PsicoLove.

By ravimatheus99

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Jullie Martins, atualmente com 18 anos, passa por poucas e boas em uma clínica psiquiátrica. Foi diagnosticad... More

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Again and Again
do you hear me?
under the everyone
Mommy
Jane is bad
Robert it's a man
Game over, Jane
Broken heart
Mom, stay in peace.
Just a dream
Who is your mother?
Hey, it's me
Think about decision
I want my mother
Ms. Devenport?!
Robert with Mitchell
Bianca's comeback
End of start
The other side
an angel named Max
maybe a new love
my possible bonus
please, i need that.
IMPORTANTE
countdown
The day I was released
First day. First lesson.
new actions pay off
little escape
black power friend
powerful hands
i hate you
i need you now.
grandma teacher
here I come
R.I.P Mrs. Dom
Diverting or trying
an ice-cream...?
trembling and troubled
go in crazy
sardines and memories
don't touch the wound
la justice en fuite

not welcome

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By ravimatheus99

quarta-feira...quinta-feira...

jogada nas minhas mais doidas loucuras projetadas pelos meus neurônios mágicos, 3:46PM

"TRRRRRRRIIIIMMMM"

- Sai sai, deixa que eu atendo - saltei do sofá rumo ao telefone sem fio preto acomodado num criado-mudo de canto na sala.

- Jullie falando - saudei - aham... Tudo bem, pode ser hoje? Ta, não não, perfeito. Obrigado você, até.

Desliguei e voltei o telefone a sua base.

- Larissaaaa!

- Tu não sabe não gritar? - Larissa retruca.

- Me leva?

- Clínica? Agora?

- É né!! - rolo os olhos - a moça não pareceu muito feliz não.

- Jullie - tocou meus ombros - recepcionistas não são felizes, elas tão lá só porque precisam estar!

Arqueou sua sobrancelha, de um jeito superior.

Suspirei e caminhei pelo corredor de casa

- Vou só pegar meu casaco. - com o casaco quis dizer me olhar no espelho, pegar meu celular e olhar ele vazio, com zero notificações novas.... Af.

----------

- Boa tarde, Martinez... O doutor já irá chamá-la.

Agradeci e me sentei. Larissa havia só me deixado ali, e acelerou seu Dodge Caravan 2000 2.2 V6, (ou para os mais íntimos o vermelhinho) para buscar Lucy. É claro, Larissa mal cuida dela, quem dirá ser responsável por mim numa consulta.

Há coisas que não mudam, como essa ansiedade maluca de aguardar o chamado do médico, mas sem que eu esteja sozinha. Lucy, chega logo.

Já se passaram longos 28 minutos e nada de Lucy e nada do doutor. Meus pés por alguma fissura não param de batucar o chão e eu não aguento mais assistir ao noticiário do consultório.

- Cheguei querida - Lucy me dá um selo em minha testa - demorei?

- Não - sorri amigável e aliviada - Cadê a Larissa?

- Foi no mercado. - Lucy cruza suas pernas e observa o local - Já te chamaram?

- Não... disseram pra esperar somente.

Mais alguns minutos ali e enfim o doutor abre a porta do consultório e com a ficha em mãos, abaixa levemente os óculos para ler de perto...

- Jullie! 

Me levanto, ajeitando minhas roupas e sigo junto a Lucy até sua sala.

Entro e me sento novamente, o doutor passa para o outro lado da mesa e se senta. Ajeita seu jaleco e seus óculos e pigarreia lendo os papéis em suas mãos.

- Bem Jullie, foram meses corridos não?

Sorri levemente e eu também assentindo em concordância.

- Você deve estar doida pra voltar com sua vida na universidade, não é?

SIM CACETE!! Óbvio que não respondi assim né, só balancei minha cabeça novamente. Quanta enrolação...

- E você... - olha em direção a Lucy, que estava observando o doutor assim como eu.

- Sou tutora dela. - Sorri sem jeito - boas notícias, doutor?

Mais uma vez, o doutor mexe em seus papéis, os troca de ordem e balbuceia um simples "uhum...".

Continua a ler a folha infinita e logo me olha novamente.

