Mi Persona Favorita - Valu

By amandiiiinhaaa

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Valentina e Luiza sempre foram melhores amigas, se apoiavam incondicionalmente em qualquer situação, sonho, p... More

Capitulo 01
Capitulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40 (Bônus)

Capítulo 8

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By amandiiiinhaaa


Olá!!
Desejo a todos uma excelente leitura e comentem muito sobre o que estão curtindo deste enredo.
Boa leitura!

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Valentina POV

Miami, 2006

Estava enlouquecendo.

Se Luiza não chegasse em casa nos próximos dez minutos, enlouqueceria.

O que ela estava pensando afinal?

Sair com Matthew era o fim. O cara era esquisito, insuportável, idiota e desengonçado e Luiza era muita areia para o seu caminhãozinho. Agora, passar a noite com ele em algum lugar maluco, estava se tornando um dos maiores absurdos. Pensar no que ele poderia estar fazendo com ela me deixava repleta de ódio. Apesar de ter consciência que mais cedo ou mais tarde, algum babaca ficaria com ela e tocaria sua pele, não conseguia evitar a vontade de caçar todas estas pessoas que se aproximassem da garota, que de certa maneira, era o centro do meu mundo.

- Valentina? – Chamou Luiza toda espantada ao adentar o quarto e me encontrar sentada em sua cama, fazendo com que me levantasse em um rápido pulo, permanecendo diante de seu corpo.

- Você está bem? Por que não dormiu em casa? O que aconteceu? – Meu tom de voz saiu desesperado, enquanto analisava seu corpo buscando por qualquer marca ou arranhão, algo que se transformasse na desculpa perfeita para arrancar as bolas de Matthew. Notei que Luiza estava extremamente vermelha com meus questionamentos e inspeção, mas, naquele instante percebi que não gostaria de suas respostas.

- Como entrou no meu quarto? – Deixou sua bolsa sob uma poltrona localizada no ambiente, tempo necessário para suspirar e me sentar em sua cama mais uma vez. A noite seria longa.

- Através da janela... como sempre estive acostumada. Sobre isso, você precisa ajustar esta tranca... – Apontei para a janela em questão citada, provocando nela uma rápida careta e em seguida, deitou-se de costas na cama e logo ganhou minha companhia.

Permanecemos em silêncio por alguns momentos, até sentir seu corpo se mover e deitar a cabeça em meu peito, chegou a hora de ouvir suas lamurias e confissões.

- Foi horrível, Valentina... - Relatou com a voz baixinha e quase inaudível, fazendo com que apertasse meus braços em volta de sua cintura, beijando seus cabelos.

- Me conte o que ocorreu...

- Ele foi bruto e burro, não sabia o que fazer e foi rápido demais...acabou me machucando. – Agora se encontrava em lágrimas e minha reação foi fechar minhas mãos em punhos, pensando em todas as formas de matá-lo por sua audácia em colocar suas patas imundas em seu corpo e machucá-la desta forma. – Não gosto de sexo. – Reclamou, fungando em suas poucas lágrimas e sorri tristemente, acariciando seus fios castanhos e tentando conter minha raiva.

- Você não gostou porque se entregou para um idiota, Luiza... Se tivesse feito sexo com alguém que gosta de verdade, teria curtido essa experiência.

- Duvido muito...nunca mais vou fazer isso com alguém. – Após sua declaração precisei sorrir e rir de suas palavras, enquanto apertava seu corpo em meus braços.

- Lu, esqueça que somos amigas por uma noite e permita fazê-la mudar de ideia. Certeza que consigo lhe transformar em uma ninfomaníaca. – Declarei considerando realmente a ideia, recebendo em contrapartida um olhar e tapa raivosos.

- Para com isso, Sartori! Nós somos amigas...melhores amigas...melhores amigas não fazem sexo! Nunca mais me faça esse tipo de proposta. Você seria a última pessoa do universo que me levaria para cama. Se fossemos levar em consideração o fracassado beijo no cinema, nunca mais falaríamos sobre este tipo de assunto. A propósito, não sei porque estou te informando sobre a minha primeira vez...não lhe interessa! – Mostrava-se indignada e por esta razão fechei minha expressão, sentindo-me magoada com suas palavras.

