Oi oi gente!! I'm back 😁
Esse cap foi um pouco difícil de desenvolver...
Espero que gostem.
A música do cap é (I've Had) The Time Of My Life.
Coreografia delas é baseada nessa: https://www.youtube.com/watch?v=9fr2n72uzkc
https://open.spotify.com/track/2JCTiiJQFWQNC0Zp8rsJRB?si=2cd89b207ab34605
Créditos na imagem.
Boa leitura!!
...
POV Lauren Jauregui
Agora, eu tive os melhores momentos da minha vida
Não, eu nunca me senti assim
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você
Pois, eu tive os melhores momentos da minha vida
E eu devo isto a você
O grande dia havia chegado e eu estava como? A ponto de explodir.
Tivemos três semanas para organizar tudo e alugar o lugar que queríamos para fazer a cerimônia e a festa. Foi tudo muito rápido, e quase não conseguimos encaixar a data, senão ficaria para o outro ano.
Sentia meu coração bater acelerado. Encarava os desenhos em minhas unhas e vez ou outra o meu penteado pelo espelho da penteadeira do local.
— Você precisa se acalmar.
— Não dá. Eu posso ver a Camila?
— Claro que não Laur, não antes da cerimônia. — Vero tentava me acalmar.
Um misto de nervosismo, ansiedade, medo, insegurança, tristeza, me rodeava. Tomava conta de todo o meu ser. Eu só queria que o meu pai estivesse aqui. Ele quem tinha que me levar até o altar. Mas ele não está. E eu me esforçava para não derramar as minhas lágrimas para não borrar a maquiagem, e me encarava no espelho.
— Tá pronta maninha?
Chris deu leves batidas na porta e abriu a mesma.
— Ahn, é... Estou.
— Hum, Laur tá tudo bem? — perguntou preocupado.
— Está sim. — virei para encará-lo. — O papai chegou?
— É... Ainda não. Mas eu posso entrar com você Laur, sem problemas. E já deu o horário.
Levantei-me do banco e o encarei sentindo um aperto no peito.
— Bora, já começaram a tocar. Camila vai achar que você está desistindo. Ela já deve estar entrando.
— Tá bem.
Caminhei a passos lentos em sua direção e ele deu o braço para eu me apoiar. Respirei fundo engolindo todo o choro e seguimos em silêncio pelo corredor em direção ao local da cerimônia. Camila já havia entrado com Alejandro e me aguardava no altar. As suas madrinhas, Ally, Dinah e Taylor, estavam à esquerda, e à direita do local, minha madrinha Mani, Vero que já estava se posicionando ao lado de Mani, e Chris, meu padrinho, que era para estar lá, mas iria me levar ao altar.
— Chris... Não dá... — deixei uma lágrima escapar, droga.
— Maninha, você tem que entrar. Mesmo que eles não estejam aqui — referiu-se aos nossos pais —, eu estou. E sempre estarei.
Ele me abraçou e pegou um lenço em seu bolso para secar minhas lágrimas, em um gesto de cavalheirismo. Chris é aquele tipo de irmão cuidadoso e atencioso. Então de repente ouço uma tosse forçada atrás de nós, chamando a nossa atenção. Quando me virei em sua direção, vi ele, o meu pai. Meu coração disparou em um alívio tão grande, que deixei as lágrimas escaparem livremente, mas de felicidade.
— Pai... — o abracei apertado.
— Achou mesmo que eu deixaria a minha princesinha na mão? Sempre sonhei com o momento em que te levaria ao altar... — ele olhou na direção de Camila, que parecia um pouco nervosa. — Não para uma mulher, mas... Eu não perderia esse momento nunca. Só quero que seja feliz, minha menina. — abraçou-me de forma tão acolhedora, que eu poderia desabar naquele momento. — Me desculpe pelo atraso. Tive uma pequena discussão com a sua mãe. — Chris chamou a nossa atenção e direcionamos nossos olhares a ele.
