𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿...

Door heatherpoetic

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Ela perdeu os pais muito nova, por motivos que nunca a foram revelados. Ele passou pelo mesmo, porém, a causa... Meer

Apresentação
1. Você acha que nós gostamos?
2. Ordem da Fênix
3. É bom estar em casa
4. "Mas vocês estão diferentes um com o outro..."
5. Não me faça rir
6. Eu confio em você
7. Eu amo você
8. Obdormiscere
9. Claro que aceito
10. Jealousy
11. Corujal
12. Precisamos agir
13. Música?
14. Cabeça de Javali
15. A festa
16. Armada de Dumbledore
17. O jogo
18. Now you see her
19. A visão
20. Natal
21. Oclumência
22. Dia cheio
23. Parque de diversão
24. E quem vai dirigir Hogwarts?
25. Carência
26. As lembranças de Snape
27. Eles fazem falta
28. Gêmeos Weasley
29. N.O.M.S
30. Ministério da Magia
31. A profecia perdida
32. Unbelievable
6° ano
1. Ela não vai estar sozinha
2. Harry?
3. Do céu ao inferno
4. You make me feel
5. A fuga de Draco
6. O clube de Sluge
7. Príncipe Mestiço
8. Acidinhas
9. Insegurança
10. Sempre vocês quatro
11. Jogo de Quadribol
12. O baile
13. O álbum
14. Envenenado
15. Ele pode ser confuso as vezes
16. Horcruxes
17. O colar de Libitina
18. Quarteto de ouro
7° ano
1. Batalha no Céu
2. Feliz Aniversário Harry
3. O testamento de Dumbledore
4. O casamento
5. Promessas
6. R.A.B
7. Ela não...
8. Ministério
9. To love you is easy
10. Você não tem família
11. Eu prometi
12. Xenofílio Lovegood
14. O melhor erro que já cometi
15. Gringotes
16. A Guerra
17. Júpiter e Saturno
18. A batalha final
19. Os dias de cão acabaram
Pós Guerra
1. Um novo começo
2. O Casamento
3. Honeymoon
Epílogo
Agradecimento

13. Cada átomo que me constitui

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Door heatherpoetic

- E o colar? - falou Genaddy, confuso - Vamos levá-la com ele no pescoço?

- Quando estiver morta o pegamos - respondeu Senka e senti minha espinha congelar.

Antes que eu me desse ao trabalho de processar o que estava acontecendo, aparatamos. Quando me senti livre da sufocante escuridão me vi em uma estradinha rural, as cordas arranhavam minha pele conforme eles me guiavam, de forma grosseira e nem um pouco cuidadosa.

Meus olhos levaram um instante para se ajustar e quando finalmente minha visão se tornou nítida, vi portões com grades de ferro forjado à frente do que me pareceu uma longa aleia. Senti um friozinho de alívio, pois tinha alguma estranha certeza de que Voldemort não estava ali, ainda.

Senka andou até os portões e sacudiu-os.

- Como entramos? Estão trancados, Astreas, não... - sua frase foi cortada por seu susto. Ele puxou depressa as mãos e o ferro estava se torcendo, desenrolando as curvas e caracóis e formando uma cara apavorante, que falou com uma voz metálica e sonora:

- Informe o seu objetivo!

- Estamos com Bennet! - rugiu Gennady, triunfante. - Capturamos S/n Bennet!

Os portões se abriram.

- Vamos! - disse Astreas aos homens, e fui empurrada de solavanco pelos portões e a aleia, entre altas sebes que abafavam nossos passos. Acabei tropeçando por focar minha atenção em um vulto branco no alto da Torre e fui posta de pé, com violência, por Astreas.

- Eu sei andar! - resmunguei, irritada.

Agora avançava, amarrada, mãos contra as costas, com os três me rondando. Entramos então na Mansão e fui empurrada pelo saibro. Uma luz forte nos iluminou e rapidamente olhei para os lados; Harry ainda não estava aqui. Poderia ser mentira... ele poderia não ter sido capturado...

- Que é isso? - perguntou uma fria voz feminina.

- Estamos aqui para ver Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado! - respondeu a voz forte de Astreas.

- Quem é você?

- Você me conhece! - disse Gennady. - Gennady Bennet! Capturamos S/n Bennet!

Então ele agarrou meu braço com hostilidade e virou-me de frente para a luz. Uma exclamação de espanto saiu da boca de Narcisa Malfoy.

- Traga-a para dentro.

Fui meio que arrastada meio que empurrada na subida dos largos degraus de pedra, encontrando-me logo em seguida em um hall com as paredes cobertas de retratos.

- Sigam-me - disse Narcisa, atravessando o hall. - Meu filho, Draco, está em casa passando as férias da Páscoa. Se for a verdadeira S/n Bennet, ele saberá.

- Como não poderia ser a verdadeira? - falou Senka. - A senhora não está vendo o rosto dela?

Narcisa nem se dignou a respondê-lo, seguimos ela até chegarmos a sala de visitas; não pude deixar de perceber a luxuosidade e as enormes dimensões do cômodo. Havia um lustre de cristal no teto e mais retratos nas escuras paredes roxas. Duas figuras se ergueram das poltronas junto à ornamentada lareira de mármore, quando fui empurrada, sala adentro.

- O que é isso? - a voz arrastada de Lucius Malfoy bateu em meus ouvidos. Eu comecei a entrar em pânico: não havia saída, à medida que o medo crescia, minha cabeça pensava nas mil possibilidades do que estaria para acontecer. Voldemort não demoraria muito para vir quando soubesse que estava aqui.

- Eles dizem que capturaram Bennet - informou a voz fria de Narcisa. - Draco, venha aqui.

Olhei então diretamente nos olhos de Draco: ele estava mais alto e o rosto um borrão pálido e fino sob a cabeleira louro-branco. Senka puxou meu braço, me colocando à sua frente.

- Então, filho? - perguntou Narcisa, de forma doce e calma. - É ela?

Os olhos cinzentos de Draco encontraram os meus, que há muito tempo não viam cor tão fria e intensa ao mesmo tempo. Pude jurar por um momento que o espanto cresceu em seu rosto ao se aproximar do meu, observando parte que lhe era possível.

- Draco? - chamou, novamente sua mãe após longos segundos.

O loiro se reergueu de forma lenta, e sem tirar os olhos de mim, falou quase que num lamento:

- S-sim... pode ser, não sei, talvez eles tenham usado Polissuco...

Narcisa me analisou com os olhos estreitos por um rápido momento antes de transferir sua atenção para Senka, Gennady e Astreas consecutivamente.
Resolvi ficar calada, porque minha voz certamente me trairia; ainda assim, continuei a encarar Draco.

- Se isso for algum tipo de truque...

- Não é! - rosnou Senka, interrompendo Lucius. - Não perderíamos tempo com isso, ela é realmente S/n Bennet e queremos a entregar ao Lorde.

A expressão no rosto do loiro mais velho se transformou macabramente em excitação pura, trocou um breve olhar com a esposa e pude vê-la fazendo um único aceno com a cabeça, em aprovação. Porém, antes de decidirem algo, a Campanhia tocou e um barulho de portão se abrindo ressoou pelo lado de fora do quintal.

- Levem-na para o porão - falou Narcisa, friamente.

- Não vamos levá-la a lugar algum - interpos Astreas na mesma hora. - Vamos chamar o Lorde e a entregar...

- Esta é minha casa e eu dito as regras, levem a garota para o porão - e então, a morena com as partes inferiores do cabelo em loiro olhou para o marido - e a tranquem. Tem alguém vindo, não queremos que a vejam.

