Blood Circulator

By MahObachan

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Quando Sakura e Sasuke decidem não ter mais filhos, eles são surpreendidos não por um mas sim dois bebês a ca... More

Virose
Medo
Laços
O dever chama
Tomates, balas e café
Somos cinco
Besta de cauda
Medidas desesperadas
Adrenalina.
Agulha de chakara
Cópias e escudos
Shogi e gaviões.
Sangue Uchiha
Queimando a raiva
Punição
Escolha sua equipe
A nova sensei
Time 5
Missão Nivel C
Invadindo arquivos
Revelação
Torre, cavalo e rei
Rokudaime
Estilo raio
Testando
Imprudência
Iscas
Cuidado onde pisa
Quebrando o habito
De saída
Epifânia
Apego
Reconheça seu valor
A fera
Narcisos
Sangue circulando
Nunca é um adeus

Determinação

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By MahObachan

Sasuke pov

Os três dias que seguiram foram tristes, acima de tudo.

Eu e Sarada íamos ao hospital pela manhã e ficávamos o dia todo por lá. Normalmente fazendo companhia a uma Sakura desacordada, mas que apresentava sinais de melhora.

No dia seguinte ao nascimento dos meninos eu e Sarada fomos ao hospital. Ela passou na floricultura e comprou flores pra Sakura. Narcisos, que ela sabia que a mãe gostava.

Chegamos e entramos no quarto, ela ainda estava desacordada, mas segundo o médico  que entrou logo após nós dois, disse que ela estava reagindo bem e que logo estaria consciente.

Eu não sabia o que iria dizer a ela quando acordasse, na verdade eu tinha medo.

Medo do que dizer, medo da reação dela, medo de perder um deles ou os dois e ela ficar inconsolável...

A verdade era que nosso futuro era uma incógnita.

Sarada se emocionou ao ver a mãe no soro e com tantos fios atrelados a si. Ela segurou a mão de Sakura e chorou. Deixei que ela expressasse seus sentimentos, eu não sabia exatamente como agir, não era bom nisso desde quando perdi meus pais.

Logo ela pediu para ver os irmão e fizemos todos os procedimentos para entrar na UTI Neonatal.

Seus olhinho brilharam ao ver os dois, Hiroshi já estava acordado com os olhos abertos, a médica responsável pela UTI explicou que era um bom sinal, de que estava reagindo bem aos medicamentos e que logo poderíamos pegá-lo no colo. Já Hideki parecia estar na mesma posição que ontem, quando o vi pela primeira vez. A médica disse pouco, apenas que ele continuava na mesma, enquanto isso Sarada dava o dedo para Hiroshi segurar e eu me aproximava de Hideki, não sabia se ele poderia me ver, só queria dizer a ele que eu estava aqui. Que nós estávamos aqui.

Eu queria que houvesse um modo de trocar de lugar com ele. De dar minha força a ele, mesmo que isso me sacrificasse. Me sentia mal de saber que a energia dele havia sido usada para me salvar.

Nosso tempo na UTI acabou e voltamos ao quarto de Sakura. Ficamos ao lado dela o máximo de tempo que poderíamos, Sarada contava a ela como os irmãos eram fofos e que ela ficaria encantada. Segundo a mesma me dizia, pessoas inconscientes podiam nos ouvir e nos entender, e ela acreditava que a mãe podia ouvir. Voltavamos para casa a noite para no dia seguinte estarmos lá cedo e assim foram nosso três primeiros dias. No quarto dia, Sakura ainda não tinha dado sinais de que acordaria e Shizune me explicou que era normal, afinal ela chegou ao limite, a boa notícia era que o selo byakugou estava voltando, então logo ela acordaria. Na UTI neonatal, Hiroshi estava no colo de uma enfermeira e mamando uma minúscula madeira. Meus olhos brilharam, tenho certeza, era uma boa notícia finalmente. Me dava alguma esperança.

A enfermeira me ofereceu o pequeno para que eu o pegasse no colo, mas eu não aceitei, o fato de ter um braço só me impedia de fazer isso.