— Tá na hora gente! — falou simples e seguiu para o seu lugar, ficando a direita e ao lado das meninas.
A música começou a soar pelos meus ouvidos e eu dei o braço ao meu pai. Caminhamos em ritmo tranquilo até o altar, ele me deu um beijinho na bochecha e cumprimentou Camila, que pareceu respirar aliviada quando cheguei até lá.
— Você está tão linda! — falei com um imenso sorriso.
— Você está maravilhosa! — falou sorrindo abertamente.
A música parou e Dinah começou a falar. Sim, isso mesmo, Dinah. Acontece que hoje tudo poderia dar errado. Nosso cerimonialista desmarcou porque teve um infarto e não encontramos um substituto a tempo, então Dinah ficou responsável por fazer a nossa cerimônia, com um certificado que conseguiu em meia hora pela internet.
Dinah falava várias coisas, mas não conseguia prestar atenção, pois a beleza da Camila roubou toda a cena. É a mulher mais maravilhosa que conheci. É a mulher que me faz feliz e farei questão de provar o meu amor todos os dias da minha vida. Não desviamos o nosso olhar um minuto sequer. Sentia-me hipnotizada por sua beleza.
Tenho esperado por muito tempo
Agora, finalmente encontrei alguém que fique ao meu lado
Vimos tudo bem claro
Ao sentir esta fantasia mágica
Não teve muito aquela baboseira de formalidades, o que agradecia, Dinah focou nos pontos importantes e seguiu falando conforme seu coração mandava. Dinah é uma pessoa incrível!
— Então, mais uma vez obrigada pela presença de todos. Lauren e Camila são um casal diferenciado e que se completa, e se encaixa uma à outra. Se falarmos em destino, essas duas já estavam com o futuro traçado e escrito. Acompanhei o crescimento e evolução do casal de perto, e posso afirmar com certeza que as duas foram feitas uma para outra. Meninas, eu poderia muito bem dizer para vocês duas trocarem as alianças neste momento como diz a tradição, mas a história de vocês combina mais com isto, afinal, foi isso que explicou a ligação que uma tem com a outra, e nos foi mostrada de forma emocionante e bonita. Então, com este laço, envolvo os seus mindinhos, selando um futuro, um momento, uma conexão que jamais será quebrada. Com este laço eu confirmo esta união. Camila, Lauren. Amo vocês. Podem se beijar. — Dinah.
Agora, com paixão em nossos olhos
Não há como disfarçar
Então, nos damos as mãos
Porque parece que entendemos a urgência
Dei um selinho em Camila, porém ela afastou-se bruscamente pendendo a cabeça para o lado e vomitando em cima do vaso de planta.
— É, parece que temos uma noiva bem nervosa com o casamento... — disse Dinah, soltando um riso em seguida.
— Estou bem! — falou, ajeitando a postura e entrelacei os dedos na mão da minha esposa. MINHA ESPOSA.
— Tem certeza, meu amor? Está pálida. — sussurrei preocupada.
— Sim. — sorriu fraco.
Camila ficou com o semblante corado por ter vomitado na frente de todos. Apenas a abracei apertado e depositei um beijo em sua bochecha. Como o laço vermelho era algo simbólico, acabamos trocando as alianças. Não ficaríamos com os dedos amarrados o tempo todo. Mas guardamos a fita vermelha.
— É isso aí, hora de comemorar!
Firmei nossas mãos e seguimos para a área da festa. O local tinha uma decoração rústica. Estava tão lindo, tudo com cores cleans. Havia flores espalhadas por todo o local em tons amarelo e branco, deixando ainda mais bonito. Havia um pequeno palco para o DJ, pista de dança. Tudo ali era ao ar livre.
De longe pude ver a Sofi com algumas amigas de sua idade, no outro canto algumas pessoas da minha família que também tinha a idade de Sofi, e alguns familiares da Camz que eu ainda não conhecia. Todos pareciam envolvidos em conversas animadas.