Astreas não era do tipo que recebia ordens e isso era mais que visível pelo semblante relutante que adquirira. Os braços tensos e as mãos rígidas, provavelmente se controlando para não fazer algo doloroso. A mulher olhou para Senka e fez um único aceno; o homem imediatamente segurou meu braço com a brutalidade costumeira.

- Aonde fica? - perguntou, contra sua vontade.

- Vá logo com isso - grunhiu Lucius, indicando uma porta no canto direito da sala.

Gennady pigarreou; meses atrás ele havia dito que não simpatizava com os Malfoy. Até mesmo um acéfalo seria capaz de perceber a irritação no rosto dos três. Mentalmente isso de certa forma me aliviou, eles acharam que Voldemort estaria aqui, esperando por eles de mãos abertas prontos por uma redenção completa? Harry, nem nenhum outro estavam aqui, não ainda. Isso, mesmo que minimamente, me despertou um pouco de esperança, talvez fossem apenas lorotas e a Gangue de Greyback não tivesse os encontrado... talvez fosse apenas um engano, pensei confortávelmente.

Fui empurrada até uma porta preta que se abria para um corredor escuro, a varinha de Senka erguida à frente, projetando uma força invisível e irresistível.

- Família Idiota - resmungou ele, enquanto me forçava a avançar pelo corredor. - Tenho que dar um jeito de tirar esse colar de você, garota, nem que precise arrancar seu pescoço. Passamos tempo demais o procurando para você simplesmente ficar com ele.

- Se isso realmente servisse para algo, já deveria ter feito, não? - interpus, sem esforços para parecer educada.

Soltei um resmungo de dor quando ele apertou meu braço de maneira mais forte, prensando-me contra a parede.

- Olhe aqui garota, estou de saco cheio de você! Estou farto de suas provocações, de seu rosto, sua presença! Só não te machuquei porque Astreas não deixou que o fizesse, mas agora ela não está aqui, está? - ele falava tão perigosamente perto do meu rosto que senti seu alito fétido de acre misturado com empadão de rins. - Você nunca sentir dor, não é? - ele falou, mostrando os dentes de forma selvatica. - Pois bem, vou lhe mostrar um pouco.

Não pude acompanhar seus movimentos, tamanha a velocidade que foram executados. Senka ergueu a varinha em minha direção e não pronunciou nada, mas senti meu corpo se errigecer, senti cada veia paralisar, me vi totalmente ereta e desprotegida, a mercê...
O homem de cabelos grisalhos se transformou no típico cachorro branco, e antes que pudesse me dar conta do que estava acontecendo ele mordeu minha perna, mas dessa vez não houve impedimentos ou expelição: a dor aguda atingindo minha pele de forma interminente, os dentes fincados atravessando-a e aquilo parecia intolerável, urrei de dor como jamais fizera.

NARRADORA ON

Astreas e Gennady se retiraram do lugar segundos antes de Greyback e seus amigos jogarem Potter, Hermione e Ron, amarrados, no Hall de entrada. Harry, com seu rosto brilhando e inchado mal pode perceber os detalhes da Casa quando ouviu o grito; ele se alarmou pois reconhecia aquele fundo de desespero na voz e sentiu suas estranhas se revirarem, assim como o ácido que subia por sua garganta.

- O que foi isso? - questionou Greyback, a cabeça balançando fervorosamente a procura da origem do grito.

- Nada que seja da sua conta - respondeu Lucius, com rispidez, e então logo se virou para o filho, que mais uma vez servia como identificador dos possíveis procurados - Então Draco? - seu tom era pressuroso. - É ele? É o Harry Potter?

- Não tenho... não tenho muita certeza - respondeu Draco. Mantinha distância de Greyback, e parecia tão atemorizado de olhar para Harry quanto Harry para ele.

- Mas olhe-o com atenção, olhe! Chegue mais perto!

Harry nunca ouvira Lucius Malfoy tão excitado, mas não se concentrou muito nisso. O grito ressoando em seus ouvidos a cada segundo... se ela estivesse aqui... pensou, estaria...? Mas urrava de dor segundos atrás...
Sua cabeça parecia aturdida. Após quase quatro meses sem a namorada ele já não tinha mais forças para alimentar falsas esperanças, as quais foram nutridas por tantas vezes, que ele mal poderia contar.

Quatro meses se passaram e a ausência da menina o fazia querer desistir de tudo todos os dias, todos os dias. Seu sofrimento era incessante, ela era tão necessária para sua sobrevivência como oxigênio, ele não fazia nada anão ser pensar em S/n. A Páscoa se passara e não pode deixar de lembrar do dia em que ela e ele passaram o dia fazendo ovos de chocolate n'A Toca.

❋❋❋❋❋❋❋❋

- Harry! - ela riu do menino que não sabia passar o chocolate na forma. - Me dê isso.

S/n então, pegou a forma oval de suas mãos, porém não retirou a concha cheia de chocolate de Harry. Para sua surpresa pegou a mão do menino e a conduziu até o plástico, despejando o líquido marrom e cremoso dentro do mesmo. Harry sentira a costumeira agitação em seu estômago quando suas mãos se tocaram, ela a segurando de forma tão firme que lhe passou uma segurança inexplicável. O chocolate continuava a cair na forma, embora o moreno não olhasse para mais nada além do rosto de S/n, negando em desdém pela falta de prática do amigo com algo tão simples.

- Pronto - soltou então a mão dele, pegando a concha imediatamente. Harry sentiu-se angustiado pela falta do toque mas tentou ao máximo não deixar transparecer. Limpou a garganta de forma desconcertada e comecou a batucar os dedos na mesa.

- Seu nome deveria ser algum tipo de elogio - Harry pensou em voz alta, arregalando os olhos na mesma hora em que as íris everdeadas encontram com as de S/n.

Ela riu, confusa.

- Não... não, quer dizer... sim, deveria, você - Harry corou como um tomate, enquanto se agitava em justificar a frase, suas mãos falando mais por si do que ele próprio - Deveria sim, você.. você é incrível!

A menina olhava o embaraço do amigo e não conseguiu evitar que seu coração enchesse de alegria ao ouvir tais palavras. Ela começara a nutrir sentimentos por ele também mas evita-os ao máximo, por 1) ser seu melhor amigo e 2) não querer perdê-lo. Harry era importante demais para arriscar em perder sua amizade por um sentimento mais profundo.

"Somos melhores amigos e será assim para sempre, mesmo que tenha que vê-lo se casando com outra pessoa, quero estar ao seu lado sempre" dizia ela à Hermione, sempre que a amiga a questionava sobre o garoto.

Mal sabiam que dois anos mais tarde estariam juntos, como melhores amigos claro, mas também como um casal. S/n segurava a risada vendo Harry ruborizar cada vez mais.

- Harry...

- S/n! - Fred e George entraram na cozinha, eufóricos - Nós colocamos uma Poção no café de Percy e agora ele está com um bigode roxo! - disse George.

- O quê? - se animou ela e Harry a viu rir e se juntar aos gêmeos.

- E - completou Fred. - Farofa ficou roxo também! Ele está parecendo uma uva grande e gorda.

O sorriso radiante no rosto de S/n desapareceu de foma veloz, sua animação sendo substituída por raiva.

- Vocês deixaram meu gato roxo??? - questionou, indignada.

