𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿...

Por heatherpoetic

200K 14.2K 28.4K

Ela perdeu os pais muito nova, por motivos que nunca a foram revelados. Ele passou pelo mesmo, porém, a causa... Mais

Apresentação
1. Você acha que nós gostamos?
2. Ordem da Fênix
3. É bom estar em casa
4. "Mas vocês estão diferentes um com o outro..."
5. Não me faça rir
6. Eu confio em você
7. Eu amo você
8. Obdormiscere
9. Claro que aceito
10. Jealousy
11. Corujal
12. Precisamos agir
13. Música?
14. Cabeça de Javali
15. A festa
16. Armada de Dumbledore
17. O jogo
18. Now you see her
19. A visão
20. Natal
21. Oclumência
22. Dia cheio
23. Parque de diversão
24. E quem vai dirigir Hogwarts?
25. Carência
26. As lembranças de Snape
27. Eles fazem falta
28. Gêmeos Weasley
29. N.O.M.S
30. Ministério da Magia
31. A profecia perdida
32. Unbelievable
6° ano
1. Ela não vai estar sozinha
2. Harry?
3. Do céu ao inferno
4. You make me feel
5. A fuga de Draco
6. O clube de Sluge
7. Príncipe Mestiço
8. Acidinhas
9. Insegurança
10. Sempre vocês quatro
11. Jogo de Quadribol
12. O baile
13. O álbum
14. Envenenado
15. Ele pode ser confuso as vezes
16. Horcruxes
17. O colar de Libitina
18. Quarteto de ouro
7° ano
1. Batalha no Céu
2. Feliz Aniversário Harry
3. O testamento de Dumbledore
4. O casamento
5. Promessas
6. R.A.B
7. Ela não...
8. Ministério
9. To love you is easy
10. Você não tem família
11. Eu prometi
12. Xenofílio Lovegood
13. Cada átomo que me constitui
14. O melhor erro que já cometi
16. A Guerra
17. Júpiter e Saturno
18. A batalha final
19. Os dias de cão acabaram
Pós Guerra
1. Um novo começo
2. O Casamento
3. Honeymoon
Epílogo
Agradecimento

15. Gringotes

1.4K 98 389
Por heatherpoetic

Tudo estava pronto para a invasão. Estávamos no quartinho mínimo onde o fio de cabelo de Bellatrix se encontrava enrolado em um frasquinho sobre o console da lareira.

— E você estará usando a varinha dela – disse Harry, indicando com a cabeça a varinha de nogueira –, portanto, acho que estará bem convincente.

— A varinha de Bellatrix foi roubada, Harry – falei. – Seria estúpido de nossa parte a usar.

— Droga – ele reclamou se lembrando do fato.

A porta do quarto se abriu e Grampo entrou. Vi Harry levar instintivamente a mão ao punho da espada e a puxar para perto de si, mas, na mesma hora, vendo que se arrependera do gesto pois o duende peecebera, tentei amenizar o momento embaraçoso:

— Estivemos verificando umas coisinhas de última hora, Grampo. Avisamos a Gui e Fleur que estamos partindo amanhã e que não precisam se levantar para se despedir.

Harry pegou minha mão e a apertou uma única vez, em sinal de agradecimento. Como Hermione precisaria se transformar em Bellatrix antes de sairmos, seria de extrema importância que Gui e Fleur não a vissem. Também explicamos que não retornariamos e o ruivo mais velho nos emprestou uma barraca, visto que a velha de Perkins fora perdida.

— Ótimo, ótimo – disse o duende, caminhando até a cama onde dormia.

— Bom – suspirou Hermione. – Acho melhor todos irmos dormir, quanto mais descansados ficarmos, melhor será.

— Você tem razão, Mione – bocejou Ron. – Boa noite para vocês.

— Noite – falei. O ruivo deu um último aperto leve no braço de Hermione e sumiu pela porta, sendo seguido por ela que fez uma mesura antes de sair.

Olhei para Grampo e o duende estava totalmente capotado no sono, roncando. Harry soltou uma risadinha e eu o repreendi negando com a cabeça; este duende não me convencia de que iria realmente nos ajudar e a cada dia que passava, tal sentimento se intensificava um pouco mais.

Ele nos virou de forma desengonçada e saímos pela porta. Harry a fechou e envolveu minha barriga por trás, abraçando-me contra ele. Começamos a andar até o quarto sem nenhum tipo de equilíbrio e quando chegamos no mesmo, o menino se jogou comigo dentro, fechando e trancando a porta mais rápido que meus olhos conseguiram ver.

— Harry!

— Desculpa.

Depois de quase cairmos comecei a rir, retirando a bolsa e alguns conjuntos de toalhas secas e dobradas de cima da cama. Harry deitou na mesma e eu fui escovar os dentes. Após fazê-lo voltei até o quarto e retirei meus anéis, os colocando na mesa de cabeceira ao lado da cama e sendo inesperadamente puxada por ele, que me fez cair no colchão.

