𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿...

By heatherpoetic

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Ela perdeu os pais muito nova, por motivos que nunca a foram revelados. Ele passou pelo mesmo, porém, a causa... More

Apresentação
1. Você acha que nós gostamos?
2. Ordem da Fênix
3. É bom estar em casa
4. "Mas vocês estão diferentes um com o outro..."
5. Não me faça rir
6. Eu confio em você
7. Eu amo você
8. Obdormiscere
9. Claro que aceito
10. Jealousy
11. Corujal
12. Precisamos agir
13. Música?
14. Cabeça de Javali
15. A festa
16. Armada de Dumbledore
17. O jogo
18. Now you see her
19. A visão
20. Natal
21. Oclumência
22. Dia cheio
23. Parque de diversão
24. E quem vai dirigir Hogwarts?
25. Carência
26. As lembranças de Snape
27. Eles fazem falta
28. Gêmeos Weasley
29. N.O.M.S
30. Ministério da Magia
31. A profecia perdida
32. Unbelievable
6° ano
1. Ela não vai estar sozinha
2. Harry?
3. Do céu ao inferno
4. You make me feel
5. A fuga de Draco
6. O clube de Sluge
7. Príncipe Mestiço
8. Acidinhas
9. Insegurança
10. Sempre vocês quatro
11. Jogo de Quadribol
12. O baile
13. O álbum
14. Envenenado
15. Ele pode ser confuso as vezes
16. Horcruxes
17. O colar de Libitina
18. Quarteto de ouro
7° ano
1. Batalha no Céu
2. Feliz Aniversário Harry
3. O testamento de Dumbledore
4. O casamento
5. Promessas
6. R.A.B
7. Ela não...
8. Ministério
9. To love you is easy
10. Você não tem família
11. Eu prometi
13. Cada átomo que me constitui
14. O melhor erro que já cometi
15. Gringotes
16. A Guerra
17. Júpiter e Saturno
18. A batalha final
19. Os dias de cão acabaram
Pós Guerra
1. Um novo começo
2. O Casamento
3. Honeymoon
Epílogo
Agradecimento

12. Xenofílio Lovegood

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By heatherpoetic

Nunca fui muito boa em saber as horas ou dias sem a ajuda de um relógio ou calendário, então há semanas perdi a noção de tempo, trancada na sala vazia com apenas minha sombra de companhia e algumas vezes Senka ou Gennady para me trazerem comida, não suficiente para que fizessem minha barriga parar de reclamar de fome mas era mais do que havia comido há dias enquanto acampávamos.

Usar feitiços sem a varinha, que ficava na cintura de Astrea vinte e quatro horas por dia era impensável. Meu organismo já estava fraco, meus pulsos doíam pelas amarras e muitas vezes sentia o sangue frio descer por minhas mãos. Não poderia me dar ao luxo de realizar algo sem ela pois sabia que estaria dando a mim mesma uma grande desvantagem; não tinha certeza se eles estavam cientes de que meus feitiços e azarações sem a varinha me deixavam vulnerável mas preferi não arriscar.

Eles estavam frustados por não conseguirem achar Harry depois de nosso desagradável encontro, e eu agradecia a Merlim por isso todos os dias. Eles tomavam meus pensamentos o dia todo, até mesmo em meus sonhos Harry aparecia; nossos passeios e momentos juntos pelos terrenos de Hogwarts, o seu toque sob minha pele, seu abraço... tudo fazia muita falta. Ele fazia muita falta.

NARRADORA ON

Enquanto S/n passava os dias trancafiada em uma sala, onde se questionava diariamente como haviam os encontrado e se tal coisa acontecera por causa do colar, Harry tentava seguir a vida, direcionando todas as suas energias em encontrar a namorada. Hermione e Ron não estavam se falando pois a menina ainda estava brava - ou pelo menos era isso que queria demonstrar - com o ruivo.

Nesses momentos Harry se sentia mais triste do que nunca, ele não gostava de se sentir o único não enlutado em um enterro com poucos acompanhantes. Não tivera tempo de se alegrar com a volta do amigo, pois a segunda parte de sua alma, como ele mesmo fazia questão de lembrar havia desaparecido. Hermione e Ron também sentiam muita falta de S/n, ela deixava o clima menos tenso por vários motivos e era sempre ela que tomava as rédias da situação quando a mesma fugia do controle.

Ela tentava apaguizar os nervos do grupo e como em uma estrutura, o quarteto dependia um do outro. Harry nunca se sentira tão solitário em todos os seus dezessete anos de vida, nunca.
Sentia-se sozinho a maior parte do tempo, embora estivesse rodiado por dois amigos. Ao se deitar lembrava do toque das mãos da namorada em seus cabelos, do seu abraço, ou da sensação de envolvê-la em seu corpo, tendo a certeza de que ela estava protegida por ele. Mas ela não estava.