Os gêmeos trocaram um olhar significativo e antes que Harry pudesse perceber, eles estavam correndo. S/n bufou, pegou uma bombinha de explosão bruxa e saiu correndo, berrando pelo nome de Fred e George; Harry sentiu o aroma delicioso de seus cabelos serem levados até suas narinas, e ele se pegou rindo quando ouviu um estouro no andar de cima.

Gostava tanto de S/n que por vezes achava estar ficando louco. "Ela é sua melhor amiga" repetia a si mesmo diversas vezes ao dia; "Sua melhor amiga e Ron a considera uma irmã" "Ela não, ela não, ela é o fruto proibido". Tentava se convencer que S/n era apenas uma amiga e nada mais, embora a felicidade andasse sempre ao seu lado quando estava com a menina e ria mais do que o normal quando conversavam.
Com ela era tudo mais fácil.. leve e descomplicado...

❋❋❋❋❋❋❋❋

- Draco, se formos nós que entregarmos Potter e... - então jogou um olhar à mulher, que negou sutilmente com a cabeça - se entregarmos Potter ao Lorde das Trevas, tudo será perdoado.

- Ora, não vamos esquecer quem, de fato, o capturou, espero, Sr. Malfoy? - disse Greyback, em tom de ameaça.

- Claro que não, claro que não! - replicou o bruxo, impaciente.

- A menina não estava com eles quando os achamos - explicou uma voz esguia e embargada ao lado de Greyback. - Não duvido que esteja muito longe.

- Sim, sim - apressou-se Lucius, com desdém e se aproximou de Harry; chegou tão perto que o garoto pôde ver em detalhes, apesar das pálpebras inchadas, suas feições normalmente lânguidas e pálidas. Com o rosto transformado em uma máscara disforme.

- Que foi que você fez com ele? - perguntou Lucius à Greyback. - Como foi que ele ficou nesse estado?

- Não fomos nós.

- Está me parecendo mais uma Azaração Ferreteante - disse o bruxo loiro. Seus olhos cinzentos esquadrinharam a testa de Harry.

- Tem alguma coisa ali - sussurrou -, poderia ser a cicatriz, distendida... Draco, venha aqui, olhe direito! Que acha?

Harry viu o rosto de Draco agora muito perto, junto ao do pai. Eram extraordinariamente parecidos, exceto que, enquanto Lucius não cabia em si de excitação, a expressão de Draco espelhava relutância e até medo.

- Não sei - respondeu, e voltou para junto da lareira onde sua mãe o observava.

- É melhor termos certeza, Lucius - disse Narcisa para o marido, em sua voz clara e fria. - Absoluta certeza de que é Potter, antes de chamarmos o Lorde - e então abaixou o tom, para que apenas o marido ouvisse: - Fora que já temos a menina, temos certeza de que é ela.

- E a sangue ruim aqui? - rosnou Greyback. Harry quase foi arrancado do chão quando os sequestradores tornaram a forçar os prisioneiros a se virar, para que a luz recaísse sobre Hermione.

Narcisa cerrou os olhos para Hermione, os quais logo se abriram de repente.

- Olhe, Draco, não é a garota Granger? - perguntou ao filho, que embora lutasse contra a vontade de ir até S/n, não podia evitar que seus pensamentos se interligassem à ela; sabia que o grito saíra de sua boca e mesmo que não quisesse o impulso de ir até a menina o tomava.

- Eu... talvez... é

- Então, esse é o garoto Weasley! - gritou Lucius, dando a volta aos prisioneiros para encarar Ron. - São eles, os amigos de Potter... Draco, olhe para ele, não é o filho do Arthur Weasley, como é mesmo o nome dele...?

- É - tornou Draco, dando as costas para os prisioneiros. - Poderia ser.

A porta da sala de visitas se abriu e uma mulher falou, o som de sua voz fez o medo de Harry atingir um nível ainda mais agudo.

- Que é isso? Que aconteceu, Ciça?

Bellatrix Lestrange, pensou sentindo todos os seus pelos se arrepiarem de uma só vez. A mulher parou à direita de Harry, estudando Hermione através de suas pálpebras caídas.

- Mas, com certeza - disse, calmamente -, essa é a garota sangue ruim, não é? É a Granger?

- Sim, é a Granger! - exclamou Lucius. - E, ao lado dela, pensamos que seja o Potter! Potter e seus amigos, enfim, capturados!

- Potter? - guinchou Bellatrix, e recuou para ver Harry melhor. - Você tem certeza? Bem, então o Lorde das Trevas precisa ser imediatamente informado!

- Eu já ia chamá-lo! - disse Lucius, e sua mão se fechou sobre o pulso de Bellatrix, para impedí-la de tocar a Marca. - Eu o convocarei, Bella; Potter foi trazido à minha casa e, portanto, está sob a minha autoridade...

- Sua autoridade! - desdenhou ela. - Você perdeu a autoridade quando perdeu a varinha, Lucius! Como se atreve! Tire as mãos de mim!

- Você não tem nada a ver com isso, não capturou o garoto...

- Me desculpe, Sr. Malfoy - interpôs Greyback -, mas fomos nós que pegamos Potter, e nós é que vamos cobrar o prêmio em ouro...

- Ouro! - Riu-se Bellatrix, ainda tentando desvencilhar-se do cunhado, a mão livre apalpando o bolso em busca da varinha. - Fique com o seu ouro, seu abutre imundo, para que quero ouro? Pretendo apenas a honra de... de...

Ela parou de lutar, seus olhos escuros se fixaram nas mãos de um dos Comensais da Gangue de Greyback.

- PARE! - guinchou Bellatrix. - Não toque nela, todos pereceremos se o Lorde das Trevas vier agora!

Lucius retirou a mão do pulso de Bellatrix e ficou imóvel, seu indicador pairando sobre a Marca. A bruxa saiu do limitado campo de visão de Harry.

- Que é isso? - perguntou.

- Espada - grunhiu um sequestrador invisível.

- Entregue-a.

- Não é sua, senhorita, é minha, fui eu que a encontrei.

A bruxa, não se prendendo a comprimentos ou pedidos de gentileza, estuporou o sequestrador. Ergueu-se um clamor de raiva dos seus companheiros.

- Com quem acha que está brincando, mulher? - protestou Scabior, sacando a varinha.

- Estupefaça! - berrou ela. - Estupefaça!

Os sequestradores não eram páreos para ela, embora fossem quatro contra uma, ela possuía prodigiosa habilidade e uma falta severa de escrúpulos. Os homens tombaram onde estavam, todos exceto Greyback, que foi forçado a se ajoelhar, com os braços estendidos. Bellatrix curvou-se sobre o lobisomem, segurando a espada de Gryffindor firmemente na mão, o rosto lívido.
Ela o questionou sobre o local onde haviam encontrado a espada, e o mesmo, amedontrado, disse que a acharam na Barraca.

- Draco, leve esse lixo para fora - disse Bellatrix, indicando os homens desacordados. - Se não tiver peito para acabar com eles, deixe-os no pátio para mim.

- Não se atreva a falar com Draco assim - disse Narcisa, furiosa, mas Bellatrix a mandou se calar, dizendo que a situação era mais grave do que a irmã seria capaz de imaginar.

Ela contemplou a espada, examinando seu punho. Virou-se, então, para olhar os prisioneiros silenciosos.

- Eu preciso saber... de um jeito ou de outro... - murmurava mais para si mesma do que para os demais. - Ciça, os prisioneiros devem ser levados para o porão, enquanto reflito sobre o que fazer!

- A casa é minha, Bella, você não dá ordens na minha...

- Obedeça! Você não faz ideia do perigo que estamos correndo! - guinchou Bellatrix e um raio de fogo saiu de sua varinha e fez um furo no tapete.