Os garçons começaram a servir bebidas e aperitivos. E a maioria dos convidados seguiu para as mesas. Peguei uma taça de champanhe e Camila pegou outra. Entrelaçamos nossos braços e demos um gole da bebida. No mesmo instante, o fotógrafo registrou o momento.
— Urgh!! Champanhe sem álcool, Camz? Trouxeram errado...
Ela permaneceu em silêncio e desviou o olhar. Mas... Por que sem álcool? Aí me lembrei que também há menores de idade na festa.
— Vem, vamos beber algo de verdade. — peguei em sua mão e a puxei na direção do bar.
— Espera. — Encarei aqueles castanhos maravilhosos com ar de confusão. — Vamos dançar um pouco.
— Tudo bem. — sorri e aproximei os nossos corpos.
Minhas mãos se apossaram de sua cintura. Começamos a dançar bem coladinhas, vez ou outra trocamos beijinhos e carícias. A música rolava, e apesar de não ser um ritmo lento, nós estávamos agarradinhas e presas em nosso próprio mundo.
Cada vez que um garçom passava com uma bandeja, eu pegava uma taça de bebida. Camz, por outro lado, só queria saber de comer. Provou de quase todos os aperitivos disponíveis no cardápio e depois ficou louca por uma sobremesa. Eu também estava afim de comer algum doce.
Resolvemos estrear a cabine de fotos, e seguimos em direção ao local. Tinha alguns acessórios engraçados para usar, Camz e eu colocamos o chapéu do super Mario e Luigi. Fizemos algumas poses bobas, e saímos de lá aos risos.
Nós iríamos trocar de roupa para aproveitarmos melhor a festa, mas antes tínhamos que tirar mais fotos com os convidados e também fazer a dança dos pais com as noivas. O que não demorou muito. Foi uma das primeiras coisas que fizemos.
Camila e eu nos direcionamos ao centro da pista de dança. Nossos pais já estavam lá, ambos com sorrisos estampados, e eu mais ainda. Cumprimentei o meu pai e nos posicionamos. A música começou a soar lenta e começamos os passos simples da dança.
— Pai, obrigada por estar aqui.
— Jamais perderia esse momento.
Só conseguia sorrir. Deitei minha cabeça em seu ombro e nos movemos lentamente, curtindo aquele momento. Terminamos a dança assim. Mal tinha percebido que a música havia parado. Olhei ao redor e todos sorriam e registravam o momento. Meu pai parecia orgulhoso e esbanjava uma aura leve. Ele até parecia relaxado.
Resolvi descansar um pouco e me sentei para comer. A refeição principal já estava sendo servida. Desde que me sentei à mesa não vi mais a Camila. As meninas vieram logo em seguida e pareciam famintas.
— Aeee finalmente!! Senhora Cabello-Jauregui. — Vero falou em tom divertido. Sorri bobamente ao escutar o meu novo nome.
— Você parece mesmo feliz. Nunca imaginei que você fosse casar um dia. — meu irmão falou com um leve sorriso.
— O quê? Pensou que eu ficaria encalhada pra sempre?
— Ah, do jeito que você era viciada em trabalho e não arranjava tempo pra vida social, então... Não pensei. Mas estou muito feliz! — Chris.
— Obrigada.
Voltei a comer e ficamos na mesa conversando aleatoriamente. Camila apareceu minutos depois. Estava meio séria, mas nada disse. Sentou-se ao meu lado e não quis comer, apenas tomou um suco.
— Você está bem, amor?
— Sim, Lolo. Acho que só estou cansada. Podemos jogar o buquê agora?
— Ah, sim.
Apenas terminei de comer e pedimos para o DJ anunciar este pequeno evento. Camila pegou o seu buquê e ficou no meio da pista de dança. As mulheres ficaram logo atrás na expectativa. Na verdade, fizemos algo diferente. Não só as mulheres ficaram lá, mas também os homens.