Harry nunca se separou de S/n, a contar pela vez em que discutiram no final do quinto ano; a sensação que o tomava era quase a mesma, mas antes sabia que ela estava em casa e segura, agora tudo o que lhe restava eram teorias incessantes do que estariam fazendo com ela, com a menina que mais amava. Com sua alma-gêmea.

- Harry, você precisa comer - falou Hermione, arrastando o prato de comida até o moreno.

- Não preciso de comida, Hermione, preciso de S/n.

- Eu também, Harry! Todos nós queremos encontrá-la mas você não ajudará se morrer de fome!

Ron, que estava sentado na cama levantou-se um pouco aturdido. Há dias também pensava em S/n e como ela estava, a menina era como uma irmã para ele e imaginar como estariam a tratando fazia seu estômago revirar. Ele pensava ser algum castigo do universo, pois no exato momento em que volta, ela desaparece, os deixando desconcertados com a falta de sua presença risonha.

O ruivo se sentou e puxou o prato com uma Meluza magra que haviam pescado.

- Será que a estão alimentando - ele pensou alto e se arrependeu imediatamente, quando os olhos de Harry o fincaram com desgosto. Hermione lhe deu um tapa na cabeça e Harry agradeceu que o tivesse dado.

- Harry, por favor - insistiu ela.

- Não estou com fome, mas obrigado - ele falou, sem tirar os olhos de algum mapa que conseguira de um trouxa quando visitaram o centro da cidade, sob a capa da invisibilidade - Pode deixar ai.

- Você nunca está com fome, não é? Harry, já fazem semanas...

- Hermione, nós precisamos achar ela! - ele grunhiu, não controlando-se - É a nossa S/n - e então abaixou o tom novamente, para que ninguém além dele mesmo ouvisse as palavras. - É a minha S/n.

Um silêncio incômodo instaurou-se no ambiente. Hermione respirava fundo, controlando a vontade de chorar por não ter a melhor amiga perto de si; por Harry estar cabisbaixo nos últimos dias; por ancear tão desesperadamente que nunca tivessem se separado, por medo do que poderiam estar fazendo com ela...

- Coma - ela disse, séria e se dirigiu até a poltrona, enterrando o nariz no livro mais uma vez.

Os dias se passavam assim desde o encontro dos meninos com os Comensais. Harry pensando incessantemente em S/n e mal sabia que seus pensamentos eram correspondidos na mesma intensidade, pelas suplicas mentais não para que a encontrassem, mas para que estivessem bem e seguros, se mantendo assim pelo tempo que fosse necessário.

S/n não pensava em seu bem estar próprio por diversas vezes, ela pedia aos céus para que seus amigos, e principalmente seu namorado se mantivessem bem. Harry sabia disso mais do que ninguém, pois ele mesmo era assim em relação à ela, colocando seu autocuidado em último lugar sempre. Os dois queriam ver o outro bem acima deles mesmo, e era por isso que sempre se entendiam, por isso e inúmeros outros motivos que queriam ficar juntos para o resto de suas vidas.

Ron fora se deitar a muito tempo e agora só sobrava Harry na mesa, o prato com peixe ao seu lado, intocado. Olhando e analisando o mapa de todos os lugares pelos quais haviam passado, desejou infantilmente que a localização de S/n aparecesse magicamente em algum ponto. Qualquer lugar, ele desceria ao inferno para buscá-la se fosse preciso.

Passados alguns minutos, sufocado pelo desejo de que a menina chegasse por trás dele e o abraçasse, a vontade profunda de ouvir sua risada ou até mesmo sua voz reclamando que ele estava a apertando muito durante a noite, Harry bateu a mão na mesa, causando um estrondo que balançou o prato. Com um suspiro pesado e um sentimento de inutilidade ele saiu da barraca para tomar um ar. Soltou um expressivo xingamento quando saiu e sentiu o cheiro da noite o envolver, junto com o céu acima dele. Tudo lembrava S/n e isso era o mais doloroso.

O menino se sentou mais a frente, suas costas encostadas no tronco de uma árvore. Ele curvou os joelhos a altura dos ombros e enterrou o rosto nas mãos; desta vez Harry não batalhou contra as lágrimas. Chorou. Chorou de tal modo que as estrelas sentiram-se cobertas de compaixão e quiseram descer dos céus apenas para envolver o garoto em um abraço, as bússolas quiseram lhe mostrar a direção que a menina estava apenas para ver Harry parar de chorar. Ele sentia-se sozinho e incapaz, não iria dormir até que encontrasse a menina e não pensava em outra coisa a não ser tê-la segura em seus braços.

A falta do toque dela, sentir suas mãos passarem por seus cabelos, vê-la sorrindo, as ideias mirabolantes que sempre tivera e que agora, depois de adulta - pois a mesma disse para Harry que no mundo bruxo se torna adulto com dezessete anos, fato que ele desconhecia -, ainda a seguiam. Eles só mantinham a sanidade mental estável por causa dela e agora... nenhum estava bem. Harry olhou para o céu novamente, as bochechas molhadas e ruborizadas, os olhos encharcados por lágrimas salgadas e a boca se contraindo em uma linha fina por breves segundos.