Ele me envolveu em uma conchinha e nos acobertou. Sua respiração batia em meu pescoço enquanto os arrepios corriam soltos pelo mesmo.

— Posso falar uma coisa? – perguntei, olhando para a janela a minha frente, onde a lua brilhava grande e redonda no céu.

— Não.

— Não confio nesse duende – me virei para Harry, que não ousou retirar os braços de cima de mim. – zero porcento.

— Também não – ele disse, colocando uma porção de cabelo para trás da minha orelha – mas ele conhece aquele lugar e pode nos levar até o Cofre. Teremos que tentar, S/n.

Eu olhava para seus olhos verdes e meus pensamentos, mais uma vez, voaram longe. A sensação de que tudo acontecia rápido demais me inundava de novo, como em todas as outras vezes que algo dera errado nos anos anteriores.

— Vem cá – ele pediu, me puxando para mais perto e depositando um beijo em minha testa. Afundei o rosto em seu peito e Harry me abraçou de forma confortante e protetora. — Prometo ficarmos juntos e em hipótese alguma nos separarmos.

— Estou passando a odiar promessas – falei.

— Mas esta será cumprida – disse ele. – Eu promet...

O cortei com um beijo, que demorara longos segundos para terminar. Quando nossos lábios já estavam separados, o sonho viera como um alavanche e pela primeira vez me vi soltando um bocejo verdadeiro em dias de noites mal dormidas.

───※ ·❆· ※───

Acordei na madrugada e o moreno ao meu lado já estava de olhos abertos, pensativo e com um semblante de dúvida do rosto. Sua ansiedade era perceptível e meu estômago começara a embrulhar mais uma vez só de pensar nas possibilidades de tudo dar errado. Me mechi desconfortável e acabei por esfregar meus pés nos de Harry, que eram quentes enquanto os meus pareciam ter acabado de sair de um freezer.

Ambos estávamos inquietos tentando tranquilizar o outro e foi um alívio quando deram seis horas e saímos da cama, onde nos encontramos com Hermione e Ron nos jardins. A manhã estava gélida, mas havia pouco vento, agora em maio. Ergui os olhos para as estrelas que ainda refulgiam palidamente no céu escuro e escutei o mar avançando e recuando no rochedo: ia sentir falta desse som.

Dobby há muito tempo voltara para os terrenos de Hogwarts a meu pedido para verificar se Maggie estava bem, e desde então não dera mais notícias. Luna estaria com seu pai à essa hora; Dino provavelmente em sua casa e Olivaras de volta a sua rotina de fabricador. Todas essas pessoas vivendo suas vidas, enquanto nós quatro estávamos prestes a fazer uma maluquice. Mais uma vez.

"Porque sempre que alguma coisa acontecesse é sempre com vocês quatro?" – a voz de Minerva ecoou em meu cérebro, me fazendo ter lembranças do sexto ano, onde, apesar de tudo, as coisas eram mais fáceis. Minimamente mais fáceis.

Soltei um riso nasalado e meu olhar encontrou com o de Bellatrix que vinha andando até nosso encontro. Embora soubesse perfeitamente que era Hermione, não consegui refrear um arrepio de repugnância.

— O gosto dela foi nojento, pior do que raiz-de-cuia! Tá, Ron, vem cá para eu poder dar...

— Certo, mas lembre, não gosto de barba comprida demais...

— Ah, pelo amor de Deus, a questão não é ficar bonito...

— Não é por isso, é que atrapalha! Mas gostei do meu nariz mais curto, tente deixá-lo como da última vez.

Hermione suspirou e se pôs a trabalhar, murmurando baixinho enquanto transformava vários traços na aparência de Ron, que ficaria diferente enquanto eu, Harry e Grampo deveríamos nos ocultar sob a Capa da Invisibilidade.

— Pronto! – exclamou Hermione. – Que acham?

— Não faz meu tipo – respondeu Harry. –, mas dá pro gasto. Vamos então?

Nós olhamos para o Chalé das Conchas, escuro e silencioso sob a luz evanescente das estrelas, então nos viramos e seguimos para o ponto, pouco além do muro divisório, onde cessava o efeito do Feitiço Fidelius.

Grampo subiu nas costas de Harry e eu me juntei a ele; fomos cobertos pela Capa da Invisibilidade, o moreno segurou em meu braço e então desaparatei nós três até o Charing Cross. Os trouxas passavam apressados com a expressão deprimida e o bar do Caldeirão Furado estava quase deserto.

Tom, o estalajadeiro corcunda e desdentado, polia os copos atrás do balcão; uns dois bruxos que conversavam em voz baixa no canto oposto olharam para Hermione e recuaram para as sombras.