Narcisa hesitou um momento e, então, falou ao lobisomem:

- Leve os prisioneiros para o porão, Greyback.

- Espere - disse Bellatrix, rispidamente. - Todos, menos a sangue ruim.

Greyback soltou um rosnado de prazer.

- Não! - gritou Ron. - Pode ficar comigo no lugar dela! Não!

Bellatrix deu-lhe uma bofetada no rosto; a pancada ecoou pela sala.

- Se ela morrer durante o interrogatório, você será o próximo. No meu caderninho, traidor do sangue vem logo abaixo de sangue ruim. Leve-os para baixo, Greyback, e verifique se estão bem presos, mas não faça mais nada com eles... por enquanto.

Ela devolveu a varinha a Greyback e tirou uma pequena faca de prata de dentro das vestes. Cortou as cordas que prendiam Hermione aos outros prisioneiros e então arrastou-a pelos cabelos para o meio da sala, enquanto Greyback empurrava os demais para o mesmo caminho que S/n passara minutos atrás. Greyback destrancou-a com uma batida de varinha, então, empurrou-os para uma sala úmida e mofada e os deixou em total escuridão, o lobisomem nem se deu ao trabalho de ver o cômodo e saiu novamente trancando a porta.

- HERMIONE! - urrou Ron, e começou a se contorcer e a forçar as cordas que os prendiam juntos, fazendo Harry cambalear. - HERMIONE!

- Fica quieto! - disse Harry. - Cala a boca, Ron, precisamos descobrir um jeito... - ele congelou quando seus olhos viram uma menina vindo em sua direção.

- Harry! Ron! - ela exclamou para o menino, que continuava inexpressivo. S/n, que conseguira se soltar, se apressou a soltá-los também, e rapidamente os dois estavam livres das amarras.

Harry não conseguia tirar os olhos dela e sentiu o ar voltar aos pulmões a medida que analisava seu rosto, como se tivesse ficado tempo demais debaixo d'água, como se tivesse ficado tempo demais do escuro. S/n e Harry se abraçaram e a saudade incendiou seus sentidos, transmitindo paz aos dois de tal forma que se alguém perguntasse, nem eles mesmos saberiam responder como. S/n queria chorar, não de raiva ou tristeza, mas de felicidade por estar nos braços daquele que mais amava novamente. Harry, por sua vez, queria apenas segurar a menina nos braços e nunca mais soltá-la, nunca mais deixá-la sozinha, nem que fosse por míseros segundos. Ele não ia.

Antes que pudesse se dar ao trabalho de perguntar como ele estava, o que havia acontecido nesse tempo que se separaram, Harry enquadrou seu rosto em suas mãos de forma nervosa, as mesmas tremiam ao tocar a pele que lhe fez tanta falta. A perna de S/n latejava de dor mas ela não se importou com isso, sua felicidade se resumia ao menino à sua frente e nada além dele merecia sua atenção.

- Como você está, eles te machucaram? Fizeram algo com você? Eu juro que se fizeram...

- Eu estou bem, Harry - tranquilizou S/n colocando suas mãos sobre as dele, ela imediatamente percebeu que o namorado tremia dos pés a cabeça. - Estou bem - sussurou uma última vez, como uma confirmação, embora isso não fosse verdade.

Ron rapidamente abraçou S/n, um abraço de irmão, mas que também passou muito conforto para ambos. O ruivo, por mais que tentasse se sentir aliviado com a presença da menina não conseguia tirar os pensamentos de Hermione, que ficara no andar de cima. Os gritos ecoando pelo sótão e S/n estremeceu.

- O que está acontecendo? - questionou, nervosa.

Harry não a respondeu de imediato, apenas a puxou para mais um abraço, só para ter certeza de que ela estava ali, bem e viva. Só para ter certeza de que ela não iria desaparecer de suas vistas novamente. O menino lutava interiormente contra lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos, S/n apertou o namorado contra si, ela queria lhe passar tranquilidade, mas agora também se preocupava com sua amiga, gritando no andar de cima.

S/n olhou para Harry, de forma penetrante, como se os dois pudessem se falar apenas por suas pupilas, agora ambas dilatadas com a visão um do outro. Com uma mesura sutil de cabeça ela o confirmou que realmente estava bem, queria lhe dizer o quanto sentiu sua falta nesses meses, queria lhe dizer o que passara; ele também queria dizer tudo para a menina, sobre as Relíquias da Morte, a Traição de Xenofílio... o quanto sentira sua falta, e embora soubesse que o momento não permitia, queria apenas e mais que tudo deixá-la ciente do quanto ele a amava, do quanto foram insuportáveis esses meses sem o brilho de seu sorriso, sem sua alegria contagiante, sem o toque macio de seus dedos em seu rosto... Harry agora duvidava da própria capacidade de fazê-la feliz, de protegê-la como queria... e isso estava o corrompendo.

Harry abriu a boca para falar algo, mas a menina o interrompeu antes mesmo de cogitar trêmulas palavras.

- Eu também, muito, muito mesmo - disse S/n, suavemente.

Harry estava tão absorto no rosto a sua frente que nem se deu conta das pessoas que também ocupavam a sala; Luna Lovegood, Olivaras, Dino Thomas e Grampo.

- Harry! - cumprimentou a menina loira. Sua aparência suja e cansada.

- Luna? Sr.Olivaras?

Harry olhava para o rosto das pessoas quando uma voz soou do alto, fazendo seus pelos se arrepiarem.

- Vou lhe perguntar mais uma vez! Onde conseguiram esta espada? Onde?

- Achamos... achamos... POR FAVOR! - berrou Hermione.

- HERMIONE! - berrou Ron, sacudindo as grades da porta. - Onde abrimos isso, rápido! HERMIONE!

NARRADORA OFF

Hermione gritava de dor e isso era mais lastimante do que qualquer som, isso era agonizante em vinte línguas diferentes.

Do alto, a voz de Bellatrix, urrou novamente:

- Você está mentindo, sua sangue-ruim imunda, sei que está! Você esteve no meu cofre em Gringotes! Diga a verdade, diga a verdade!

Outro grito lancinante...

- HERMIONE!

- O que mais você tirou? O que mais tem com você? Me diga a verdade ou, juro, vou furar você com esta faca!

Hermione recomeçava a gritar e o som me atravessava como uma dor física.
Ron estava desesperado e a inutilidade de não poder fazer muito, pois estava sem minha varinha, caia como água fria em minhas calorosas esperanças de sair deste lugar e salvar minha amiga. Ron, de uma hora para a outra estava mais vermelho que nunca e mesmo sob a fraca luz do desiluminador que ele havia ligado, pude ver que seus olhos ficaram marejados.

Após mais alguns dolorosos gritos e questionamentos de onde e como conseguimos a espada, Lucius sugeriu que chamasem Grampo para falar.

Harry pegou minha mão e caminhou até o lado oposto do porão onde Grampo estava encolhido no chão.

- Grampo - cochichou ele, na orelha pontuda do duende -, você precisa dizer a eles que a espada é falsa, não podem saber que é a verdadeira, Grampo, por favor...

Ouvi alguém descer correndo a escada para o porão; no momento seguinte, a voz trêmula de Draco falou do outro lado da porta.

- Afastem-se. Se enfileirem na parede do fundo. Não tentem nada, ou mato vocês!