Ele poderia amaldiçoar os deuses por terem a afastado dele, mas ao invés disso, preferiu buscar refúgio neles, pedindo todas as noites que ela estivesse bem. Embora S/n não fosse uma pessoa religiosa, seria isso o que ela faria, pensaria positivo, pensaria que tudo iria ficar bem. Se ela acreditava tanto que afirmações, palavras e pensamentos tinham poder, ele seria mais uma vez influenciado e pensaria como a namorada, assim ainda teria uma pedacinho dela consigo

- Não desista de mim, por favor, não desista - ele sussurrou; os pensamentos desencorajadores passando por sua mente de forma que ele se amedrontasse com a ideia de S/n perder as esperanças de ser encontrada por ele - Por favor - sussurrou mais uma vez. - Eu vou te encontrar.

Dito isso, o menino deixou a cabeça cair para trás. Duas semanas sem nenhuma pista sobre o paradeiro de S/n estavam prestes a se completar, mas para Harry, pareciam anos. Isso o corria mais que castores destilando troncos de madeira.

- Eu quero você de volta, eu quero você de volta - falou, olhando para cima. Pensou ser um idiota sentado sozinho conversando com a lua. Talvez fosse, mas isso não importava.

Os olhos ardendo, tamanho era seu desespero e as lágrimas frias escorrendo pelas bochechas quentes, fazendo as mesmas arderem. Ele queria encontrá-la o mais breve possível, pois não se via vivendo em um mundo onde S/n não estivesse ao seu lado, pensar nos dias seguintes sem a namorada era desesperador e ele não sentia ânimo para vivenciá-los, sem a certeza de que ela estava viva. De que ela estava viva...

───※ ·❆· ※───

Ron dizia ter um rádio onde poderiam ouvir as últimas notícias do que acontecia lá fora, então passava a maior parte do tempo batucando o pequeno, o que irritava Harry mas era melhor do que ficarem no silêncio tedioso. Hermione insistia em ignorar totalmente a presença do ruivo, e ele se sentia mal por isso, mas não reclamava, sabia que sua atitude havia magoado a menina e a falta de S/n estava lhe afetando muito também, embora não tanto quanto afetava Harry.

Finalmente Hermione desceu da cama. Ron parou de batucar na mesma hora.

- Se estiver incomodando você, eu paro! - disse nervoso a Hermione, que nem se dignou a responder, e se dirigiu a Harry.

- Precisamos conversar - falou.

O garoto, que estava com a cabeça baixa analisando o pincel que S/n havia deixado em sua bolsa juntamente com todos os seus pertences, olhou para a menina, não muito interessado no que ela tinha a dizer contanto que não fosse o ajudar a achar S/n.

- Quero visitar Xenofílio Lovegood.

Harry arregalou os olhos, a resposta que recebera foi totalmente inesperada.

- Desculpe?

- Xenofílio Lovegood. O pai de Luna. Quero falar com ele!

- Ah... por quê? - ele fingiu interesse, se voltando para o pincel.

- Aquela marca, a marca no Beedle, o bardo. Olhe para isto! - então empurrou A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore sob os olhos relutantes de Harry, e ele viu a foto do original da carta que Dumbledore escrevera a Grindelwald.

- A assinatura - disse Hermione. - Veja a assinatura, Harry!

Ele obedeceu. Por um momento, não entendeu o que a amiga queria dizer, mas, examinando a foto mais atentamente com auxílio do pincel que ainda segurava, viu que Dumbledore substituíra o "A" de Alvo por uma minúscula versão da mesma marca triangular inscrita em Os contos de Beedle, o bardo.

- Ah... que é que vocês...? - ensaiou Ron, mas Hermione o fez calar com um olhar, e voltou-se para Harry.

- Não para de aparecer, não é? A única pessoa que me parece possível de nos fornecer explicações é o Sr. Lovegood. Ele estava usando o símbolo no casamento. Tenho certeza de que isto é importante, Harry!

Harry não respondeu. Olhou para o rosto veemente e ansioso de Hermione e, em seguida, para a claridade ao redor, refletindo. Não conseguia entender como a menina conseguia pensar em outra coisa a não ser encontrar S/n, sentiu-se irritado com a amiga pois parecia que apenas Harry realmente se importava com o paradeiro da garota; apenas ele anciava tão desesperadamente encontrá-la, não via-se capaz de focar suas atenções no pai de Luna ou em qualquer outra pessoa quando a namorada que tanto amava continuava fora de sua proteção.

- Como você...

- Harry, sabia que iria dizer isso - o interrompeu Hermione, ansiosa. - Mas não podemos ficar parados esperando que ela apareça, sinto falta de S/n também, não me arrisco em dizer tanto quanto você pois estaria mentindo. Mas nós precisamos fazer alguma coisa, precisamos.

