╮✾ Muitos anos depois
NARRADORA ON
(gente, escutem a música que está na capa quando o emoji "▶️" aparecer. juro que não vão se arrepender !)
Na praia, havia dois pontinhos correndo de um lado para o outro, em risadas e gritos.
Lily Chris e James Regulus brincavam na areia, montando castelos, dando piruetas e vez ou outra colocando os pés na água.
Harry os observava da varanda de Casa, com um sentimento explosivo de felicidade no peito.
— Harri Potter – chamou Dobby. – A Sra.Potter está chamando você.
O homem deu uma sorridela para o elfo, e o agradeceu, saindo ao encontro de sua esposa logo em seguida.
Harry se tornara jogador profissional de Quadribol, atuando no Tornados de Tutshill. Já S/n seguiu a profissão de medibruxa, embora seus quadros lhe tomassem mais tempo, e seu nome esteja gravado nos quadros de museus famosos ao redor do mundo.
Ela havia aberto seu próprio ateliê, situado no centro da Itália.
Estância B
— Me chamou, amor? – disse ele, entrando no quarto em que ela usava apenas para pintura.
Um espaço todo branco, desde o teto ao chão, arejado e com as muitas janelas abertas.
Sua esposa estava com Sirius ao lado, o filho mais novo do casal.
— Olhe isso – ela disse, sorridente.
Então, Harry se aproximou, e vendo a tela, seus olhos se arregalaram.
— Está brincando.
Ela fez que não com a cabeça.
— Acho que temos um mini artista entre nós – falou a mulher, bagunçado os cabelos de Sirius, que ficou meio sem jeito. — Acho que vou colocá-lo na exposição de sexta.
O pequeno então, aproveitou a deixa para pegar o pincel da mão de sua mãe, e sair correndo para fora do cômodo, rindo.
— Sirius!
Harry riu, e balançou com a cabeça vagarosamente enquanto se sentava ao lado da esposa, no banco de madeira.
Ele passou os braços ao redor de seus ombros.
— Sobre a exposição – disse ele. — Consegui uma folga semana que vem, e as crianças vão estar na escola, então...
— Então você vai ir comigo! – animou-se S/n.
Harry fez que sim com a cabeça, e sua mulher enquadrou seu rosto nas mãos, o puxando para um selinho demorado.
Não importava quantos anos ou décadas se passasem, Harry ainda continuava viciado no gosto que os lábios de S/n tinham.
— Mãe! James destruiu a torre que eu fiz!
— Não destruí nada, foi sem querer!
— Como você chuta algo sem querer? – irritou-se Lily.
— Do mesmo jeito que você estragou meu pomo, na semana passada!
Harry e S/n se entreolharam.
— Aquilo não foi culpa minha!
— Não?! Você fez com...
— Tudo bem, gente – interviu a mãe, se levantando para chegar até os filhos. — Olha, James porque você chutou a torre de Lily?
— Mãe, foi sem querer! Eu juro.
— Certo, Lily, você viu? Foi sem querer. Agora – ela conduzia os filhos para fora –, vamos lá nos três fazer a maior torre de areia que a praia de Brighton já viu!
As crianças se animaram e acabaram por esquecer a discussão de segundos atrás. Ela deu um último olhar para Harry, que estava em pé, com os braços cruzados e rindo.
Ele jogou um beijinho para ela, que sorriu enquanto negava com a cabeça .
Sirius aparecera novamente pela porta, e olhou para seu pai, como se o desafiasse.
O pincel que Dumbledore havia dado à S/n estava em suas pequenas mãos.
— Hm, então você quer correr – disse Harry, abaixando-se para ficar da altura do filho. – Acho melhor sair agora, porque quando eu te achar, vou encher você de cócegas.
Sirius Aran arregalou os olhos, e soltando uma satisfatória gargalhada, correu.
O pai foi atrás no mesmo instante.
