O pecado de Siena

By mariamariawriter

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SUSPENSE | ERÓTICO | ROMANCE CONTEÚDO ADULTO Siena é uma garota de 24 anos, uma moça recatada, que divide apa... More

PRÓLOGO 🔥
1. Um sonho de Siena
2. O Sr. Baudin
3. O golfinho 🔥
4. Nonna Cucina 🔥
5. O novo namorado
6. Expediente
7. O telefone 🔥
8. Vermelho sangue
9. "Perra Dormida"
10. A porta 🔥
11. Antony
12. L'or Noir
13. O Fio da meada 🔥
14. Três🔥
15. Outra vez
16. Truque de cama 🔥
17. Alta tensão
18. Preparação 🔥
19. Ménage (parte 1)
20. Ménage (parte 2)🔥
21. Chaveron
23. Balões (Parte 1)🔥
24. Balões (Parte 2) 🔥
25. A adega
26. A irmã 🔥
27. Uma festa?
28. Ela 🔥
29. A serpente de olhos azul-anis
30. Adam
31. Virgindade 🔥
32. Xenon
33. O que aconteceu?
34. Babaca🔥
35. Um lance 🔥
36. A invasão
37. Projeto Servitus
38. Hematomas
39. Casamento 🔥
40. Um milagre (Parte 1)
41. Um milagre (Parte 2)
42. Robert Baudin 🔥
43. Syllus Bar
44. Olha pra trás
45. A ilha
46. Final feliz?
EPÍLOGO
Sobre a Autora 📚

22. O Olavinho

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By mariamariawriter

- Oh!! - Espantou-se Siena quando uma criança passou correndo encostando a mão em seu vestido e o melando de glacê, enquanto ela saia do carro embasbacada.

- Nossa, ninguém segura esse pestinha... Vem aqui, deixa eu te limpar! - Disse Antony enquanto tirava um lencinho do bolso e passava no vestido de Siena.

- Você sempre guarda um lencinho no bolso? - Siena sorriu.

- Oooh querido!!! - Gritou uma voz feminina de longe. - Como estou feliz de vê-lo aqui.

Era a mãe de Antony. Uma mulher magra e loiríssima com os cabelos ondulados e curtos, olhos verdes, no auge dos seus 55 anos e apesar das cirurgias plásticas discretamente esconderem alguns anos, não conseguiam apagar totalmente a idade. Vestia-se de maneira simples, mas muito refinada. Uma calça de linho cru, uma blusinha de alça, um cardigã de lã em tons pastéis e um mule em trama rústica que completavam o visual da elegante Helena Chaveron. Ela abraçava Antony como se há muito tempo não tivesse o visto.

- Que saudades de você, querido! - Disse Helena até perceber a presença de Siena e se recompor. - Olá, prazer...

- Olá, senhora. Sou Siena Napolitano, é um prazer conhecê-la! - Disse Siena dando um aperto de mão amigável.

- Essa é a Siena, que trabalhava comigo no Nonna Cuccina! - Completou Antony.

- Oh sim, já ouvi falar de você Siena! - Disse Helena sorrindo sempre elegante. - Fico feliz que tenha vindo conhecer nossa família e tenho certeza que será bem acolhida por todos...

- Que todos? - Interrompeu Antony. - Pensei que só estava você e o Richard em casa...

- Quando você vai começar a chamar seu pai de pai, Antony? - Disse Helena com os olhos marejados. - Ele se magoa, sabia?

- Quem se magoa geralmente tem coração, o Richard tem uma pedra neste lugar! - Antony franziu a testa. - Enfim, quem mais está?

Siena observava tudo calada.

- Bom, quase a família toda e alguns amigos das suas primas... Ah e sua irmã que trouxe o Olavinho!

Antony revirou os olhos. Adorava sua irmã mas sentia que ela havia mudado depois que começou a namorar e noivar com o Olavo Marinho ou Olavinho como todos o chamavam. Um homem de 35 anos, cabelos pretos e barba rala, ambicioso, cínico, que abusava de gel no cabelo, casacos de colarinho xadrez e adorava agradar o sr. Richard Chaveron, na maioria das vezes com intenções de conseguir dinheiro ou poderes em troca.

- Por favor, querido... Não crie nenhuma situação chata entre todos. Vamos tentar manter a harmonia. - Disse Helena alertando-o de forma sucinta. - Venha Siena, vamos conosco tomar algum drink. Hoje o dia está quente!

