Mi Persona Favorita - Valu

By amandiiiinhaaa

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Valentina e Luiza sempre foram melhores amigas, se apoiavam incondicionalmente em qualquer situação, sonho, p... More

Capitulo 01
Capitulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40 (Bônus)

Capítulo 35

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By amandiiiinhaaa

Olá, tudo bem?

Voltei com mais um capítulo fresquinho!! Não poderia torturá-los sem respostas do capítulo anterior. Por esta razão, aproveitem o desenrolar desta história maluca e fiquem atentos aos acontecimentos.

Contagem regressiva para o término: Faltam apenas 05 capítulos!!

Agradeço por todo apoio no capítulo anterior e...

Boa leitura!

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Valentina POV

Dor. Muita dor.

Era isso que estava sentindo. Estava dolorida, confusa e faminta. O problema era que não fazia a menor ideia de onde estava e do que havia acontecido.

- Por que ela não acorda? Vocês estão mentindo, não estão? Quero saber a verdade! – Escutei a voz chorosa de Luiza e fiz força para abrir os olhos, todavia, não obtive sucesso.

Minhas pálpebras pareciam estar coladas.

- Ela está sedada, Luiza. Por isso não acorda, mas, fique tranquila...Apesar da perna, minha irmã está bem. – Uma voz, que reconheci como sendo do meu irmão falou e, mais uma vez, tentei abrir os olhos sem sucesso.

- Tem certeza? Igor, não minta. Sua irmã é uma idiota, mas...É a minha idiota e não sei viver sem ela. – Luiza falou, parecendo aflita e mesmo querendo acalmá-la, não consegui, um cansaço imenso se apropriou e adormeci novamente.

Quando acordei, percebi que alguém acariciava os meus cabelos, sorri de leve ao sentir o cheiro bom da minha eterna melhor amiga.

- Luiza? – Murmurei e ela me encarou surpresa, sorrindo em seguida.

- Você acordou. Bem-vinda de volta... – Disse emocionada, beijando minha testa e suspirei, tentando me ajeitar na cama e sentindo uma dor intensa na perna.

- O que houve?

- Você se envolveu em um acidente. Um caminhão cruzou a preferencial e atingiu o seu carro, fraturou sua perna. – Fiz uma careta, mas senti meu coração pesar no peito, lembrando-me que Léo estava comigo naquele momento.

- Léo? Onde ele está?

- Dormindo bem aqui. – Luiza apontou para um pequeno berço e virei o rosto imediatamente, querendo me certificar de que meu filho estava mesmo bem. – Léo estava preso na cadeirinha e não se machucou. Pela primeira vez na vida, você conseguiu prendê-lo corretamente e nada de grave aconteceu. – Respirei aliviada ao saber que o carinha estava bem.

- Não me lembro do caminhão. Tudo o que lembro é que estava voltando para casa com o nosso jantar. Léo não parava de chamar por você e estava ansiosa para chegar, depois disso, não consigo lembrar de nada.

- Agora está tudo bem, mas, você quase me matou de susto. Nunca mais se acidente, por favor. – Luiza falou fazendo drama e sorri, puxando seu corpo para que ela se deitasse sob o meu peito.

- Prometo fazer o possível...Sei que não é capaz de viver sem a minha presença. – Comentei divertida e ela me olhou por alguns segundos, revirando os olhos na sequência.

- Não seja convencida, Sartori. Fiquei preocupada, além de você ter se acidentado, estava acompanhada do meu filho.

- Não tente me enrolar, Lu. Em algum momento, te ouvi dizer que não saberia viver sem a sua idiota que, por acaso, atende por sua noiva. – Declarei e ela enrubesceu, olhando-me irritada.

- Estúpida! Se soubesse que você estava ouvindo, não tinha falado nada. – Resmungou toda rabugenta.

- Por que não? Gosto de declarações de amor. Gosto de saber que sou importante para você. – Retruquei magoada e ela sorriu, segurando o meu rosto e beijando meus lábios de leve.

- Você é a namorada mais manhosa que já tive, Valentina. Pare de bobeira, embora não explane, você sabe o quanto é importante para mim. Importante desde o dia que te encontrei naquele acampamento há tantos anos atrás.

- Você também é importante, Luiza. Só posso ser feliz se estiver ao seu lado e não sou sua namorada. Sou sua eterna melhor amiga, noiva e mãe dos seus filhos. Não menospreze o meu cargo, por favor. – Ela fez uma expressão entediada, embora estivesse sorrindo.

