxos no Mosteiro da Graça e quase morreu por isso.


- E isso faz dele confiável? Você realmente acredita naquele caçador?


- Eu confio nele. Se fosse para nos prejudicar, Adrian já o teria feito. Ele sabe quem somos e onde estamos escondidos.


- Mesmo que ele tenha feito tudo isso que você contou e que, por isso, passou a confiar nele, aquele caçador ainda é responsável por todas as coisas ruins que fez contra nosso clã. Eu não confio nele.


- Eu compreendo, só não quero que você fique bravo comigo. Quero que você confie em mim.


- Eu não consigo ficar bravo com você, Freya. - Oliver se aproxima e a abraça por cima dos ombros. - Em você, eu confio - sussurra ele no ouvido dela.


Freya também o abraça enlaçando-o forte pela cintura enquanto o bruxo apoia seu queixo no topo da cabeça dela.



○○○



Patrick, em seu aposento na Torre da Cavalaria, conversa com Dimitri.


- Depois que me contou sobre o noivado de Beatrice, andei pensando que preciso falar com ela - diz o escudeiro andando de um lado para o outro do cômodo.


- Sobre a fuga de vocês, presumo - completa o cavaleiro sentado em seu colchão escostado na parede de pedra.


- Sim, sei que você não concorda muito com essa ideia. - Patrick acelera seus passos retorcendo as mãos ansiosamente.


- Eu apenas temo por vocês dois se forem pegos - acrecescenta o outro olhando para o amigo se locomovendo pelo pequeno espaço.


- Vamos tomar cuidado, mas é por isso também que estamos contando com a sua ajuda.


- Eu vou falar para a Bea encontrá-lo no estábulo.


- No estábulo? - indaga o escudeiro parando, subitamente, na frente de Dimitri.


- Acho que lá vai ser mais seguro para vocês conversarem sem serem vistos.


- Certo.


- Depois do desjejum - diz o cavaleiro levantando-se -, a espere lá.


- Combinado - concorda Patrick fazendo um sinal afirmativo com a cabeça.


Eles encaminham-se para o refeitório e depois do desjejum, Patrick segue para o estábulo e Dimitri vai para a fortaleza procurar sua irmã.


Ele dirige-se até o aposento de Beatrice e bate à porta, mas ao entrar no cômodo, ao invés de encontrar a irmã, depara-se com a mãe sentada á penteadeira.


- Mãe, o que faz no quarto de Bea?


- Esperando por ela, já que sua irmã anda se escondendo de mim para não ter que falar sobre os preparativos do casamento - diz Agnes virando-se para ele. - Beatrice pensa que não sei que ela some pelo castelo para não ter que falar comigo.


- Ela é mais astuta que imaginei - comenta ele, mais para si mesmo do que para a Duquesa.


- E você quer o que com ela?


- Só queria conversar com a minha irmã.


- Se a encontrar, por que de você Beatrice não vai se esconder, diga que estou aqui esperando por ela.


- Eu falarei. - Ele sai do quarto segurando o riso pela atitude da irmã.


Dimitri estava prestes a descer as escadas para o Grande Salão, quando vê a irmã vindo pelo corredor do lado oposto.


- Beatrice - chama ele aproximando-se.


- Dimitri - diz ela estacando o passo.


- Estava te procurando - diz ele parando na frente dela. - Onde você estava?


- Escondendo-me de nossa mãe, ela só quer falar sobre o casamento.


- Inclusive, ela está em seu quarto esperando-a para falar sobre o assunto.


- Por isso estou evitando ficar em meu quarto.


- E onde você tem ficado, então?


- No quarto de um amigo, o Oliver, ele tem me deixado ficar lá enquanto o ensino a ler - confessa ela. - Aliás, ele é amigo da Freya.


- Então deve ser uma boa pessoa.


- Ele é sim. - E mudando de assunto. - Você não estava me procurando para me levar até a nossa mãe, não é?


- Não, eu a estava procurando para levá-la até o estábulo para encontrar o Patrick.


- Então vamos logo antes que nossa mãe me veja.


Os dois, rapidamente, encaminham-se para o estábulo e Beatrice corre para os fundos e abraça Patrick ao vê-lo.


Dimitri e Adrian ficam na entrada do local vigiando.


- Dimitri me deu o seu recado sobre o seu noivado - diz Patrick afastando o rosto, mas mantendo os braços enlaçados na cintura dela.


- Temos que planejar nossa fuga o quanto antes - diz ela com os braços enroscados no pescoço dele.


- Tem algum plano em mente?


- Penso que deveríamos aproveitar o torneio que ocorrerá antes do dia do casamento para fugirmos.


- E como faríamos isso?


- Devido ao evento, todos estarão distraídos e demorarão para sentir nossa falta.


- Isso nos dará tempo para fugirmos, mas como faremos isso sem sermos vistos?


- Por isso vamos contar com a ajuda de meu irmão.


- Ele já tem nos ajudado desde o início.


- Vai dar certo. - Ela aproxima seu rosto do dele. - Tem que dar certo.


Patrick pousa a mão no rosto dela e a beija carinhosamente.

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