Mi Persona Favorita - Valu

By amandiiiinhaaa

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Valentina e Luiza sempre foram melhores amigas, se apoiavam incondicionalmente em qualquer situação, sonho, p... More

Capitulo 01
Capitulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40 (Bônus)

Capítulo 32

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By amandiiiinhaaa

Olá, tudo bem?

Me desculpem pela demora, estava um pouquinho doente nestas semanas, mas, estamos de volta e na reta final.

Chegou o momento de acompanhar as decisões de Luiza e o desenrolar desta importante escolha.

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Valentina POV

Assinei o último documento que estava sob minha mesa e entreguei para minha secretária, que esperava impaciente ao meu lado. O dia de hoje estava um tumulto e não parara desde que chegara pela manhã. Sabia que Ângela estava tão ou mais atarefada e, por esta razão, fazia questão de analisar tudo minuciosamente, apenas por adorar irritá-la.

- Mais alguma coisa?

- Sua cunhada ligou, srta. Sartori. Pediu para avisá-la que irá sequestrá-la na hora do almoço. – Disse azeda e franzi o cenho, perguntando-me os motivos para minha cunhada me sequestrar em plena quarta-feira.

- Certo. Vou adiantar tudo, provavelmente, minha cunhada não irá permitir que retorne ao estúdio. – Ângela bufou discretamente, certamente pensando o quanto era preguiçosa, por abandonar um dia de serviço para almoçar com Carol. Apenas, me divertia.

Depois que ela deixou minha sala, me concentrei em meus novos projetos, esquecendo do passar dos minutos e horas. Quando percebi toda mudança da manhã, Carol invadia o meu escritório ao meio dia, acompanhada de Léo em seus braços.

- Chegamos! Espero que sua secretária azeda tenha lhe comunicado do nosso compromisso. – Carol falou, acomodando-se em uma das cadeiras que ficava em frente à minha mesa e sorri, olhando com carinho para o pequeno.

- Ela avisou...Só não disse que Léo estaria com você. – Carol sorriu largamente, beijando os cabelinhos loiros do menino.

- Luiza tinha um compromisso hoje e não conseguiria levar Léo junto. Já que Bianca está em semana de provas, sua noiva me pediu ajuda e estou aqui. Como estávamos sozinhos, resolvemos lhe sequestrar. – Enquanto ouvia suas falas da cunhada, sorria e finalizava meus afazeres para poder acompanhá-los.

Sempre considerei Carol como uma grande amiga, o fato de Luiza ter demonstrado ao longo de nossa convivência, uma personalidade mais estudiosa e seguidoras das regras em épocas afloradas da juventude, fazia com que Carol e eu, nos aproximássemos em festas, eventos e comemorações. Sentia falta dos tempos passados com minha cunhada, mas, algo não estava certo nessa história. Por que Luiza não pudera levar Léo?

- Onde Luiza foi? – Desliguei o computador e percebi quando Carol deu de ombros.

- Isso, só ela pode te responder. Luiza apenas disse que iria demorar e que, caso houvesse qualquer emergência com Léo, deveria procurar você.

Atitude que não era típica de Luiza. Léo era sua maior prioridade. O que será que ela estava aprontando?

- Vamos logo...Léo e eu estamos famintos, não é gatinho? – Carol se comunicou, virando Léo de frente para o seu rosto e meu menino se derreteu todo para a tia.

- Vou ligar para Luiza primeiro, quero saber se está tudo bem.

- Deixa de ser grudenta, Valentina. Sua noiva tem uma vida própria e está se cuidando. Vamos almoçar e curtir o seu filho. Posso te garantir que Luiza está bem e não vai fugir de você. – Minha cunhada falou e suspirei, desistindo de ligar para minha noiva, mesmo com o pressentimento de que algo estava errado. Por um lado, Carol tinha razão: Luiza não iria desaparecer, seria incapaz de viver sem mim e nosso filho.

Terminei de guardar tudo que estava sob minha mesa e acompanhei minha cunhada até um restaurante próximo ao meu estúdio, já que precisava voltar para o trabalho na parte da tarde. Por mais que adorasse irritar Ângela, não podia ser uma profissional irresponsável, havia funcionários, clientes e fornecedores que dependiam do meu trabalho.

- Sua irmã continua estranha comigo... – Comentei, enquanto remexia a salada em meu prato.

- Estranha?