Nós obedecemos; quando a chave girou na fechadura, Ron clicou o desiluminador e as luzes voltaram instantaneamente para o seu bolso, restaurando as trevas no porão. A porta se abriu de chofre; Malfoy entrou, a varinha à frente, pálido e decidido.
Agarrou o pequeno duende pelo braço e recuou, arrastando Grampo com ele.

A porta se fechou e no mesmo instante Dobby, o elfo doméstico apareceu entre nós.

- Dobby? - questionou Harry, surpreso. - O que você está fazendo aqui?

Os enormes olhos de Dobby se arregalaram; ele tremia dos pés às pontas das orelhas. Voltara à casa dos seus antigos senhores e, logicamente, estava petrificado.

- Harry Potter - chiou ele, num fiapinho trêmulo de voz -, Dobby veio salvá-lo. Dobby sempre salvará Harry Potter.

- Você pode desaparatar deste porão? - perguntou ele e o elfo assentiu, abanando as orelhas.

Eu e Harry trocamos um breve olhar.

- E pode levar humanos com você?

Dobby tornou a assentir.

- Certo. Dobby, quero que você segure Luna, Dino e o Sr. Olivaras e leve-os... leve-os para...

- A casa de Gui e Fleur - sugeriu Ron. - O Chalé das Conchas nos arredores de Tinworth!

O elfo assentiu pela terceira vez.

- E depois volte. Você pode fazer isso, Dobby?

- Claro, Harry Potter - sussurrou o elfo.

Eles seguraram os dedos estendidos do elfo. Ouviu-se um novo estalo, e Dobby, Luna, Dino e Olivaras sumiram.

- Que foi isso? - gritou Lucius Malfoy no andar de cima. - Vocês ouviram? Que barulho foi esse no porão?

Harry, Ron e eu nos entreolhamos assustados.

- Draco... não, chame o Rabicho! Mande-o descer e verificar!

Passos atravessaram o cômodo sobre nossas cabeças e, em seguida, fez-se silêncio.

- Temos que tentar imobilizá-lo - sussurrei. - Deixe as luzes acesas, Ron - acrescentei, e, quando ouvimos alguém descendo a escada, recuamos contra a parede, dos lados da porta. Harry estava ao meu lado e segurava minha mão com tanta força que senti ela adormecer em algum momento.

A porta foi escancarada. Por uma fração de segundos, Rabicho olhou para o porão aparentemente vazio, iluminado pelos três sóis em miniatura que flutuavam no ar. Então, Harry e Ron se atiraram sobre ele. Ron agarrou o braço de Rabicho que empunhava a varinha e forçou-o para o alto; Harry tapou a boca do bruxo com a mão, abafando-lhe a voz. Silenciosamente lutamos e em determinado momento consegui desarmar o bruxo. Sem varinha, desamparado, os olhos de Pettigrew se dilataram de terror. Seu olhar deslizara do meu rosto para o fundo do porão. Seus dedos prateados moviam-se inexoravelmente para sua própria garganta.

- Não...

Sem parar para pensar, Harry tentou deter a mão dele, mas não havia como fazê-la parar. A ferramenta prateada que Voldemort dera ao seu servo mais covarde voltara-se contra o dono imprestável e desarmado; Pettigrew recebia a recompensa por sua hesitação, por seu momento de piedade; estava sendo estrangulado diante de nossos olhos.

- Não!

Ron e Harry tentava arrancar os dedos de metal que esmagavam a garganta do bruxo, mas inutilmente. Minha perna latejava e a dor estava começando a se intensificar. Pettigrew estava ficando roxo.

- Relaxo! - ordenei, apontando a varinha para a mão prateada, mas nada aconteceu; Pettigrew caiu de joelhos e, no mesmo instante, Hermione soltou um urro pavoroso na sala em cima. Os olhos de Rabicho giraram no rosto arroxeado, ele deu um último estremeção e ficou imóvel.

Harry e Ron se entreolharam e o moreno olhou para mim, segurando minha mão novamente.

- Sei que sua perna está machucada.

- O que... como?

- Reparei no instante em que cheguei, S/n, às vezes eu sinto que te conheço melhor do que você mesma - ele respondeu com um fraco sorriso. - Mas será que consegue subir? Vai ser...

- Consigo - falei, determinada. - Claro que consigo.

Então deixando o corpo de Rabicho no chão, saímos escada acima, eu mancando mas fui ajudada por Harry. Chegamos de volta ao corredor sombrio que levava à sala de visitas. Cautelosamente, avançamos até a porta da sala, que estava entreaberta. Tivemos, então, uma visão clara de Bellatrix olhando do alto para Grampo, que segurava a espada de Gryffindor nas mãos de dedos longos. Hermione se achava caída no meio do chão. Mal se movia.

- Você tem certeza que é falsa? - ofegou Bellatrix. - Certeza absoluta?

O elfo fez uma sutil mesura, confirmando.

- Ótimo - disse ela, e, voltou-se para Hermione. - E acho que podemos dar um fim na sangue ruim. Greyback, leve-a se quiser.

Ron se atirou para frente e me vi pronunciando o feitiço em direção à bruxa.

- EXPELLIARMUS! - A varinha de Bellatrix voou para o alto e Harry a pegou.

Usei a de Rabicho novamente para estuporar Lucius, que caiu contra a Lareira.

- A MENINA TAMBÉM ESTÁ AQUI?

Começamos então a lutar contra Draco e Narcisa, embora eu visse que o loiro não jogava realmente feitiços em mim. Eu tentava desviar os feitiços de Ron pois ele estava sem varinha.

- PAREM OU ELA MORRE! - berrou Bellatrix e então vi que ela prendia Hermione sob a ameaça de sua faca, que quase encostava na garganta da minha amiga.

Todos ficamos imóveis.

- Larguem suas varinhas - sussurrou a bruxa. - Larguem ou verão como o sangue dela é imundo!

- Eu disse, larguem as varinhas! - guinchou ela, enfiando a faca contra a garganta de Hermione; vi gotas de sangue brotarem.

Eu e Harry então, deixamos as varinha cairem no chão.

- Ótimo. - A bruxa olhou de esguelha. - Draco, apanhe-as! O Lorde das Trevas está vindo, Harry Potter e S/n Bennet! A morte de vocês está próxima! Chamem ele.

Olhei para Draco e Harry fez o mesmo.

- Chamem ele! - repetiu a bruxa e Lucius, que se levantara, ergueu a manga da roupa e deixou a marca negra à mostra, porém, no instante em que foi tocá-la um rangido peculiar ressoou, alto. Todos ergueram os olhos em tempo de ver o lustre de cristal estremecer; e, com um forte estalo e um tinido agourento, começar a despencar. Bellatrix estava diretamente embaixo do lustre, largou Hermione e atirou-se para um lado, berrando.

O lustre se espatifou no chão, produzindo uma explosão de cristais e correntes, desabando sobre Hermione e o duende, que ainda segurava a espada de Gryffindor. Estilhaços de cristal cintilante voaram em todas as direções; quando Ron correu para retirar Hermione dos destroços, Harry aproveitou a oportunidade: saltou por cima da poltrona, arrancou as três varinhas das mãos de Draco, me jogou uma e apontei a mesma para Greyback, o estuporando.

O lobisomem foi levantado pelo feitiço e voou contra o teto e se arrebentou no chão. Harry fez mesmo com Lucius.

Enquanto Narcisa arrastava Draco para longe, tentando poupá-lo de outros ferimentos, Senka, Gennady e Astreas reapareceram por uma porta, mas antes que raciocinassem o que acontecia, Narcisa gritou, fazendo todos pararem:

- Dobby! Você! Você fez o lustre cair...