- Tá certo, agora, pare de falar e descanse. Precisa recuperar as forças para possamos ir para casa, não aguento mais ficar neste hospital. – Falou e assenti, me ajeitando na cama e percebendo que realmente estava com sono.

- Vou dormir, mas, será que você consegue um remédio para dor? Minha perna está começando a incomodar.

- Prometo tentar...Já volto. – Deixou um beijo suave em minha testa e antes que notasse, cai no esquecimento do sono.

Minha estadia no hospital durou quatro dias. Meus pais vieram de Londres apenas para aplicarem uma bronca e verificar se estava realmente bem. Igor também ficou ao meu lado o tempo todo, o que foi ótimo, já que Léo só aceitava os cuidados da mãe e tios. Meu menino tinha apenas um corte na cabeça, mas os médicos o mantiveram em observação, unicamente para ter a certeza de que não havia nenhuma lesão interna.

Como passara dias rodeada por pessoas estranhas, ele se apegara novamente a mãe e só não abria o berreiro, se todos os procedimentos médicos fossem realizados com ele no colo de Luiza. Já em casa, Luiza fez questão de nos mimar de todas as maneiras, embora insistisse para que ela descansasse, já que estava grávida e não devia se sobrecarregar.

- Estou bem, Valen. Nós estamos. Não seja chata e me deixe cuidar de você, enquanto estou disposta. Além disso, com uma pata quebrada, o máximo que você pode fazer é ficar deitada sem reclamar. – Ela falou brava, quando mais uma vez, insisti para que deitasse um pouco e suspirei para sua eterna teimosia.

Minha mãe, irmão e cunhada, ficaram em Miami para ajudar Luiza a cuidar de mim e Léo, mas, quando Duda inventou de me dar banho, tive que colocar um limite nessa ajuda.

- Você não vai me dar banho, maluca. Pode esquecer!

- Você é muito pesada para que Luiza te ajude sozinha, Valentina. Ela está grávida. Somos mulheres, tudo o que possui, também tenho.

- Isso não vai acontecer, Eduarda. Não vou ficar nua na sua frente. Pode esquecer. – Defendi minha posição irritada, tentando dissuadi-la de sua ideia absurda e ela revirou os olhos, bufando em seguida.

- Pode deixar, Duda. Vou banhá-la. Só coloque a cadeira no banheiro, por favor. – Luiza surgiu como minha heroína e sorri triunfante, aliviada por ter se livrado da minha cunhada.

Tudo para minutos depois, minha mãe entrar no banheiro e quase me matar de vergonha.

- Mãe, o que faz aqui? Estou pelada! – Fiquei chocada e ela revirou seus olhos claros, arregaçando as mangas e caminhando em minha direção com um olhar decidido.

- Já coloquei talco no seu traseiro, Valentina. Portanto, pode parar com esse surto de pudor, aposto que não tinha tantas restrições com todas as mulheres que fizeram parte do seu passado. – Minha mãe entrou no box e Luiza mordeu os lábios para não rir, o que me deixou ainda mais irritada.

Aquelas três tinham tramado contra mim. Depois do banho mais constrangedor da minha vida, finalmente fui deixada em paz e aproveitei o momento para conferir como estavam os trabalhos no estúdio com os fotógrafos de apoio. Fiquei a tarde no computador, resolvendo o que conseguia pela internet e só parei quando Luiza, ao final de tarde, apareceu com Léo no colo e removeu o notebook de minhas mãos.

- Hora de curtir nosso príncipe que não para de chamar pela mamãe. – Ela falou, colocando Léo na cama, que engatinhou diretamente para o meu colo.

- Mamãe... – Ele me olhava com seus grandes olhos castanhos e sorri, beijando o seu fofo rostinho.

- Oi, carinha. A sua mamãe está um pouco quebrada no momento.

- Dodói? – Léo falou, jogando a cabecinha de lado, concluindo que aquilo era uma pergunta.

- Sim, carinha...Dodói. Tudo por culpa de um caminhoneiro irresponsável. Ainda bem que você está a salvo, meu amor. Não me perdoaria se algo tivesse acontecido com você. – Senti um nó na garganta e ele ficou me olhando por longos segundos, como se entendesse perfeitamente minhas palavras.