───※ ·❆· ※───
No dia seguinte, O Sr. e a Sra.Potter foram levar seus filhos até a estação Kings Cross. James iria ingressar em seu primeiro ano em Hogwarts.
Lily já caminhava para o segundo, e o pequeno Sirius, para o bem da sanidade de Macgonagall, ficaria em casa mais um pouco, até que completasse seus 11 anos.
Se Lily e James já planejavam o que fazer neste longo ano, não queiram imaginar Lily, James e Sirius juntos. Era um caos disfarçado em carinhas bonitas.
Duas grandes gaiolas sacudiam em cima dos carrinhos cheios que os pais empurravam; as corujas dentro delas piavam indignadas.
Os passageiros olharam curiosos para as corujas quando a família se encaminhou em zigue-zague para a barreira entre as plataformas nove e dez.
Lily, empurrando seu carrinho foi a primeira a atravessar a barreira, desaparecendo em seguida.
Logo atrás, fora a vez de Harry, empurrando o segundo carrinho e segurando a mão de Sirius. S/n e James foram os últimos.
Ao alcançarem a barreira, James fez uma careta, mas a colisão não ocorreu. Em vez disso, a família emergiu na plataforma nove e meia, que estava encoberta pela densa fumaça clara que saía do Expresso de Hogwarts.
A filha mais velha, estava os aguardando e rapidamente os cinco estavam juntos novamente.
— Escutem – disse S/n, puxando Lily e James para um abraço. — Vocês vão me escrever sempre, certo?
Os dois fizeram que sim com a cabeça, sufocados pelo abraço da mãe.
— Sim, mãe – disse Lily, meio rindo. — Mas por favor, não mande mais um daqueles Berradores, odeio aquilo.
— Mas eu não mandei nenhum berrador no ano passado – respondeu S/n, confusa.
Sirius se escondia atrás do pai, enquanto os olhos de Lily se estreitaram para o irmão.
— Certo – apressou-se Harry. — Minha filha, prometemos que você não irá receber nenhum berrador desta vez.
— Não queira – falou uma voz conhecida. — São horripilantes.
Era Ron, Hermione e seus dois filhos, Rose e Hugo.
— Oi – disse James, parecendo imensamente aliviado.
Era a primeira palavra que ele expressava desde que chegara.
Rose, que já estava usando as vestes de Hogwarts recém-compradas, deu-lhe um grande sorriso.
— Horripilantes é pouco – disse Lily, enquanto cumprimentava Rose com um abraço, e logo depois, Hugo.
— Então, conseguiu aprender a dirigir? – questionou Harry.
— Consegui! – respondeu o ruivo, quando, juntos, embarcaram o malão e a coruja dos meninos, no trem – Hermione duvidou que fosse, mas passei na prova. Nosso carro está estacionado lá fora.
— Não pensei, não – replicou ela –, botei a maior fé em você.
De volta à plataforma, eles encontraram Sirius e Hugo entretidos em uma animada discussão sobre a Casa para a qual seriam selecionados, quando finalmente fossem para Hogwarts.
— Se você não for para a Grifinória, nós o deserdaremos – ameaçou Ron –, mas não estou pressionando ninguém.
— Ron!
Sirius e Hugo riram, mas James e Rose ficaram muito preocupados.
— Ele não está falando sério – disseram Hermione e S/n, mas Ron já não estava prestando atenção. Atraindo o olhar de Harry, ele acenou discretamente com a cabeça para um ponto ao longe.
Três pessoas estavam paradas destacando-se contra a névoa em movimento.
— Veja só quem está ali.
Draco Malfoy estava parado com a mulher, Astoria e o filho, Scorpius. O novo aluno parecia com Draco tanto quanto James parecia com Harry. Ele viu Harry, Ron, Hermione e S/n olhando para ele, e deu um breve aceno com a cabeça.
S/n o retribuiu, afinal, ambos trabalhavam juntos.
— Não deixe de superá-lo em todos os exames, Rosinha. Graças a Deus você herdou a inteligência da sua mãe.
