Capitulo 2

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Boa leitura!
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Acordo sobressaltada. Realmente, meu corpo clamava por uma noite de sono após tanta loucura. Conforme despertava, sentia meus cabelos sendo puxado levemente e quando direciono meu olhar para o espaço ao lado da cama, encontro um garotinho me encarando com seus belos olhos cor de chocolate em tom de curiosidade, esforçando-se para levar os fios de meus cabelos até a pequena boca. Minha mente levou alguns instantes para se lembrar do pequeno, mas, meu subconsciente associou aquele bebê ao nome "Léo" e principalmente com minha amiga Valentina. Esta, minha melhor amiga burra e idiota que não tinha qualquer juízo ou capacidade de análise para mulheres, que me ofereceu uma ocupação de babá para o seu presente filho. Confesso que o pequeno era encantador e adorável, foi impossível não me apaixonar, mesmo querendo deixa-lo órfã de mãe. Valentina me envolvia novamente em seus problemas.

- Bom dia, meu anjinho... – Discursava em tom baixo e suave para o menino, retirando de suas mãozinhas os fios do meu cabelo, o qual, acabou lhe aborrecendo e causando certos resmungos. – Dormiu bem? Está mais calmo? – Ele mantinha total atenção as palavras proferidas por mim, enquanto acariciava suas bochechar gordinhas e rosadas, recebendo em troca um sorriso que aqueceu meu coração. – Você herdou o encanto de sua mãe...prevejo que serão minha perdição.

Observando Léo, consigo notar as semelhanças com sua mãe biológica, tinha o mesmo formato de rosto, os cabelos dourados e extremamente lisos, até mesmo a forma intensa de observar era a mesma. Os olhos castanhos deveriam ser herança do pai, sua mãe tinha a cor dos olhos em um belo tom azulado. Leonardo era uma linda criança, qualquer pessoa ficaria encantada com suas feições e charme. Pensar em Ana, era imaginar o que seria de Valentina.

Valentina sempre foi uma galinha e conquistadora. Seja durante sua época do colégio até sua presença na faculdade, todas as garotas se atiravam aos seus pés, disponíveis e interessadas em conhecer a lindíssima garota dos mais belos olhos verdes já vistos. Iludidas. Conheço a garota desde que nasci e nunca presenciei qualquer relacionamento sério ou namoro. Segundo minha melhor amiga, jamais seria alguém que namora, se casa e cria raízes emocionais. A palavra que comandava sua vida era "liberdade" e não havia possibilidades de condenação ao casamento e filhos. A chegada de Léo deve ter abalado suas convicções e desejos.

- Bom dia, pessoal... – Valentina entra no quarto com o tom de voz alto e audível, carregando uma bela bandeja de café da manhã, assustando nós dois, pegos de surpresa.

Quando o garoto reconheceu Valentina, iniciou um choro alto e estridente fazendo com que encarasse a mulher com um olhar ameaçador e uma leve irritação. Em minha mente, proferia inúmeras palavras horríveis destinada a ela, responsável por acabar com nossa calmaria matinal.

- O que eu fiz? Por que ele me odeia tanto? – Sua expressão demonstrava desgosto e surpresa, enquanto permanecia parado em frente a cama. Valentina suspirou, sentou-se no colchão ao meu lado e depositou a bandeja próxima de nós.

- Porque você é uma estúpida. Os bebês tem uma audição sensível, provavelmente se assustou com o tom e altura do som de sua voz. – Ninava o pequeno em meus braços tentado aplacar seu choro e acalmá-lo.

- Como já disse anteriormente, não entendo nada sobre crianças, principalmente de um bebê que não gosta da minha pessoa e deixa explícito para todos. – Sorri com seu jeitinho emburrado ao mesmo tempo desesperado. Posicionei Léo em meus braços, de frente para sua mãe.

- Não precisa ter medo, ele é apenas um bebê. Valentina, essa criança precisa confiar em você e reconhecer o papel que vai exercer em sua vida, mas, esta situação irá te obrigar a mudar alguns hábitos e comportamentos.

Mi Persona Favorita - ValuWhere stories live. Discover now