O peito da menina subia e descia, e mais uma vez Harry pensou que ela iria sucumbir as lágrimas. Ron se levantou meio hesitante e foi ao encontro dela, envolvendo a em um abraço ladino que logo foi quebrado pelo afastamento de Mione.

Harry sabia que ela estava parcialmente certa, não estavam sendo muito produtivos parados e tinham de fazer algo, mas ao mesmo tempo ele só queria gastar seu tempo procurando S/n, nada mais lhe importava e os amigos estavam cientes disso.

- Harry, acho que Hermione está certa...

- É claro que você acha! - retrucou Harry, irritado.

- Por favor, só tente Harry - disse Hermione, receosa -, às vezes conseguimos alguma pista até mesmo de onde ela possa estar.

- Não vejo possibilidade disso acontecer, Hermione - ele falou e por fim saiu da barraca, o dia frio congelando seus nervos assim como suas emoções fervilhavam seus pensamentos.

Ele se sentou à porta da barraca, em uma cadeira de montar. Hermione se sentou ao seu lado minutos depois; ela sabia que o amigo estava péssimo afinal eles se conheciam desde a infância, e eram praticamente irmãos no ponto de vista de ambos. Hermione conhecia Harry bem o suficiente para saber o que sentia apenas com um olhar.

- Harry...

- Mione, não precisa...

- Preciso sim - ela o interrompeu, colocando a mão por cima da sua -, sei que está se sentindo sozinho e juro que queria saber um modo de te ajudar..

- Não há como me ajudar, anão ser que possa trazer ela de volta..

A menina suspirou pesadamente, sentindo a angústia do melhor amigo a afetar. Harry nunca foi bom em discutir sobre seus sentimentos, mas não iria lhe doer ou machucar, perguntar como se sentia mesmo assim. Como realmente se sentia.

- Você a ama muito, não ama?

O menino não respondeu de imediato. Nunca pensou que alguém fosse lhe perguntar algo desse tipo, achava que ficara óbvio que a amava S/n com todo seu coração.

- Hermione - ele murmurou, passados alguns segundos; as mãos de ambos ainda entrelaçadas - eu não gosto de ninguém mais do que ela, é verdade - confirmou. - eu andaria em uma ilha isolada com as cobras, só por S/n.

A menina apertou mais a mão do moreno, de forma que tentasse lhe passar confiança e talvez coragem para contar-lhe mais, para falar mais sobre S/n. Sabia que ela era a única com quem Harry não tinha medo ou receio de se abrir, de falar o que realmente sentia e por vezes via como o menino olhava para a melhor amiga, via como ele ficava mais calmo com seu toque e até mesmo como sorria ao vê-la fazendo algo idiota, como tantas vezes fazia, mas que mesmo assim arrancava sorrisos de quem estivesse a volta. Admira tanto o relacionamento dos amigos que pensava ser a maior "shipper" dos dois, por tantos motivos que a eram incapazes de ser descritos. Almas-gêmeas que estão destinadas a ficarem juntas, destinadas não porque deuses entediados acharam conivente os juntarem, mas porque eles se entendiam como ninguém, levavam muito em conta o que o outro pensava e acima de tudo, se amavam da forma que Hermione nunca viu ninguém se amar.

Choravam pelas dores do outro e se alegravam pelas conquistas. Aceitavam as falhas - embora Harry insistisse em dizer que S/n não tinha nenhuma - como aceitavam as qualidades.

- Mione - ele balbuciou, trazendo a menina de volta. Sua voz saiu em tom tão baixo que precisou se inclinar para ouvir - é uma maldição, e está crescendo... eu me torno um caco quando estou sem ela.

O rosto da menina adquiriu um semblante de compaixão e então se inclinou para envolver Harry em um abraço. Ele afundou o rosto no ombro da amiga e os dois se confortaram, mesmo que minimamente por alguns segundos.

Quando se afastaram Hermione estava com os olhos embargados e o nariz de Harry ficara vermelho, pelo frio ou pelo acúmulo de lágrimas.

- Vamos, então - ele determinou, enxugando o nariz. Hermione percebeu que Harry, pela primeira vez usava três anéis: um no dedo indicador, o segundo no anelar, que possuía um sol em prata na frente e o último na metade do dedo médio, onde estava uma lua, uma das coisas que S/n mais apreciava.

Desde que se conheciam, S/n amava inventar histórias que envolviam o Sol e a Lua, dizendo que ambos eram o casal mais melancólico e mais lindo que existira, pois se amavam de forma tão intensa que se sacrificavam a não ficarem juntos pois tinham total ciência que iriam acabar machucando um ao outro de certa forma. Ela amava astrologia e a maioria de seus quadros envolviam seres originados destes, personificações humanas de Planetas, Estrelas e até mesmo Satélites Naturais eram suas pinturas favoritas.