— Madame Lestrange – murmurou Tom, quando Hermione passou, e inclinou a cabeça subservientemente.

— Bom-dia – disse Hermione no momento em que Harry e eu passavamos por ela, ainda sob a capa, levando Grampo nas costas.

— Gentil demais – sussurrei no ouvido da minha amiga pois vi a expressão espantada no rosto do estalajadeiro. –  Você precisa tratar as pessoas como se fossem lixo!

— Imagine que todas são Dolores Umbridge e as coisas ficarão mais fáceis – disse Harry e não pude deixar de concordar com ele.

— Tá, tá!

Hermione puxou a varinha de Bellatrix e bateu de leve em um tijolo na parede, que na mesma hora, começou a girar e se deslocar: apareceu uma abertura no meio dos tijolos e que por fim, formou um arco para a estreita rua de pedras que era o Beco Diagonal.

Estava silencioso, ainda não era hora de abrirem as lojas, e havia raros compradores por ali. Havia muitas lojas fechadas com tábuas e própria imagem de Harry e a minha nos encarava nos pôsteres colados sobre muitas vitrines, sempre legendada com os dizeres Os Indesejáveis.

Conforme andávamos, os mendigos sumiam ao verem a figura de Bellatrix. Sem nenhum aviso ou pretexto uma voz ecoou à nossas costas:

— Ora se não é Madame Lestrange!

Era o Comensal Travers. Hermione e ele mantiveram uma tensa conversa que resultou em sua companhia pela sinuosa rua de pedras até o local em que o alvíssimo Gringotes se destacava sobre lojas vizinhas. Ron acompanhou-os meio de viés, e Harry, Grampo e eu os seguimos.

Chegamos as escadas de mármore do Banco, onde jaziam dois bruxos de cada lado da enorme porta de madeira, ambos segurando finas varas de ouro.

— Ah, os honestímetros – suspirou Travers, teatralmente –, tão rudimentares... mas tão eficientes!

— Seu cu também ficará muito rudimentar quando...

— Sim, sim! – Hermione aumentou seu tom de voz e eu entendi aquilo como uma repreensão.

Os honestímetros detectavam feitiços de ocultamento e objetos mágicos escondidos. Sabendo que tínhamos apenas segundos, Harry apontou a varinha de Draco para cada um dos guardas e, três vezes, murmurou: "Confundo!" os guardas estremeceram brevemente quando os feitiços os atingiram.

Entramos então, e nos vimos caminhando por um grande corredor de mármore, que dispunha de dois longos balcões ocupados por duendes sentados em banquinhos altos, um de cada lado do saguão.

Hermione deixou Travers passar na sua frente a pretexto de explicar algumas características do saguão a Ron e então o Comensal saiu de nossa cola. Ela analisou o ambiente e ver os olhos de Bellatrix, pela primeira vez, amendontrados, mesmo que não fosse realmente ela, despertavam uma estranha onda de prazer em mim. Jogou um último olhar a Ron e começamos a caminhar.

Alguns duendes paravam seus trabalhos para nos olhar, mas não por mais de alguns segundos. Chegando no final do corredor, onde um único duende se encontrava escrevendo em um pergaminho, vi a menina contorcer a boca antes de soltar um pigareio. Vendo que a criatura não lhe dera atenção, Hermione falou:

— Eu quero entrar no meu cofre – sua voz não me pareceu firme o suficiente e eu e Harry nos entreolhamos por baixo da capa.

O duende demorou bons quinze segundos para lhe responder, desinteressado:

— Identificação, por favor.

Ron o olhou apreensivo.

— Eu acho que isso não é necessário – respondeu ela.

O duende, então, pela primeira vez a olhou e pareceu levemente surpreso com o que viu.

— Madame Lestrange! – ele exclamou e se virou logo em seguida, saindo pelos fundos.

— Eu não gosto de esperar! – ela entonou em voz alta.

Me virei para trás e um dos honestímetros olhava para onde estávamos, desconfiado.

— Eles sabem – disse Grampo. – Sabem que é uma impostora, foram avisados.

Ron olhou para trás e também percebeu a movimentação estranha dos guardas.

— Harry – Ron sussurrou amedontrado. – O que nós vamos fazer?

Antes que o moreno respondesse, o duende retornou na companhia de outro, que se inclinou para Hermione e disse:

— Madame Lestrange, poderia nos mostrar sua varinha?

— E porque eu faria isso?

— É a política do Banco – respondeu ele.  – Tenho certeza de que vai entender dada a atual situação.

Eu, Harry e Grampo caminhamos até o lado do balcão enquanto eles mantinham a discussão.

— Não, é claro que eu não vou entender!

— Me desculpe, mas devo insistir.

Harry, levantou a varinha até a proximidade do nariz do duende e ordenou o Feitiço Imperius, o qual dera certo de imediato e para nossa felicidade, sem que ninguém tivesse visto.

