Por Bianca
Monica conseguiu com tanto custo o endereço da Debora, sairemos bem cedinho amanhã, a viagem é meio longa, mas vai valer à pena. Minha mãe deu vários sermões por eu estar viajando grávida e com o tempo que eu estou, mas Monica como sempre veio e confortou a minha mãe e disse que não me deixaria dirigir.
Liguei para o Lucas para saber como ele estava, mas já vi que dona Monica havia falado para ele que nós íamos viajar amanhã, ele tentou de todas as maneiras ir junto, mas eu disse que não, quem tinha que resolver isso era somente eu. Ele não gostou muito da minha resposta, mas aceitou mesmo assim. Liguei para Dr. Carolina se tinha algum problema da viagem, e ela me disse que não, se eu tomar cuidado e não ficar passando nervoso e descansar bastante na hora que chegar, que eu poderia ir tranqüila. Avisei a Monica se a Débora ligar para ela não comentar que nós estávamos indo para lá. Arrumei as malas e já alugamos um hotel próximo da casa da Débora, vamos só ficar uns três dias, e vou fazer de tudo para minha amiga me ouvir, mesmo sabendo que ela está sofrendo.
Acordei cedo, fiz minha higiene matinal, peguei as minhas malas e as deixei perto da porta, Monica está para chegar, esta marcado para sairmos daqui as seis da manhã, aproveito e tomo um café reforçado que minha mãe fez, e escuto todo as recomendação que ela faz. A campainha toca e minha mãe vai atender. Quando chego à porta, não acredito quem está parado.
- Lucas ????? - confesso que não sei se fiquei espantada por ele estar aqui ou porque ele é lindo. Tenho que parar com isso sei que esta na cara, mas também não preciso demonstrar tanto.
- Oi. - não sei vocês, mas já notaram como fica um cachorro quando faz algo que não devia e te olha com cara de lerdo, então, era isso que eu estava vendo, ai meu coração, ele acabou de afundar no meu peito. Talvez eu me arrependa do que vou fazer mais tarde. Lucas da um sorriso de lado, e joga o cabelo para traz com as mãos, Monica vai entrando já falando e meus olhos estão parados nele. Pareço um cachorro babando na carne.
- Ai Bia, desculpa!!! Mas ele insistiu tanto, que não teve jeito, quando eu o vi já estava parado com carro na frente da minha casa. Você me perdoa.
Fico sem reação na hora, meu coração está igual uma escola de samba, e Anelize percebe a presença dele e chuta bem forte a minha barriga. Coloco as minhas mãos na barriga e nem noto que ele colocou-a suas também.
- Ela está mexendo? - ele pergunta com sorriso bobo no rosto. E só confirmo com a cabeça.
- O que você esta fazendo aqui? - eu pergunto e nossos olhares se encontram, minha boca fica seca só com olhar dele. Isso por é só o olhar, prefiro nem imaginar o resto. Benditos hormônios.
- A Monica me falou que hoje vocês estavam indo ver a Débora, ai eu não pensei duas vezes e resolvi ir junto. - ele afasta a sua mão da minha barriga, e passa mão no meu rosto, sinto um formigamento na minha face onde ele passou.
- Mas Lucas... - ele não me deixa terminar, eu acho que ele tem o hábito de não deixar eu terminas a frase.
- Não tem nada de, mas, Bia, eu vou com vocês. Você querendo ou não. - autoritário, não.
- Tudo bem Lucas, você pode ir junto. - tai o possível arrependimento que havia falado. Monica bate as mãos igual a uma criança quando ganha um doce, eu olho para ela, e dizendo no meu olhar. Traíra.
- Ai amiga não fica brava comigo, pelo menos eu tenho com quem revezar na hora de dirigir.
Dei um leve sorriso para Monica, essa minha amiga não tem jeito, Dona Antonia ficou mais aliviada com a presença de Lucas nessa viagem.