- Obrigada, Harry, realmente acho que será importante - a menina agradeceu e se levantou, mas antes de sair passou a mão pelos cabelos de Harry - Você a terá de volta, não se preocupe.

Ele fez que sim levemente com a cabeça e voltou a contemplar o horizonte, vigiando a barraca embora não prestasse muita atenção ao seu redor.

───※ ·❆· ※───

NARRADORA OFF ➵ S/N'S POV

- Xenofílio está dizendo que Harry Potter está em sua casa - anunciou Senka, entrando no cômodo em que eu estava.

Pelas semanas que estive aqui pude entender mais ou menos como funcionava. Os três pelo que soube eram Comensais da Morte, porém trabalhavam por conta própria, não eram muito próximos dos demais pois eles viam os Bennet como algo sujo, devido a minha tia, minha mãe e principalmente a mim. Estávamos em uma espécie de casebre, o qual fora enfeitiçado para ser maior por dentro, enquanto quem o visse de fora, pensaria ser mais uma ruína em abandono.

Astreas era a principal, haviam mais deles, mais Bennet's, porém vivam fora, procurando por Harry. Analisando-os como podia cheguei a rasa conclusão que Astreas era a mais racional dos três; Senka por vezes ameaçava me morder quando se frustava com algo, dizendo que não gostava de carne humana mas me ver sofrer lhe causaria serotonina. Todas as vezes que tentava porém, era expelido pelo choque que o colar emitia, causando dores em suas presas afiadas e expulsando o cachorro para longe de mim, que sempre pensei sentir mais do que quem me tocava.

Gennady era indiferente, ele tinha frases prontas e respostas na ponta da língua para qualquer pergunta que fizessem. Não conversava muito mas quando falava, era alguma besteira ou piada sem graça e maliciosa. A única que não consegui ler era Astreas; ela sempre se mantinha fora, afastada e nunca dirigia o olhar diretamente para mim, a não ser que quisesse ver o colar e discutir possibilidades de o tirar do meu pescoço.

- Já é a quarta vez que ele fala isso em menos de um mês - grunhiu Astreas, jogando uma carta em cima da mesa; ela, Gennady e outro menino ruivo que não sabia o nome jogavam Snap Explosivo em uma mesa redonda.

- Ele está desesperado para que devolvam a filha.

Luna..?

- Onde a menina está? - perguntou Gennady, sem tirar a atenção do jogo - Traver disse que haviam levado a loirinha para a Mansão dos Malfoy, é verdade?

- Aparentemente sim - Senka relaxou o corpo robusto na cadeira ao lado do ruivo, que se encolheu nervosamente - Em todo o caso, não precisamos ter pressa, com certeza deve ser mais uma de suas lorotas, aquele velho maluco.

- Nunca gostei deles - tornou Gennady. - Os Malfoy, arrogantes e egocêntricos demais, funcionais de menos, tudo o que têm é dinheiro e fama... não passam de covardes.

- Quer mesmo falar de arrogância e inutilidade, Gennady? - perguntou Astreas, e os olhos do menino encontram os seus, arqueando a sombrancelha logo em seguida.

- O que quis dizer com isso, Astreas?

- Nada - a mulher respondeu, sorrindo de lado e voltando-se para a carta, que explodiu segundos depois. Gennady a analisou por mais alguns segundos.

Embora eles estivessem descrentes não pude deixar de sentir que um frio passasse por minhas costas. Se Harry realmente tivesse ido visitar o Sr.Lovegood eles estariam sendo enganados, pois o mesmo os denunciara para Comensais. Mas ele não estava do nosso lado...? Tudo o que disse sobre Harry no Pasquim durante o quinto ano... e Luna na Mansão dos Malfoy? Por quê pegaram ela?

- Acho melhor irem confirmar - falou Astreas, após algum tipo de conversa que não ouvi por estar absorta em pensamentos. - Talvez seja verdade dessa vez.

- Você é tão ingênua, Astreas - caçoou Senka, a voz grossa e áspera. - Ele não bate bem da cabeça, da última vez que fomos ele nos mostrou uns bonecos de lã enfeitiçados, dizendo ser Harry Potter e essa daí - apontou para mim com a cabeça, em desdém completo.

- Não foi um comentário - ela falou, monotamente.

Gennady e Senka trocaram um longo olhar e então se levantaram, em visível descrença. Foram até o meio do cômodo e desaparataram; o ruivo que sobrara disse precisar sair e então aparatou também, deixando nós duas sozinhas. Astreas, pela primeira vez em dias olhou para mim de relance, a mulher de pele escura veio até meu encontro, se agachando à minha frente. Por instinto em me emperdiguei.

- Vou te soltar garota, mas se tentar qualquer coisa eu mesma corto seus pulsos fora, o Lorde disse que não queria que matassemos você ou Potter, mas não disse nada sobre arrancar membros.