— Pois não Madame Lestrange – disse o duende, em tom gentil. – Por favor, siga-me – e então saiu novamente pelos fundos, deixando o duende ao seu lado confuso, bem como Hermione.

O bruxo que Grampo nos informou ser Bogrode, nos conduziu até os trilhos subterrâneos do Banco, onde usou a varinha para chamar um vagonete que surgiu do escuro, sacolejando pelos trilhos, em nossa direção. Nos despimos da Capa e tive a certeza de ouvir gritos no saguão principal quando embarcamos, Bogrode na frente com Grampo e Harry, Ron, Hermione e eu espremidos atrás.

Com um tranco, o vagonete deu partida e começou a acelerar, serpeando e fazendo curvas por um verdadeiro labirinto, sempre descendo.

Meus cabelos voavam loucamente e não conseguia ouvir nada a não ser o barulho do carro sobre os trilhos. Harry não parava de olhar para trás.

Fizemos uma curva fechada em alta velocidade e vimos, tarde demais, uma cascata jorrando com violência sobre os trilhos. Não houve tempo de frear: nós a atravessamos disparados e molhamos cada parte de nossos corpos; eu não conseguia ver nem respirar; então, com uma guinada súbita, o vagonete capotou e fomos atirados para fora.

Ouvi o veículo se despedaçar, Hermione gritou alguma coisa e senti meu corpo planar a centímetros do chão, e depois aterrissar sem dor no piso. Nos levantamos meio aturdidos e Grampo e Bogrode continuavam conosco, embora o vagonete tenha ido embora.

— Está tudo bem? – questinou Harry preocupado.

— Está – confirmamos ao mesmo tempo, ainda engolfados pela água.

Para nosso horror Hermione assumira sua forma normal e o disfarce de Ron fora por água abaixo. Literalmente.

— A Queda do Ladrão! – exclamou Grampo. – Lava todos os encantamentos, todos os disfarces mágicos! Já sabem que há impostores em Gringotes e acionaram as defesas contra nós!

Suspirei trêmula. Bogrode sacudindo a cabeça aturdido: a Queda do Ladrão aparentemente desfizera a Maldição Imperius.

— Imperio! – disse Harry e enquanto a expressão de atordoamento do duende se alterava para a de cortês indiferença, ouvimos um enorme e grave rugido.

— O que foi isso? – questionou Ron e a dúvida foi saciada quando viramos em um canto.

Um dragão gigantesco achava-se acorrentado no chão à frente, barrando o acesso dos cofres mais profundos do banco. As escamas do animal eram pálidas e seus olhos estavam rosa-leitoso: as duas patas traseiras estavam acorrentadas e suas grandes asas, fechadas junto ao corpo, teriam enchido a câmara se ele as abrisse.

Grampo foi na frente e pegou alguns cêmbalos em uma caixinha de madeira enquanto Bogrode sorria para o Dragão.

Ele passou os instrumentos para Ron que foi passando para mim e assim por diante até que todos estivessemos segurando um deles. O Dragão virou sua cabeça de repente e soltou um jato de fogo, o que nos fez retroceder. Grampo, no entanto começou a sacudir seu cêmbalo no alto.

— Vocês sabem o que fazer! – disse ele.

Tornamos então a avançar pelo canto, sacudindo os cêmbalos, e os ruídos ecoaram pelas paredes rochosas, brutalmente amplificados. O dragão soltou outro rugido rouco e retrocedeu.

— Faça-o pôr a mão na porta! – Grampo insistiu com Harry, que apontou a varinha para Bogrode. O velho duende obedeceu e a porta do cofre se dissolveu, revelando uma espécie de caverna, atulhada do chão ao teto de moedas e taças de ouro, armaduras de prata, dentre outras coisas.

Acendemos nossas varinhas para iluminar a penumbra escura e Harry se encontrava tão perto de mim, que podia sentir suas vibrações corporais e a respiração irregulada se focasse um pouco mais.

O menino pegou minha mão, a apertando fortemente enquanto caminhávamos lentamente pelo lugar, olhando para todos os cantos.

— Accio taça! – disse Hermione, de repente.

— Não adianta – rosnou o duende.

Eu e Harry íamos um pouco mais a frente e então nossos olhos, bem como a iluminação de nossas varinhas, encontraram algo que fez nossos corações pularem.

— Está lá, está lá em cima!

Ao mesmo tempo Hermione soltou um gritinho quando derrubou algo, e ao ouvir o som ecoando diversas vezes, me virei para ver o que acontecia: os objetos se multiplicavam ao cair.

— Feitiços Duplicador e Abrasador! – disse Grampo. – Tudo que tocarmos queimará e multiplicará, mas as cópias não têm valor... e se continuarem a mexer no tesouro, acabarão morrendo esmagados pelo peso do ouro em expansão!