 - Ora mas nós damos um jeito agora mesmo - me disse a enfermeira baixinha com bochechas rosadas que percebeu meu desconforto por eu ter um braço só.

Ela deixou Hiroshi delicadamente na incubadora aberta e me pediu para segurar a mamadeira em sua boca enquanto ela ia buscar alguma coisa que eu não entendi o nome.

Minutos depois ela voltou com um pano que ela chamou de sling. E enrolando ele no meu corpo aconchegou Hiroshi no meu peito. A sensação era boa, mas estranha, eu me sentia uma mãe canguru, acho que essa era exatamente a intenção.

 - Prontinho - falou animada - agora você pode andar com ele por aí.

 - Eu ... Eu... não sei ...- gaguejei, eu Uchiha Sasuke estava nervoso e inseguro e estava gaguejando ao falar com uma enfermeira que tinha idade para ser minha mãe - e se ele cair ? Ou eu o machucar? Isso não está esmagando ele ?

 - Confie, ele não cai, você não vai o machucar pode ter certeza e para ele é como se estivesse dentro da mãe de novo. Veja ele está sorrindo.

Realmente ele abria um sorrisinho discreto, dizem que é um reflexo natural do corpo mas para mim, pai, era a melhor sensação.

 - Gostaria de fazer isso com o outro mas a médica disse que ele não pode, não é? Pobrezinho - disse lastimando, apesar de falar muito ela parecia gostar do que fazia.- aproveite e vá dar uma volta com seu bebê. Se sentir muito inseguro coloque sua mão no traseiro dele.

Disse por fim, me despachando da UTI e eu marchei rígido até o quarto de Sakura. Sarada se alarmou com o pacote.

 - Papa o que você fez?

 - Eu não fiz nada a enfermeira que colocou ele aqui e me mandou dar uma volta com ele.

 - Ahhh ele é tão fofo. - e virando-se para a mãe desacordada - você podia acordar agora né.

Passei mais de uma hora sentado numa cadeira com medo de me mexer, Ino veio ver Sakura e se encantou com Hiroshi

 - Ele é tão fofo Sasuke-kun.

Eu apenas assenti.

Depois que ela foi embora voltei com ele para a UTI. A enfermeira me ajudou a tirar ele do meu colo e eu me sentia dolorido pela tensão.

Antes de sair dei uma última olhada em Hideki, gostaria do fundo do coração de fazer o mesmo com ele.

Eu era um homem realista, as vezes até pessimista, mas com relação a Hideki, não consegui, em momento algum, pensar que poderia acontecer o pior a ele. A evolução dele estava lenta mas eu acreditava com todas as minhas forças na recuperação dele, não sabia porque mas algo me dizia que ele havia herdado a força de vontade de Sakura.

********************

Sarada se despedia de Sakura sempre do mesmo jeito, lhe dando um beijo terno em sua bochecha, como se estivesse desejando boa noite, porém hoje foi diferente. Ao beijar a mãe a mão de Sakura se mexeu lentamente em direção a mão de Sarada que estava apoiada na cama. Nos alarmamos e chamei Shizune as pressas, ela estava acordando. Devagarinho ela abriu os olhos e olhou para Sarada com os olhos arregalados

 - Mama !!

Eu estava aliviado, mais uma vitória do dia, Sakura estava de volta e o peso que eu sentia diminuía.

 - Onde...? O que...? - ela se perguntava, até que... - meus filhos ?!?!

Ela se alarmou ao colocar a mão na barriga, ia se levantar, porem Shizune, que entrava no quarto nesse momento, não deixou.

 - Calma, Sakura você não pode levantar assim - Sakura começou a tossir pela boca seca - traga água para ela por favor - pediu a uma enfermeira que a acompanhava.

Sakura estava atônita, não sabia o que tinha acontecido, provavelmente não se lembrava de nada. Shizune a estabilizou em alguns minutos.

Ela respirava fundo, mas os olhos pediam respostas. Onde estavam os meninos?