- Óbvio que este assunto me interessa! Somos amigas e tudo relacionado com sua pessoa me interessa, mesmo quando se comporta como uma idiota. Sou sua amiga e por este motivo, poderíamos ser perfeitas na cama...você teria meu total respeito, saberia te excitar, conheço todas as suas nuances e jamais lhe machucaria. Sobre o beijo, a culpa deste fracasso está no lanterninha intrometido, não tenho participação...beijo muito bem por sinal. – Estava zangada e Luiza em silêncio, me encarando como se tivesse inúmeras cabeças.

- Realmente está falando sério? – Perguntou parecendo preocupada e neguei com um gesto de cabeça.

- Luiza, não estou dizendo que vou fazer sexo com você. Estou apenas dizendo que seria...bom para você, afinal, sei fazer muito bem o que o idiota do Matthew não conseguiu. – Após minha declaração, Luiza revirou os olhos, deitando-se ao meu lado mais uma vez.

- Claro que saberia, Valentina... Você tem vasta experiência com metade das garotas do colégio.

- Não exagera...sou apenas melhor que muitos conhecidos, tenho pegada. – Ela gargalhou, me fazendo rir também.

- Valentina Sartori, seu ego deve ser maior que Júpiter.

- Minha beleza também, Lu... – Senti seus dedos me beliscarem e sua cabeça repousar em meu peito novamente.

- Em uma oportunidade próxima em fazer sexo, buscarei referências e não permitirei qualquer engano. – Fiz uma careta depois de sua declaração, detestando esta hipótese.

Isso não era o correto. Pessoas eram estúpidas e Luiza não merece estas pessoas ao seu lado, era uma garota incrível e merecia uma boa vida, ao lado de alguém que lhe respeitasse, que soubesse lhe excitar, diverti-la e cuidar de si em todas as maneiras. Poderia ocupar este posto se não fossemos melhores amigas, porque em sua mente absurda, melhores amigas não faziam nada relacionado ao sexo.

....

Dias atuais...

Isso não acontecera.

Luiza acabara se acertando com o idiota do Matthew e fizera sexo com ele novamente, fazendo-me querer morrer todas as vezes em que se encontravam. Quando este babaca lhe trocara por uma de suas amigas, Luiza ficou destruída, segundo ela, não era amor que aproximava os dois, mas ser trocada por outra garota aos dezessete anos com todo colégio como testemunha, foi algo extremamente humilhante e, motivada por suas lágrimas e em um ataque de fúria, metralhei o rosto daquele cretino com bons socos, impedindo que direcionasse seu olhar para ela em qualquer situação. Infelizmente, como um bom sem vergonha, quando a poeira cedeu, procurou por minha amiga novamente. Naquela época estávamos no fim da faculdade e com o objetivo de mantê-la longe do babaca, comecei a persuadi-la para se afastarem e assim fez conforme planejado. Pouco tempo depois, após nossa conclusão de curso, estávamos morando longe de nossos pais e de forma independente.

Após ingressar na empresa de advocacia de nossos pais, Luiza passou a se dedicar integralmente em sua carreira e, aparentemente, não se envolvera com mais ninguém. Através de sua competência, Luiza logo adquiriu um belíssimo apartamento, enquanto me divertia com muitas mulheres e me esforçava para enriquecer com meu estúdio de fotografia, que após dois anos em destaque, já entregava diversos trabalhos por toda Europa e Ásia.

Luiza e eu, éramos extremamente próximas e sempre que possível, viajamos juntas para os mais variados destinos. Havíamos conhecido boa parte da Europa e todo final de ano, nos reuníamos em festividades com nossos pais em conjunto. Minha amiga sempre desaprovou meu jeito cafajeste, dizendo que algum dia deveria sossegar com uma mulher ao meu lado, provocando risadas e brincadeiras de minha parte, afinal, não conseguia imaginar uma vida desta maneira. Em vinte e cinco anos de vida, nunca me apaixonara. A única garota essencial em minha vida chamava-se Luiza Castelli, por esta razão, quando dizia que seria melhor que nos afastássemos ficava extremamente chateada com suas colocações. Não nos afastaríamos, tinha uma necessidade vital de tê-la ao meu lado durante todo tempo.

