O pecado de Siena

By mariamariawriter

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SUSPENSE | ERÓTICO | ROMANCE CONTEÚDO ADULTO Siena é uma garota de 24 anos, uma moça recatada, que divide apa... More

PRÓLOGO 🔥
1. Um sonho de Siena
2. O Sr. Baudin
3. O golfinho 🔥
4. Nonna Cucina 🔥
5. O novo namorado
6. Expediente
7. O telefone 🔥
8. Vermelho sangue
9. "Perra Dormida"
10. A porta 🔥
11. Antony
12. L'or Noir
13. O Fio da meada 🔥
14. Três🔥
15. Outra vez
16. Truque de cama 🔥
17. Alta tensão
18. Preparação 🔥
19. Ménage (parte 1)
20. Ménage (parte 2)🔥
21. Chaveron
22. O Olavinho
23. Balões (Parte 1)🔥
24. Balões (Parte 2) 🔥
25. A adega
26. A irmã 🔥
27. Uma festa?
28. Ela 🔥
29. A serpente de olhos azul-anis
30. Adam
31. Virgindade 🔥
32. Xenon
33. O que aconteceu?
34. Babaca🔥
35. Um lance 🔥
36. A invasão
37. Projeto Servitus
38. Hematomas
39. Casamento 🔥
41. Um milagre (Parte 2)
42. Robert Baudin 🔥
43. Syllus Bar
44. Olha pra trás
45. A ilha
46. Final feliz?
EPÍLOGO
Sobre a Autora 📚

40. Um milagre (Parte 1)

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By mariamariawriter

- Isso é uma porra!!! - Gritou Adam ao perceber que o carro que havia alugado estava morrendo no meio da estrada. - Vou processar a merda dessa empresa.

Ao descer, a chuva torrencial o deixou encharcado em poucos minutos, percebeu logo que era a bateria do carro e o telefone sequer pegava sinal naquela área, para completar parecia ainda estar longe da cidade. Era incomum que aqueles lados próximos à Praia Grande - SC chovesse tanto em pleno dezembro às 06:30h da manhã, o clima agradável da pequena cidade dos canyons que permitia um turismo intenso nos passeios de balões, era o que mais atraia quem a visitava. Mas Adam não tinha essa motivação, sequer tinha ouvido falar dessa cidade até conseguir por meio do zelador do prédio vizinho, a informação de que Antony estava por lá. Um carro surgiu em plena chuva e passou direto por ele ao acenar desesperado que precisava que parassem, mesmo quando ele já havia colocado o triângulo de sinalização. Felizmente o segundo carro, que era uma caminhonete, parou.

- Senhor, pelo amor de Deus, me ajude!!! - Gritou Adam ao lado de fora da janela. - Meu carro parou de pegar no meio dessa chuva!

Um senhor aparentando seus 65 anos, juntamente com uma mulher da mesma idade, abaixou o vidro. Como um milagre, a chuva foi diminuindo e ficando leve.

- O que foi que houve, rapaz? - Perguntou o senhor.

- Eu aluguei esse carro hoje e ele simplesmente morreu, acho que é a bateria!

- Mas que lugarzinho jaguara que tu arranjou pra alugar, ein!?

- Hãn? - Disse Adam espantado.

- Ô bem, ajuda o moço, ele é daqui não. Todo tanso, tá muita chuva e ele vai pegar um resfriado! - Interrompeu a senhora.

- Você tá querendo ir pra onde? - perguntou o senhor saindo do carro.

- Praia Grande... Tá distante? - Adam esperou uma resposta positiva.

- Nem tá, mas com o carro assim, só um milagre mesmo... Distante ou perto, só se fizer uma chupeta!

Adam não entendeu nada, mas não discordou, principalmente enquanto o senhor ajudava a ligar o carro.

- O senhor é de Praia Grande? - perguntou.

- Moro há 14 anos num sítio por lá, mais afastado do centro. Mas dia de chuva assim não tem balão não, viu! - Disse o homem impaciente.