Depois de acalmada e devidamente assistida Shizune explicou tudo que tinha para explicar, Sakura estava atônita, preocupada, e apreensiva. Eu mesmo não sabia o que fazer, nada do que eu eu dissesse iria ajudar.

 - Vamos deixá-los a sós - disse Shizune percebendo que o momento era oportuno.

Ela e Sarada choravam mas eu me mantive firme.

 - Como estao os bebês ? - ela me perguntou querendo saber a verdade sem rodeios. Ela sabia que eu não usaria meias palavras.

Respirei fundo, sabia que a resposta que eu daria a deixaria abalada.

- o primeiro a nascer está bem, ele é forte apesar das circunstâncias mas o outro... 

Eu inspirei e soltei para dar uma notícia que não queria dar. 

 - Suas chances são mínimas - seus olhos se tornaram opacos - a energia que você usou em mim saiu dele também e isso enfraqueceu seu coração e não o ajuda a formar o pulmão. Me desculpe...

 - Você não tem porquê pedir desculpas.

Ah eu tinha sim, se eles estavam nessa situação era porque eu não havia feito meu trabalho por completo. Se eu tivesse feito, tudo estaria bem. Mas minha pressa em voltar para casa não me fez pensar direito.

Mandei Sarada ir para casa descansar um pouco e deixar Sakura descansar tbm. Logo eu também iria mas antes queria ter a chance de apresentar os meninos a ela. Sabia que se ela os visse sua força seria maior.

Eu arrumei uma cadeira de rodas para levá-la até a UTI neonatal. Ela ainda não podia andar nem fazer muito esforço.

Chegamos e outra enfermeira estava por lá. Simpática, animada e amiga de Sakura

 - Sakura Sama ! Que bom vê-la se recuperando.

 - Obrigada Kioko San - falou meio sem jeito - gostaria de ver meus  bebês.

 - Claro, claro.

Eu a aproximei das incubadoras em que eles estavam . 

Ela se emocionou, eles eram pequenos, frágeis e o fato de não poder pegá-los no colo era angustiante. 

Porém, ter amizade com as enfermeiras tinha suas vantagens 

-  você pode pegar Hiroshi no colo Sakura-San. - como só haviam os dois na UTI eles já haviam se tornado os queridinhos e elas os conheciam pelos nomes. 

- claro! Eu ficaria muito feliz. 

A enfermeira o enrolou em uma manta com todo cuidado e entregou a ela. Foi um tipo de energizante para ela, seus olhos ficaram mais brilhantes e pareceu aplacar um pouco da tristeza.

Hideki não se mexia muito e eu não cheguei a vê-lo de olhos abertos porque, segundo as enfermeiras ele abria poucas vezes ao dia. O fato de estar mais fraco nos preocupava ainda mas tínhamos esperança, abracei Sakura que segurava Hiroshi e chorava por Hideki. 

 - Kioko San eu poderia tocar na mãozinha dele - pediu com os olhos brilhantes que se fosse comigo diria sim na hora - por favor.

 - Infelizmente não, ele não pode pegar nenhum tipo de infecção. - foi categorica e Sakura entendeu mas ficou pensativa. Quase dava para ouvir as engrenagens funcionando em sua cabeça.

Depois de ficarmos alguns minutos lá ela pediu para irmos a sua sala que no momento tinha Tsunade como dona. Uma enfermeira me ajudou a levá-la até lá.

 - Sakura! Vejo que está se recuperando.  Precisa de algo?

 - Sasuke-kun poderia nos deixar a sós?

Eu assenti mas sabia que ela tinha algum plano na cabeça. Sakura não se aquietava quando o assunto era médico, sempre tentava achar a solução ou cura para o que quer que fosse, não seria diferente para nosso filho. Tenho certeza que ela se empenharia muito mais. Eu deixaria que fizesse o que fosse pois essa determinação me fazia amar ainda mais Sakura.

Foi essa determinação que me salvou e que salvaria nosso filho.

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