Antony, Siena e Helena andaram até o jardim aberto mais próximo da casa. A música "Água de beber" do álbum Verve Jazz Masters 13 de Tom Jobim que antes não era possível ouvir, agora se transformara em som ambiente daquela reunião de pessoas em mesas espalhadas, algumas em pé e algumas à mesa. Todas os convidados estavam com um dress code esporte fino de uma elegância ímpar para um dia de verão. Muitos brindavam com champanhe e sorrisos, outros seguiam nos drinks de frutas tropicais.

- Meu cozinheiro favorito!!! - Gritou o Olavinho em um tom de deboche chamando a atenção de todos os convidados ao mesmo tempo que levava um drink para Antony. - Que milagre você por aqui, finalmente veio ver sua família.

Antony cerrou os punhos e era possível ver a expressão de ódio em seus olhos. Ele não se importava em ser chamado de cozinheiro, mas sabia que Olavo estava fazendo aquilo de forma perjorativa para inflamar uma briga já antiga entre os Chaveron e fazer Antony se indispor ainda mais com o seu pai e todos que se opunham às suas escolhas. Sabia o que Olavo pretendia e permaneceu calado.

- Oh, Olavinho. Deixe-me apresentar, essa é a Siena! - Disse Helena com a intenção de cortar o clima de confusão.

- Opa, mais uma namoradinha? Tá ficando pegador ein... Logo você... - Olavo completou com inconveniência.

- Você quer a qualquer custo fazer parte dessa família, né? - Disse Antony pegando o drink que Olavo o ofereceu e derramando o conteúdo na grama. - Aí precisa descer baixo pra tentar chamar atenção para si!

- Calma Antony!! - Espantou-se Helena.

- Nossa... - Disse Olavo fingindo espanto e falando em tom de deboche. - Você costumava respeitar mais as pessoas.

- Meu amor lindo!!! - Uma moça loira interrompeu o diálogo e abraçou Antony beijando-o nas bochechas calorosamente. - Que saudade que eu estava de você!

Para evitar mais brigas, a Helena segurou o Olavo pelos braços o tirando de perto dos demais e Antony pôde perceber que ele foi para uma mesa onde estava o Sr. Richard Chaveron.

- Oi irmã... Também estava com saudades! - Antony a retribuiu com abraços. - Deixa eu te apresentar, esta é Siena!

- Hummm... Prazer Siena, sou a Gabrielle, sua cunhada. - Estendeu a mão para Siena que a retribuiu com um sorriso e as bochechas vermelhas de vergonha. - Ora, não precisa ficar com vergonha!

- Na verdade a Siena trabalhava comigo no Nonna Cuccina, ainda não somos namorados. - Antony olhou pra Siena com um sorriso sem graça.

- Gostei do ainda... - Completou Gabrielle. - Tenho certeza que a Siena sim vai ser uma pessoa boa pra você, sinto na áurea dela!

- Você também me parece uma pessoa ótima! - Disse Siena.

- E irmão, tente não ligar pra o Olavo... Você sabe que ele é muito brincalhão!

- Brincalhões também perdem os dentes! - Irritou-se Antony, quando enxergou em uma das mesas uma moça de cabelos longos e pretos, acenando pra ele. - O que a Sabrinna tá fazendo aqui, Gabrielle? Quem a chamou?

- Tony... - Disse Gabrielle carinhosamente, com o apelido que utilizava quando tentava apaziguar qualquer situação desde que eram crianças. - A Sabrinna é prima do Olavo, eu sei que é sua ex e também não gosto dela, mas é da família agora.

- Puta que pariu, Gabrielle. Esse seu noivinho só faz merda!

Olavo propositalmente ao perceber as movimentações, caras e bocas, trouxe Sabrinna para perto de Antony.

- Ora, ora, ora... Siena, deixe-me apresentar uma pessoa pra você! - Disse Olavo trazendo Sabrinna pela cintura. - Minha priminha Sabrinna!!! Poderia apresentar ao querido Tony mas ele já a conhece muito bem.

Antony revirou os olhos.

- Essa é a Siena, nova namorada do Antony! - Interrompeu Gabrielle abraçando Siena e quebrando o clima pesado.

- Eu já conheço a Sabrinna! - Completou Siena enquanto Sabrinna a olhava com desprezo.

- Você que era a faxineira daquele restaurante né? - Disse Sabrinna.

- Bom, Siena... Venha, vamos até os quartos que iremos ficar! - Disse Antony tentando sair da situação.

