Ao acordar, Cecília teve a sensação de ter dormido nas nuvens. Nunca tinha se sentido dessa maneira. E agora, ela tem a certeza que está gostando de Henry, e pode arriscar estar um pouco apaixonada, mas além de tudo, ela também tem a certeza que esse amor, não é apenas um amor de fã e sim, um outro tipo de amor que é ainda mais bonito.
Henry, passou um tempo da noite anterior pensando em tudo que aconteceu e, no quão rápido os seus sentimentos mudaram. Talvez, esse sentimento sempre estivesse ali, mas, ele que estava tentando melhorar, não tinha percebido. Apenas com a presença de Cecília, tudo isso aconteceu.
Ele também teve a sensação de ter dormido nas nuvens. Acordou feliz por ter sonhado com ela e passou a manhã inteira contando os minutos para encontrá-la.
Ontem mesmo, ele fez questão de levá-la ao aeroporto, ou então, pelo menos fazer companhia durante esse caminho. Cecília retorna para o Brasil, e, por mais que ele quisesse que ela ficasse, ele sabe que ela não pode largar tudo, por causa de sentimentos que estão começando a florescer e não se sente no dever de pedir uma coisa dessas. Então, o mocinho quer passar o restante desse tempo com ela, e agendar uma viagem para o Brasil o quanto antes. Pois, agora que tem a certeza de alguns dos seus sentimentos, ele não quer ficar longe da pessoa que mais faz bem para ele e que também faz o seu coração bater mais rápido do que toda a adrenalina presente nos seus exercícios físicos.
Henry pega as chaves do seu carro, a coleira de Kal e ambos andam para fora de casa. Ele sabe que está indo um pouco antes, mas a ansiedade não o permite ficar mais algum tempo em casa e decide vê-la antes do horário combinado.
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- Está pronta? - Renan entra no quarto de Cecília e encontra a irmã um pouco descabelada. - Cecília, assim vamos nos atrasar!
- Desculpa. - Ela responde. - Eu me arrumo em um instante, só estou com sono. - Ela boceja. - E com fome.
Antes de Renan falar mais alguma coisa, ele escuta a campanhia tocar e arqueia uma das sobrancelhas.
- É alguém que estou pensando?
- Depende de quem você esteja pensando.
- Então, eu te desafio a atender.
Cecília cemicera os olhos, ao perceber exatamente o que o irmão quer fazer.
- Tudo bem, eu vou! - Ele diz. - Tenho que atender o meu futuro cunhado.
- Como sabe que é ele?
- Você não quer abrir a porta estando completamente dessarumada. É facil de adivinhar.
- Ok, ok... agora vai atender. - Ela diz apressadamente.
- Tá bom, futura Sra. Cecília Cavill. - Ele diz divertido.
- Eu sei que você gostou.
Ela sorri e diz baixinho:
- Gostei mesmo!
Renan não escutou, pois foi direto abrir a porta e fazer sala para Henry enquanto a sua irmã se arruma para ir para o aeroporto.
Cecília toma banho, faz todas as suas higienes e veste uma roupa confortável. Ela faz um coque no cabelo, pois, devido estar um pouco atrasada para o vôo, não deu tempo de lavar o cabelo para usar ele solto. Porém, não tem problema. A mocinha pode fazer isso quando chegar em casa.
Ao terminar de se arrumar, ela vai direto para a sala e encontra Henry jogando video-game com o seu irmão.
- Quem está ganhando? - Ela chama a atenção dos dois rapazes e senta ao lado de Henry.
- Lógico que sou eu. - Renan diz orgulhoso.
- Isso, porque estou deixando o seu irmão ganhar. - Henry comenta.
- Cuidado, Henry. Se continuar assim, não vai ter a minha benção. - Renan sorri travesso e entrega o controle para Cecília.
- Não vai terminar a partida?
- É a sua hora de vencer o Henry.
Cecília pega o controle e começa a jogar. Devido a passar a tarde inteira da sua juventude, junto com o seu irmão jogando, esse é o jogo que ela mais ganha. E realmente, Henry ficou abismado por ela ter ganhado duas vezes seguidas dele. Quando ganhou a terceira vez, ela olha para ele com um sorriso orgulhoso.
- Posso não conhecer muitos jogos, mas esse eu sei muito bem.
Ela larga o controle e abraça ele.
- Bom dia!
- Bom dia. - Ele responde. - Que ótimo jeito de começar o dia, não?
- Claro. Nunca na minha vida que eu imaginei que iria ganhar de Henry Cavill três vezes seguidas. - Ela sorri.
Cecília levanta e vai até a cozinha comer alguma coisa. Henry a segue.
- Dormiu bem?
