Minha chave

By Pp0ck3t

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18 de agosto, o dia do sequestro de minha irmã, o dia em que minha vida virou de cabeça para baixo após o des... More

Jade
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Fim do ciclo
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Uma definição para tal ação

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By Pp0ck3t

Sn on

Acordo dessa vez em um cômodo diferente. Era maior e mais arejado, estava um pouco mais claro também, dando para ver o cômodo ao todo. E eu não era a única que estava aqui.

Tony estava desacordado encostado na parede, juntamente com Becky, Sra Walter, a dona do hotel, e outros 2 que eu não conhecia.

Sn: Jake? — chamei por ele enquanto continuava o procurando por todo o cômodo mas não o encontro.

Hrs: Já acordou? Você é mesmo persistente. — Ele tira a máscara e senta no chão na minha frente. Se eu não estivesse algemada já tinha acertado aquela cara nojenta dele. — seu hackerzinho não está aqui.

Sn: Onde ele está?

Hsr: Não importa. — ele diz simples me analisando sem presa com os olhos. — você é uma beleza hein. Dá até pena te torturar.

Sn: O que fez com ele, Andrew? — persisto.

Hsr: Ele está algemado desacordado, esqueça ele. Você tem outros problemas agora.

Sn: Outros? Você já não é o suficiente?

Hsr: Sim, mas digamos que subimos o nível. Para o último.

Hsr: É agora que você me implora para eu te matar primeiro, pois eu farei todos aqui sofrer até não aguentarem. E gatinha... a gritaria e os choros são o espetáculo principal.

Sn: Você é louco.

Hsr: Todos somos. Mas alguém tem que fazer as pessoas pagarem pelos seus erros.

Sn: Brincar de Deus não te faz um santo.

Hsr: Eu não disse que fazia. E eu não brinco de Deus, apenas trago justiça aqueles que precisam dela.

Sn: Nós dois temos um conceito de justiça bem diferente.

Hsr: Eu acho que não, você apenas está olhando por outro lado. Pense, o Jake não merece justiça? Você sabe como é ser criado sem uma presença paterna? Sabe como foi difícil para ele ver outras crianças com seus próprios pais enquanto ele estava sozinho?

Hsr: Deve saber. Se você conhece ele, então sabe o quanto uma presença paterna fez falta para ele.

Hsr: E seguindo esse raciocínio, vejamos, a mãe da Jennifer não merece justiça? Ter uma filha morta por uma brincadeira boba de crianças, sabe como é para uma mãe perder um filho? É uma dor terrível.

Hsr: Dor que você e nem eu poderemos imaginar, pois a sensação de um coração partido é o tipo de dor que ninguém poderá explicar.

Hsr: Olhamos agora a Sra. Walter, uma mãe incomum, que larga o próprio filho especial como se ele fosse um boi de fazenda. Alfie é especial mas não burro, não acha que ele se sente sozinho e abandonado não só por crianças que não querem brincar com ele, como também pela sua própria mãe? Tem noção disso?

Hsr: Aqueles dois ali. — ele apontou para os dois que eu não conhecia. — estupraram uma menina e um menino de 13 anos, essas crianças não merecem justiça?

Hsr: Quem é o próximo? Ah sim, Becky. A própria demonia do colégio, implicava e fazia bullying com todos. Só por causa dela, 2 crianças desenvolveram depressão e algumas outras mudaram de escola. Você não acha que essas crianças vítimas desse monstro não merecem justiça?

Hsr: Isso nem passou pela sua cabeça, não é? Até porque seu problema com ela era pessoal, ela mexeu com alguém que você gostava, não foi? Alguém que se eu não me engano... Se chama Jacob.

Hsr: É muita hipocrisia dizer que temos um conceito de justiça diferente. Pois quando Becky mexeu com alguém que você amava, você fez justiça com suas próprias mãos.

Hsr: Então me diz Sn! — ele se levanta andando para o meio do cômodo. — o que diferencia o seu modo de agir do meu?

Hsr: Por que o jeito que você puniu Becky é mais certo do que o meu? Em que exatamente o nosso conceito de justiça é diferente?

Hsr: Por que você pode punir as pessoas e eu não? Por que a pessoa que você ama merecia justiça e as outras que sofreram da mesma maneira ou pior, não? Responda.

Um silêncio dominou o cômodo. Suas palavras me perfuraram como facas, ele estava certo... ou errado, eu não sei.

Hsr: Sem palavras, não é? Imaginei. Você não tem o direito de me julgar por estar fazendo isso, nenhum de vocês têm.

Hsr: São todos pecadores. — ele dá as costas para sair do lugar.

Sn: Alan... — Ele para e se vira para mim.

Hsr: O quê?

Sn: Eu estava me perguntando como você poderia saber disso tudo. Mesmo que fosse um stalker experiente ainda não saberia de toda a história sobre cada um. A menos...

Sn: Que o delegado e chefe da polícia te contasse sobre os casos que ele já ouviu...