- Está perfeito! Você está indo muito bem, Jullie! - Sorri sincero.

- Então...

- Então que você está liberada para aula, para a vida!

Nossa, eu posso pular e gritar? Não não, se contenha.

- Obrigada doutor!!! - abro um enorme sorriso para demonstrar minha satisfação com as boas novas.

- Uma coisa Jullie... Nos veremos uma vez por ano, tudo bem? Não quero perder o contato!

Dessa vez, o senhor sorri, e desvia teu olhar a Lucy. Perai, ele ta tentando flertar com a Lucy? Eu não acredito, é melhor eu segurar esse sorriso que quer sair.

Lucy concorda e olha para mim

- Voltaremos em um ano, doutor. Mais algo?

É, ela ficou nitidamente desconfortável.

- Não deixe de usar as medicações, garota. Isso vai te manter bem e estável!

- Obrigado, doutor! - Me levanto e assim como eu, Lucy também.

Ao sair do consultório, fomos caminhando pela calçada em direção ao mercado próximo que havia ali, o qual, Larissa estivera fazendo compras.

- Aquilo foi um flerte? - a cutuco provocando divertida.

- Esse doutor... olha, eu só venho porque é com você, muito sem noção - fala indignada, esboçando insatisfação - da fruta que ele gosta eu chupo até o caroço.

Eu ri, Lucy e essas expressões explícitas.

-------

~ dia seguinte ~

Sexta-feira! Ahhh, que belo está esse dia, e sabe pra quem está mais belo? Para mim, afinal voltarei a dinâmica da minha vida, eu nasci pro drama de ser maluca numa universidade, tenho certeza!

Abro a janela, e me sento na escrivaninha do quarto para verificar caderno, estojo e afins...

"Toc Toc"

- Entra! - exclamo.

Lucy entra com um sorriso curto

- Tem visita, mocinha. - fecha a porta.

Visita? Mas que horas de visita em.... Já estava trocada adequadamente para meu retorno triunfal.

Fui caminhando pelo corredor da casa e ouvindo os murmúrios vindo da cozinha. Deus queira que eu esteja errada...

- Oi - quando apareci pela porta da cozinha, soou um cumprimento tímido e sem jeito do outro lado da mesa.

Eu to acordada mesmo? Não consegui responder porque talvez eu não saberia como responder a essa "oi" em específico.

Me sentei na mesa, junto de um pão e uma faca para eu rechear meu café com patê.

Lucy deixa a cozinha tocando em meus ombros e os palpando levemente. Eu entendi o recado...

Tinhamos que ficar a sós. Mas foi os 30 segundos mais agoniantes de minha vida. Sem assunto ou sem disposição para discutir?

- É sério que não vai me responder? - A voz ecoou um pouco mais alta do outro lado da mesa.

- É sério que está aqui? Acho que... não temos nada pra falar mais.

- Temos sim! Você sabe que temos...

- Porque? O que você veio fazer aqui?

- Bem... eu soube que seria seu primeiro dia de volta, eu queria ir com você, somos amigas... éramos, não sei... - abaixa sua cabeça meio confusa.

- Acho que não somos não. Agradeço por ter vindo, mas ainda me lembro o caminho de lá.

- Não precisa ser assim, Jullie. Você sabe que tenho sentimentos fortes por você...

- Não ouse... - dou um gole em meu suco - é melhor você ir.

- Fugir de mim vai adiantar alguma coisa? Vamos nos ver todos os dias. Precisamos conversar.

- Precisamos? Olha, eu prefiro evitar essa conversa, pelo menos por enquanto. Não sei o que você define quando fala sobre sentimentos, mas o que me mostrou é muito diferente disso.

Dou a última golada, deixo o copo na mesa e dou as costas.

- Jullie... por favor - me segura levemente pelo braço.

Me viro, olho em seus olhos que já estavam marejados. Não dá.

- Por favor, Aisha. Não.

Me solto e vou saindo do cômodo, pego minha mochila e saio de casa sem me despedir das meninas. Desço as escadas correndo, meio sem rumo. É um bom começo, turbulento como tudo na minha vida. Porque seria diferente agora?

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