O pecado de Siena

Por mariamariawriter

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SUSPENSE | ERÓTICO | ROMANCE CONTEÚDO ADULTO Siena é uma garota de 24 anos, uma moça recatada, que divide apa... Más

PRÓLOGO 🔥
1. Um sonho de Siena
2. O Sr. Baudin
3. O golfinho 🔥
4. Nonna Cucina 🔥
5. O novo namorado
6. Expediente
7. O telefone 🔥
8. Vermelho sangue
9. "Perra Dormida"
10. A porta 🔥
11. Antony
12. L'or Noir
13. O Fio da meada 🔥
14. Três🔥
15. Outra vez
16. Truque de cama 🔥
17. Alta tensão
18. Preparação 🔥
19. Ménage (parte 1)
20. Ménage (parte 2)🔥
21. Chaveron
22. O Olavinho
23. Balões (Parte 1)🔥
24. Balões (Parte 2) 🔥
25. A adega
26. A irmã 🔥
27. Uma festa?
28. Ela 🔥
29. A serpente de olhos azul-anis
30. Adam
31. Virgindade 🔥
32. Xenon
33. O que aconteceu?
34. Babaca🔥
35. Um lance 🔥
36. A invasão
38. Hematomas
39. Casamento 🔥
40. Um milagre (Parte 1)
41. Um milagre (Parte 2)
42. Robert Baudin 🔥
43. Syllus Bar
44. Olha pra trás
45. A ilha
46. Final feliz?
EPÍLOGO
Sobre a Autora 📚

37. Projeto Servitus

934 74 13
Por mariamariawriter

- Calma, foi só o sensor desativando...

- Ufa... Obrigada Lond alguma coisa! - Ambos deram gargalhadas enquanto Siena deu um beijinho no colar e colocou em seu pescoço.

Ao entrarem, se depararam com o que parecia uma sala extremamente simples apenas com um sofá, uma televisão, uma estante na parede com vários livros e um tapete no chão.

- Não é possível que não tenha nada aqui, Siena... - Disse ele franzindo a testa enquanto procurava por trás da televisão e tentava arrancar a estante até perceber que era grudada na parede.

- Mas é claro que tem. - Ela empurrou o sofá para o lado e para o outro, consequentemente tirando o tapete do lugar e ao tentar arrumá-lo, percebeu um sensor de mão com um botão no chão, embaixo do tapete e apertou ele rapidamente. - Olha isso!!!

A estante se moveu devagar e revelou uma pequena escada de 5 degraus que levava a outra sala rústica enorme, com uma série de gavetas de arquivos dispostas em móveis acoplados nas duas paredes laterais. No canto de cada parede, havia uma coluna Romana em cor branca com betume, que ia do chão ao teto. A iluminação da sala funcionava por sensor de presença, acendendo todas as luzes em tons amarelos assim que Adam e Siena passaram pela porta. No meio da sala, uma mesa redonda de madeira maciça escura com 16 grandes cadeiras tomava conta e no centro da parede de fundo, estava um grande losango em madeira maciça em alto relevo com uma serpente de olhos azul anil.

- Olha isso, Adam!!! A serpente, a serpente de olhos azuis, a mesma serpente da foto da irmã da francesa... - Siena começou a respirar ofegante. - Acho que estou passando mal!

- Escuta, olha pra mim... Você não vai passar mal aqui, ok? - Disse ele tirando a máscara dela e segurando o seu rosto.

Siena respirou fundo e tentou se acalmar, colocou a máscara novamente e começou a procurar. As gavetas eram organizadas por letras e números, a maioria estava trancada, com exceção da letra L, N e uma principal que era um pouco maior que as outras e não possuía nenhuma letra e nenhum número. Ao abrir a gaveta principal, Siena encontrou apenas um folheto comercial com uma foto de banco de imagem de um homem com terno, segurando um globo terrestre nas mãos, no canto inferior se dispunha a logo da SandUp, juntamente com o que parecia ser outra logomarca com um losango e uma serpente de olhos azuis e o texto:

"Projet Servitus

Pourquoi l'amour organique, quand on peut avoir des sbires obsédés?"

