Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)

By tamires_menaldo

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Em meados do século XV, na época da Inquisição, a Igreja perseguia os bruxos acusando-os de heresia e condena... More

Introdução - Personagens e Playlist
Prólogo
Capitulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulos 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capitulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Epílogo

Capítulo 20

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By tamires_menaldo

Mosteiro da Graça



Freya estava no pátio do mosteiro com Oliver e Aimée e instruía a menina de como manejar o arco e flecha. Aimée puxa a flecha e atira errando o alvo, por pouco, colocado na cerca de madeira.


- Estou melhorando - comenta a garota olhando para Freya e sorrindo.


- Com certeza - concorda a outra, que estava ao lado da garota, devolvendo o sorriso


- Queria aprender a usar outras armas também.


- Talvez eu te ensine, mas só quando estiver dominando o arco e flecha.


- Está bem.


- Acho que seus amigos a estão chamando - diz Freya vendo as outras crianças acenarem para Aimée.


A menina entrega o arco para Freya e se afasta correndo em direção aos amigos.


- Você deve estar feliz por ter conseguido despertar o lado guerreiro dos bruxos - diz Oliver olhando para os bruxos treinando combate corpo a corpo com espada de madeira sendo auxiliados por Cassius.


- Na verdade, eu só dei a ideia, mas quem está fazendo isso de fato é o seu pai - diz ela enganchando uma flecha no arco e atirando no alvo.


- Ele realmente está fazendo um bom trabalho.


- Enquanto estivermos aqui, vamos estar nos sentindo seguros, mas de um momento para o outro isso pode mudar. - A bruxa encaminha-se até a cerca de madeira e retira as flechas fincadas guardando-as em sua aljava.


- E você acha que se nos atacarem...


- ...quando nos atacarem - corrige ela parando ao lado de Oliver.


- ...quando nos atacarem de novo, vamos estar preparados para isso?


- Sim, os caçadores podem até nos capturar, mas não vai ser com tanta facilidade, inclusive, acredito que somos capazes de abater alguns deles.


- Eu não sei não.


- Tem algo que ainda me intriga bastante: como que a Igreja tem acesso a magia negra para bloquear a nossa com as armas que os caçadores usam? Aliás, quero saber quem é o bruxo que está por trás disso e anda ajudando o Tribunal contra sua própria espécie.


- E como você vai descobrir isso?


- Ainda não sei, mas como estamos aprendendo a ler, quem sabe eu consiga alguma informação sobre magia negra nos livros.


- E você acha que nos livros daqui vai ter alguma informação sobre esse assunto?


- Acho meio difícil, mas aqui não é o único lugar que tem uma biblioteca.


- Nisso você tem razão. - Oliver percebe que Freya estava olhando na direção de Aimée, que brincava com as outras crianças. - Essa menina se tornou como uma irmã mais nova para você, não é?


- Eu vejo muito de mim nela, seu jeito obstinado e corajoso, apesar de ela parecer tão frágil - diz Freya ainda olhando para a menina -, nossa história é meio parecida, nossos pais estão mortos, a diferença é que ela conheceu o pai dela.


- Sua mãe nunca te falou nada sobre seu pai?


- Toda vez que eu tocava nesse assunto, minha mãe desconversava e eu percebia que ela ficava com uma expressão triste e, às vezes, de raiva, então parei de perguntar sobre o meu pai. Achei que poderia voltar a esse assunto com ela quando eu fosse adulta, mas não tive essa chance.


- Com sua tia, você já tentou falar sobre esse assunto?


- Não, eu nem sei se ela sabe de alguma coisa.


- Agora que parei para pensar que nós não sabemos como que sua tia e meu pai se conheceram.


- Verdade, nunca tinha parado para pensar nisso, mas minha tia, com certeza, conhecia muito bem seu pai e confiava nele quando o procurou pedindo abrigo. - Ela encara o amigo com expressão pensativa.


- E meu pai as recebeu muito bem.


- Mas nenhum dos dois nunca contou como se conheceram.


- Verdade.


- Eu vou guardar o arco, pois daqui a pouco nós vamos ter nossa aula na biblioteca.


Freya se encaminha para a ala dos dormitórios de hóspedes indo para o aposento que ocupava ali. Ao entrar encontra a tia arrumando alguns pertences sentada no colchão de palha.


- Já treinou o suficiente por hoje? - indaga Diana ao ver a sobrinha encostando o arco na parede e colocando a aljava no chão.