- Tá certo. - Adam respondeu sem muitas delongas, após dar a partida e o carro pegar milagrosamente. - O senhor conhece um rapaz chamado Antony?

- Olhe moço, não tem como saber assim. É "fi" de quem? - Perguntou brutalmente o senhor enquanto guardava o cabo de ligação direta.

- Não faço ideia, mas o nome dele é Antony Chauron... - Ele coçou a cabeça não se lembrando o sobrenome. - Chauniron, Chamberon... Uma coisa assim.

- Chaveron? - Perguntou o senhor parando imediatamente o que estava fazendo.

- Isso!!! Antony Chaveron, você conhece?

- Você conhece nosso menino? - Disse o senhor com os olhos marejados.

- Vocês são pais do Antony? - Adam ficou embasbacado.

A senhora desceu do carro com lágrimas nos olhos ao ouvir aquilo.

- Você conhece nosso menino? Ele conhece, bem? - Disse a senhora desesperada. - Foi Deus que te botou no nosso caminho, moço. Parece até um milagre!

- Não somos pais desse Antony não... Mas a gente conhece os Chaveron, são praticamente os donos dessa cidade. - Ele agarrou a senhora que limpava as lágrimas. - Nosso menino tá noivo de uma Chaveron, o nome dele é Olavinho.

- Hum, entendi. - Respondeu Adam sem dar muita atenção. - Olha, infelizmente eu não o conheço. Mas porque vocês estão tão tristes falando sobre ele?

- Nosso Olavinho não consegue nos visitar muito, ele é muito ocupado, coitado. - Disse a mãe com o semblante triste enquanto o pai a afagava. - A última vez foi há uma semana atrás, mas foi tão rápido, mexeu no computador, nem deu pra matar a saudade, fazia dois anos que ele não visitava a gente.

Adam não conseguiu disfarçar o rosto cético sobre o filho ser um coitado e logo arqueou as sobrancelhas.

- Poxa, sinto muito. Se eu encontrar ele quando for visitar o Antony, posso mandar algum recado por vocês.

- Melhor não. - O pai estendeu a mão pra Adam. - Mas o senhor é um bom moço, viu?!

- Não, espere. Calma, bem... Ele vai ter notícias do nosso menino. Moço... - A mãe segurou Adam pelo braço.

- É Adam, senhora.

- Adam, você pode me dar notícias do meu filho? Por favor, Adam. - A mãe insistia. - Dizer se meu filho tá bem, se ele tá sendo bem tratado.

- Mas como farei isso senhora?

- Por favor, venha até o sítio que moramos. Se você tiver alguma notícia, se chama Sítio Santa Mônica, só tem ele em Campo Grande, fica na Rua dos milagres, n°331. - Ela respondeu.

- Tá bem, senhora. Não se preocupe! - Disse Adam confirmando para que ela não insistisse mais.

- Vá pro carro, bem. Eu vou me despedir do moço! - O pai falou e enquanto ela voltava pro carro, ele começou a sussurrar pra Adam. - Olhe, não precisa ir no nosso sítio não, viu. Minha mulher uma hora vai ter que aceitar que nosso filho não presta.

- Sim, senhor. - Respondeu Adam sem pestanejar.

A chuva parecia não insistir mais e foi embora de vez. Adam por sua vez, conseguiu chegar até uma cidade próxima de onde estava que por um milagre havia uma das filiais da locadora do carro e conseguiu substituição do veículo. Após algumas horas entre burocracias e estrada, finalmente chegou até Campo Grande. Perguntou para 2 pessoas aleatórias onde poderia encontrar a família Chaveron e logo foi guiado para a mansão deles. Estacionou o carro ao lado de fora dos portões e insistiu para que os seguranças pudessem solicitar que fosse localizado o Antony Chaveron.

- Ele não está, senhor. - Respondeu um dos seguranças. - Deve estar nos Canyons.

- Fica a quanto tempo daqui?

- Olhe moço, pela Serra Faxinal você chega em 25 minutinhos.