Os objetos continuavam se multiplicando cada vez mais e mais.

— Mê dê a espada! – ele gritou e Hermione a arrancou da bolsinha rapidamente e a jogou até ele.

O menino correu sob os objetos que tintilavam, pulando conforme se multiplicavam. Fiz menção de ir até ele mas Hermione agarrou meu braço e percebi que ela segurava Bogrode, lutando para que ele não escorregasse para baixo da maré crescente.

Estávamos cercados por tesouros até cintura e parecia impossível saírmos sem nos machucar, visto que o calor aumentava gradativamente.

Harry submergira por alguns segundos e todos esperamos ansiosos por algo. Meu estômago mais uma vez se contorcia de ansiedade e quando o menino apareceu novamente a superfície, vindo em nossa direção, respirei.

O moreno se atirou sob a superfície de tesouros e vi a espada voando de sua mão.

— Segure-a! – gritou ele, quando Grampo tornou a subir em seus ombros, decidido a evitar a massa abrasadora que se expandia. – Cadê a espada? Tinha a taça enganchada nela!

Eu podia ouvir passos, e o tinindo dos cêmbalos tornava-se ensurdecedor. Era tarde demais...

— Ali!

Foi Grampo quem a viu, e ele quem se atirou para a espada e, naquele instante, minha certeza de que o duende nunca esperara que nós cumprissemos a palavra dada foi totalmente confirmada. Com uma das mãos segurando firme um punhado de cabelos de Harry, Grampo agarrou o cabo da espada e ergueu-a no alto, fora do alcance dele.

— Filho da puta – disse Ron.

A pequena taça de ouro, espetada pela alça na lâmina da espada, foi arremessada no ar. Com o duende ainda montado nele, Harry mergulhou e apanhou-a. Nesse instante, o cofre se abriu e me vi deslizando, sem controle, sobre uma avalanche desmesurada de ouro e prata incandescente que me carregava, e a Ron, Hermione e Harry também, para a câmara externa.

A dor das queimaduras se expandia por todo o corpo. Grampo escorregara dos ombros de Harry quando pôde e correra a se abrigar entre os duendes que nos cercavam, brandindo a espada e gritando "Ladrões! Ladrões! Socorro! Ladrões!".

— Estupefaça! – berrou Harry e eu, Ron e Hermione fizemos o mesmo: jatos de luz vermelha voaram contra a multidão de duendes, alguns tombaram, mas outros continuaram a avançar.

O dragão preso soltou um rugido, e um jorro de chamas voou sobre as cabeças dos duendes: os bruxos fugiram, curvados, voltando pelo caminho que tinham vindo, e uma inspiração, ou loucura, acometeu meus sentidos. Apontei a varinha para as grossas algemas que prendiam a fera no chão e berrei:

— Relaxo!

As algemas se abriram.

— Por aqui! – gritei e, ainda lançando Feitiços Estuporantes, disparei em direção ao dragão cego.

— S/n... S/n... que é que você está fazendo? – bradou Hermione.

— Subam, subam, andem logo...

O dragão não percebera que estava livre: meu pé encontrou a dobra de sua perna traseira e usei-a para subir em seu dorso. As escamas do animal eram duras como aço: ele nem pareceu sentir. Estendi a mão; Harry se guindou para o alto e deu a mão para Hermione, Ron montou atrás de nós três e, no segundo seguinte, o dragão sentiu que estava livre.

Com um rugido, empinou-se nas patas traseiras: firmei os joelhos contra seu corpo, agarrei-me com força às escamas espiculadas e as asas do dragão se abriram, derrubando, como pinos de boliche, os duendes aos berros.

O animal levantou voo e rumou para a abertura na passagem. Os duendes atiravam adagas que resvalavam nos flancos do animal.

— Nunca sairemos daqui, é grande demais! – gritou Hermione, mas o dragão abriu a boca e arrotou chamas, explodindo o túnel.

Usando a força, o dragão abria caminho com as garras e o corpo.

— Defodio! – berrou Hermione para ajudar o dragão a alargar a passagem, cavando o teto. Harry, Ron e eu a imitamos, rompendo o teto a poder de feitiços.

Nós, juntamente com o dragão finalmente abrimos uma saída da passagem para o saguão de mármore. Duendes e bruxos gritaram e correram a se proteger, e o dragão encontrou espaço para abrir as asas: virou a cabeça chifruda para o fresco ar exterior que sentia além e partiu; conosco ainda agarrados ao seu dorso, ele abriu caminho pelas portas de metal, deixando-as dobradas e penduradas nas dobradiças, e se encaminhou vacilante para o Beco Diagonal, de onde se lançou em direção ao céu.

Não havia como conduzir o dragão, afinal ele não sabia para onde estava indo pois era meio cego.

— Puta merda – gritou Ron, e após isso os xingamentos não pararam mais.