- Tony... Poderíamos conversar por um minuto? - Indagou Sabrinna para Antony. - Eu não mordo, não se preocupa!

O Olavo gargalhou sem vergonha alguma diante dos demais que estavam sérios.

- Tudo bem, a Gabrielle me leva até lá! - Siena completou.

Siena, Gabrielle e Olavo entraram na mansão dos Chaveron. Além de um piano de cauda branco, a profusão de móveis e detalhes em vidro, madeira maciça e mármore branca presentes nos ambientes da sala de estar assim que os três entraram na casa, traziam um ar de exuberância sem igual. Uma parede com aquário embutido chamava atenção e dividia a sala de estar com a sala de jantar, que continha uma mesa de madeira resinada com 12 cadeiras em madeira maciça, sobre um carpete em réplica perfeita de pelo de coelho. A Sra. Helena se negava em utilizar pelos ou couros de animais em qualquer item que utilizava. Um lustre em cristal legítimo em formato espiral, pairava sob a mesa e deixava Siena quase embasbacada seguindo Gabrielle e Olavo que conversavam sem se importar com aqueles ambientes que já estavam acostumados. Mesmo com a realidade privilegiada dos pais de Siena, sua casa de infância e seu apartamento atual sequer chegavam próximo a realidade de Antony e muito menos a de Rafael, principalmente após o divórcio dos seus pais. Lilly era sua amiga com mais poder aquisitivo, mas mesmo sendo advogados de prestígio, seus pais sempre levaram uma vida simples e modesta, com a qual Lilly não curtia e fazia questão de torrar nas noites paulistanas.

- Aqui é o seu quarto, Siena! - Disse Gabrielle interrompendo os pensamentos de Siena que iam longe e sequer percebeu que já estavam no andar de cima em um longo corredor de quartos. - Meus pais são um pouco caretas, até hoje eu e o Olavinho que já somos noivos, toda vez que a gente vem pra cá temos que dormir separados porque ainda não casamos.

- Mas isso não te impede de dar umazinha escondida no meio da noite... - Brincou Olavo com inconveniência.

- Olavo Marinho! - Repreendeu Gabrielle. - Dá pra parar?

- Ué amor, a gente fazia isso no início! - Ele complementou.

Siena riu sem graça!

- Bom gente, vocês poderiam me dizer onde é o banheiro? - Disse Siena enquanto deixava sua bolsinha sobre a cama do quarto.

- Tem o daqui de cima no fim do corredor, mas acho que devem estar limpando. Tem o lá embaixo. No corredor próximo a cozinha, você quer que eu te acompanhe? - Perguntou Gabrielle.

- Não precisa, eu me viro! - Siena sorriu e agradeceu, enquanto Olavo e Gabrielle se despediram e foram pra um dos quartos do corredor.

Ao descer as escadas, Siena seguiu no corredor próximo a parede de aquário e ouviu uma conversa que parecia vir da cozinha. Ao aproximar-se, viu que era Antony e Sabrinna.

- Porque você não desiste disso? - Antony disse irritado tirando Sabrinna de cima dele que insistia em agarrá-lo. - Você terminou comigo, acha que sou um ioiô?

- Amor... Para com isso. Eu tava louca na época, fiquei confusa com isso de você ser bi...

- E a confusão passou? - Indagou Antony com deboche.

- O jeito que você me chupava e me fodia me convenceu que nada poderia acabar com o nosso amor!

Antony revirou os olhos.

- Olha, você já tá falando besteira. - Completou Antony.

- Tem mais, essa caipiranha que você trouxe pra cá não é mulher pra você. Mulher sem classe!

- Não fala da Siena, Sabrinna!!! Pode falar a merda que for de quem quiser, mas dela não. - Disse ele irritado.

- Mas amor... - Ela o segurou.

- Não me chama de amor, Sabrinna!

- Porque? Você é meu amor, fomos feitos um pro outro. - Disse Sabrinna pegando a mão de Antony e colocando sobre um dos seus seios. - Aposto que ela não tem com você a química que nós temos juntos!

- Olha, para. - Antony a afastou.

- Você parou mesmo de gostar de mulher, né? - Sabrinna riu.

- Eu gosto de mulher, não gosto é de você. E agora eu tô com a Siena. É ela quem eu quero!

- Escuta aqui seu merdinha... - Ela o segurou pelo braço. - Você vai se arrepender de me dizer não, tá ouvindo?

Antony saiu de perto dela.

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