- Esquece isso, Valen. O importante é que os dois estão vivos. Meus amores estão aqui comigo...Os três. – Luiza falou, colocando a mão sob o ventre e sorri, puxando-a para o meu colo também.

- Vocês são minha vida. Nunca imaginei que fosse me prender a alguém. Em algum momento da minha vida, planejei uma família, mas depois, me envolvi com tantas mulheres que essa vontade acabou se perdendo. De repente, um menininho lindo apareceu e me fez ver que, a única mulher que poderia me fazer feliz sempre esteve ao meu lado. Agora, tenho uma família. A família mais linda do universo. Amo vocês. – Beijei meus amores e Luiza sorriu, colocando a mão no meu rosto e puxando-me para ela.

- Nós também te amamos, muito. – Me senti completa e feliz por ter a minha família ao meu redor.

Conforme recuperava-me da minha fatura, o ventre de Luiza crescia, Léo parecia hipnotizado com as novas formas da mãe e morria de rir quando encarava a barriga como a coisa mais interessante e bizarra do mundo.

- O que esse garoto tem contra barrigas? – Luiza perguntou entre risos, enquanto Léo encarava sua barriga mais uma vez e divertia-me ao observá-los.

- Acho que ele sabe que tem alguém aí dentro. – Sugeri e Luiza agarrou nosso filho, lhe recebendo com beijos.

- Você pode ouvir seu irmãozinho, amor? – Questionou Luiza e Léo sorriu, abraçando a mãe e ficando em silêncio.

Meu menino era uma criança de poucas palavras. Conforme o tempo passava, a gravidez de Luiza ficava mais visível e comecei a crer que Léo, realmente, se comunicava com o bebê no ventre da mãe.

- Nenê? Nenê, mamãe. – Ele apontou para a barriga da mãe, que dormia tranquilamente ao meu lado, fazendo com que, depositasse minha mão em seu ventre.

- É sim, carinha. Neném. O seu irmãozinho. – Expliquei e ele sorriu, encarando novamente a barriga da mãe.

- Nenê. Nenê qui... – Tocou na barriga de Luiza, que se mexeu no mesmo instante, paralisando-me por um momento.

O bebê mexera. Era a primeira vez que ele fazia algum movimento perceptível e, aparentemente, Léo previra esta ação. Quando sentiu o movimento do irmão, Léo sorriu e levantou a camiseta da mãe, beijando sua barriga com carinho, o que fez com que o bebê se movimentasse outra vez. Aquilo era surpreendente.

- O que vocês estão fazendo? Por que não posso dormir? – Luiza indagou sonolenta, mas, quando notou Léo debruçado sob sua barriga, sorriu emocionada. – O que foi, amor? Hipnotizada pela minha barriga outra vez? – Quando percebeu o movimento em seu ventre, minha noiva me encarou chocada, fazendo-me sorri de imediato.

- Acho que alguém resolveu dizer "olá". – Ela estava visivelmente emocionada.

- Oi, bebê...Tudo bem? – Perguntou carinhosa, acariciando o próprio ventre e recebendo um sorriso de Léo, batendo palminhas.

- Nenê, mama...Nenê... – O menino estava animado, arrancando risadas da mãe, que se sentou na cama e agarrou nosso pequeno.

- Neném, pequeno. Os dois nenéns da mama. Os maiores amores da minha vida.

- Ei...E eu? Não sou um dos seus amores? – Brinquei, fazendo um biquinho que sabia ser ridículo e ela, se aproximou e acomodou-se no meu colo.

- Não seja manhosa. Você sabe que é um dos meus amores, mas, um amor diferente. Nada se compara ao que sinto por Léo e por esse bebezinho que ainda não nasceu. Não se preocupe...Meu coração é grande o suficiente para abrigar muitos amores.

- Muitos amores não...Só três. Léo, nosso bebê e eu. – Afirmei decida e ela soltou um riso.

- Certo. Só três. – Ela concordou e beijou-me em seguida e, naquele momento, me senti a mulher mais completa do universo.

..............................................

Remover o gesso foi um grande alívio. Estava contando as horas para voltar ao trabalho, embora a perspectiva de deixar Luiza sozinha, enquanto sua barriga crescia mais e mais, não fosse totalmente aceitável. Durante o tempo em que fiquei imobilizada, me acostumei a estar sempre perto dos meus amores e, agora, passar o dia todo no estúdio e galeria era uma imensa tortura. Percebi que meu telefone estava tocando e sorri largamente ao ver o nome da minha linda noiva no visor.