- Está distante, arisca e preocupada, sua desculpa é um bendito tratamento para endometriose. – Suspirei – Entendo, sabe? O problema é que, além de erguer esta barreira íntima há semanas, agora está fugindo dos meus beijos, abraços e perguntas. Principalmente de minhas perguntas. – Carol permaneceu me encarando com uma expressão divertida.

- Acho que o problema é que a Luiza te deixou muito mal-acostumada. Ela sempre fez todas as suas vontades e agora, quando precisa de um espaço, você não consegue corresponder, já que ela está contrariando os seus preciosos desejos. Sua noiva está apenas muito atarefada, são livros, divulgações, a festa de Léo, casa e venda do apartamento. É muita coisa para uma só pessoa. – Ao término de suas palavras, encarei seu rosto em confusão.

- Luiza está vendendo o apartamento? Como que não fiquei sabendo? – Questionei zangada e foi a vez de Carol, me encarar de forma confusa.

- Ela não falou nada? – Minha cunhada perguntou confusa e revirei os olhos para sua pergunta óbvia.

- Não, Carol. Ela não falou. Luiza está estranha.

- Bem, o que sei é que Luiza recebeu uma proposta pelo apartamento e está pensando em vende-lo, mas, isso é algo recente. Talvez tenha esquecido de comentar.

- Luiza sempre me disse tudo. Sempre decidimos tudo juntas e agora, de repente, ela se esquece de me contar que está vendendo seu apartamento. Isso é estranho, Carol. Extremamente preocupante. – Falei com raiva e minha cunhada revirou os olhos.

- Não seja exagerada. Luiza só está com muita coisa na cabeça e sem tempo para os seus caprichos, mas, se isso te deixa feliz, ela pediu que cuidasse de Léo essa noite para que vocês possam ter uma noite especial. Então, acho que hoje, ela tira você desta abstinência.

- Isso é sério? – Aquela notícia era ótima.

- Sim. Por este motivo Léo está comigo, para que se acostume com minha presença e não organize um show à noite e atrapalhe o encontro de vocês. Luiza parecia bem animada hoje de manhã e, passar um tempo com o meu sobrinho é sempre um privilégio. – Recintou Carol, enquanto colocava alguns legumes em um prato para Léo.

Nosso almoço durou cerca de duas horas e só acabou, porque Léo começou a chorar e pedir por sua mãe, o que indicava que era hora de devolvê-lo para Luiza.

- Queria saber qual o encanto que Luiza lançou nessa criança? Não é possível que Léo não consiga ficar um dia apenas sem exigir sua presença. – Minha cunhada reclamou, enquanto acenava para um táxi da calçada e sorri, beijando o rostinho do meu príncipe.

- Não tem encanto nenhum, maluca. Só amor. Luiza amou essa criança incondicionalmente desde que entrara em nossa vida e Léo apenas retribui todo esse carinho e dedicação. Agora, leve meu filho até a mãe para que acabe com a saudade e consiga ficar contigo durante toda noite. Estou com saudades da minha noiva e quero aproveitar cada segundo dessa noite. – Falei animada e Carol revirou os olhos, pegando Léo do meu colo e depositando um beijo em minha bochecha.

- Aproveita bastante...Nunca se sabe quando Luiza irá fazer outra greve de sexo. – Ela debochou e bufei, beijando seu rosto e esperando que ela se acomodasse no táxi para seguir para o meu estúdio.

Minha tarde foi atribulada, repleta de contatos, reuniões, relatórios e inúmeras fotos, mas, ao final do dia, quando recordo da noite que Carol dissera que Luiza e eu teríamos, sentia-me revigorada. Já fazia muito tempo que minha noiva e eu, não tínhamos um tempo a sós e estava sentindo uma falta imensa de sua presença. Não era apenas sexo. Sentia falta de sua companhia, conversas, bobeiras, brigas e risadas. Luiza estava muito estranha e não conseguia entender o que estava acontecendo, talvez hoje, ela resolvesse se abrir comigo.

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Luiza POV

- Você tem certeza que isso irá funcionar? – Carol perguntou, observando os inúmeros papéis sob minha cama com o carimbo da clínica.

- Estou confiando no meu coração e instinto, após pensar demais.

- Deveria ter mencionado esta surpresa desde o início. Não existe pessoa que conheça Valentina tão bem quanto você. Espero que suas escolhas estejam corretas e que não deixem este apartamento magoadas ou com incertezas. – Disse Carol, suspirando ao término de suas palavras. – Bom, caso Valentina não aprove suas decisões, pelo menos poderá conseguir uma pensão milionária. – Brincou despreocupadamente e sorri.