Desde do momento em que nos conhecemos em um acampamento de verão, quando tínhamos sete anos de idade, Luiza tornara-se uma figura importante em minha vida e sabia que jamais teria forças para me afastar de sua presença. Agora, confrontada com este estranhamento de emoções que se fizeram presentes desde sua brilhante ideia de mulher fatal, minha mente começava a alertar que talvez, possivelmente, estava vislumbrando Luiza como algo mais que uma amiga. Luiza despertava diversos desejos.

Queria beijá-la! Como desejava beijá-la!

Uma amiga não deveria sentir desejo de beijar outra amiga, não era o que usualmente acontecia, embora nunca tenha conhecido alguém com uma amizade como a nossa ao longo dos anos. O pior que neste momento desejava apenas beijar aqueles lábios, impulso que senti igualmente quando Luiza me confidenciou que havia perdido sua virgindade com Matthew naquela noite e, neste exato instante, desejava ser a pessoa certa para levá-la para cama. Desejava ser capaz de satisfazê-la, fazê-la feliz e protegê-la como nenhuma outra pessoa seria capaz. O problema seria convencer esta mulher, sempre foi cabeça dura e teimosa, preservava nossa amizade para arriscá-la em qualquer tentativa, talvez frustrada, de um possível relacionamento amoroso. Pensaria nestas hipóteses mais tarde, depois de impedi-la de deixar seu apartamento nesta noite. Porque Luiza Castelli não iria para qualquer que seja o lugar usando um vestido infame, mesmo que precise prendê-la em seu banheiro.

- Você está atrasada, Sartori... – Ela reclamou, deixando-me entrar em seu apartamento totalmente calada, enquanto observava seu corpo se mover até o carrinho onde Léo dormia para cobri-lo devidamente.

Discretamente, tranquei a porta do apartamento e joguei as chaves no chão, empurrando-as com o pé para fora do local, antes que Luiza dirigisse sua fala para mim novamente.

- Está com sorte, Léo dormiu então tudo que precisa fazer é ficar em silêncio para que continue no mundo dos sonhos...tudo ficará bem. – A mulher me entregou a bolsa de meu menino e eu assenti, sorrindo internamente ao pensar que todas estas orientações seriam em vão. Ela não sairia deste apartamento porque acabara de desaparecer com suas chaves. Torcia para que não tivesse cópias. – Coloque-o no berço com cuidado, caso ele acorde, não fale alto e não entre em desespero. Léo já se adaptou a sua presença e não irá se assustar se você agir como uma maluca escandalosa.

- Isto que adquiriu no shopping? – Perguntei quando se abaixou para beijar os cabelos dourados de Léo e em seguida, me encarou atentamente.

- Não gostou? – Parecia genuinamente interessada em minha opinião. Sorri de leve e me aproximei de seu corpo.

- Eu amei. Está linda!

- Sério? Significa que meu plano funcionou conforme imaginado. – Devolveu parecendo sem graça após meu comentário, provocando em mim o ato em revirar os olhos, tocando de leve suas madeixas castanhas.

- Sempre foi linda, Luiza...Você é linda com um jeans velho, pijama furado, moletom largo, tênis, salto ou descalça...Linda de todas as formas inimagináveis. – Ao término de minha declaração, notei que sua respiração ficou falha, abaixando sua cabeça de maneira envergonhada, depois de meu elogio.

- Espero que as pessoas deste encontro tenham esta mesma percepção, agora, precisa ir...logo estarei atrasada. – Buscou sua bolsa que repousava no sofá e eu contive o sorriso, enquanto posicionava o carrinho e seguia em direção da porta trancada.

- Poderia destrancar a porta, Luiza? – Solicitei inocentemente e ela demostrou confusão, enquanto andava em minha direção.

- Mas...esta porta não estava trancada. – Começou a testar o trinco e procurar as chaves, estas, longe de seu alcance. – As chaves estavam aqui...nunca retiro da porta.

Precisava confessar que isto é bastante divertido, estava adorando saber que ninguém teria o prazer de vê-la desta forma, seu novo visual era exclusivo aos meus olhos.

- Onde estão, Valentina? – Luiza me fulminava com o olhar e só depois de entender sua pergunta, percebi que estava com um sorriso que me denunciava nos lábios. Queria me estapear por tamanha burrice.