Partimos e seguimos viagem, lógico que Lucas quis fossemos no carro dele, já que não deixou Monica vir com o dela, a viagem foi tranquila durou em torno de quatro horas, paramos em vários postos, como sempre a minha pequena tinha o seu objetivo de apertar a minha bexiga, e como sempre grávida não pode esperar. Lucas vinha a trás de mim para ver se estava tudo bem, e a Monica estava adorando o papel que ele estava fazendo e sempre tirando um sarrinho da cara dele, paramos no hotel que nós escolhemos e fomos informados que tinha apenas dois quartos para lugar. Lucas teria que dividir o quarto com uma de nós duas, Monica olha para mim já assustada, sabendo que ia sobrar pra mim. Lembra do arrependimento, ai esta ele, sabia que ia da merda.
- Eu divido o quarto com ele. - falo com recepcionista que olha pra ele, com certeza ela queria poder dividir o quarto. Sinto tremor pelo meu corpo, só de pensar que eu vou ter esse homem no meu quarto, já fico assustada, assustada? Será mesmo a palavra certa, ou, seria excitada. Ele já mexe muito comigo mesmo longe, agora imagina no mesmo quarto. Lucas mexe nos cabelos dele e faz um coque, meu Deus com esse homem só de mexer nesse cabelo já me deixa louca. Bianca se controla, chega, ele é seu cunhado e Nicolas mal partiu e eu já estou tendo esses pensamentos só pode ser essa gravidez. Hormônios. Subimos para o nosso quarto, Lucas não me deixou pegar a minha mala, Monica estava se divertindo com o nosso espetáculo, chegando quarto 101 ele abre a porta e me deixa entrar. Ate que em fim, vou poder descansar. Na hora que vejo só tem uma cama de casal, começo a passar a mão no meu pescoço. Ta de sacanagem. Ele vê o meu desconforto.
- Calma Bia, você pode ficar com a cama que eu durmo aqui no sofá.
- Mas você vai dormir esse três dias nesse sofá duro? - olho pro sofá e fico imaginando como um homem desse tamanho vai caber nele. - A cama da para nós três, eu não me mexo muito. - dou risada por usar a palavra três, acho que a dona Anelize já gostou da idéia de ter o tio perto, e eu também acho que gostei. Mentira claro que gostei. O que estou dizendo!!
-Se não tiver problema para você, por mim tudo bem. - claro que esta bem, safado. Minha vontade era de dizer.
- Sem problema nenhum a cama é bem espaçosa. - Ai meu pai se ele der mais um sorriso eu não sei que será da minha sanidade, começo a arrumar as coisas no quarto e Lucas arruma as dele na outra parte do guarda roupa, escuto a Monica me chamando na porta, autorizo ela entrar, quando ela vê que tem apenas uma cama de casal, ela só dá uma risadinha e vem perto de mim e fala baixinho, enquanto Lucas está do outro lado do quarto.
- Vocês dois vão dividir a mesma cama? Hummm, gostei.
- Fica quieta Monica, não é nada que você está pensando.
- Sei!!! Ah Bia da uma chance para o bonitão ai, ele está de quatro por você, e também tem que ver quando ele fala de você os olhinhos dele brilham.
- Você está vendo coisas Monica, estou aqui para resolver um problema e não querendo arrumar outro.
- Eu acho melhor você começar perceber que ele ama você, se não um dia ele vai cansar e desistirá. E candidatas é o que não falta. Você sabe disso.