Ouvi Hermione soluçar, chorosa.

Senti os braços de Harry me envolver de forma mais forte bem como ele se mover como podia para se colar mais à mim. Não foi preciso, mas soube que isso era alguma forma dele se certificar de algo.

Eu não fazia ideia de como desceriamos e isso me apavorava. Continuamos a sobrevoar os campos divididos em retalhos de verde e marrom, estradas e rios que serpeavam pela paisagem como pedaços de fita fosca e acetinada.

— Que acham que ele está procurando? – berrou Ron, ao ver que rumavamos sempre para o norte.

— Não faço ideia – gritou Harry, em resposta.

Minhas mãos estavam dormentes e frias, mas eu não me atrevia a tentar mudar de posição.

O sol começou a baixar e o céu foi se tornando azul-anil, e o dragão continuava a voar, sua enorme sombra deslizando sobre a terra como uma grande nuvem escura. Todo meu corpo doía com o esforço de se segurar no dorso do animal e sabia que não era só o meu.

— É minha imaginação – gritou Ron, depois de muito tempo de silêncio. – ou estamos perdendo altitude?

Olhei para baixo e vi montanhas e lagos verde-escuros acobreando-se ao pôr do sol. A paisagem parecia se tornar mais detalhada enquanto espiava pelo flanco do animal. Descendo gradualmente, o dragão descrevia grandes círculos espiralados, visando, aparentemente, um dos menores lagos.

— Vamos saltar quando ele baixar o suficiente! – gritou Harry. – Direto para dentro da água, antes que ele perceba que estamos aqui!

Todos concordamos.

— AGORA!

Escorreguei por um lado do dragão e me atirei, de pé, na superfície do lago. Afundei-me e pude ver aliviada que todos haviam conseguido pular. Emergi ao lado de Harry, recuperando o fôlego. Hermione e Ron apareceram segundos depois, tossindo e cuspindo; o dragão pareceu não ter notado nada e já estava longe.

Nadamos para o lado oposto. O lago não parecia ser fundo então apenas abrimos caminho entre os colmos e a lama em vez de nadar e, finalmente, chapinhamos, encharcados, ofegantes e exaustos, no capim escorregadio.

Hermione e eu desmontamos, tossindo e tremendo. Harry, no entanto depois de me estudar por alguns segundos, os quais nada pude confirmar pela exaustão, levantou-se cambaleando, sacou a varinha e começou a lançar feitiços protetores ao redor dos nós quatro. Após fazer isso se jogou ao meu lado, respirando.

Todos estávamos muito machucados e o sangue jorrava da maioria dos braços, senti minha bochecha arder pela queimadura provocada pelos tesouros.

Hermione tirou quatro garrafas de suco de abóbora que trouxera do Chalé das Conchas para nós e eu passava essência de ditamno nos ferimentos de Harry, Ron, nos dela e por fim nos meus. A menina também nos entregou vestes secas e após nos trocarmos bebemos o suco, sedentos.

— Bem, pelo ângulo positivo – disse Ron –, conseguimos a Horcrux. Pelo negativo...

— ... neca de espada – completou Harry entre os dentes, enquanto aplicava as gotas de ditamno em uma feia queimadura, pelo buraco que o metal quente abrira em meu jeans.

— Neca de espada – repetiu Ron. – Aquele trairazinho safado...

— Um grande desgraçado – bufei. – E isso o que ele é!

Levei a mão até o pescoço e por alguns segundos pensei estar sem o colar. Quando meus dedos o tocaram senti-me aliviada.

— Mas o que vamos fazer? – perguntou Hermione, recuperando a seriedade depois dos soluços. – Ele vai saber, não vai? Você-Sabe-Quem vai saber que sabemos das Horcruxes dele!

— Talvez eles fiquem apavorados demais para lhe contar! – arriscou Ron. – Talvez escondam...

O ruivo não completou sua frase pois Harry começará a gritar de dor. Gritar como nunca o vira fazer antes; nem mesmo quando escapamos da casa de Batilda em Hogsmeade. A voz de Voldemort saia por sua boca pronunciando frases incompletas e palavras picadas, seguidos de gemidos e gritos agonizantes de Harry. Eu, Hermione e Ron nos entreolhamos assustados, mas sabíamos que nada adiantaria para fazer tais sofrimentos pararem.

Isso era tão agonizante quanto ver sua própria mão sendo cortada por facas afiadas. Tão doloroso que me imaginar em seu lugar facilmente, para que eu passasse por tais sofrimentos e não ele, me eram o caminho no qual eu trilharia sem nenhum arrependimento.

Após o que me pareceram os dois minutos mais longos da minha vida, Harry se calou.

— Ele sabe – disse o moreno e sua voz parecia estranha. – Ele sabe e vai verificar as outras Horcruxes, e a última – ele já se pusera de pé – está em Hogwarts. Eu sabia. Eu e S/n sabíamos, mas vocês não quiseram nos dar ouvidos.

