𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿...

Per heatherpoetic

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Ela perdeu os pais muito nova, por motivos que nunca a foram revelados. Ele passou pelo mesmo, porém, a causa... Més

Apresentação
1. Você acha que nós gostamos?
2. Ordem da Fênix
3. É bom estar em casa
4. "Mas vocês estão diferentes um com o outro..."
5. Não me faça rir
6. Eu confio em você
7. Eu amo você
8. Obdormiscere
9. Claro que aceito
10. Jealousy
11. Corujal
12. Precisamos agir
13. Música?
14. Cabeça de Javali
15. A festa
16. Armada de Dumbledore
17. O jogo
18. Now you see her
19. A visão
20. Natal
21. Oclumência
22. Dia cheio
23. Parque de diversão
24. E quem vai dirigir Hogwarts?
25. Carência
26. As lembranças de Snape
27. Eles fazem falta
28. Gêmeos Weasley
29. N.O.M.S
30. Ministério da Magia
31. A profecia perdida
32. Unbelievable
6° ano
1. Ela não vai estar sozinha
2. Harry?
3. Do céu ao inferno
4. You make me feel
5. A fuga de Draco
6. O clube de Sluge
7. Príncipe Mestiço
8. Acidinhas
9. Insegurança
10. Sempre vocês quatro
11. Jogo de Quadribol
12. O baile
13. O álbum
14. Envenenado
15. Ele pode ser confuso as vezes
16. Horcruxes
17. O colar de Libitina
18. Quarteto de ouro
7° ano
1. Batalha no Céu
2. Feliz Aniversário Harry
3. O testamento de Dumbledore
4. O casamento
5. Promessas
6. R.A.B
8. Ministério
9. To love you is easy
10. Você não tem família
11. Eu prometi
12. Xenofílio Lovegood
13. Cada átomo que me constitui
14. O melhor erro que já cometi
15. Gringotes
16. A Guerra
17. Júpiter e Saturno
18. A batalha final
19. Os dias de cão acabaram
Pós Guerra
1. Um novo começo
2. O Casamento
3. Honeymoon
Epílogo
Agradecimento

7. Ela não...

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Per heatherpoetic

Dias como os que tivemos ontem se tornaram inexistentes ao decorrer da semana. A atmosfera augorenta começou a se intensificar quando dois Comensais da Morte se postaram em frente à casa, vigiando-a.
Monstro não voltou no dia seguinte, nem depois... tudo o que faziamos era esperar alguma notícia do elfo.

- Esse lugar está ocupado? - perguntei.

- Isso é o meu colo...

- Eu sei o que eu disse.

Harry demorou um pouco para entender mas logo abriu um sorriso, me puxando para sentar em seu colo. O menino me abraçou por trás. Ron ultimamente desenvolveu um hábito horrível de ficar brincando com o desiluminador dentro do bolso; isso irritava principalmente Hermione.

- Dá pra parar?! - irritou-se a menina; ela estava lendo Os contos de Beedle.

- Desculpe, não é como se eu controlasse - se defendeu o ruivo.

- Então procure algo para fazer!

- Ah como se você estivesse fazendo muita coisa! - vociverou Ron.

- Eu estou estudando o livro que Dumbledore deixou para mim!

Eu e Harry nos entreolhamos e levantamos ao mesmo tempo, indo para a cozinha. Ultimamente os dois voltaram a brigar pelos motivos mais banais possíveis.
No meio da escada entretanto, ouvimos um batida na porta da frente, e em seguida a corrente se destrancando. Gelei sacando minha varinha enquanto Harry se colocava a minha frente, sua varinha também já em mãos, apontada para o hall de entrada.

A porta abriu e um vulto de capa entrou sorrateiro na casa, fechando a porta. O intruso deu um passo à frente e a voz de Moody perguntou:
- Severo Snape?

- Não fui eu que o matei, Alvo - respondeu a voz baixa.

Então o vulto de pó se desfez e se espalhou por todos os lados. Harry apontou a varinha para o meio da nuvem, ainda com o braço esquerdo em minha frente.

- Não se mexa! - ele ordenou, mas imediatamente o retrato da Sra.Black se abriu e a bruxa começou a gritar: - Sangues ruins e escória desonrando minha casa...

Ron e Hermione desceram atrás de nós reboando pela escada, as varinhas apontadas para o estranho no corredor, as mãos para o alto.

- Guardem as varinhas, sou eu, Remus!