- Pode dizer, minha rainha.

- Estou ligando para dizer que esse bebê deve ter apenas sua genética de burra empacada, já foram cinco ultrassonografias e nada de revelação. Minha irmã e sua cunhada, estão pirando por não poder fazer o enxoval. – Luiza parecia zangada e gargalhei por ela chamar o próprio filho de burro empacado. Maluca.

- Ele vai se relevar quando estiver pronto, mesmo que, tenha a certeza que é uma menina.

- Não sei não, Valentina. Esse bebê é muito teimoso para ser uma menina. Acho que ele tem todas as características para ser um menino. Parece que essa dúvida será sanada no seu nascimento.

- Podemos fazer o exame de sexagem fetal. É um exame caro, mas, eliminaríamos essa curiosidade. – Ofereci, já fazendo os cálculos do meu prejuízo, ouvindo Luiza suspirar.

- Vou pensar...Até lá, Julian, Igor e você, podem continuar com suas apostas.

- É apenas um bebê ainda, não é? – Perguntei, temendo que em algum momento descobríssemos gêmeos e Luiza soltou um riso.

- Valentina, como você imagina que, de repente, outro bebê aparecerá em meu útero? O médico já disse que é apenas uma criança. Pare de ser idiota. Agora, vou desligar, Léo está me enlouquecendo por causa de um algodão doce. Nos encontramos em casa. Beijo. – Desligou antes que pudesse me despedir, o que me fez revirar os olhos.

Luiza sempre seria Luiza.

Nos meses que se seguiram, o bebê continuou fazendo mistério sobre seu sexo. No entanto, logo ele chegaria e, portanto, precisávamos de enxoval mesmo que neutro, deixando minhas cunhadas irritadas.

- Isso não é justo. Queria enchê-lo de presentes, mas, sem saber o sexo é difícil. – Reclamou Carol, toda emburrada com a situação.

- Vamos comprar itens neutros, quando ele ou ela nascer, compramos mais roupinhas. – Luiza sugeriu e me senti incomodada.

Comprar mais?

Ela tinha alguma noção do quanto roupas e acessórios de bebês eram caros?

- E é claro que vamos pagar com o meu dinheiro, caso contrário, meu bebê não irá conhecer sua mãe, esta, capaz de morrer de ataque cardíaco. – Minha noiva "engraçada" debochou, sem qualquer impedimento ou constrangimento.

- Não disse nada, amor. – Rebati ironicamente em minha defesa, observando-a sorri e rir, despreocupadamente.

- Valentina, convivo com suas expressões desde os sete anos de idade e sei, muito bem que quando fazemos planos para gastar o seu dinheiro, você fica tensa e faz caretas. Então, pode relaxar. A segunda parte das compras será paga com o meu dinheiro. – Sorri, desistindo de esconder coisas dela.

Luiza me conhecia bem demais. Compramos muitas coisas, desde fraldas até agasalhos. Léo se comportou o tempo todo, até que, de repente, se soltou de seu carrinho e caminhou até um cobertor azul, o qual, agarrou e não soltou mais.

- Carinha, já compramos cobertores...Deixei esse. – Orientei, tentando tirar o cobertor de suas mãos, mas ele me encarou mal-humorado, fazendo um biquinho lindo e recusando-se a soltar o objeto.

- Não. Nenê. Nenê. – Teimoso, abraçou o cobertor e suspirei, pedindo ajuda de Luiza com o olhar.

- O que foi?

- Seu filho agarrou esse cobertor e não quer soltar, disse que é para o nenê. – Expliquei e acompanhei Luiza se aproximar do nosso filho.

- Nenê, mama...Nenê. – Dizendo isso, abriu o cobertor e embrulhou a barriga da mãe desajeitadamente, o que fez com que Luiza trocasse um olhar comigo emocionada.

- Tudo bem, príncipe. Vamos levar o cobertor para o neném. – Minha noiva beijou o rostinho do nosso filho, que sorriu largamente para a mãe, satisfeito com sua conquista. – Acho que já sabemos o sexo do nosso bebê. – Dizendo isso, afastou-se com Léo para uma arara, onde estavam expostos inúmeros macacões azuis.

Será que isso era possível? Léo sabia mesmo o sexo do irmãozinho?