Hsr: Muito bom. Mas é tarde para deduzir isso.

Sn: Ele não merece ser punido? Até onde eu sei, ele não é nenhum homem inocente.

Hsr: Os pecados dele não são tão ruins como os seus.

Sn: Pecados são pecados. Até onde o seu conceito de justiça vai? Você está punindo um homem por trair sua esposa e abandonar seu filho.

Sn: Mas e o delegado que já abusou de menores? Eles não merecem justiça?

Hsr: Isso não é da sua conta mas a hora de Alan vai chegar, não se preocupe com isso.

Sn: Era para ele estar aqui também. Afinal, não são sempre 8 pessoas a serem punidas? Aqui só tem 7.

Hsr: Quem ia ocupar esse lugar vazio seria a Hannah. — estremesso com suas palavras. — mas graças a minha cópia fajuta, acho que ela já pagou o que devia.

Hsr: Talvez o seu hackerzinho pegue esse lugar.

Sn: Não!

Hsr: Ele é um criminoso não é?

Sn: Ele nunca fez nada a ninguém, nunca machucou uma mosca. Você não vai tocar nele!

Hsr: Não? Por que não?

Sn: Porque eu vou te matar se fizer isso.

Hsr: Bem, então nos vemos no inferno.

Sn: Não... — ele se vira para sair. — Andrew! Você não vai fazer isso! — ele se retira batendo a porta atrás dele.

Hsr: Jaaakee! Vamos brincar amigão! — ele grita do lado de fora.

Sn: Não... tudo menos isso.

Choro como uma criança, sinto raiva, muita raiva, desespero e medo. Jake não merece isso, ele é o ser humano mais bondoso que eu conheci. Por que ele tem que sofrer assim?

Meus soluços se tornam presentes, meu choro só se intensifica conforme eu penso no Jake. Choro tanto que durmo depois de algumas horas.

...

Hrs: Vamos acordar princesa? O sol já nasceu na fazendinha.

Sn: Vai se fuder. — mantenho minha cabeça baixa sem olhar para ele. — por que não pega uma faca e me mata logo?

Hsr: Acho que ele não ia gostar de ver isso.— olho para frente e vejo Jake de joelhos com as mãos amarradas para trás e amordaçado.

Sn: Jake! — ele grita meu nome de volta, mas o som foi abafado pelo pano em sua boca. — o que você vai fazer seu desgraçado?

Hrs: Desgraçado? Poxa, eu estava reconsiderando meus planos, suas palavras tocaram meu coração. Mas se não estiver mais interessada, eu posso matá-lo agora mesmo.

Sn: O que você quer?

Hsr: Você disse que ele nunca fez mal a ninguém. Eu não o conheço tanto quanto você, então vou te dar o poder de fazer o julgamento dele.

Hsr: Pode trazer. — a porta se abre revelando um outro homem alto de cabelos longos e pretos. Ele trazia alguém com ele.

Hsr: Você vai poder decidir o destino dele mas... alguém ainda terá que pagar pela morte de Jennifer.

O homem joga a pessoa com tudo no chão, ela gritou de dor e quando se virou para mim dando para ver seu rosto, meu mundo desabou.

Sn: Hannah?!

Hsr: Vamos fazer isso rápido. Escolha quem morre e eu deixarei o outro ir embora. — ele saca uma arma. — vamos Sn, escolha, quem vai morrer?

Sn: Não, eu não posso.

Hsr: Se não escolher, matarei os dois. Jake não era inocente? Então escolha Hannah e acabe com isso. — Jake grita mesmo com o pano na boca, seus olhos diziam claramente para que eu escolhesse ele.

Sn: Não, por favor. — Jake protesta mais uma vez dessa vez chorando mantendo seus olhos fixamente em mim, implorando para mim. — eu não posso fazer isso, por favor não me faça fazer isso.

Andrew dá um tiro que atinge a perna de Hannah. Ela grita de dor e Jake faz o mesmo, mas seu grito é direcionado para mim.

Hsr: Escolha logo, não tenho o dia inteiro. — ele dá um tiro na perna de Jake.

Sn: Jake! Para, por favor! — suplico entre as lágrimas que escorrem sem parar.

Hsr: O próximo será no estômago, se sangrar muito, morrerá mas de uma forma mais dolorosa. Acaba com isso de uma vez e escolha Sn.

Sn: Por favor...

Jake: Me escolhe! — Ele consegue tirar o pano da boca. — Sn, olhe para mim! Me escolhe.

Sn: Não. Não diz isso por favor.

Jake: Sn está tudo bem, apenas me escolha. — seus olhos trêmulos me encaravam com terror e desespero. — Me escolhe logo!

Sn: Não!

Hsr: Escolhe!

Jake: Sn me escolhe, AGORA!

Hsr: Escolhe Porra!

Sn: Hannah! — digo rapidamente e no mesmo segundo ouve-se um som de tiro.