- O que? – Perguntei inocentemente.

- Minhas chaves...quero agora!

- Não estou com suas chaves, Luiza...pode me revistar se quiser.

- Você é uma estúpida, Valentina! – Ela realmente se aproximou para procurar as chaves em meus bolsos e sorri, sentindo suas mãos passando por todo meu corpo, causando sensações pouco inocentes. – Onde estão? Fale logo...

- Já disse que não sei e caso soubesse, não lhe diria jamais. – Sua face era pura indignação.

- Por que não?

- Porque não vai a lugar nenhum nesta noite. – Luiza estava boquiaberta, me encarava como se fosse um monstro de conto de fadas.

- Quem pensa que é para me dar ordens? Vou onde quiser e quando quiser...se decidir sair nas ruas de Miami completamente nua, você não poderá fazer nada...a porra da vida é minha! – Esbravejou em gritos e antes que pudesse agredir minha integridade, Léo começou a chorar, deixando-me satisfeita. Agora, certeza que não sairia deste apartamento. – Que ódio, Sartori! – A mulher pegou meu filho nos braços e segui para sentar-me em seu sofá.

- Pode me odiar o quanto desejar, Castelli...não vai sair em busca de sexo.

- O que sugere? Esperar cair um bom pretendente do céu? – Perguntou seriamente, enquanto acalmava Léo, ganhando uma careta em resposta.

- Tenho inúmeras sugestões, mas duvido que concorde com a qual sugerir...nenhuma dela envolve pretendentes caindo do céu. – Me olhou por longos segundos, mantendo-se em silêncio enquanto acariciava os cabelos dourados do meu pequeno, que demonstrava estar extremamente satisfeito em seu colo.

Após estes longos instantes de silêncio seu celular se fez presente e antes que pudesse atendê-lo, agarrei o aparelho de suas mãos e recebi um olhar mortal com minha atitude.

- Alô?

- Alô? Quem é? Onde está a Luiza? – A voz feminina me indagou.

- Ela não consegue atender neste momento...o que deseja?

- Valentina? Aqui é a Carol. Estou aguardando a Luiza há horas para uma palestra e ela está atrasada...aconteceu algo?

- Luiza não irá para a palestra, Carol... – Declarei e Luiza grunhiu, brigando comigo para posse do seu celular. Léo estava sentado em seu carrinho, observando a batalha com muito interesse.

- Como assim ela não vai comparecer? Ela se produziu toda para este evento, fora que grandes nomes da advocacia estarão presentes...é importante para sua carreira. – Após a explicação de Carol, confesso que vacilei ao pensar neste meu plano, se era algo importante para sua carreira, deveria deixá-la comparecer, correto? Ou não?

- Infelizmente não será possível. Conhece sua irmã, sabe o quanto é desastrada, acabou perdendo a chave do seu apartamento e estamos presas em sua casa.

- Não perdi nada, sua estúpida! Você que escondeu as chaves! – Luiza gritou, ainda tentando remover o celular de minhas mãos e segurei seus pulsos, imobilizando-a em meu colo. Devia agradecer meu irmão por toda insistência e teimosia ao me obrigar a frequentar a academia.

- Valentina, o que você aprontou? – Carol perguntou toda desconfiada depois do grito da irmã.

- Nada, Carol. Quero que esteja ciente que Luiza não irá nesta festa, afinal, está de férias do trabalho. Hoje, ela está no direito de passar a noite de sexta-feira ao lado da melhor amiga bonitona e seu lindo filho. Prometo que irá se divertir conosco. Então, até... – Desliguei o celular e mais uma vez, Luiza mostrou-se insatisfeita com meu ato, enquanto tentava desprender seus pulsos.

- Sua desgraçada...me entrega este celular, vou pedir para Carol trazer um chaveiro até este apartamento.

- Não vou te entregar nada, Luiza...já disse que ficará conosco nesta noite. Ninguém irá contemplar sua beleza nesta noite, nenhum miserável vai frequentar sua cama, então, desista desta ideia maluca, caso contrário, vou trancá-la no banheiro. – Utilizei de minha força e fiz com que seu corpo deitasse de costas em meu colo, permitindo-me encarar seus olhos chocolates cintilantes.