— 1, 2, 3! — contaram lentamente e Camila jogou o buquê.
Houve um pequeno alvoroço, e quem acabou pegando o buquê foi a Vero. Uma gritaria tomou conta de todo o ambiente, e vi minha amiga de bochechas coradas. Bateram palmas e depois o pessoal voltou à posição inicial. Eu, por outro lado, peguei uma caixa de uísque para jogar, vazia, é claro. Fiquei de costas para o público, e contamos até três. Também houve uma gritaria, e quando me virei para olhar quem havia pego a caixa, sorri abertamente. Estava nas mãos de Dinah, que sufocava Mani em um abraço.
O DJ colocou a música novamente e muitos foram para a pista de dança. Camz e eu nos sentamos em um banco que ficava ao lado de um lindo chafariz. Após alguns minutos, uma moça aproximou-se abrindo um largo sorriso e agarrando a Camz em um abraço apertado. Observei aquilo com uma das sobrancelhas arqueadas, e quando elas se separaram do abraço, a moça sentou-se entre nós. Repentinamente envolveu um dos braços em meu ombro, fazendo o mesmo com Camz e nos puxou para um abraço sufocante.
— Aiii parabéns meninas! — diz empolgada. — Camila, você ganhou na loteria! Sua mulher é linda!
— Obrigada, Hailee. Mas pode nos soltar? Está nos sufocando. — respondeu Camz.
— Ah... — Eu ia dizer algo, mas Camila foi mais rápida.
— Lolo, essa é a minha prima, Hailee.
— Muito prazer, Lauren!
Ela esticou a mão para me cumprimentar. Correspondi.
— Como eu nunca soube dela?
— Ah, ela mora no Canadá. É bem difícil ela aparecer por aqui. Mas estou feliz que veio na festa, prima!
— Estou mega feliz por você, prima!
Hailee deu mais um abraço apertado em Camz, depositou um beijo estalado em sua bochecha e saiu rumo à pista de dança.
Depois de um tempo, Camila e eu nos direcionamos a uma espécie de "camarim da noiva" para trocar as nossas roupas. Tiramos os vestidos brancos da cerimônia, e eu coloquei um na cor amarelo pastel, e Camila vestiu um na cor creme. Ambos curtos e mais confortáveis, porém, vestidos leves para dançar. Dei uma boa olhada na lingerie da Camila e comecei a sentir água na boca. Olhei descaradamente para o seu corpo e suas belas curvas. A pele morena e tão lisinha, que me convidava a tocar. Camila reparou que eu a observava descaradamente, e só abriu um sorriso malicioso que faltou me matar. Minha respiração até vacilou. Acho que preciso beber um pouco mais.
Apenas lembre
Você é a única coisa
Da qual nunca me canso
Então vou lhe falar o seguinte
Isto pode ser amor
Votamos no ambiente da festa e muitos convidados se divertiam dançando ou bebendo. Depois de um tempo resolvemos cortar o bolo. Tiramos fotos para o nosso álbum e também com os convidados.
— Não estou mais aguentando esses saltos. — Camila sentou em uma cadeira e começou a tirar as sandálias.
— Vai ficar descalça?
— Eu vou. Tô nem aí. — deu de ombros.
— É, realmente cansa. Quer uma massagem?
— Agora?
— Sim, meu amor.
— Você é a mulher mais incrível do mundo! — Camz falou colocando os pés sobre minhas pernas.
Fiquei encarando Camila por um tempo enquanto massageava os seus pés no meio da festa. Comecei a estranhar todo esse cansaço que ela vem tendo. Camila era bastante ativa, brincalhona, alegre, mas hoje... Reparei que ela anda meio pálida e cansada. Pensei que poderia ser o nervosismo dos momentos antes da cerimônia, mas ela permaneceu assim. Isso me preocupa...