Adam colocou a localização no GPS e seguiu rumo a área dos Canyons, nem as borboletas o encantou naquele momento, só queria encontrar Antony. Ao chegar no grandioso espaço onde os balonistas já preparavam os balões para os vôos antes do pôr do sol, Adam avistou Antony conversando com Fabrício, um funcionário da família Chaveron.

- Antony!!! - Gritou Adam em sua direção. - Antony, preciso falar com você!

Antony não sabia quem era aquele, pensou que talvez poderia ser algum amigo antigo da família.

- Ainda bem que te encontrei. - Adam estava suado e ofegante.

- Eu acho que lembro de você de algum lugar... - Antony coçou a cabeça.

- Sim, eu sou amigo da Siena.

- Olha, se você veio aqui defender ela, perdeu seu tempo...

- Ela está desaparecida, faz 5 dias! - Interrompeu Adam deixando ele sem palavras.

- C-como assim??! - Perguntou espantado.

- Cara, eu realmente preciso da sua ajuda. - Adam insistiu.

- Venha, tem um lugar que a gente pode conversar.

Antony puxou Adam para o seu pequeno chalé no bosque, deixando-o impressionado.

- Sem muitas delongas, Antony. - Adam prosseguiu se acomodando. - Preciso que me dê algumas informações pra poder achar Siena.

- Peraí, antes de você perguntar qualquer coisa, eu que vou perguntar. - Antony interrompeu. - Primeiramente, porque você acha que Siena está desaparecida?

- Ela foi trabalhar, não retornou pra casa, mandou uma mensagem dizendo que ia fazer uma viagem do nada...

- E porque você não foi até o trabalho pra saber?

- Eu fui, não me deixaram entrar, disseram que ela foi trabalhar no dia que desapareceu e não voltou no outro dia.

- E Lilly, onde está?

- Falou que ia pra um congresso e não retorna minhas ligações...

- E o chefe dela, aquele com complexo de galã?

- Aí é que tá a coincidência, desapareceu também...

- Todo mundo desapareceu do nada, Adam? - Questionou Antony meio cético. - Essa história tá muito mal contada...

- Antony, me escuta. Preciso que você me dê algumas informações, acho que Siena tá correndo perigo.

- Vamos fazer melhor, vou ligar pra polícia! - Antony pegou o celular e começou a discar.

- Se eu fosse você, não faria isso!

Antony congelou.

- Por qual motivo?

Um silêncio de segundos parecia durar horas.

- Abra o jogo, Adam... Tá me procurando querendo fazer perguntas, chega com um papo de que Siena sumiu... Porque esse súbito interesse?

Adam ficou cabisbaixo.

- Você que escolhe, Adam... Precisa da minha ajuda, vai ter que abrir o jogo!

- Há alguns meses atrás, a polícia francesa estava investigando alguns casos de mulheres desaparecidas.

- E daí?

- A investigação tava bem verde ainda e logo foi tratada como confidencial para não causar alardes, tinha começado a se alastrar diversos casos pela Itália, na Finlândia, no Brasil também. As garotas sequestradas tinham exatamente o mesmo perfil. Solteiras, morando em uma nova cidade, sempre mulheres, jovens...

- Ok, você descreveu Siena.

- Isso!

- Mas porque estavam sequestrando essas garotas?

- A investigação foi arquivada, Antony. Antes mesmo que pudesse começar a trabalhar nela...

- Como você sabe de toda essa investigação se foi algo arquivado e confidencial?

- Tem algo que não contei para Siena, mas depois da faculdade eu passei por um processo seletivo e virei perito criminal da polícia federal, nos meus primeiros meses, estavam justamente estudando esses casos, tinham poucos profissionais envolvidos e eu ouvi algumas conversas deles sem querer.

- Sem querer, sei! - Debochou Antony. - E aí?!

- O fato é que me chamaram para estudar sobre o caso antes dele ser arquivado e eu descobri que tinha um sobrenome de peixe grande envolvido...

- Qual sobrenome? - Perguntou curioso.

- Rossini Grano!

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