- Tenho esperança de que isso não irá ocorrer...Minha gravidez vai ser uma grande surpresa.

- Cuidado irmãzinha... – Alertou – Valentina pode parecer uma idiota às vezes, mas, de boba não tem quase nada. Fique esperta com sua surpresa. – Foi a minha vez de suspirar, sabendo que, de certa forma, ela estava correta. Precisava ser muito esperta, caso contrário, ela iria descobrir meu segredo e acabar de vez com a minha surpresa.

- Vai dar tudo certo e, em breve, haverá um bebê em meu ventre.

- Por que essa vontade toda de engravidar? Léo não tem energia o suficiente? – Perguntou Carol, enquanto impedia o sobrinho de lamber a tomada, fazendo-me caminhar até eles e pegar meu filho no colo.

- Léo é um bom bebê, sempre foi e, essa vontade de ter um filho aflorou desde que Valentina e eu, começamos a nos relacionar romanticamente. Quero perpetuar nosso amor. Quero ter um filho e que seja uma surpresa. – Confessei e Carol sorriu, enquanto recolhia os brinquedos de Léo no chão.

- Ela vai amar, tenho certeza. Valentina vai pirar na ideia de ter um filho com você e, para falar a verdade, também estou empolgada. Espero por essa criança desde que eram adolescentes. – Fiz uma careta engraçada, deitando Léo em minha cama para trocar sua fralda. Ele e Carol vão ficar no meu apartamento, para que Valentina e eu pudéssemos usufruir de uma noite romântica e conseguisse prosseguir com meu plano.

- Durante a adolescência não desejei filhos e Valentina era apenas minha melhor amiga.

- Eu sei, Lu. Vocês eram duas lerdas, ainda bem que essa época terminou. Agora, me fala: quais são os comandos para a noite? Não quero e não preciso que Léo se zangue.

- Não tem segredo, Léo já te conhece e confia em você. Mantenha-o limpo, alimentado e entretido que tudo acabará bem e, por todos os céus, não dê chocolate. Léo tem uma intolerância estranha com cacau e sempre acaba com dor de barriga.

- Certo. Nada de chocolate.

- Ele gosta de ouvir uma história antes de dormir, estamos na metade do livro dos três porquinhos. Leia com a voz mansa, nutrindo uma entonação especial às falas e mostrando figuras. – Expliquei e Carol me olhou espantada.

-Ele entende?

- Ele não sabe o que são porquinhos e lobos, mas, fica atento à entonação da nossa voz e aprecia esses momentos ao nosso lado. Além do mais, desde pequeno, nutre uma paixão pela leitura. – Carol sorriu largamente, olhando-me com certa admiração.

- Você é uma mãe sensacional, Luiza. Léo tem muita sorte por ter caído em seus braços e, tenho certeza, que ele e seu futuro bebê, serão criados com muito amor. Só por este motivo, estou aceitando fazer parte deste seu plano maluco e arriscado. Agora, desapareça...Vá se aprontar, Valentina Sartori está com tesão acumulado e irá lhe oferecer muito trabalho. – Corei com as palavras da minha irmã, erguendo Léo da cama e entregando em sua direção.

- Cuide bem do meu filho e qualquer coisa pode me contatar, mesmo que isso signifique abandonar minha noiva linda e nua em uma cama confortável. – Minha irmã sorriu, fazendo com que Léo lhe acompanhasse, mesmo sem entender o que era engraçado.

- Tá certo! Prometo tentar evitar que você tenha que abandoná-la. – Deixei um beijo em meu pequeno e segui para o apartamento de Valentina.

Aproveitei um banho demorado, hidratando todo meu corpo da cabeça aos pés, escolhendo a roupa ideal para encontrá-la. Quando Valentina chegou, estava na sala lhe esperando e ela me encarou de cima a baixo com bastante interesse.

- Olha só quem resolveu me seduzir e exercer um papel de noiva... – Ela falou debochada e fiz uma careta, encarando-a divertida.

- Não preciso seduzi-la, Sartori...Você é fácil, fácil e, para o seu governo, uma noiva não deveria transar antes do casamento. Portanto, não há obrigação nenhuma.

- Ainda bem que somos um casal moderno, se tivesse que transar com você após o casamento, iria morrer de tesão acumulado. Já estou morrendo desse mal devido tanto tempo de abstinência... – Ela falou exagera e revirei os olhos para sua birra.