Jake: NÃO! — ele grita. Seu corpo se paralisa diante do corpo imóvel de Hannah.

O sangue dela se espalhava pelo chão, tudo o que ouvia era o choro do Jake e do Sr. Donfort, HSR apenas ria do desespero dos dois, ele sorri para mim como se tivesse me atingindo exatamente onde queria... e realmente me atingiu.

Jake: O que você fez? — ele me olha chorando com um olhar perturbado. — você matou minha irmã.

Sn: Eu...

Jake: Você matou a minha irmã, porra! — grita. — o que você fez Sn? — ele se curva, de modo que sua testa se encostou no chão, e começou a chorar mais ainda.

Jake: Eu nunca vou te perdoar por isso.

Não... Isso não pode estar acontecendo.

E não estava.

Acordo do pesadelo após sentir uma forte dor em meu rosto.

HSR: Dormiu bem princesa?

Sn: Seu desgraçado.

HSR: Que bom que teve bons sonhos, você me poupou tempo de acordar todo mundo. — olho ao redor e percebo que todos na sala me olhavam, eu provavelmente estava gritando. — Parece que você já está sendo afetada psicologicamente, que bom. Foi mais rápido do que eu pensei.

HSR: Só precisei pegar no seu ponto fraco não é mesmo? Aliás... o Jake mandou um beijo.

Sn: Se você encostou nele...

HSR: Eu bati nele com um pé-de-cabra, isso conta como encostar?

Sn: Eu vou te matar! — grito e graças a raiva, meu corpo recebe a quantidade necessária de adrenalina, o suficiente para me fazer levantar rapidamente e dar uma cabeçada na cara daquele filho da puta.

HSR: Sua vadia! — ele berra e tenta me acertar mas eu desvio e uso o joelho para atingir seu membro. O mesmo grita de dor.

Sn: Opa, peguei no seu ponto fraco? — ele me empurra me fazendo cair com tudo no chão.

HSR: Só não te estrangulo agora, porque você vai acabar morrendo, e você tem ainda tem muito pela frente. — ele se retira.

Tony: Você está bem?

Sn: Estou. Você sabe onde estamos?

Tony: Não, ele veio trazendo um por um, todos desacordados, quando percebemos já estávamos todos aqui.

Sn: Jake?

Tony: Eu... não o vi... — ele quebra o contato visual.

Sn: O que você está escondendo de mim?

Tony: Nada.

Sn: Me diz logo porra antes que me levante e vá até aí, o que aconteceu com Jake?!

Tony: Eu não sei! — ele me olha com raiva e medo ao mesmo tempo. — eu... eu só ouço os gritos dele...

Sn: Meu Deus...

Tony: Merda... Você não pode fazer nada?

Sn: Não... — eu só falei com uma única pessoa antes de desaparecer, Dylan, e ainda que ele ignore o meu pedido e decida se envolver, ele não vai conseguir nos achar.

A única maneira de sair é dando um jeito no Andrew, o que é fácil já que ele é um só mas tem muito obstáculo nessa facilidade, não só o meu péssimo estado como também a área. Seria burrice travar uma luta contra uma pessoa em condições melhores que eu e que conhece muito mais o local do que eu.

Eu tenho poucas opções e muitos reféns, fora Jake que eu não sei onde está. Não posso fazer nada, não sozinha, e acredito que ninguém de fora virá.

Tony: Você não tem nenhum plano?

Sn: Não. Não há nada que eu possa fazer.

Mal termino de falar e um grito ecoa pelo local, chamando atenção de todos, mas o grito não era de ninguém do cômodo e muito menos do Andrew.

Sn: Jake...

Tony: De novo não...

Aquele monstro estava batendo nele, Jake dava um grito mais alto que o outro enquanto Sr. Donfort chorava sem parar. Era por isso que Andrew está torturando Jake, para atingir Tony... e a mim.

Os gritos param, e depois de alguns minutos, a porta do cômodo se abre e o monstro entra por ela usando sua máscara e nas mãos, um pé-de-cabra... ensanguentado.

Tony: Seu filho da puta! — grita. — o que fez com o meu filho?!

HSR: Cala a boca, antes que eu faça aqueles gritos voltarem.

Tony engole em seco, HSR continua andando até chegar naqueles dois homens que ele disse terem estuprado duas crianças.

HSR: Ouviram aqueles gritos? Já ouviram esse tipo de grito antes não já? — ele bate com o pé de cabra na perna de cada um dos estupradores. — é um grito de ajudar, de socorro... um grito de dor. — ele bate novamente, dessa vez nas costelas deles. — é familiar para vocês não é? — ele bate de novo no mesmo lugar.

Os dois choram e berram aos montes, enquanto Andrew apenas continua batendo sem parar.

HSR: Aquelas crianças que vocês estupraram deram o mesmo grito. O mesmo que vocês estão dando agora... — ele bate mais uma vez. — dói não é? Pois é, e ainda vai doer muito mais.

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