Eduarda e Carol se animaram com o sexto sentido do sobrinho e compraram inúmeros acessórios na cor azul, fazendo-me revirar os olhos. Por que gostavam tanto de gastar dinheiro? Terminamos o nosso dia de compras na praça de alimentação do shopping. Foi um dia cansativo e produtivo. Compramos um enxoval básico e, embora estivesse muitos dólares mais pobres, sentia-me feliz por saber que meu bebê já podia chegar neste mundo sem preocupações.

No dia seguinte, juntas, decidimos visitar alguns imóveis. Ela já havia acertado a venda de seu apartamento e, por esta razão, resolvemos unir nossos capitais para comprar algo maior e mais confortável, afinal, em poucos meses nossa família irá aumentar e precisávamos urgentemente de espaço.

- Golden Beach? Miami-Dade? É uma das regiões mais caras de Miami! – Exclamei, olhando para as casas ao nosso redor e Luiza me encarou emburrada, enquanto estacionava o carro.

- Estava na lista do corretor e acho que não há problema nenhum em analisarmos. Juntando nossas rendas financeiras, podemos adquirir até duas destas casas.

- Não acho isso possível. As casas aqui variam de 4 a 5 milhões de dólares. Não podemos gastar todo o nosso dinheiro em uma casa. Precisamos pensar na segurança, poupança e futuro de nossos filhos.

- Nós só vamos olhar, não seja estraga prazeres. – Reclamou, tirando Léo da cadeirinha e revirei os olhos, seguindo-a em direção à casa que visitaríamos.

O lugar era belíssimo. Ficava próximo de um bosque e as construções eram muito bem feitas. Como previra, os preços eram exorbitantes.

- Essa casa não vale 3 milhões de dólares, teríamos que reformá-la antes da mudança, o que tornaria tudo bem mais caro. – Expliquei para Luiza, que vistoriava os armários da cozinha e o corretor me olhou de cara feia.

- Eu gostei, mas...Ainda desejo vistoriar outras opções. – Minha noiva ignorou totalmente o meu comentário e pedi aos céus, que ela gostasse de outra casa, esta, de fato, estava muito cara.

Visitamos mais três casas e foi só na última que também me encantei pelo lugar.

- Este é um bom lugar para se viver, mas, acho que para um casal com filhos, Golden Beach e Miami- Dade é ainda melhor. – Soltou o maldito e intrometido corretor.

Qual era o problema deste cara? Se ele estava achando que ganharia uma comissão milionária, estava completamente enganado.

- Gostei muito dessa casa. Achei a construção encantadora, além de ter bastante espaço para as crianças...Qual o valor deste imóvel? – Perguntei séria e ele me mediu dos pés a cabeça, antes de bufar e responder.

- Dois milhões e meio.

- Ótimo. Quero negociar. Vou precisar gastar um valor considerável na reforma e, portanto, o dono precisa ser razoável. – O corretor decidiu anotar todas as minhas falas em uma espécie de agenda.

- Também gostei. A casa é realmente encantadora. – Luiza estava contente, observando Léo andar de um lado para o outro e sorri, sentindo-me secretamente aliviada por ela ter gostado mais dessa casa do que da anterior.

- Ofereço dois milhões. Fale com o dono e nos comunique. – Disse ao corretor, que assentiu, embora estivesse visivelmente contrariado.

Depois de escolhermos nossa possível futura casa, passamos no supermercado e seguimos para nossa casa. Como Luiza havia caminhado de um lado para o outro durante todo o dia, me ofereci para fazer o jantar e acabei ganhando um delicioso beijo como agradecimento. Depois do banho de nosso menino, Luiza compareceu na cozinha, devorando tudo o que via pela frente.

- Desse jeito, você não vai jantar. – Luiza pegou uma fatia de muçarela e encheu de mostarda e mostrou-me a língua.

- Estou com desejo de comer muçarela com mostarda, então, se você não quer que seu filho nasça com cara de queijo amarelo, deixe-me comer em paz. – Respondeu petulante e soltei uma risadinha, abraçando-a de lado e beijando seu rosto.

- Pode comer à vontade, afinal, irá vomitar tudo depois. – Ela revirou os olhos, continuando a comer seu queijo com mostarda.

Tudo isso para cinco minutos depois, quase vomitar o estômago no vaso sanitário.

- Eu te avisei. – Comentei, quando ela voltou para cozinha e Luiza me mostrou o dedo do meio.