- Não foi tanto tempo assim, Valentina...Só algumas semanas, foi por uma boa causa.

- Que causa? Sua endometriose? – Perguntou, servindo-se de whisky e olhei-a com estranheza.

Pensei que ela iria me atacar assim que olhasse para mim, mas, ela estava fria e distante, isso iria dificultar a nossa conversa. Além disso, odiava a versão distante de Valentina, porque ela não se parecia em nada com minha melhor amiga.

- Sim, Valentina. A causa era a minha endometriose, você sempre se preocupou com o meu problema e garanto, o real motivo é muito nobre. Não estou entendendo o seu mau humor.

- O meu mau humor não está relacionado com o seu tratamento, Luiza. O que não entendo e não gosto, está no fato de você esconder coisas de mim. – Ela falou e eu gelei.

Será que Valentina tinha descoberto sobre a inseminação?

- O que estou escondendo de você, Sartori?

- Quando iria me dizer sobre a venda do seu apartamento? – Ela me perguntou emburrada e quase suspirei de alívio ao constatar que não desconfiava dos meus planos.

- Quando a venda do apartamento realmente se tornasse um plano. Recebi uma proposta, não sei se vou vender, iria discutir esse assunto com você, pois acho que devemos comprar uma casa. Juntas. Infelizmente, com toda essa história de divulgação dos livros e festa de aniversário do Léo, acabei me esquecendo de comentar...Não foi de propósito. – Falei brava e ela me encarou com aquela expressão de cachorrinho abandonado que acabava comigo.

- Fico irritada quando me esconde as coisas, Luiza...Me sinto traída. – Ela falou emburrada e revirei os olhos, andando até ela e tirando o copo de whisky de sua mão.

- Isso porque você é uma garotinha mimada que precisa ter todas as suas vontades satisfeitas e, sabe o que é pior? A culpa é toda minha que sempre realizei seus desejos, mas, agora, quero que você pare de fazer birra e vá tomar um banho, pretendo usar todo o seu corpinho. – Ordenei, beijando seus lábios de leve e ela soltou um riso baixo, abraçando minha cintura.

- Não preciso de banho, Luiza. Sou cheirosa por natureza, podemos seguir logo para a pegação. – Revirei os olhos para sua proposta.

- Sem banho, sem sexo...Você que sabe. – Falei decidida e ela bufou, beijando meus lábios de leve e seguindo em direção ao banheiro.

- Cinco minutos, Luiza. Depois, te quero nua na minha cama. – Gritou já no corredor e sorri, aproveitando o momento para ligar para Carol e perguntar sobre o meu filho.

- Léo está ótimo. Estamos assistindo Frozen. Ele já comeu, está com a fralda limpa e logo iremos para cama e vocês? Já foram para o combate? – Questionou e percebi o quanto seu humor era parecido com o de Valentina.

- Ainda não, Carol. Estávamos discutindo a relação, sua cunhada está no banho e aproveitei para saber como você e Léo estão, mas, agora vou para o ataque. Preciso de minhas respostas.

- Você é louca...Te desejo sorte. Espero ter mais um sobrinho em breve.

- Cuide bem do meu príncipe...Beijos! – Me despedi e segui para o quarto, encontrando Valentina esparramada na cama, nua como chegou ao mundo.

- Isso não é romântico, Sartori. Me produzi toda e esperava um clima de sedução. – Debochei, cruzando os braços e me recostando no batente da porta, observando sua expressão de indignação.

- Meu corpo nu é uma sedução, Lu. Estou há muito tempo sem fazer sexo e não quero perder um minuto dessa noite. Portanto, roupas são dispensáveis, agora, preciso muito arrancar suas roupas.

- Se você não fosse tão fofa, juro que te mandava à merda, mas, antes de começarmos, preciso te contar um detalhe. – Coragem.

- Que detalhe?

- Durante este período de tratamento da endometriose, precisei ocultar e esconder alguns detalhes do processo e da minha verdadeira intenção diante destas consultas. – Minha noiva se ajeitou sob o colchão, me encarando intrigada, com sua expressão fechada e quase acusatória. – Eu quero um filho, Valentina. Quero um bebê para criarmos juntas. Um irmãozinho ou irmãzinha para o Léo, que preencha ainda mais o nosso coração. – Agora, seu rosto demonstrava surpresa, mantendo-se em silêncio, apenas ouvindo minhas palavras. – Nunca imaginei que poderia ser tão feliz como sou ao seu lado. Você sempre foi e será o verdadeiro e único amor da minha vida e... Junto de Léo, fazem com que meu coração borbulhe e se aqueça de felicidade, imaginando o quanto podemos construir e ampliar este laço amoroso familiar. Por esta razão, estive conversando com meu médico, perguntando sobre procedimentos de inseminação, para que esse sonho possa se tornar realidade.