Porque eu tive os melhores momentos da minha vida
E eu procurei através de cada porta aberta
Até que encontrei a verdade
E devo tudo a você
— Atenção a todos, hora dos jogos! — Vero falou de repente no microfone, e aparentemente estava bêbada.
Ally e Dinah surgiram no meio da pista com duas cadeiras viradas para lados opostos.
— Noivas!! Podem se sentar e tirar os sapatos.
Todos direcionaram os olhares para nós. Não tivemos muitas escolhas, então só seguimos o roteiro da Vero. Camz já estava sem os sapatos.
Camila e eu nos sentamos nas cadeiras ficando de costas para a outra. Tirei os meus sapatos, e trocamos um dos pares. Esta é a brincadeira do sapato, e funciona como um jogo de perguntas e respostas sobre o casal.
— Certo, pergunta geral sobre o nosso casal. Quem se apaixonou primeiro?
Levantei o meu sapato para o alto, olhei para trás e Camila levantou o dela. E ao que parecia, nos apaixonamos ao mesmo tempo.
— Quem pediu em namoro?
Camila e eu levantamos o meu sapato. Houve alguns risos de quem assistia.
— Quem disse eu te amo primeiro?
Levantei o sapato da Camila. Ela fez o mesmo. Estamos em sintonia.
— Sobre personalidade, quem é mais teimosa?
Óbvio que é a Camila. Levantei o sapato dela aos risos, olhando para trás e quase levando uma sapatada na cabeça, arrancando alguns risos da galera.
— Quem é mais mandona?
Soltei um riso e olhei para trás. Camila me mostrou a língua. Eu sou a mais mandona de nós duas.
— Quem demora mais para se arrumar?
— A Chancho, é claro!! — Dinah gritou do outro lado e demos risadas. Nem nos demos ao trabalho de levantar os sapatos, pois essa era a verdade.
— Quem é mais ciumenta?
Senti meu peito acelerar um pouco. Levantei o meu próprio sapato, e Camila fez o mesmo. Acho que sou a mais ciumenta de nós duas.
— Quem é mais comilona?
Camila levantou o próprio sapato e eu levantei o dela também, dando risada.
— Qual é, comer é a melhor coisa do mundo! — Camila disse aos risos, e alguns assobios soaram pelo local.
— Quem cozinha melhor? — Camila e eu levantamos o meu sapato.
— Eu amo que minha mulher sempre me surpreende com seus pratos especiais. — Camila disse orgulhosa.
— Sobre assuntos calientes, quem manda mais mensagens ousadas?
Mordi o lábio inferior e contive um sorriso. Levantei o sapato da Camz e olhei para trás. Ela levantou o próprio sapato para o alto. Camz é bem safada. Eu amo isso nela, a amo por completo.
— Quem é mais barulhenta? — Vero soltou um riso e nos encarou mexendo as sobrancelhas como se estivesse insinuando algo.
Levantei ambos os sapatos e Camz fez o mesmo. Nós duas gememos alto. Haha... Meu corpo se incendeia só de pensar em nossos momentos íntimos.
Após a brincadeira, colocamos os sapatos novamente e nos separamos por um momento para dar atenção aos convidados e conversar mais com os familiares que eu ainda não conhecia. Camila estava radiante e eu a observava de longe vez ou outra. Ela tinha aqueles trejeitos empolgantes, mexendo os braços enquanto conversava. E o seu riso? Um dos sons mais maravilhosos de se ouvir... Pontuando também, que o som de seus gemidos são de enlouquecer os ouvidos, provocando todos os meus sentidos...
Um tempo depois Dinah pegou o microfone com o DJ, parecia levemente alterada pela bebida, o que a deixava ainda mais engraçada e descarada, no entanto, até que Dinah estava se comportando.
— Meninas, meninas. Quero parabenizá-las mais uma vez, e dizer que eu as amo demais! E Lauren, cuida da minha Chancho direitinho, senão acabo com você, Branquela! — ela estalou os dedos. Dinah falou meio embolado. Estava engraçado.