Eu, Harry, Hermione, Ron, Grampo e Dobby nos juntamos do lado oposto de Bellatrix, que vinha gritando e andando do jeito típico cambaleante.

- Mate-o, Ciça! - guinchou ela, mas houve outro forte estralo, e a varinha de Narcisa também voou pelo ar e caiu do lado oposto da sala.

- Seu macaquinho imundo! Como ousa tirar a varinha de uma bruxa, como ousa desafiar os seus senhores?

- Dobby não tem senhores! - guinchou o elfo. - Dobby é um elfo livre, e Dobby veio salvar Harry Potter e seus amigos!

Mentalmente eu convoquei minha varinha, que saiu da cintura de Astreas e voou até mim para a surpresa de muitos. Seguramos então a mão de Dobby e em questão de segundos desaparatamos. Senti-me engolida pela escuridão e uma dor forte atingiu minha mão, algo que era dolorosamente pesado e frio atravessou-a, eu podia sentir. Quando, então o ar voltou aos meus pulmões e pisei em Terra firme, despenquei no chão... era demais, minha perna.. olhei para minha mão e havia um faca no meio da mesma, a dor latejando por todo meu corpo... o feitiço para convocar a varinha... estávamos uma praia... Dobby falava agitado... apaguei totalmente.

───※ ·❆· ※───

Quando acordei estava deitada em uma cama, gemi enquanto tentava me sentar mas ao tentar fazer isso, Harry me impediu rapidamente.

- Ei... calma, não vai se levantar de modo algum.

- O que aconteceu? - perguntei, minha voz sairá rouca e me sentia meio enjoada ao pronunciar as palavras.

- Você acabou desmaiando quando chegamos aqui... a faca de Bellatrix atravessou sua mão mas Fleur já deu um jeito, na sua perna também, está tudo fechado e limpo.

Olhei para os olhos de Harry me acostumando com a claridade do quarto, os mesmos estavam vermelhos e ele sujo, parecia não ter saído do meu lado por nenhum segundo e só agora parei para perceber que eu estava com ele, estava com ele novamente e estavamos juntos.

- Senti tanto a sua falta - ele balbuciou, pegando minha mão que não estava enfaixada e a acariciando. - Tanto que acho que não sou capaz de viver sem você - soltei um fraca risadinha, cansada. - É serio, S/n, não sei se consigo.

- Também senti sua falta, mais do que eu possa expressar.

- Depois você irá me contar tudo o que aconteceu, e eu contarei o que descobrimos também mas antes você precisa descansar, descansar muito.

O tom de voz de Harry era o mais gentil e suave possível, ele dizia tudo sem quebrar nosso contato visual e tampouco parava de distribuir carícias por minha mão.

- Você pode deitar aqui comigo? - perguntei, e acresentei uma voz manhosa: - Por favor.

- Mas é claro - ele se apressou em tirar os sapatos. - Só estava esperando você pedir.

Ri da pressa do menino e o sorriso continuou em meu rosto até Harry se deitar na cama, atrás de mim. Seus braços envolveram minha barriga e ele me puxou cuidadosamente para perto de si; Harry distribuiu beijinhos pelas pela extensão do meu ombro e passou a me fazer cafuné.

- Amo tanto você, garota.

- Também amo você, muito.

Com isso, acabei me deixando levar pelo cansaço e adormeci, envolva nos braços de Harry. Lar. Era isso o que sentia quando estava perto dele, não mais uma palavra em que o significado se baseia em quatro paredes e um teto, mas ele, Harry James Potter era meu lar, conforto e segurança.

Acordei algumas horas depois e a claridade do dia já se ia. Harry me observava quando abri os olhos por completo.

- Como se sente? - perguntou ele em tom sussurrante.

- Bem - respondi, a voz embargada e sonolenta.

Me inclinei para frente, sentando-me com as costas apoiadas na cabeceira da cama. Harry já estava nessa posição quando me atraiu para cima de seu peitoral, fazendo minha cabeça descansar sobre o mesmo. Ele, com um gesto muito sutil, levou as mãos até meu rosto e passou a esfregar o polegar em minha bochecha.

- Você tem noção do que fez?

- O que eu fiz? - repeti, confusa.

- Você literalmente salvou a vida de Dobby - ele respondeu, e sua voz saiu trêmula. - Parece que você sempre salva algo que é importante pra mim...

Me indireitei, espreguiçando-me e sentindo meus membros estralarem.

- Gosto muito de levar os créditos por algum ato heroico, mas não foi por querer, Harry, só tive a sorte de segurar em seu peito enquanto desaparatavamos e bem.. serviu de algo, não é?

Harry não respondeu e quando longos segundos se passaram eu virei a cabeça para encarar seus olhos, que estavam inundados por lágrimas.

- Meu amor - me apressei em dizer, enquadrando seu rosto em minhas mãos. - Não chore. Estamos todos bem, você viu que não foi nada demais... a faca só pegou em minha mão.

- Mas poderia ter atingido outro lugar, S/n, por favor, me prometa que nunca mais vai sair da minha vista, eu estou implorando - Harry dizia e nunca vi tanto clamor em sua voz como agora. Meu coração se contorceu no peito ao ver seu rosto choroso. - Não estou pedindo muito, só me deixe cuidar de você, te manter segura...

Olhava sua face, agora vermelha pela intensidade com que a água caia de seus olhos; ele chorava e tê-lo dessa forma em minha frente embaralhou meus sentidos e não pude responder nada, apenas o puxei para um abraço, no qual ele afundou a cabeça em meu tórax. Envolvi Harry da forma mais apertada que pude e ele continuava a chorar, passando os braços em minhas costas e retribuindo o ato na mesma intensidade.

Ficamos assim por um longo momento, ele se afastou sutilmente e eu me permiti limpar seu rosto.

- Quando quiser me dizer o que aconteceu nesses meses... eu estarei pronta para ouvir, viu?

Ele fez que sim com a cabeça.

- Prometo lhe contar tudo mais tarde, agora...

- Licença - a voz de Mione entrou no quarto, assim como sua cabeça na fresta da porta entreaberta. - Harry, preciso falar com S/n, ela não é só sua.

- Sim, ela é - ele murmurou. - Não, desculpe... claro, Mione, pode entrar.

Sorri fracamente ao vê-lo se levantar da cama, e antes de sair o menino depositou um beijo no topo da minha cabeça.

- Volto daqui a pouco.

Assenti e ele saiu, dando espaço para Mione entrar. A menina passou, fechando a porta atrás de si e veio em minha direção, abraçando-me enquanto sentava na cama.

- Como se sente? - perguntei ao nos separarmos.

- Bem - ela respondeu, entrecruzando as pernas. - A cicatriz ficará mas tudo bem.

E então Mione me mostrou a parte de baixo do braço gravado com as palavras "Sangue-Ruim".

- Sinto muito...

- Não sinta - ela respondeu e se emperdiguou na cama, como nos velhos tempos, quando nos reuníamos no dormitório para fofocarmos. - O que eles fizeram com você, S/n?

Joguei os pés para fora da cama, me levantando.

- Nada, por incrível que pareça. Eles eram Bennet's e bem.. queriam recuperar o nome que eu havia manchado entregando Harry e eu, nunca chegaram a me fazer realmente algum mal... a contar pelo dia de hoje, que Senka me confundiu com um espetinho e mordeu minha perna.

Hermione sorriu.

- Senti tanta falta disso - ela disse. - Esses meses sem você foram horríveis, os piores que já passamos... você tinha que ver Harry, ele não estava em controle dele mesmo, parecia querer desabar a qualquer minuto...