- Luiza...

- Talvez...Isso pareça precipitado para você, nosso filho é muito pequeno, está prestes a dissolver uma sociedade com Josh, nosso noivado... – Sabia que já estava trocando algumas palavras devido ao nosso nervosismo exacerbado por todo meu corpo. – Só queria que estivesse ao meu lado na realização deste sonho, mas... – Suspirei – Vou compreender se estiver ultrapassando alguns limites.

A chegada de Léo foi um completo susto e surpresa na vida de Valentina, presenciei de perto, o quanto ficou desesperada por ter a responsabilidade de cuidar e zelar por uma criança. Lembro-me o quão difícil foi para ela, entender como funciona e se aplica o papel de mãe, perdendo seus medos vagarosamente e ainda, tentando se encaixar. Será que deveria ter pensado neste histórico? Esqueci de levar em consideração sua reação com a chegada do nosso primeiro filho?

- Amor? – As mãos quentes e macias de Valentina seguraram as laterais do meu rosto, realizando um carinho singelo e confortável, fazendo-me encarar novamente os seus belos olhos verdes. – Lembra quando éramos adolescentes? Quando me disse sobre o seu problema? Se recorda de minhas palavras sobre seus futuros filhos? – Assenti timidamente – Sempre acreditei que seria possível presenciar o crescimento de um bebê em seu ventre e, fico feliz que será o nosso filho. – A mão direita da minha noiva tocava, agora, a superfície do meu ventre e por este motivo, não foi possível conter as lágrimas.

- Isso significa... – Minha voz deixou meus lábios toda trêmula.

- Que nos tornar mamães mais uma vez.

Nesta hora não consegui me conter, atirando-me nos braços do meu amor, sentindo seu coração batendo junto ao meu corpo. Em pouco minutos, também estava nua sob o seu corpo, aproveitando a sensação de nossas peles quentes unidas pelo contato. Às vezes, me perguntava como alguém podia ser tão boa de cama como Valentina, talvez seja em função da nossa química, intimidade de anos de amizade ou, o amor que sentíamos uma pela outra, mas, o fato era que o sexo que fazíamos era fabuloso.

- Nunca mais me prive de você, Lu...Preciso de sexo como necessito de água. – Valentina falou, quando descansávamos nos braços uma da outra e revirei os olhos.

- Sabe que nunca tinha percebido, Valentina? Nunca notei que você era uma maníaca por sexo. – Falei e ela soltou um riso, beijando minha testa.

- Maníaca por sexo com você, Luiza...Só com você.

- Acho muito bom, Sartori. Sou bem possessiva e preservo a monogamia.

- Também preservo, Lu. Sou toda sua pela eternidade. – Ela garantiu, beijando meus lábios.

- Preciso buscar algo...já volto.

Segui até seu escritório e agarrei os papéis que tanto escondi, retornando ao quarto, encontrando minha noiva sentada sob a cama coberta com os lençóis. Me aproximei cuidadosamente e depositei um selinho em seus lábios. Abria a pasta sob meu colo e iniciei a explicação de uma nova parte do processo.

- Esta é toda a documentação necessária para iniciarmos o processo de inseminação. Quando conversei com o médico, desejava fazer uma surpresa e seguir com as escolhas sozinha, mas, não seria justo com você...esse será o nosso filho e ambas, precisam estar envolvidas com cada etapa desta futura vida. – Direcionei a pasta com os papéis em sua direção, estes, prontamente recebidos e analisados. – O que me diz? – Perguntei, esperando ansiosa sua resposta.

- Digo que deve me entregar uma caneta imediatamente. – Esta foi a resposta que tanto desejei ouvir nesta noite e, recebi um belíssimo sorriso carinhoso e afetuoso como presente. – Estamos juntas, Lu...Eu te amo e já amo a possibilidade de uma nova vida conosco. Concordo com tudo o que decidir e precisar.

Beijei seus lábios e corri apressada pelo quarto, até lhe entregar uma caneta e receber todos os importantes documentos assinados por nós. Nestes papéis, está a promessa de um belo futuro. Agarrei todo seu corpo como um coala e apenas desejei explodir todos estes sentimentos.