- O que houve com você? Por que não posso sair? Por que o fato de uma pessoa frequentar minha cama te incomoda tanto? – Luiza perguntou ainda enraivecida, provocando em mim um longo suspiro sem saber o que responder.

Decidi seguir o caminho da sinceridade.

- Porque não quero dividi-la com ninguém...Não quero ninguém tocando seu corpo, beijando você, transando com você...Não quero nenhuma pessoa idiota em sua vida. Não quero que ninguém roube você de mim...Léo e eu, precisamos da sua companhia. – Ao olhar para seus olhos profundamente, encontrei uma face espantada e assustada com minha confissão.

- Não...não diga estas coisas, Valentina... – Ela sussurrou e eu sorri de leve, levando uma de minhas mãos ao seu rosto e acariciando levemente.

- Digo porque é verdade...Desde que surgiu esta ideia maluca de mudar seu visual e sair por todas as ruas de Miami em busca de sexo, estou enlouquecendo. Você domina meus pensamentos, Luiza...na verdade, sempre esteve presente em minha mente, mas agora de uma forma completamente diferente. Desejo você. Quero beijá-la e juro que esta roupa está me fazendo alucinar com a ideia de jogá-la neste tapete e fazer amor com você até o amanhecer. – Confessei e ela arfou mais uma vez, enquanto fechava os olhos com força e virava o rosto com o propósito de não encarar meus olhos.

- Não diga estas coisas, Valentina...Somos melhores amigas, não estrague tudo com seu jeito ninfomaníaca.

- Não se trata do meu jeito ninfomaníaco, Luiza. Gosto de sexo e nunca neguei, mas, gosto muito mais de você. Abandonaria minha vida boêmia por você.

- Valentina, isso não existe. Sou sua melhor amiga...apenas isso. Continuo aquela mesma garotinha que conheceu no acampamento, que esteve sempre ao seu lado, lhe apoiando em todos os seus planos e desejos. Agora, sou a babá de seu filho, mas jamais serei a garota que você beija e leva para cama. – Soltei suas mãos, permitindo que deixasse meu colo.

A teimosia desta mulher me tirava do sério!

Ouvimos um barulho na porta e, de repente, Carol surge em nosso campo de visão, segurando a chave que havia espantando por baixo da porta na tentativa de impedir a saída noturna de Luiza. Maldita seja, Carol!

- Cheguei para salvá-la, irmã...vamos! – Luiza respirou fundo, arrumou sua roupa e buscou sua bolsa novamente.

- Valentina, preciso ir com minha irmã. Aproveite a noite e cuide do seu filho.

Sentia-me derrotada, agarrei a bolsa de Léo e empurrei seu carrinho em direção ao elevador. Não me despedi das mulheres presentes, desejava que se divertissem e que ela, encontrasse o que tanto buscava, nada mais importa.

....

Algumas horas depois...

Quem desejava enganar?

Óbvio que me importava. Pensar em Luiza com outro alguém, despertava sentimentos frios e vazios.

- Vamos perdê-la, Léo...vamos perdê-la esta noite. Tudo porque essa mulher é teimosa e cabeça dura... – Discursava para o meu filho que se encontrava deitado ao meu lado na cama sorrindo, como se estivesse debochando da situação que vivenciava. – Você, pequeno príncipe, deveria colaborar com sua mãe, por que não começou a chorar desesperadamente? Por que não me ajudou impedi-la? – Mesmo após minhas perguntas, ele continuava sorrindo.

Meu garoto é lindo e perfeito e apesar de todo tumulto com sua chegada, não conseguir evitar de me apaixonar perdidamente por este bebê. Já fazia uma semana que estava em minha vida e agora poderia garantir que éramos amigos, apesar de ainda deixar clara sua preferência por Luiza comparada com qualquer outro ser humano. Léo possuía muitos traços que me faziam lembrar de sua mãe biológica, mas nossa irritação era a mesma, talvez nossos laços estejam predestinados.