- O que isso quer dizer? - Ela tentou traduzir por conta própria repetindo a frase em voz alta. - Você fala francês, o que isso significa?

- Eu falo francês mas você não... Não tô entendendo nada! Tira uma foto e a gente vê isso depois. - Disse Adam. - O mais importante é que você olhe isso...

Adam pegou aleatoriamente uma das pastas da letra L. Uma moça chamada Aruna Caudhari Lohar tinha algumas fotos com uma série de informações que iam desde exames médicos, altura, peso corporal, tipo sanguíneo, quantidade de dentes que ela possuía até parentescos, a última folha estava carimbada no espaço superior direito com os dizeres "inelegível" na cor vermelha.

- Quem é essa? - Perguntou Siena.

- Não faço a menor ideia. Ela é indiana... Pelo visto essas pastas dessa gaveta tem especificações de algumas pessoas. - Respondeu Adam.

- Pega outra! - Disse Siena enfiando a mão e abrindo outras pastas.

- Engraçado que aqui tem a letra L, mas as pessoas não tem nomes que começam com a letra L. - Adam folheava várias pastas de uma vez. - Mahara, Samia, Gioia, Clarissa, Kate... Elas não possuem nem a mesma nacionalidade. E sempre inelegíveis!

- Pera... - Siena o conteve. - Dá uma olhada, os nomes não começam com L mas os últimos nomes sim. Todos os últimos nomes.

- Estranho... - Pontuou Adam.

- Aaah - Gritou Siena assustando-o. - Já sei! Isso deve ser de alunos deles, dos estudos de biorrobotica. Eles também tem alunos além de funcionários nos laboratórios. Cada pasta deve ter alunos que foram ou não foram elegíveis para estudar no programa que eles tem.

- Estranho... - Adam disse outra vez.

- Pois é, eu também achei estranho quando a Jade, recepcionista, me disse que pegavam alguns alunos pra estudar e até pagavam por isso e...

- Não, isso não é estranho. Estranho é que aqui só tem mulheres, somente mulheres de diferentes nacionalidades em cada pasta, estamos no Brasil. Todas inelegíveis. E porque exames médicos e parentesco? - Ele coçava a cabeça, extremamente chateado por não ter a resposta das perguntas. - Das duas uma, devem ser muito misóginos e não contratam mulheres ou...

- Ou? - Siena parou e olhou pra ele.

- Ou isso de serem "meras alunas reprovadas" não é a resposta certa.

Ambos ficaram pensativos por alguns segundos e começaram a procurar novamente algo que pudesse explicar aquilo.

- Olha Adam, Laviollete... - Gritou Siena espantada.

- Quê?! - Perguntou Adam.

- A irmã da francesa!!! A irmã dela, é ela... - Antes que pudesse terminar a frase, Siena recebeu uma mensagem de texto.

"Número desconhecido:
Saiam daí agora, vocês serão pegos!"

- Oh meu Deus, Adam. A gente precisa ir agora!! - Gritou Siena. - Pegaram a gente...

Adam pegou a pasta da Laviollete e ambos sairam fechando as gavetas e correndo da sala rústica e sala simples em direção ao corredor com elevador.

- Não, Adam... Estão subindo pelo elevador, temos que ir pelas escadas.

Siena e Adam correram para as escadas e estavam descendo para o térreo, onde ficava a recepção.

- Espera, a recepção deve estar com guardas ou pessoas nos procurando... Essa escada só vai até a recepção. - Disse Siena ofegante. - Ela não desce pro estacionamento.

- E agora? - Indagou Adam em desespero.

- Vamos subir!

- Tá maluca? Subir e fazer o quê? Se jogar pela janela?!?? - Adam estremeceu.

- Você vai ter que confiar em mim.