Minha testa se errrugou e por mais que não quisesse, senti meus pelos se arrepiarem. Uma boa dose de coragem só era criada depois de uma boa dose de medo, então me permite relaxar.

A mulher então, com o auxílio da varinha soltou meus pulsos das cordas que pareciam querer rasgar minha pele. Foi inevitável soltar uma exclamação de alívio quando senti o sangue voltar a correr até minhas mãos, e quando esfreguei os mesmos, ela ainda me observava; se estava esperando algum agradecimento iria esperar pelo resto de sua vida.

- Melhor? - questinou, me fazendo quase rir com a fingida preocupação. Ela se sentou então, e conjurou uma garrafa de algo que me pareceu cerveja amanteigada; em questão de segundos dava um gole na mesma. O lugar que sempre era movimentado parecia totalmente deserto agora, possivelmente éramos as únicas ali.

- Você é sempre tão tagarela?

- Por que está querendo bancar a amiga agora? - questinei e minha voz saiu cortante, seca.

Os olhos cinzas e leitosos da mulher criaram uma conexão com os meus e ela se aproximou, sentando-se no chão ao meu lado, as costas relaxando na mesma parede em que as minhas estavam.

- Não estou bancando nada, apenas acho que você tem dúvidas e estou disposta a saciá-las - Astreas deu um gole na bebida espumante. - Você irá morrer de um jeito ou de outro mesmo, você e Harry Potter.

Suspirei. Que jeito irônico de iniciar uma conversa. Mas eu realmente tinha uma lista de dúvidas, e se ela estava se oferecendo para esclarecê-las... porque não aproveitar a oportunidade?

- Vocês são o que? - falei o que meu cérebro achara mais conveniente.

- Comensais da Morte.

- Eu sei, mas eles sempre estão em bandos e vocês...

- Não estamos em bando? - perguntou com um sorriso ladino. Revirei os olhos. - Os Comensais não são muito fãs dos Bennet, nem preciso dizer o porque sendo você a maior causadora deste desgosto.

Pendi minha cabeça para trás, eu já sabia disso, acho que apenas queria confirmar.

- Mas nem sempre foi assim - ela prosseguiu e então deu mais um gole na bebida, o vidro verde já ficando a mostra conforme o líquido se esvaziava. - Costumávamos ser temidos, lembrados e acima de tudo vangloriados, éramos uma das famílias mais leais ao Lorde...

- Tá, não estou interessada em saber o quão nojenta minha família era.

Astreas soltou uma fraca risada.

- Além de vocês alguém sabe que estão comigo?

- Não - respondeu ela, simplesmente. - E nem irão saber até que tenhamos Harry Potter em nossas mãos, entregaremos vocês dois e ganharemos assim o reconhecimento do Lorde - pude ver seus olhos brilharem ao enunciar as palavras.

Queria perguntar mas não sabia exatamente o que, nem como. A maioria das informações acabavam chegando à mim de alguma forma; Harry ainda não havia sido encontrado e eu esperava que continuasse assim. Ele tinha que ficar seguro e consequentemente Mione e Ron também.

- Conheci seu pai, garota.

Virei meu pescoço para o lado, olhando-a.

- Quê?

- Monty Green, uma pena que tenha morrido. Era um cara legal, mas os ideais não eram os mesmos que os meus.. acho que terminamos por isso.

- Terminaram? - juntei as sobrancelhas.

Ela deu outro gole antes de prosseguir:
- Namoramos por um tempo, confesso que como qualquer mulher fiquei mal após o término.

Cerrei os olhos, não me parecia estranho que ela houvesse namorado com meu pai, afinal ele teve um vida antes da minha mãe, mas também era estranho pensar em alguém como Astreas poderia desenvolver sentimentos por alguém.

- Onde se conheceram?

- Hogwarts, é claro.

- E terminaram mas continuavam se vendo na escola? Isso não lhe incomodava? - lembrei de meu pai dizendo que minha mãe o dera atenção apenas no quinto ano.

- Se você não curar do que te feriu, vai acabar sangrando em cima de pessoas que não te cortaram - Astreas completou com mais um gole. - Não havia como guardar rancor com quatorze anos, ainda mais quando ele mesmo seguiu em frente.

O silêncio começou a se esticar entre nós, e passados o que me pareceu dois minutos ela tornou a falar:

- Sei que você gosta muito daquele menino, suas orelhas praticamente levantam quando alguém menciona o nome dele ou seus sentidos se apuram no mínimo sete vezes quando Senka ou qualquer outro entram por aquela porta - ela deu mais um gole - Meninos são a minoria da felicidade, tem tanta coisa para descobrir ainda...

- Harry não é qualquer menino.

Ela soltou uma risada de escárnio.

- Todas falamos isso. Todas achamos que ele é diferente, que ele nos ama mais que tudo neste mundo hipócrita, mas isso só contribui para aumentar nossa queda.