— Quê?

Ron olhava-o boquiaberto; Hermione se ergueu nos joelhos, preocupada e eu me levantei rapidamente.

— Mas que foi que você viu? Como sabe?

— Eu o vi descobrir o que aconteceu com a taça, eu... eu estava na cabeça dele, ele está... está muito enfurecido e amedrontado também, não consegue entender como soubemos, e agora vai checar se as outras estão seguras, o anel primeiro. Ele acha que a Horcrux em Hogwarts está a salvo, porque Snape está lá, e será dificílimo entrar na escola sem ser visto, acho que vai verificar essa por último, ainda assim, estaria lá em poucas horas...

— Calma – coloquei minha mão sobre seu ombro, vendo sua agitação ansiosa.

— Você viu onde, em Hogwarts? – perguntou Ron, agora se levantando também.

— Não, ele estava se concentrando em avisar Snape... não pensou no lugar exato em que está... precisamos ir andando – disse Harry. — Vocês podem imaginar o que ele vai fazer quando descobrir que o anel e o medalhão desapareceram? E se mudar o esconderijo da Horcrux de Hogwarts?

— Mas como vamos entrar?

— Hogsmeade – falei, um pouco aturdida.

Harry confirmou e então de maneira rápida nós quatro nos juntamos, pegando nossas coisas e rodopiando, penetrando na escuridão esmagadora.

Quando nossos pés tocaram a rua, quase que imediatamente um alarme de gato ecoou ao longe, fazendo com que todos os meus pelos se arrepiassem e a tensão corresse solta por meu corpo.

Uma dúzia de Comensais da Morte correu para a rua, empunhando varinhas. Nós quatro rapidamente nos escondemos no estabelecimento mais próximo, que se assemelhava à uma praça de alimentação. Agachamos atrás de uma mesa e podia ouvir os Comensais cochicharem e levantarem os forros das demais para ver se estávamos debaixo de alguma.

O alarme tocou novamente e para nosso alívio eles o seguiram. Nos levantamos com cautela e percebi que não fazia ideia de onde estávamos mas agora via, à luz vacilante de uma única vela, o bar sujo com o piso forrado de serragem do Cabeça de Javali.

Corremos para trás do balcão e por uma segunda porta que levava a uma escada escura, que descemos correndo. Desembocamos em uma sala de visitas com um tapete puído e uma pequena lareira, no alto da qual estava pendurado um grande retrato a óleo de uma garota loura que contemplava a sala com um ar de meiguice.

Harry pegou minha mão e involuntariamente todos passamos a observar o lugar.

— Eu consigo ver vocês no espelho – disse Hermione e ao olhar para um outro espelho que Harry havia pego, vi ela no mesmo.

Eu e o menino nos aproximamos dela para certificar e meu coração gelou ao perceber que era o espelho que Sirius havia dado para mim e para Harry anos atrás.

— Seus idiotas infelizes – um homem disse, rispidamente, entrando na sala. – Que ideia foi essa de virem aqui?

— Você é Aberforth – disse Harry. – Irmão de Dumbledore. É o seu olho que tenho visto no espelho.

Fez-se silêncio na sala. Harry e o barman se fitaram.

— Você mandou Dobby.

O homem assentiu e olhou para os lados, procurando o elfo.

— Pensei que ele estivesse com você. Onde o deixou?

— Está em Hogwarts.

— Provavelmente – acrescentei.

— Como conseguiu isso? – perguntou Harry, apontando para a duplicata do espelho de Sirius, logo abaixo do retrato da garota.

— Comprei-o de Dunga mais ou menos há um ano – disse Aberforth. – Alvo me disse o que era. Tenho tentado manter um olho em vocês dois.

Aberforth saiu da sala e voltou instantes depois, uma bandeja nas mãos com copos de cerveja amanteigada e pães. Nós rapidamente nos servimos, famintos.

— Certo – disse Aberforth, quando terminamos de comer. – Precisamos pensar na melhor maneira de tirá-los daqui.

 — Não vamos embora – respondeu Harry. – Precisamos entrar em Hogwarts essa noite. Dumbledore nos deixou uma tarefa.

— Deixou, foi? Uma tarefa boa, espero? Agradável? Fácil?

— Estamos caçando Horcruxes – ele respondeu sem hesitar enquanto Ron se afundava na poltrona, sonolento e de barriga cheia. – Achamos que a última está no castelo mas vamos precisar da sua ajuda para conseguir.

— O que o meu irmão lhes deu foi uma missão suicida. Faça um favor a vocês mesmos e vão para casa, vivam mais um pouco!

— Dumbledore confiou em mim e em...