- Sim, daqui a pouco eu e Oliver vamos ter nossa aula de leitura.


- Vocês estão gostando de aprender a ler?


- Muito - e mudando de assunto. - Tia, queria te fazer uma pergunta.


- O que foi?


- Como você e o Cassius se conheceram?


Diana endireita o corpo parando o que estava fazendo e encara Freya.


- Por que está me perguntando isso? - indaga ela entre curiosa e preocupada.


- Hoje, eu e Oliver conversando, nos demos conta de que vocês nunca nos contaram como se tornaram amigos.


Diana, vagarosamente, respira fundo desviando o olhar do rosto da sobrinha parada de pé a sua frente.


- O Cassius era melhor amigo do seu pai - conta ela hesitante -, eles cresceram juntos.


- O que?! - Freya arqueia as sobrancelhas ficando boquiaberta.


- Eles se aventuravam pela floresta e vilarejos juntos quando jovens, mas quando seu pai conheceu sua mãe, Cassius já estava casado com Joana, que esperava por Oliver. Seus pais começaram a se encontrar, até que seu pai levou Isabel e eu para conhecermos aquela que ele considerava sua família.


- Então foi através do meu pai que você conheceu o Cassius? - Freya senta-se no chão com as pernas cruzadas de frente para a tia.


- Sim.


- E o que aconteceu com meu pai?


- Um dia, ele sumiu e nunca mais soubemos dele. Então sua mãe descobriu que esperava uma criança - conta Diana olhando fixamente para as suas mãos remexando-as, nervosamente, em seu colo.


- Ele chegou a saber que minha mãe estava grávida?


- Eu não sei se a Isabel chegou a contar para ele - mente Diana.


- Então ele ainda pode estar vivo.


- Não esquece que ele era bruxo e pode ter sido capturado e levado ao Tribunal.


- Isso é verdade - diz Freya desanimada -, por isso minha mãe sempre me fez acreditar que ele estava morto.


Aimée entra no quarto interrompendo o assunto.


- Agora vou para a minha aula. - Freya levanta-se e dá um beijo na bochecha sardenta de Aimée saindo, em seguida, do quarto encontrando Oliver no corredor.


Os dois seguem juntos para a biblioteca.



Diana, após a saída de Freya, deixa Aimée no quarto, que deitara no colchão de palha para dormir abraçada ao seu urso, e vai para o pátio. Ela aproxima-se de Cassius, que estava sentado em um banco de madeira.


- Você está com uma expressão de preocupada - comenta Cassius enquanto ela sentava-se ao lado dele. - Aconteceu alguma coisa?


- Agora há pouco, Freya veio me perguntar como nos conhecemos.


- E o que você disse?


- Eu omiti sobre alguns fatos e menti sobre outros, me sinto mal por isso. - Ela suspira profundamente. - Contei que você e o pai dela eram amigos de infância e se aventuravam juntos pelos lugares ao redor da floresta, que foi assim que ele conheceu a Isabel e começaram a se encontrar. Até que o pai resolveu levar nos duas para conhecer aquela que considerava ser sua família, que eram você, que já estava casado com Joana e o Oliver, que era apenas um bebê. E que quando Isabel ficou grávida, ele havia desaparecido e nunca mais soubemos do paradeiro dele.


- Você disse meias-verdades.


- Eu não contei que Henrique era irmão da sua esposa e também tomei cuidado para não dizer o nome dele, não quero que Freya tenha qualquer informação que a leve até o pai. E lógico que não falei nada sobre o que ele fez e ainda dei a entender que pode estar morto como ela sempre acreditou.


- Eu também menti a vida toda para o meu filho dizendo que a mãe morreu da peste negra, só para protegê-lo da verdade.


- O que me preocupa agora é que Henrique sabendo sobre Freya queira aparecer e contar tudo para ela.


- Você acha que ele vai querer contar o que fez? Ele não seria tão tolo.


- É claro que ele vai omitir essa parte da história, mas tenho medo que queira contar que é pai dela.


- Eu contei a ele sobre Freya em um momento de desespero, mas me arrependo.


- Só espero que ele esqueça que ela exista.


- Vou voltar para o meu treino - diz Cassius levantando-se. - Quer treinar comigo?


- Quero. - Diana levanta-se também.


Cassius pega uma espada de madeira e entrega outra para Diana. Ele começa a mostrar alguns golpes para ela.

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