Siena puxou Adam e subiram todos os lances de escada com rapidez até chegar ao sétimo andar. Aparentemente os espaços estavam vazios, mesmo que lá fora tenham visualizado através dos grandes vidros do corredor do 7° andar, alguns guardas de ronda buscando encontrar algo ou alguém perto dos portões.

- Por aqui, Adam! - Siena puxou Adam que estava abertamente atordoado. - Na sala de Rafael tem um elevador particular, ele leva até o estacionamento.

A porta estava fechada e mais uma vez, agora mais nervosa, Siena utilizou a moeda para abrir a porta. Entrou no elevador e respirou fundo.

- O que é esse botão amarelo? - Perguntou Adam.

- Eu não faço ideia.

Adam tentou apertar mas notou que não se tratava de um simples botão, mas sim um compartimento que abria e revelava uma mini fechadura.

- Empresa estranha do caralho! - Ele reclamou.

Ao chegarem na outra porta de vidro fosco escuro já no estacionamento, notaram que também estava fechada.

- Tá de palhaçada essa porra. - Disse ela irritada. - Depois dessa eu virei uma arrombadora de portas oficial!

Ao abrir a porta devagar, Adam e Siena, pé a pé, conseguiram fugir pela porta reservada ao espaço da lixeira do prédio, que dava acesso na rua por trás da SandUp. Um táxi passava exatamente no momento e os levou para esquina onde estava o carro de Siena, que saiu de forma brusca e desesperada para casa. Correram diretamente para o quarto e trancaram a porta, esconderam as pastas em algumas gavetas e em alguns minutos ouviram Lilly gritando.

- Abram a porta!!! Abram agora... - Gritava socando a porta.

- Rápido, tira a roupa! - Adam falou baixinho.

Ele e Siena se despiram rapidamente, ele correu para debaixo do edredom enquanto ela se enrolou numa toalha, desarrumou o cabelo rapidamente e abriu a porta.

- O-oi L-Lilly... O-o que houve? E-estavamos quase dormindo. - Siena estava extremamente nervosa.

- Não seja idiota. Vocês não estavam em casa! - Ela respondeu irritada. - O quarto estava vazio.

- Lilly, sério... Já está feio. Estamos tentando uma reconciliação aqui! - Falou ele de forma cínica.

- O que vocês foram fazer?

- F-fomos comprar camisinhas... - Siena estava pálida e argumentou com um sorriso amarelo.

- E cadê as camisinhas?

- Vem cá, por qual motivo você está com tanto interesse no que eu e Siena fazemos? - Interrompeu Adam.

- Nada. - Lilly fechou a cara. - Só peço que não mintam pra mim!

Ela bateu fortemente a porta mostrando que estava chateada.

- Você está vendo? Isso não deve ser normal. - Adam trancou a porta. - Vamos tomar um banho e depois revisar esses papéis.

- Escuta aqui... - Disse ela baixinho. - O fato de ter transado com você, não significa que estamos voltando a ficar ou coisa parecida. Não se aproveite do que está acontecendo comigo no momento. Eu gosto do Antony!

- Me desculpe se você pensou assim, em nenhum momento quis me aproveitar da situação. Desde que vi você mal, não gostaria de te deixar sozinha... Eu sei que no passado não fui o melhor, mas não sou mais aquela pessoa! - Ele respondeu acariciando o rosto dela. - Me perdoe mais uma vez, eu irei tomar banho sozinho então.

Ele se levantou tampando as partes íntimas desnudas e foi até o banheiro. O lado racional de Siena pensou que ela deveria estar se sentindo culpada, já que Adam vinha ajudando ela de diversas maneiras, mas apenas o que sentia era desejo. O sentimento por Antony era forte, mas cada vez mais, o gatilho despertado nela para o lado sexual, fazia ela passar por cima de qualquer princípio ou sentimento. Então, tomada por esse desejo despertado, retirou a toalha que estava, juntamente com algumas jóias, incluso o colar dado por Rafael que o guardou na gaveta, e nua, foi até a porta do banheiro.

- Adam... Posso entrar?

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