Monica fala essas palavras, e eu olho para Lucas que esta arrumando as suas coisas, e as palavras dela ficam se repetindo na minha cabeça, será? Arrumamos todas as coisas do quarto e fomos ao nosso destino, Lucas iria deixar a gente lá e voltaria para o hotel, quando terminássemos ele voltaria para nos buscar, mas a Monica insistiu que não precisa e ele acabou concordando, chegamos na frente da casa da Débora, ela não me contou que o pai dela tinha uma bela casa, uma casa bem grande de dois andares, um jardim enorme e verde, no fundo tem um tipo de haras, com vários cavalos. Ela nunca comentou nada comigo e nem com a Monica, ficamos uma olhando para cara da outra, mas continuamos o nosso caminho. Chegamos perto da porta e Monica toma iniciativa e aperta a campainha, demora um pouco e quem nos atende é uma senhora de cabelos grisalhos que lembra um pouco a Débora, com leve sorriso ela olha para nós.
- Pois Não! - Ela tem sorriso tão cativante, que já gostei dela, mas Monica que fala primeiro.
- Oi, aqui que Mora Débora Gomes.
- É sim, Débora é minha filha, o que posso ajudar.
- É que nós somos amigas dela, ela está?
- Está sim, entrem que eu já vou chamá-la, ela está ajudando o pai na Baia a cuidar dos cavalos. Sentem, vocês querem alguma coisa? - A mãe de Débora olha para mim, e vem na minha direção.
- Nossa não tinha reparado, você está grávida minha filha? Quanto tempo?
- De oito meses, dona Gomes.
- Ai me desculpe, não me apresentei e pode retirar esse dona, por que os amigos da Débora são bem vindo na minha casa, meu nome é Madalena, mas pode me chamar de Mada e vocês como se chamam? - Monica faz a nossa apresentação.
- Eu sou a Monica e esta é a Bianca.
- Mas pode me chamar de Bia dona Mada.
- Menina, menina pode tirar esse dona, porque eu não sou dona de nada.
Fico vermelha como um pimentão, mas ela sorri e da uma palmadinha na minha mão, sentamos na sala, reparo que uma sala muito grande com vários quadro de cavalos e troféus por todos os lados, vejo que em cima de uma lareira, tem varia foto da Débora espalhada, fiquei perguntando o porquê ela largou tudo isso para viver em Nova York, Dona Mada volta com uma bandeja com sucos e bolachinha, os meu olhos até brilha em ver, nos servimos, e as bolachinhas estão uma delicia. Débora chega na sala toda animada.
- Mãe quem chegou... - ela para de falar e olha para mim e para Monica sem reação, mas seus olhos caíram direto na minha barriga, ela vem correndo para meu lado e me abraça e não agüento começo a chorar.
- Bia me desculpa, eu não queria me afastar de você, me desculpa, por favor.
- Não tem que se desculpar Deby, eu já estou sabendo de tudo.
Ela olha para Monica, e ela só confirma com cabeça, ela já tinha me contado tudo, eu a puxo para as um abraço.
- Se você tivesse contado para mim desde o começo.
- Não Bia, por favor, não fala mais nada, eu via nos olhos dele que ele te amava, e iria ser uma briga cruel, e quem sairá machucada nessa história seria eu. - Sentamos na sala, dona Mada nos deixou sozinha e continuamos conversar.
- Mas Deby, se você tivesse me falado desde o começo, eu iria me afastar, e você poderia tentar.
- Não Bia, eu não faria isso com você, só eu sabia como ele olhava para você, como ele descrevia você. Não era justo, e também eu via como você estava apaixonada por ele. E também se eu entrasse na frente não teria essa pequena recordação dele dentro de você. Ela toca a mão na minha barriga, e seguro a sua mão junto com a minha, e pego a mão da Monica.
- Mas você sabe, que independente do que acontecer com nós três nós nunca vamos nos separar. Somos as três Mosqueteiras, lembra. - Lembro de o Nicolas falar a um tempo atrás que nós éramos unidas e foi ele que nos deu esse apelido. Nós nos abraçamos, e Anelize quis ser presente, mexeu sem parar, a minha pequena esta feliz com aproximação da tia fujona, ficamos à tarde inteira conversando, Débora contou que não agüentou a partida do Nicolas, e precisava de um tempo, me contou que foi conversar com Lucas, e viu no olhar dele que ele está realmente apaixonado por mim, me orientou que eu deveria dar uma chance para ele, que mesmo vindo uma criança, ela precisará de uma imagem masculina no meu lado, e que eu tenho que cumprir o que o Nicolas pediu na carta.