Suspirei, sentindo uma pontada de culpa.

- Também senti muita saudade de vocês, e dele... você nem imagina o quanto.

- Sua bolsa está aqui - ela falou, percebendo que eu a procurava. Joguei um olhar agradecido a menina e enfiei minhas mãos dentro da mesma, buscando por roupas limpas. - Como eles eram? Digo... sabiam fazer magia sem a varinha?

- Sabiam, a constância com que intecalavam entre o uso de feitiços com a varinha e com as mãos era surpreendente.

Hermione pareceu pensativa por um longo tempo, no qual pude ouvir a voz de Ron do lado de fora pedindo para entrar no quarto.

- Já tentou fazer isso? Intercalar...

- Ainda não, mas duvido que vá funcionar.

- E este colar? Soube algo sobre ele?

- Absolutamente nada, só que era muito importante para eles e essas coisas.

- Não acha melhor parar de usá-lo, S/n? Só até termos certeza do que se trata.

- Eu diria que sim, mas acho melhor ficar comigo. Para não correr o risco de sumir sabe...

- Aham - ela zombou. - Não tem nada haver com seu desejo de ficar com essa coisa no pescoço.

- Qual é, Mione - protestei. - Não é feio, é?

- Não! É lindo, realmente lindo S/n, mas não sabemos do que se trata e muito menos o que é capaz de fazer...

- Não acho que faça mal. Pelo contrário, muitas vezes que Senka tentava me machucar ele expelia algum tipo de feitiço protetor e bem... o afastava.

- Você é quem sabe - ela se conformou. - Mas vou procurar saber mais sobre esse colar e sobre a fabricadora dele, nem que tenho de olhar em todos os livros existentes.

Soprei um riso e após separar minha roupa sentei-me novamente em frente à menina, para continuarmos a conversa. Hermione se apressou em pegar minha mão para tirar as faixas pois não havia mais nessecidade de usá-las.

- Obrigada - falei enquanto os esparadrapos eram desenrolados de minha mão, ela parecia tensa ao fazer e pude reconhecer que era o nervosismo antes de falar algo que nem sempre era bom.

- Prontinho - disse após terminar. Movimentei meus dedos e estudei minha mão totalmente boa.

Enquanto a estudava pude ver Hermione me observar.

- Quer me contar o que aconteceu?

-- Nós lhe contaremos tudo amanhã, eu juro - disse ela. - mas agora... queria conversar com você sobre outra coisa.

- Pode falar.

Hermione respirou pesadamente, criando coragem para dizer o que quer que estivesse planejando:

- S/n, sua mão... você não acha que... bem, pegou essa mania de Harry de querer salvar todo mundo... bem, Edwigues, Harry e agora Dobby... porque não conseguiu salvar... bem, acha que não conseguiu salvar Sir...

- Mione! Eu também quero falar com S/n! - berrou Ron do lado de fora. - Digo, por favor, quando puder sair, claro.

Engoli em seco após a dupla dose de espanto.

- Mione - comecei, me levantando novamente. - Se não se importa, vou tomar um banho - falei educadamente, indo em direção ao banheiro.

- Claro - ela se apressou em dizer. - Claro, pode ir, vou... vou chamar Harry.

Acenei com a cabeça e entrei no segundo cômodo, o banheiro era todo em tons de branco perolado e um marrom claro, assim como todo o restante da casa, eu imaginei. Fechei a porta, encostando minhas costas na mesma e suspirei de forma lenta e profunda.

Não. Simplesmente não.

Abri os olhos e comecei a me despir. Após estar totalmente nua liguei o chuveiro; o banheiro tinha uma banheira mas não abusaria tanto hospitalidade de Fleur e Gui, ainda mais porque nem tinha os visto.

Não foi proposital. Não era o que Hermione estava pensando...

- Posso? - perguntou uma voz, a cabeça entre a fresta da porta.

- Claro - respondi sem me virar. A água caindo em meu rosto enquanto meus pensamentos saíam de Sirius.

Harry entrou e trancou a porta, se despindo enquanto eu o esperava. Assim que ficou completamente nú veio até mim, envolvendo os braços em minha barriga, por trás. Me permiti virar a cabeça para o lado enquanto meus braços pousavam sobre os seus.

Ele depositou um selinho longo em meu ombro e depois outro em meu pescoço.
Me virei para ele, enquadrando seu rosto em minhas mãos de forma delicada. Nós nos encaramos por um bom tempo, me vi estudando cada poro seu, cada detalhe em seu rosto e senti que ele fez o mesmo com o meu. Após a minuciosa estudada, Harry me beijou.

Nossos lábios molhados se tocando enquanto meu coração palpitava no peito. Lábios estranhos inicialmente pela falta, mas que carregavam uma saudade capaz de encher oceanos; as mãos de Harry apertavam minha cintura, puxado-a para mais perto de si, não por nessecidade sexual, mas porque ele queria ter certeza de que eu estava realmente ali. Harry pediu passagem com a língua, a qual eu concedi e involuntariamente o empurrei para a parede, onde a água não caisse. As costas do moreno bateram no azulejo frio e nosso beijo se intensificou, minha cabeça virou-se para o lado e a dele para o outro; os lábios se cumprimentando enquanto as línguas dançavam em ambas as bocas como velhas amigas.

Nos separamos pela perda do fôlego que o ato causou, mas ele não desvencilhou meu corpo de suas mãos muito menos deixou de distribuir carícias por ele, me causando arrepios bons.

- Você é tão linda - ele balbuciou, desenhando uma linha imaginaria nos arredores da lateral esquerda do meu rosto.

Sorri sem mostrar os dentes, afastando alguns fios de sua testa para que pudesse ver a cicatriz na mesma, o raio. Passei meu polegar suavemente pela mesma e ele fechou os olhos, aproveitando o que quer que estivesse sentindo.

- Eu sou tão estupidamente apaixonada por você - sussurei, meus dedos caindo em constância com minhas mãos que se movimentavam até o peitoral de Harry, pousando ali.

- Eu também, um tolo apaixonado por você - ele falou e sorri, sendo acompanhada pelo sorriso do moreno a minha frente. - Vira.

Fiz o que foi pedido e me virei de costas para Harry, que rapidamente pegou uma bucha espumante e passou a ensaboar minhas costas, se demorando muito em meus ombros e passando a mão por eles da forma mais lenta possível. Ele fazia tudo com tanto carinho e calma que me vi em negação com a cabeça, sorrindo.

- Você é bom demais para ser...

- Seu - ele me interrompeu. - Sou seu, todo e inteiramente seu. Meu coração é seu, meu corpo, minhas coisas, minha vida, tudo é seu...

Senti milhões de borboletas voarem em minha barriga e um nó velhamente conhecido brotar na boca do estômago.

- E eu sou sua - respondi, me virando e tomando a bucha das mãos de Harry, o virando em seguida. - Toda e inteiramente sua. Cada átomo que me constitui é seu, meu coração é seu, sou toda sua.

Eu ensaboava suas costas pálidas quando Harry se virou novamente meio desconcertado. Ele fixou seus olhos nos meus, estabalecendo uma conexão entre nossas pupilas que se dilatavam gradativamente com a visão um do outro; Harry segurou meu queixo entre o polegar e o indicador e puxou meu rosto para um beijo, que após demorados segundos se dissolveu em incanssaveis selinhos.

Terminamos o banho e sai primeiro, secando meu cabelo com uma toalha enquanto Harry terminava de enxaguar o dele. Por fim, ele acabou por me emprestar uma de suas blusas largas e usei-a pois na visão de Harry, ficava bem em mim.