Não a respondi, iríamos entrar em uma discussão interminável se o fizesse. Harry era literalmente a pessoa mais perfeita que conheci na vida e tinha total consciência de que ele tinha algo de diferente, não por ser o "Harry Potter" mas porque tinha algo de diferente comigo, e sabia que não precisava provar isso para ninguém. Apenas a sensação confortante de saber quem ele é, já era o suficiente para tornar meus dias suportáveis.

- Amor, amor, amor - ela cantarolou, de repente. - Para quê serve? Absolutamente nada.

- Não fale sobre amor se você teve uma experiência ruim com ele, é algo bonito mas nem todos conseguem senti-lo, ou serem retribuídos na intensidade que desejam.

Astreas olhou para mim e jurei por um segundo que ela iria me dar um tapa, mas não o fez. Suspirou e então bebeu novamente a bebida, que já tinha certeza de não ser cerveja amanteigada, pois ela parecia estar ficando embreagada.

- Coisas ruins acontecem com pessoas que você ama - disse Astreas, após levar a garrafa a boca pela terceira vez em menos de um minuto - Você vai se pegar rezando pros céus, mas honestamente eu não tenho muito empatia, porque coisas ruins já aconteceram comigo. Isso de sofrer, amar e se importar tanto com outra pessoa que não seja você mesma para mim é drama.

- Se a dor não for sua, não chame de drama - balbuciei passando a ponta dos dedos pelo chão empoeirado, onde círculos se formavam conforme eu deslizava-os. - Por que você não mata?

- Matar é algo mundano, de índole da malevolência humana e tudo o que vem deste erro celestial me é enojado.

- Erro Celestial?

- Lhe parece possível que deuses tenham criado algo tão egoísta e maquiavélico como nós? - ela se espantou, incrédula. - Somos o resultado de algum estudo que não deu certo.

- Big Bang não lhe parece aceitável? - questionei, informalmente.

Ela fez um único aceno ladino com a cabeça, em completo desdém.

- A natureza não comete erros. Certo e errado são categorias humanas.

Suspirei.

- Você é literalmente uma Comensal, que defende a supremacia do sangue e apoia o bruxo mais podre e maléfico que já existiu, está prestes a me levar para ele, alguém de sua própria família... você está me matando, mesmo que meu sangue não fique em suas mãos - pontuei, pacatamente. - Faz tudo o que faz e ainda se orgulha dos pensamentos preconceitosos que tem.. o que adianta não matar se vai adotar a "malevolência humana" de qualquer forma?

- Aí está o x da questão, garota - sua voz saia cada vez mais embargada - Você nasce querendo mudar o mundo mas acaba morrendo pelo fato de o mundo ter mudado você primeiro. Nem sempre fui assim e fiz o que faço hoje em dia.

Mais uma rodada de silêncio se estabeleceu e percebi seu braço desnudo ao segurar a garrafa, carregando inúmeras cicatrizes, que com certeza não foram deixadas pelo feitiço de Harry, pois o mesmo não atingiu essas partes.

- Onde conseguiu tantas cicatrizes? Você é uma bruxa poderosa, não vejo possibilidade de alguém ter-lhe causado tantos machucados.

Astreas se levantou então, sem dizer nada, se postou a minha frente. Retirou o colete em couro de mangas curtas que vestia, deixando uma fina blusa branca a mostra, a parte superior dos seios cobertas por cicatrizes. Ela estendeu os braços:

- Todas essas cicatrizes. O mapa rodoviário da minha vida. Minha armadura - ela disse, o orgulho visível em sua fala.

A estudei por um longo momento, e percebi pela primeira vez em dias que Astreas tinha um forte aroma de noite; talvez ela fosse a lua, pensei cômicamente e senti que sorria pela primeira vez em dias: os músculos do meu rosto me pareceram estranhamente rígidos.

Mal tivemos tempo para continuar a conversa, quando a porta se abriu de vez.

- Não disse que não precisávamos ter pressa! - grunhiu Senka. - A casa desabou por completo, não havia ninguém la.

- Aquele matusquela devia estar pensando que podia nos enganar, nos atraindo para aquele muquifo em esperança de nos matar... velho caduca - dizia Gennady, irritado.

- Perca de tempo, Astreas, perca de tempo! - Senka se sentava novamente na cadeira junto da mesa redonda. - Havia alguém lá em cima mas a casa desabou antes que pudesses ver quem era.

- Potter que não, tenho certeza! - Gennady completou, e então se virou para mim, com as sobrancelhas arqueadas - Por que a soltou?!

Astreas em um rápido movimento de mãos invocou cordas que me prenderam novamente, fazendo a dor em meus pulsos voltarem.

- Não é da sua conta - ela falou, solenemente. Parecia uma pessoa totalmente diferente da que conversava comigo a segundos atrás. - Venham, quero lhes mostrar algo.

E então os três saíram pela porta em que entraram, Senka me jogou um último olhar mostrando os dentes antes de sumir.

- Filho duma...