Voltamos para o nosso hotel, dona Mada insistiu muito para que ficássemos por lá, mas falamos que Lucas estava no hotel nos esperando, marcamos amanhã de a gente ir almoçar lá, e Débora fez me prometer que eu iria levar o Lucas junto. Chego ao quarto e jogo a minha bolsa em cima do sofá, estou exausta, chamo Lucas por todo o quarto, penso que ele desceu comer alguma coisa no restaurante do hotel. Resolvo tomar um banho pára tirar todo esse cansaço, não tinha notado que banheiro tinha uma bela banheira antiga, resolvo ligar e colocar uns sais de banho que está em cima, tiro minha roupa e a jogo em um canto e entro logo em seguida, sinto que água está maravilhosa, me deito e fico sentindo essa sensação, relaxo todo o meu corpo que até minha pequena fica calma dentro de mim, vou fazendo movimentos com minha mão na barriga e conversando com minha pequena.
- Ai minha pequena não vejo ter você em meus braços. Seu pai iria adorar de te conhecer... - minha garganta fica apertada e sinto as lágrimas escorrendo.
- Mas ele deixou o que a de mais valioso, que é você. Você será amada pela sua avó Antonia, avô Otavio, avó Mariana, tio Léo, Tio Lucas, esse vai ficar louco com você e claro pelas tias Monica e Débora, e por mim logicamente, mesmo a mamãe não vendo a sua carinha, eu já te amo muiiiiiito meu amor.
Fico horas conversando com pequena, que não vejo que a porta se abre, levo um susto, e tento me cobrir, Lucas está parado e me observando.
- Lucas você não sabe bater na porta não!!!!
- Ai Bia desculpa, é que eu chamei você por todo lado e não me respondeu ai eu ouvi você falando com alguém, e entrei aqui, me desculpa. - ele esconde o rosto nas mãos e vai saindo do banheiro.
- Não tudo bem, é que você me deu um susto, e eu estava falando com minha filha.
Ele retorna, mas está virado de costa, me levanto e peço para ele pegar a toalha, ele me entrega mais continua de Costa. Saio da banheira e me enrolo na toalha, noto como a minha barriga está muito grande, a tolha só cobre uma parte do meu corpo, tudo para ajudar, peço licença, mas como os meus pés estão molhados dou uma escorregada, por pouco não caio no chão, Lucas me segura e quando vejo estou nua na frente dele, já que a toalha foi para chão. Ele me ajuda, pega a toalha e me cobre, mas vejo desejo no seu olhar, afinal ele é homem e não é cego.
- Se machucou Bia, está tudo bem?
- Não, está tudo bem, ainda bem que você estava aqui! - sinto a minha face queimar, nunca fiquei nua na frente de outro homem, pego as roupa e tento caminhar para banheiro, mas ele me segura.
- Se troca aqui mesmo, o banheiro está muito escorregadio eu me viro de costa para você não ficar constrangida. - ele cumpri o que ele falou, vejo que está nervoso, mexe toda hora no seu cabelo, e que cabelo, termino de trocar e autorizo ele virar, conversamos um pouco, mas a cena não sai da minha cabeça, e tenho certeza que da dele também não, eu vi que Lucas tinha desejo por mim, mas não sei o que faço, sento um pouco na cama enquanto ele foi tomar um banho. Mas quando vejo o cansaço me vence e acabo dormindo, só sinto alguém me ajeitando na cama, e me aprofundo no meu sono.
Acordo com um peso em cima das minhas pernas, quando olho é Lucas dormindo com uma das mãos na minha barriga, ai meu pai e agora?