- Vá a merda, Valentina. Não tenho culpa que esses desejos por comida estranha apareçam repentinamente. Termine esse jantar, estou morrendo de fome. – Reclamou, verificando as panelas e eu, decidi acatar sua orientação, terminando de picar tomates para a salada.

Jantamos depois de alguns minutos e ao final, Luiza se ofereceu para lavar a louça, enquanto tomava meu banho e, assim, nossa rotina seguia tranquilamente. Luiza comparecia ao médico duas vezes por mês e o obstetra sempre nos tranquilizava, dizendo que ela e o bebê, o qual ainda não sabíamos o sexo, estavam bem e que a endometriose da minha noiva estava controlada. Léo continuava encantado com a barriga da mãe e por conta de algumas atitudes suas, Luiza e eu, tínhamos a certeza de que estávamos esperando um menino.

- O que você acha de Benjamin? – Luiza me perguntou, enquanto tomávamos banho juntas e abri um dos olhos, encarando-a.

- Não... – Declarei e ela revirou os olhos. – Vou pensar em algo até o nascimento, mas, Benjamin...não. – Falei decidida e Luiza revirou os olhos, mas, não insistiu e aceitou a minha opinião.

Quando Luiza entrou no oitavo mês de gravidez, comecei a ficar seriamente preocupada, ela podia entrar em trabalho de parto em qualquer momento. Isso, deixava-me apavorada.

- O médico disse que consigo chegar no nono mês tranquilamente, não precisa ficar apavorada, vai dar tudo certo. – Minha noiva tentou me tranquilizar, mas, sem sucesso.

A ideia do parto estava me deixando maluca. Nesse período, a pressão sanguínea de Luiza aumentou consideravelmente, deixando-me ainda mais agoniada. Nossa vida sexual foi tranquila durante toda gravidez e agora, neste período, o médico proibira alegando adiantamento no parto. Ele não precisava me lembrar, o medo iminente do parto, fazia com que meu desejo sexual chegasse a zero.

Trabalhava tensa o dia todo e quando o telefone tocava, atendia com o coração aos pulos, pensando que seria Luiza dizendo que chegara a hora. Sônia viera fazer companhia a filha e só por este motivo, conseguia sair de casa todas as manhãs para fotografar. A essa altura já estávamos morando em nossa casa de dois andares, recém adquirida na região de Miami Beach. Meu apartamento foi alugado, ainda não estava pronta para me desfazer totalmente do local. Fora lá que Léo entrara na minha vida, mudando tudo, inclusive minha relação com Luiza, que hoje era a mulher mais importante do meu mundo.

O quarto do bebê fora presente dos meus pais. Confiando na intuição de Léo, eles nos presentearam com uma decoração toda azul, inspirada em ursos de pelúcia, o quarto era um cenário digno de príncipe. Luiza estava linda grávida. A grávida mais linda que já conhecera e para lembrar-me dessa fase, fiz questão de fotografá-la mil vezes, durante o período de aconchego do nosso filho em seu ventre. Minha noiva trabalhara durante quase toda sua gravidez, interrompeu suas atividades somente por seus problemas de pressão sanguínea. Sempre considerara Luiza uma mulher muito forte, mas, só durante a gravidez, assistindo-a ser uma excelente mãe, profissional, noiva, filha e amiga, que consegui enxergar a intensidade desta força.

Hoje era sexta-feira e estava exausta. Tudo o que desejava e precisava, era tomar um banho e dormir por três dias seguidos, se fosse possível. Todavia, isso não seria realizável. Não hoje, já que minha noiva acabara de entrar em trabalho de parto.

- Não surta. Estou bem, embora essas contrações sejam incomodas para caralho. O médico já foi avisado, então, tudo o que você tem que fazer é colocar minhas coisas e do bebê no carro e nos levar para a maternidade. Minha mãe vai ficar com Léo. – Luiza falou, aparentando uma calma sobrenatural e engoli seco, tentando não entrar em pânico.

Puta merda, novamente, serei mãe nesta noite.

.

.

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O bebê Castelli-Sartori está chegando!!!!

Será que o pequeno Léo acertou o palpite?

Prevejo uma Valentina maluca no hospital...

Ansiosos? Gostaram do momento fofo entre os três durante essa gestação?

Deixem seus comentários e não se esqueçam de votar.

Até o próximo, valeu! 

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