— Ai amor, esse não é o ponto. — Deu pra notar a Mani dando uma bronca em Dinah.
— Ah, sim, sim. — o microfone produziu um ruído e eu tapei os ouvidos. — Meninas, para a pista, que está na hora da apresentação especial!
Dinah apontou para o meio da pista, e a galera abriu o espaço em meio a palmas e assobios. Uma leve timidez me atingiu com todos aqueles olhares pesando sobre nós, mas o simples ato de observar Camila, me acalmava. Camila tinha esse poder de me transformar da água para o vinho. Mas é oito ou oitenta. Ou ela me estressa ou ela me acalma, ou me faz sorrir ou me chateia com alguma besteira, porém deixemos isso de lado, pois o foco no momento é me concentrar nela, em sua beleza exuberante, e no seu sorriso que me encanta.
Nos posicionamos no meio da pista de dança, porém afastadas. Trocamos olhares intensos até a música começar a tocar.
Now, I've had the time of my life
No, I've never felt like this before
Meu coração batia acelerado, e por um momento senti minhas mãos suarem um pouco. Sua beleza me hipnotizava. Seu simples sorriso me desmonta, e eu me perdia facilmente em meio a esse monumento de mulher.
Caminhamos lentamente da direção uma da outra . Os olhares sempre estavam conectados, mas podia notar um singelo sorriso brotando em seus lábios. Ao mesmo tempo uma leve timidez fazendo sua face corar.
Yes, I swear, it's the truth
And I owe it all to you
'Cause I've had the time of my life
And I owe it all to you
Virei o seu corpo, deixando-a de costas para mim, e deslizei minhas mãos em seu corpo de forma sexy e carinhosa ao mesmo tempo. Camila tocou e acariciou o meu rosto.
O ritmo ficou mais animado. Peguei na sua mão e girei o seu corpo, depois a trouxe para mais perto, levando sua mão para o alto e a outra pousando em sua cintura, Camila inclinou seu corpo para trás em um suave giro. Conduzi todo o movimento e seus cabelos se mexeram de forma graciosa. Aproximei nossos corpos firmemente, quase colidindo um contra o outro sensualmente e ficando na ponta dos pés por segundos, pousando os calcanhares no chão logo em seguida.
Senti as famosas borboletas no estômago fazendo uma festa só de tê-la tão perto e em meus braços. Podia sentir os meus olhos brilharem ao contemplar a sua beleza. O meu amor por Camila exalava por todo o meu corpo, todo o meu ser.
Começamos a fazer passadas de pernas perfeitamente enquanto mexemos nossos quadris, causando um efeito de leveza e agilidade em nossos vestidos. Ensaiamos essa dança o mês inteiro, então estávamos craques. Os passos eram ligeiros e muito bem executados. Se encaixavam perfeitamente um ao outro, indo para frente e para trás, movimentando também o peitoral. Caminhamos por aquele salão graciosamente, aproveitando todo o espaço. Os olhares sempre conectados um ao outro.
No refrão da música, paramos a dança e colei minha testa na dela, admirando aqueles castanhos achocolatados apaixonantes. Nossas respirações ficaram desreguladas por um momento. Nossas mãos estavam entrelaçadas na altura de nossos peitos e ombros, e o calor que o seu corpo emanava para o meu, me causavam uma verdadeira tempestade em meu ser. Era como se raios atingissem o meu corpo, fazendo com que me sentisse ainda mais ligada a ela. Quase nos beijamos. Nossos olhares intercalando entre os lábios e os olhos.
Sentia naquele momento nossas almas mais conectadas do que nunca, e me permiti esquecer tudo o que se passava ao nosso redor. Conforme cada passo de dança, eu aproveitava cada segundo para admirar sua beleza, seus sorrisos maravilhosos, seus detalhes únicos que me enlouquecem e me fazem apaixonar-se por essa mulher ainda mais a cada dia.