- Está ótimo - ele falou, arrumando a toalha que ficava em sua cintura. - Você fica bem em tudo.

- Nem tudo, Harry - falei, enquanto tentava desfazer os nós que se formaram em meu cabelo após meses sem ver água ou escova.

- A partir de hoje me chame só de amor - ele corrigiu, vindo até mim e tomando a escova das minhas mãos. - Nada de Harry, ou Potter... só amor.

Sorri enquanto ele penteava meus cabelos. A facilidade com que ele fazia, sem puxar nenhum fio poderia ter me deixado enciumada, mas me causou um aquecimento no coração que foi expresso por um sorriso tolo em meus lábios.

Ao terminar, Harry passou os dedos pelos fios para separá-los melhor; me virei para ele e apertei suas bochechas com uma das mãos, soltando logo em seguida e o beijando. Harry continuou mas inicialmente vi que foi pego de surpresa, quando nos afastamos mordi seu lábio inferior rapidamente.

Ele sorriu, desconcertado e me perguntei o porque do rubor em suas bochechas e o ar aturdido que pairou em sua face.

Ri quando o menino se levantou. Enquanto ele se trocava, eu colocava meus anéis e depois do que me pareceu dez minutos, estávamos prontos, limpos e o dia já se fora a muito.

Abri a porta e Harry agarrou-me por trás. Descemos então e Fleur, Gui e Ron correram para me abraçar.

- Como está su sentinde? - perguntou Fleur, ao nos afastarmos.

Ela e Gui, lado a lado me deixavam um pouco desconcertada pois ambos eram bonitos demais e olhei para Harry, que fez um aceno com a cabeça indicando que pensava o mesmo. Ele sorriu de lado e me virei novamente para a loira.

- Ótima, e como vocês estão? A casa é realmente linda - falei. - Igual vocês, digo... bom gosto o de vocês.

Hermione me olhou, as sombrancelhas juntas e um esboço de sorriso em seus lábios.

- Disfarce melhor - comentou Harry em meu ouvido. Ele ainda me abraçava por trás.

- Obrigado - respondeu Gui. - Está com fome? Harry, Hermione e Ron já comeram mas você...

- Não, mas muito obrigada.

Todos me olharam, assustados.

- Certeza que está bem? - questionou Ron.

Harry me guiou até o sofá mais próximo e se sentou, me obrigando a fazer o mesmo e sentar em seu colo.

- Ron, você está invertendo os papéis aqui - o moreno disse, enquanto me abraçava por trás, descansando a cabeça em minhas costas - Você é o esfomeado, não ela.

Fleur gargalhou enquanto olhava para mim e Harry, mas logo o sorriso se desfez em seu rosto.

- Olhe cumo Arry trrrata S/n! - e então deu um tapinha no braço do marido.

- Que bom que ele a trata bem? - questionou o ruivo mais velho, esfregando o braço. - Tenho dó de Harry se não fizesse.

Ron fez um movimento com as mãos em concordância.

- Porrque você non faz isse?! - ela questionou novamente.

- Não faço?

- Non, no faz!

O olhar de Gui pairou sob a esposa, confuso. Olhei para os dois mas logo minha atenção voltou-se para Harry que brincava com minhas mãos, entrelaçando nossos dedos e desentrelaçando-os em seguida.

Sorri ao tentar desviar minha mão da dele e quando olhei novamente para o casal a nossa frente, eles sorriam um para o outro. Vi Ron encarar Mione um pouco mais afastado e a menina também percebeu, pois se agitou, colocando os cabelos para trás da orelha.

Olhei em volta e me vi devaneando sobre o quanto era bom estar ao lado das pessoas que realmente gostamos e o quanto isso faz bem.

- Onde está Luna e Dino? - questionei, me dando conta do sumiço dos dois.

- Voltaram para suas casas - respondeu Ron.

- Olivaras?

- Está lá em cima - respondeu Gui e o vi trocar um olhar receoso com Fleur.

Todos pareceram mais tensos após a pergunta, todavia, antes que perguntasse o porque, Dobby veio até mim, as orelhas encolhidas e as mãos segurando o par de meias que reconheci imediatamente. Eu as havia dado à ele no quinto ano, quando o elfo colheu Descurainia para mim.

- Srta.Bennet - o elfo balbuciou. - Dobby não sabe como agradecer, S/n Bennet salvou a vida de Dobby e Dobby será eternamente grato por isso, Dobby fará tudo o que S/n Bennet pedir e...

- Dobby - o interrompi. - Agradeço muito a gentileza mas não precisa, juro que não. Não foi por querer...

- Foi sim! A Srta.Bennet colocou a mão no peito de Dobby no momenro exato em que a faca ia o furar, Dobby não sabe como pode agradecê-la - e então o elfo se curvou, a cabeça quase encostando no chão.

Olhei para Harry, que olhava para o elfo.

- Bem - disse Fleur. - Vocês terrrão um elfo e tante quando se casarrrem!

- Não apresse as coisas, querida - falou Gui e o vi dar batidinhas no ombro da esposa.

Ele sempre me dizia que quando eu me casasse faria questão de entrevistar a pessoa minuciosamente antes, para ver se era digna de minha mão. Bem, sendo o rapaz, Harry, acho que não tinha muito o que entrevistar, sua vida era literalmente pública e ele o conhecia desde pequeno.

- Dobby ficará muito feliz em servir S/n Bennet e Harry Potter quando assumirem matrimônio!

- Dobby - sorri.

- Você será muito bem vindo em nossa casa, Dobby - falou Harry.

- Nossa casa - repetiu Gui, achando graça. - Mal saiu das fraldas e está pensando em ter uma casa com S/n. Acho que deveria pensar melhor antes de se casar com ela, Harry, S/n às vezes fala enquanto dorme...

- Guilherme! - falamos eu e Fleur em uníssono.

- Só estou avisando - se justificou enquanto Hermione e Ron riam.

- Eu estou bem ciente disso - falou Harry e o ruivo o jogou um olhar estreito.

- Vames procurrar algue parra comer - falou Fleur, empurrando o marido até a cozinha.

Era bom ter sido literalmente criada pelos Weasley pois isso lhe dava sempre proteção e muitos irmãos que mesmo que não fossem de sangue, se preocupavam com você. Uma família.

FAMÍLIA. "é um grupo de pessoas com as quais compartilhamos os melhores e piores sentimentos. não precisam nessecariamente ter o mesmo sangue ou ter uma ancestralidade em comum, basta apenas sentir o mesmo amor. é quem nos levanta quando caímos, quem aceita nossos defeitos bem como aceitam nossas qualidades, quem se preocupa, quem cuida, quem ama. a âncora que nos puxa das profundezas de desolação e tristeza, e purifica nossa alma com os sentimentos mais belos"

Eles definitivamente são a minha família.
________________________

oii gente, como vcs estão?

minha semana de provas vai começar, então talvez eu fique um tempinho sem atualizar a fic *emoji de choro*

vcs se reencontraram €×^&#:287×:××*
acho muito lindinho o jeito que o harry fala que ama vcs e como ele se preocupa tanto, ao ponto de real chorar (oq n é mto comum pra ele pq o bichinho nem chora tadinho)

beijo, fiquem bem e bebam muita água
ia falar que na minha cidade tá MUITO calor mas se falar isso todo final de capítulo vai virar uma espécie de bordão KJJSKSKJKSK
mas tá muito quente mesmo, jesus apaga a luz


👋👋👋

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