- Quero que me foda agora... – Disse, beijando sua boca com desespero e ela, me encarou em divertimento.

- Como desejar.

Em nossa cama, Valentina me fez vislumbrar estrelas. A sessão de sexo no banho foi rápida, intensa e alucinante, como se quisesse atestar que nossos corpos não poderiam ficar separados por um longo tempo. As marcas em nossos corpos, comprovavam o quanto cada detalhe daquela noite foi especial. Fui para a cozinha e preparei uma panela de brigadeiro, para que Valentina e eu, pudéssemos comer na panela enquanto assistíamos filmes como nos velhos tempos. Ela gostou da ideia e parou de se gabar sobre o quanto era maravilhosa e deusa do sexo. Convencida.

- Não adianta ficar brava...Sei que você me ama. – Repetiu pela milésima vez naquela noite e bufei, fazendo com que soltasse mais uma gargalhada.

- Assista o filme, Valentina.

- Ok, minha gata. – Ela falou, beijando meu rosto e suspirei, aconchegando-me em seu corpo quentinho.

Essa era a mãe dos meus filhos.

........................................................

Carol encarou o envelope em minhas mãos e sorriu.

- Quer dizer que Valentina aceitou os termos de todas as documentações?

- Sim. Como precisaria registrar um importante evento fora da cidade, não conseguiu comparecer nesta consulta, mas, tudo o que é solicitado está contando com sua assinatura e concordância.

- Isso significa...

- Significa que ontem, durante toda noite e busca intensa, escolhemos um doador de espermas para que seu material, seja fecundado nos óvulos doados por minha noiva. – Sorri, repousando a mão em meu ventre de maneira discreta. – Esse bebê vai ter um pouquinho de nós duas. – Comemorei. – Estou nesta consulta para marcar uma data para o início do processo com ambas e iniciar a fecundação no óvulo. Estamos extremamente ansiosas e queremos urgência para a fertilização.

Minha irmã me acompanhou até a sala do médico, assim que meu nome foi chamado pela recepcionista, que gentilmente entregou-me meus últimos exames para serem apresentados. Quando me acomodei em uma das cadeiras em frente da mesa, o médico me cumprimentou e realizou uma vistoria meticulosa nos papéis assinados por Valentina, ressaltando o quanto havia ficado contente com nossas escolhas para a fertilização. Chamou a enfermeira de plantão, pediu que realizasse alguns exames de sangue e urina, fazendo um pedido por escrito para Valentina e agendando sua própria consulta. Após todas as dúvidas serem sanadas, segui para o apartamento e aplaquei um pouco a saudade que estava do meu filho, já que no dia anterior não havia ficado com ele.

Carol e eu seguimos para o shopping comprar as últimas coisas para a festa de aniversário do Léo e aproveitamos para sequestrar Valentina para almoçar conosco. Ela adorara a ideia, diferente de sua secretária, que nos fuzilava com o olhar quando aparecemos no estúdio com a proposta.

No dia seguinte, Carol, Eduarda e eu, estávamos no salão onde seria a festa de Léo, acertando os últimos detalhes da decoração, quando recebi um telefonema do consultório médico, dizendo que o doutor desejava falar comigo.

- O que será que ocorreu? – Eduarda me perguntou, enquanto supervisionávamos os últimos detalhes.

- Espero que não seja nada grave. – Clamou Carol, encarando meu rosto de forma preocupada.

Tudo precisava funcionar, pensar na possibilidade de não conseguir realizar o meu desejo, deixava-me completamente triste. Queria gerar uma criança, que fosse mais um fruto do amor puro e intenso que sentíamos e, depois de toda ansiedade e medos, essa gravidez tinha que acontecer. Depois do que me pareceu uma eternidade, a secretária transferiu para o médico, nutrindo minha expectativa.

- O que houve?

- Todos os exames são positivos, srta. Luiza. Quando desejarem, estarei pronto para realizar o procedimento de fertilização in vitro...Avise sua noiva, logo, vocês irão curtir uma gravidez plena e repleta de alegria.

Sério? Estamos prontas para um novo bebê? Já podemos marcar a fertilização?

Puta que pariu!

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.

.

Parece que a Luiza tomou a decisão correta, não é?

A propósito: Acham também que a Valentina é uma maníaca sexual? 😊

O bebê está chegando...mais rápido do que imaginam...

Ansiosos?

Não esqueçam de deixar a estrelinha e comentar muito!!!!

Bjs e até o próximo!!

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