Colei os nossos corpos. Camz dançava graciosamente, sempre com aquela leveza que me encantava. Jogou os braços para o alto e eu pousei minhas mão em sua cintura. Camz balançou a cabeça de um lado para o outro e o movimento do seu cabelo tornou aquele momento tão sexy e gracioso! Os gritos empolgantes soaram por todo o local.
Nem tínhamos terminado aquela dança e eu já queria agarrá-la naquele instante e tomar o seus lábios para mim. Mas se eu fizesse isso, a Mani iria me matar, pois foi ela e a Ally quem tiveram a ideia.
Giramos nossos corpos, tirando-a do chão por segundos, e conduzi a dança para frente e para trás rapidamente. Camila passou suas pernas por entre as minhas. Girei o seu corpo e nos afastamos por um momento. Eu sorria abertamente, me sentindo realizada por ter uma pessoa tão incrível quanto ela em minha vida e ganhei um largo sorriso como resposta.
A nossa "plateia" vibrou em animação com a nossa sintonia. Só me despertei quando ouvi os gritos, olhei ao redor, e notei nossas amigas emocionadas com o momento. Ally adoravelmente chorando.
Me ajoelhei no chão como uma artista de rock e joguei os cabelos loucamente e de forma animada me movendo de um lado para o outro. Levantei-me movimentando os braços e caminhando no ritmo da música e executando aqueles passos de dança em direção, às minhas madrinhas e padrinho, Vero, Mani e Chris, mas também trocando olhares com Camila.
Virei-me na direção da Camila e ela sorria enquanto me observava e movimentava o vestido com as mãos, e mexia a cabeça também no ritmo da música. Ela estava tão... Meiga, fofa e linda! Fiquei com vontade de apertá-la em meus braços.
Fomos caminhando em sua direção, nessa dança sensual e agitada de forma sincronizada. Eu na frente, meus padrinhos atrás. Os convidados gritaram e bateram palmas em animação, deixando tudo ainda mais emocionante.
Quando a música chegou no refrão novamente, Camila veio em minha direção a passos apressados.
Perto o suficiente, a peguei no colo e girei nossos corpos no meio da pista de dança. Todos gritaram, e eu só conseguia sentir os flashs em meu rosto. Camila sorria. A felicidade estampava aquele maravilhoso e delicado semblante.
Coloquei Camila no chão e a abracei apertado. Em seguida, não pude mais esperar. Não resisti, então a beijei naquele instante. Seus lábios estavam tão quentes e macios. O beijo foi calmo apesar do momento. Nossas bocas se encaixaram mais perfeitamente do que nunca. Se moviam em sintonia. A língua aveludada tocou a minha e ali nos envolvemos em uma nova dança. Camila tocou o meu rosto com as duas mãos carinhosamente. Nenhuma de nós queria terminar aquele beijo, mas a necessidade de oxigênio falava mais alto.
Nos separamos daquele contato íntimo e único, e nos entreolhamos. Ambas com as respirações descompassadas, o peito subindo e descendo de forma marcante pela dança agitada. Camila é uma mulher incrível!
Olhamos ao redor e notamos que literalmente todos os convidados estavam na pista dançando e ao nosso redor. Sorrimos com uma felicidade imensa e entrelaçamos nossas mãos voltando a dançar, agora de forma mais calma e lenta...
Mas não parou por aí. Um holofote nos iluminou no meio da pista, despertando as atenções dos convidados novamente. O DJ falou algo no microfone, que não prestei tanto a atenção, mas quando uma música sensual começou a tocar, foi que me lembrei: a cinta-liga da Camila. Sorri para ela, desta vez de forma mais maliciosa. A toquei mais leve e intensa, descendo os meus dedos lentamente pelo seu corpo, enquanto agachava.