───※ ·❆· ※───

Não fazia noção de quanto tempo estava sentada naquele lugar, mas no último mês, já não sabia se minhas articulações ainda estavam funcionando devido a falta de movimento. Deveria ser fim de março, de acordo com os avisos de Gennady ou qualquer outro que eu conseguia ouvir. Quase quatro meses que estavam me mantendo presa aqui.

Toda vez que alguém dava alguma falsa pista sobre o paradeiro de Harry meu coração acelerava e repetidamente errava as batidas. O via diariamente em meus sonhos e isso era doloroso, eu sentia sua falta, mais do que já sentira em toda minha vida. Ele me passava conforto, e mesmo que não estivéssemos em nosso melhor momento, segurança de uma forma tão acolhedora que seria incapaz de agradecê-lo algum dia por tanto.

Embora ele insistisse em dizer que eu o fazia sentir da mesma forma, duvidava sobre tal afirmação. Nunca conseguiria mostrar a Harry o bem que me fazia, o quanto seu toque, mesmo que mínimo, como um encostar de dedos, me faziam sentir correntes elétricas incessáveis. Borboletas voavam em minha barriga como se fugissem de algo quando seus lábios tocavam os meus, ou nossos olhos se encontravam. Desejar vê-lo e não poder, doía mais do que as cordas apertadas em torno dos meus pulsos.

Quando eu estava com ele, esquecia do resto. Quando era menor, gostava de fantasiar sobre o relacionamento da Lua e do Sol; eu tinha conversas noturnas com a Lua; ela me falava sobre o Sol e eu contava a ela sobre Harry. Eu o achei sem procurar e o amo sem tentar, é simplesmente natural e flui de maneira leve. Ele, seus olhos verdes e aquele sorrisinho com os dentes pequenos que me arrancam um milhão de sentimentos. Me apaixonei por ele no momento em que ele me tocou sem usar as mãos.

Não há uma maneira de explicar como cada palavra que ele diz, cada toque, cada sussuro despertam em mim a sensação de que o conheço de outras vidas, como se estivesse recordando de memórias que há muito tempo foram vividas por nós, e o modo como são lembradas envolvem meu coração de forma aborchonada. Qualquer lugar é o melhor se Harry estiver lá.

Mergulhei mais uma vez em milhões de pensamentos, quando Astreas entrou pela porta, Gennady que me vigiava, transformava pequenas flores em espinhos afiados quando se alertou, vendo a expressão no rosto da mulher.

- Acharam Potter.

Meu coração se contorceu no peito.

- Quê? Como assim? - Gennady ia ao encontra dela, que parecia furiosa.

- A gangue de Greyback o achou.

- Filhos da puta - Senka rugiu, dando um soco na mesa, a qual rangeu sob o peso de seu pulso.

- Estão o levando para a Mansão dos Malfoy - Astreas vinha até mim, desamarrando meus pulsos de forma manual e bruta.

Eu não era capaz de raciocinar bem então nem me dei ao trabalho de tentar a ajudar; a mulher me levantou e senti minhas pernas fraquejaram depois de tanto tempo sem ficar em pé. Parecia um bebê aprendendo a andar novamente e com todas as minhas veias em pulsação frenética, meus ouvidos incapazes de ouvir algo além de um longo e afiado zumbido, não percebia que se mantinha em pé apenas pela mão de Astreas em volta de meu braço.

- O que faremos então? - perguntou Senka.

- Vamos levá-la também.

___________________________________

oii gente, se passou mtt tempo em um capítulo só, tentei mostrar o ponto de vista do Harry e da S/n e espero de vdd q n tenha ficado confuso

o próximo vai ter mt coisa, to animada
acho q vou fzer o ponto de vista do harry nesses meses longe de vcs (pq foram muitos, minha nossa)

eu usei muita referência nesse capítulo:

talking to the moon
( i want you back, i want you back / or am i a fool, who sits alone, talking to the moon)

dark red
( don't give up me, please don't give up)

high enough
( i don't like anyone better than you, it's true, i'd crawl a mile in a disolate place with the snakes, just for you)

line without a hook
(it's a curse, and it's growing / i'm a wreck when i'm without you)

bad things
(bad things happen to the people you love, and you'll find yourself praying up to heaven above, but honestly i've never had much sympathy, cause those bad things always saw them coming for me)

safe inside
(i won't sleep 'til you're safe inside)

skins (effy)
(love love love. what is it good for? absolutely nothing)

Richard Kadrey, The Getaway God
(all these scars. the road map of my life. my armor)

Frank herbert
(nature does not make mistakes. right and wrong are human categories)

Walt Whitman
(we were together. i forget the rest)

S.I. Gray
(i have late night conversations with the moon; he tells me about the sun and I tell him about you)

Mary Anthony
(i found you without looking, and love you without trying)

eu usei referência de Lua e Sol nesse capítulo pq amo tanto gente sério, coisa mais linda 😭😭

bjo, fiquem bem <333

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