— O que te faz pensar que posso confiar em alguma coisa que meu irmão lhe disse? – Aberforth interrompeu Harry. – Ele por acaso mencionou meu nome em alguma dessas coisas, ou... o dela?

O homem então desviou o olhar para para o retrato da moça sobre o console da lareira. Eu fiz o mesmo.

— Eu conhecia meu irmão, Potter. Ele aprendeu a guardar segredo no colo de nossa mãe. Segredos e mentiras, foi assim que fomos criados, e Alvo... tinha um pendor natural.

— Eu confiei nele – bradou Harry.

— Essa é a resposta de um garoto, um garoto que vai atrás de Horcruxes e a palavra de um homem que nem mesmo lhe diria por onde começar! Você está mentindo não só para mim, isso não importa, mas para si mesmo também, isso é o que um tolo faz.

A cada frase dita, Aberta se aproximava mais de nós, olhando fixamente para Harry.

— Você não me parece um tolo, Harry Potter. Eu vou te perguntar de novo, qual a razão?

Um silêncio incômodo pairou sob nós e percebi o quanto os seus olhos eram parecidos com os de Dumbledore.

— Não estamos interessados no que há entre a nossa palavra e a sua – falei em tom severo, e ele olhou para mim pela primeira vez desde que chegamos. –, muito menos no que diz respeito a ele e você. Não nos importa também que você tenha desistido. Nós confiamos no homem que conhecemos.

— Precisamos entrar no castelo esta noite – confirmou Harry, novamente.

O homem nos encarou por longos segundos antes de olhar para o retrato de Ariana.

— Você sabe o que fazer.

Ela sorriu, virou-se e saiu, não como normalmente fazem os bruxos nos retratos, pelas molduras laterais, mas por uma espécie de longo túnel pintado atrás dela. Nos vimos seu vulto se retirar e, finalmente, ser engolido pela escuridão.


— Ah... quê...? – começou Ron.

— Você verá em breve – disse Aberforth e então ia se retirando da sala pela porta quando Hermione disse: — Essa é a sua irmã, Ariana. Ela morreu muito jovem, não?

Ele se virou lentamente e apoiou uma das mãos na parede.

— Meu irmão sacrificou muitas coisas em sua busca pelo poder, incluindo Ariana, e ela devotada à ele, ele deu à ela bons momentos.

— Obrigada, Sr. Dumbledore – agradeceu Hermione e ele sumiu pela porta, deixando com que nós encarassemos o quadro vazio a espera de algo.

Não havia percebido, mas Harry não soltara minha mão desde que chegamos. Sentir suas veias pulsarem sob minha palma traziam-me segurança e um sentimento incrível de tê-lo ao meu lado.

— Salvou nossas vidas! – exclamou Hermione, cruzando os braços.

Eu e Harry nos entreolhamos e quando me virei novamente para o quadro, Ariana estava voltando.

— Quem é que está com ela? – questionou Ron, cerrando os olhos para ver melhor.

Nos afastamos um pouco para que o quadro se abrisse meu impulso foi apenas sorrir.

— Harry, S/n! Eu sabia que viriam, sabia!

____________________________

oi gente, desculpem a demora pra atualizar, mas queria me certificar de que ia dar tudo certo e os capítulos iriam se conectar entt já finalizei tudo até o final da guerra :))

esse capítulo ficou bem, bem, bem parecido com o livro/filme e peço perdão mas n tem mto o q mudar (e confesso q amo ele pq me sinto real nas aventuras com o trio 😭)

gente nem contei mas vacinei, tomei a primeira dose e estou 50% imunizada ihul #forabozo #vacinanaomataoquemataéauladeliteratura (já faz um tempinho aí)

ahhh gente, quero agradecer pelos 32k sério ¥+€:@(@9+_×*(@;@ ?& MUITO OBGDA MSM EU NEM SEI OQ FALAR
amo mto vcs e obgda por comentarem 🥺💐💐💐 n sei expressar as coisas mas eu to mto mto mto feliz IEJISHWJKKWK

bjo gente, se cuidem e bebam água, amo vcs 💖

Continuar a ler

Também vai Gostar

34.5K 3.6K 29
O que aconteceu antes da criação do maior navio de Nárnia? Onde S/n e Caspian terão que lutar muito para conseguir o querem. Ambos têm pensamentos d...
21.9K 2K 16
"- Eu acho que estou apaixonada por ele, Liz. - me jogo de braços abertos na cama. - Mas também, tem outra pessoa..." - ꨄ - onde o vizinho de Clariss...
1.8K 221 10
Diana Park e Tom Holland enfrentavam o mesmo problema: saberem esconder os sentimentos diante dos holofotes. Ele, um dos mais novos rostos da Marvel...
396K 38K 44
O ano de mil novecentos e noventa e quatro se iniciava, assim como o sexto ano em Hogwarts de Guinevere Waterbee. Gwen só não contava com a imensa so...