Olhei para o seu rosto, e notei que Camila mordeu os lábios discretamente enquanto me fitava. Toquei a sua perna com a mão direita e comecei a subir a mão enquanto arranhava a sua pele. Ela colocou a perna um pouco mais a frente, facilitando o meu movimento. Pude ouvir os gritos animados ao nosso redor, mas não me importei. Continuei trilhando o caminho o mais lento possível até o pequeno tecido apenas para provocá-la. Quando finalmente cheguei lá, conectei o meu olhar ao de Camila mais uma vez e mordi o lábio inferior enquanto um sorriso malicioso se formava em meus lábios. Com o dedo indicador, prendi o tecido. Passei o dedo de um lado para o outro enquanto tirava o mesmo. Levantei o seu pé sutilmente, e finalmente estava com a cinta-liga entre meus dedos.
Levantei-me com um sorriso vitorioso e olhei ao redor enquanto girava a cinta-liga entre meus dedos. Então, fechei os olhos e joguei a pequena peça em uma direção qualquer. Abri os olhos e, Camila gargalhada batendo palmas. Segui com o olhar a origem do alvoroço, apenas para encontrar o Chris com um sorriso desconcertado e com a cinta-liga em mãos.
(...)
Mal passamos pela porta e começamos a tirar aqueles vestidos que já estavam nos incomodando. Fomos tirando até ficarmos somente com roupas íntimas e seguimos para o nosso quarto. Precisávamos de um banho, mas por estarmos cansadas demais, o banho foi bem rápido, e saímos do banheiro vestindo nossos roupões.
— Foi um dia maravilhoso! — Camz estava com os olhos quase se fechando, quase sendo vencida pelo cansaço.
— Sim. Estou feliz pelo meu pai ter aparecido. Não sabe o quanto aquilo significou para mim.
— Eu sei. Você estava tão nervosa, que achei que iria desistir...
— Jamais, Camz. Jamais desistiria de nós.
Ficamos em silêncio por alguns minutos. Peguei um cobertor no roupeiro.
— Mas, acho que o meu pai ter aparecido foi um bônus.
— Foi uma surpresa. Também estou feliz com isso. E fiquei mais feliz ao ver o seu sorriso.
Começamos a ajeitar a cama para nos deitar. De lados opostos, cada uma pegou uma ponta do lençol da colcha e puxamos um pouco para baixo, arrumando também os travesseiros. Então nos sentamos no meio da cama.
— Temos dinheiro, Camz. Para onde quer ir na nossa lua de mel?
Camila observou-me mantendo um silêncio de suspense. Um sorriso começava a desenhar em seus lábios, ato simples que correspondi ao sentir meu peito acelerar.
Durante todo esse mês, foi algo que não planejamos exatamente, e deixamos para última hora.
— Talvez para a cidade mais romântica da Europa.
— Paris? Sério? Que clichê... — soltei um riso divertido arqueando as sobrancelhas.
— E o que tem de mal em ser clichê ao menos uma vez?
— Mal nenhum... Até porque, nada entre nós aconteceu de forma tão clichê.
— Exatamente. — sorriu ainda mais.
— Então é isso. Vamos pra Paris!
— Obrigada Lolo.
Deitei-me na cama de bruços e com os cotovelos apoiados no colchão, Camz permaneceu sentada e com as pernas cruzadas em forma de índio. A mão repousada em minha bunda. Porém, não de uma forma concupiscente, não, não havia intenção maliciosa. Camila distribuía um carinho naquela região, completamente distraída, e brincava com os dedos sob o tecido do roupão. Começamos a procurar passagens aéreas e hotéis no notebook para programar a nossa viagem. Passamos a noite assim, entre beijos, carícias e sorrisos bobos até sermos dominadas pelo sono.
...
Pois bem, não tenho conhecimento nenhum sobre assuntos matrimoniais, por isso encontrei dificuldade em desenvolver. Talvez pode ter ocorrido algumas brisas minhas mesmo kkkkkkk, enfim...
Deixem suas opiniões, pleaaaaase 😄
Até logo!! ❤