- Maravilhosamente bem. E você?
- Maravilhosamente bem. - Ele repete.
Cecília senta na mesa posta, Henry também senta e os dois começam a comer. A mocinha a olha com curiosidade.
- Pelo que eu saiba, combinamos um outro horário para você vir aqui.
- Eu sabia que você não ia deixar esse assunto de lado! - Ele exclama. - Ok, eu não consegui ficar em casa e muito menos o Kal.
- E cadê o Kal?
- Seu irmão o carregou até o quarto dele. - Henry sorri. - Estou desconfiando que ele quer ficar com o meu cachorro.
- É para ter um pouco de medo mesmo. Renan ama cachorros. - Ela come um pedaço do morango.
- Perdi meu cachorro?
Ela nega.
- Apenas, momentaneamente. Depois, eu apareço no quarto e busco o Kal.
- Fica tranquila.
Eles tomam café e conversam. Renan aparece na cozinha com Kal ao seu encalço, e, assim que Kal vê Cecília sentada na cadeira, vai direto a ela, esquecendo completamente do seu dono presente na sala.
Cecília brinca com ele, conversa com ele e faz muito carinho.
O interfone toca, Renan atende e em poucos minutos, informa que o motorista está esperando-os para levá-los até o aeroporto.
Cecília levanta da mesa, pega as suas duas malas no quarto, a sua bolsa e retorna para a sala.
Enquanto os dois se despedem de Maria, Henry decide pegar as malas de Cecília e levar até o elevador. Os dois saem do apartamento, fecham a porta e caminham até o elevador. Cecília agradece por Henry ter levado as suas malas até ali, e eles passam esse curto período de tempo conversando.
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Chegar no aeroporto foi um trajeto rápido. Não havia muito trânsito nas ruas de Londres.
Eles retiram as malas do porta-malas, Cecília fica com a sua mala de mão e a sua bolsa. O jatinho do seu pai está esperando-o, mas, mesmo assim, eles tem que passar por todos os trâmites de segurança que o aeroporto exige.
Renan decide ir primeiro, pois sabe que a irmã quer ter tempo de se despedir do seu ídolo, ou quase namorado. Ele desconfia que aconteceu alguma coisa, mas, por ora, não ter ser inconveniente e perguntar.
Ele deixa os dois à sós, e carrega as malas dele e a da irmã.
Cecília se vira para Henry com um sorriso no rosto.
- Obrigado por essa oportunidade. - Ela agradece. - Eu consegui vencer um pouco o meu medo.
- Então, acha que consegue aguentar a premiere que vai acontecer daqui há alguns meses?
Cecília franze o cenho.
- Devido à tudo que aconteceu, esqueci de te avisar, mas, estamos organizando a premiere da série. Vai ser algo simples e funcionará para divulgar a mensagem da série.
- Vai ser aqui?
- Estamos pensando em Paris. - Henry diz. - Ou, aqui mesmo.
- Certo. - Cecília sorri. - Eu não vou ter como fugir mesmo.
- Ainda bem que sabe. - Ele diz. - Pois, eu acho que, posso ir na sua casa, e te buscar a força.
- Henry Cavill, eu nunca vi esse seu lado.
- Ah, pode se preparar que você vai conhecer mais lados meus.
Ele se aproxima mais dela, coloca as mãos na sua cintura, Cecília fica nas pontas dos mês e os rostos dos dois fica próximos um do outro. Eles não conseguem controlar o desejo incontrolável de se beijar, e faz isso ali mesmo, no meio do aeroporto, com várias pessoas passando e vendo essa cena. Ambos sabe o que isso pode acontecer depois, mas, não quer pensar nisso. Para toda ação tem uma consequência e eles tem certeza que, essa consequência, eles vão conseguir lidar.
Ao terminar o beijo, Cecília diz:
- Vou sentir a sua falta.
- Eu também irei sentir a sua. - Ele diz. - Afinal, quem vai invadir comigo os milhares de set?
- Nem fale, essa é a melhor parte. - Ela sorri.
Cecília sente o seu celular vibrar e vê que é o irmão falando que estão prestes a embarcar.
- Tenho que ir agora.
- Vai com Deus e quando chegar em solo brasileiro é para me ligar.
- Quando eu chegar no Brasil, aqui vai ser à noite.
- Pode me acordar então.
Eles dão mais um abraço e Henry arrisca dar um selinho nela.
Os dois caminham até aonde Renan está. Antes de entrar na pista de voo, Cecília dá um tchauzinho com a mão e Henry retribui. Após isso, os dois não conseguem ver um ao outro e Cecília vai direto para o avião que está esperando-os.
(Capítulo não revisado!)