- Não está preocupado com a possibilidade de Luiza encontrar alguém interessante? O que será de nós, Léo? – Perguntei acariciando com cuidado sua cabecinha, recebendo um longo bocejo em troca, minha conversa não parecia tão interessante para sua atenção. – Você está com sono? Aceita dormir no colo de sua mamãe? – Agarrei seu pequeno corpo e deixei que repousasse em meu peito e ele, em resposta, esfregou seu rostinho em minha pele, fechando os olhos na sequência e provocando um sorriso em meus lábios. – Boa noite, pequeno.

Depositei um beijo em sua cabecinha cheirosa e fechei também meus olhos, restava dormir na tentativa de esquecer que Luiza não estava ao nosso lado.

.....

Despertei na manhã de sábado sentindo minha barriga toda molhada, notando que Léo havia feito xixi em meu corpo durante nossa noite de descanso. Movida por todo cuidado existente, ajeitei seu corpo e constatei que sua fralda estava larga, o que ocasionou este pequeno incidente. Definitivamente não possuía qualquer talento para troca de fraldas, mesmo que tenha assistido inúmeras vezes este movimento e ação.

Aproveitando que Léo ainda estava dormindo, resolvi tomar um banho e preparar nosso café da manhã. Finalizando minha higiene matinal, segui para cozinha e quase morri de susto quando encontrei Luiza sentada à mesa com uma caneca de café quente. Seus olhos captaram minha figura e notei que sua maquiagem estava borrada e seu nariz vermelho, resultados pós choro.

- Estavam lindos juntos. – Luiza sussurrou e franzi o cenho em confusão, tentando entender sobre o que estava falando. – Você e Léo...Em breve não precisarão de minha ajuda. – Finalizou tristemente, fazendo-me suspirar e me ajoelhar em sua frente.

Não havia esquecido de suas últimas palavras antes de sua saída, mas, Luiza ainda era minha melhor amiga e sempre iria confortá-la, independente da situação.

- O que houve, Luiza? – Perguntei, segurando seu queixo e obrigando-a encarar meus olhos.

- Estou confusa, Valentina...Deixei meu apartamento ontem decidida a encontrar uma pessoa capaz de me fazer feliz. Queria alguém divertido, excitante, inteligente e bom de cama, mas não encontrei...Muitas pessoas se apresentaram interessadas com minha presença, mas, não conseguir ficar com ninguém. Não consegui. Não consegui, porque seu rosto não deixava meus pensamentos...não consegui, porque a imagem de Léo fazia-se presente...Não consegui, porque apesar de estar naquele ambiente, meu coração estava aqui com vocês. – Durante sua fala, Luiza parecia atordoada e eu, pasma com suas confissões.

- Luiza, o que está dizendo?

- Não sei... – Respondeu e sorri.

- Como não sabe?

- Não sabendo, sua estúpida e a culpa é sua. Estava tudo perfeito em minha vida, não era perfeita, mas estava dentro da normalidade. De repente, você aparece e resolver me envolver em seus problemas e tudo se torna um caos. Você, sua cretina, resolve ficar me beijando...

- Gosto de beijar você.

- Não deveria gostar...somos melhores amigas. Amigas não beijam.

- Pare com essa história de limites de amigas...nós podemos tentar.

- Não tenho sorte no amor. – Reclamou e sorri, inclinando-me e beijando seu rosto.

- Também não tenho sorte no amor, acho que combinamos, então... – Declarei e ela revirou os olhos, sorrindo em seguida.

- Isso não vai funcionar, Valentina.

- Prefiro apostar e pagar para ver...

Beijei seus lábios, quase explodindo de alegria, quando ela correspondeu à minha carícia. Permanecemos nos beijando por um longo tempo na cozinha, até perceber que havia a presença de outra pessoa em minha cozinha.

- O que está acontecendo aqui? – A voz de minha mãe ecoou por todo ambiente e nos afastamos tomadas por um susto, ambas encarando-a abismadas e perdidas.

O que aconteceu?

Como ela entrou em meu apartamento?

- Mamãe? O que a senhora está fazendo aqui? – Indaguei assustada, desejando com todas minhas forças, que minha família parasse de aparecer do além em meu apartamento.

Qualquer pedido meu, parecia improvável e impossível para o universo e quando Léo chorou em meu quarto, fazendo os olhos de minha mãe se arregalarem, tive a certeza que passaria o dia recitando explicações.

Minha vida é excitante!

.

.

.

Aguardo comentários e vocês no próximo!

Até!!

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