— Ron, pelo amor de Deus. – disse Hernione, querendo rir. — Não tente indispor os dois antes mesmo de entrarem para a escola!
— Você tem razão, desculpe. – Mas, incapaz de se conter, ele acrescentou: – Mas não fique muito amiga dele, Rosinha.
— Ei! – disse Lily, reaparecendo, sem malão, coruja e o carrinho.
S/n se perguntara quando foi que a menina saiu, mas não insistiu nisso por mais que dez segundos.
— Teddy está lá atrás – disse, sem fôlego, apontando por cima do ombro para as gordas nuvens de vapor. – Acabei de ver! E adivinhe o que ele está fazendo? Se agarrando com a Poppy!
Poppy era a filha adotiva de Luna e Gina.
Ela ergueu os olhos para os adultos.
— O nosso Teddy! Agarrando a Poppy!
Um leve choque passou pelo rosto de Ron, que pensou em sua sobrinha agarrada a um menino.
— Lily – riu Harry, consultando o relógio – São quase onze horas, é melhor embarcar.
— Se comporte, Lily – recomendou S/n à filha ao abracá-la.
A menina de cabelos (cores do seu) então, deu um abraço apertado em seu pai e em seu irmão que ficaria para trás. Na companhia de Rose – sua melhor amiga – saltou para o trem que se enchia rapidamente. Eles as viram acenar e sair correndo pelo corredor a procura dos amigos.
S/n deu um beijo de despedida em James.
— Vejo você no Natal.
— Tchau, James – disse Harry, e o filho o abraçou. – Não esqueça que Hagrid o convidou para tomar chá na próxima sexta-feira. Não se meta com o Pirraça. Não duele com ninguém até aprender como se faz. E não deixe nenhum menino chegar perto de sua irmã.
Ele soltou uma risada murcha pelo nariz.
— E se eu for para Sonserina? – O sussurro foi apenas para o pai, e Harry percebeu que só o momento da partida poderia ter forçado James a revelar como o seu medo era grande e sincero.
Harry se abaixou de modo a deixar o rosto do menino ligeiramente acima do dele.
▶️
— Então a Sonserina terá ganhado um excelente estudante, não é mesmo? Não faz diferença para nós, James. Mas, se fizer para você, poderá escolher a Grifinória em vez da Sonserina. O Chapéu Seletor leva em consideração a sua escolha.
— Sério?
— Levou comigo.
Ele jamais contara isso a nenhum dos filhos, e notou o assombro no rosto de James ao ouvi-lo.
Agora, entretanto, as portas estavam começando a se fechar ao longo do trem vermelho. James pulou para o vagão, e S/n fechou a porta do compartimento dele.
Os estudantes estavam pendurados nas janelas mais próximas. Um grande número de rostos, tanto dentro quanto fora do trem, parecia estar virado para Harry e S/n.
— É comigo, certeza – disse Ron. — Sou muito famoso.
Os que estavam ali, riram.
O trem começou a se deslocar, e Harry acompanhou-o. Continuou a sorrir e acenar, embora tivesse a ligeira sensação de ter sido roubado ao ver seus filhos se distanciando dele...
O último vestígio de vapor se dispersou no ar de outono. O trem fez uma curva, e a mão erguida de Harry ainda acenava adeus.
— James irá se sair bem – disse S/n.
Ao olhá-la, Harry baixou a mão distraidamente e tocou a cicatriz em forma de raio em sua testa.
— Vai sim. Agora, o que acham de tormarmos um sorvete?
Sirius pulou de animação.
— Sim!
A cicatriz não incomodara Harry nos últimos anos. Tudo estava bem.
No ano seguinte no entanto, ao Macgonagall ver o nome de James, Sirius, Lily e Rose, teve de se conter para não cair da cadeira.
Esse seria um ano difícil para ela, afinal, o quarteto que sempre estava metido em confusões, estava de pé outra vez.