- Ah, graças aos céus! - exclamou Hermione em voz baixa, dirigindo a varinha para a Sra.Black, fechando as cortinas. Ron também baixou a varinha, mas Harry e eu não.

- Apareça! - falou Harry. Remus deu um passo para a luz com as mãos para o alto em gesto de rendição.

- Sou Remus John Lupin, lobisomem, também conhecido como Moony, um dos quatro criadores do mapa do maroto, casado com Ninfadora, mais conhecida como Tonks, eu o ensinei a produzir um Patrono, Harry, que assume a forma de um veado, e já lhei contei, S/n, como se transformar em animago, mesmo você tendo total consciência de ser ilegal.

- Você é um animago?! - se espantou, Hermione.

- Quê? Não, eu só estava curiosa... só isso - respondi, me sentindo estranhamente constrangida.

- Tudo bem - disse Harry, baixando a varinha -, tinhamos de verificar, não?

- Na qualidade de seus antigos professor de DCAT, concordo plenamente que precisassem verificar. Ron, Hermione, vocês não deviam ter baixado a guarda tão rapidamente.

Corremos em direção ao professor. Eu o abracei e Remus retribuiu o gesto, me erguendo a poucos centímetros do chão.

- Estão todos bem? - perguntei.

- Estão - confirmou Remus -, mas vigiados. Há uns dois Comensais da Morte no largo aí em frente...

- ...sabemos...

- ... precisei aparatar exatamente no último degrau à frente da porta para garantir que não me vissem. Não sabem que vocês estão aqui, ou tenho certeza que postariam mais gente lá fora; estão tocaiando todos os lugares que têm alguma ligação com vocês S/n e Harry. Vamos descer, tenho muito que lhes contar e quero saber o que aconteceu depois que saíram d'A Toca.

Descemos então até a cozinha, onde Hermione apontou a varinha para a lareira; as chamas subiram, dando a ilusão de aconchego ao ambiente frio. Remus tirou algumas cervejas amanteigadas debaixo da capa de viagem e todos se sentaram.

- Eu teria chegado aqui há três dias, mas precisei me livrar do Comensal que estava me seguindo - comentou Remus. - Então, vocês vieram direto para cá depois do casamento?

- Não - respondeu Harry -, só depois de toparmos com dois Comensais em um bar na Tottenham Court.

- E acabamos encontrando os pais de S/n - completou Hermione.

- Darya e Monty - suspirou Remus. - Eles estão...

- Você tem alguma notícia deles? - perguntei, ansiosa.

- Não, sinto muito. Tudo o que sei é que foram vistos pela última vez na Piccadilly. Desde então não mandaram mais notícias.

Meu corpo gelou. Bebi mais um gole da cerveja amanteigada para empurrar o nó que se formara em minha garganta.

- Eles são bons, S/n - falou Remus, após um tempo - Acho que serão necessários mais do que Comensais da Morte para assustá-los. Fora que eles tem mais com o que se preocupar do que procurar por seus "tios".

Harry colocou a mão sobre minha coxa por debaixo da mesa, tentando passar algum tipo de tranquilidade ou conforto. Olhei para ele e sorri fracamente sem mostrar os dentes.

- Finalmente reataram, então?

- O quê? - se assustou Harry - S/n te contou que haviamos terminado?

- Não - respondeu Remus, tranquilamente - Mas conheço vocês dois o suficiente para saber quando estão tristes. Quando transportamos vocês da casa dos tios de Harry ambos pareciam distantes, e n'A Toca também. Então, reataram ou não?

- Reataram, reataram - falou Ron, apressado. - Conte o que aconteceu depois que saímos, não soubemos de nada desde que papai nos avisou que a família estava bem.

- Bem, Kingsley nos salvou. A maior parte dos convidados pôde desaparatar antes da invasão.

- Eram Comensais da Morte ou gente do Ministério? - interrompeu-o Hermione.

- Não faz diferença, agora os dois são a mesma coisa. Eram uns doze. Arthur ouviu um boato que procuraram descobrir o paradeiro de vocês, torturando Scrimgeour antes de matá-lo; se for verdade, ele não os traiu.

Harry e eu trocamos um olhar, nossos rostos em uma mescla de choque e gratidão. Não simpatizava muito com Scrimgeour, mas, se o que Remus dizia fosse verdade, o último gesto do homem fora nos proteger.

- Por que estão se dando o trabalho de inventar desculpas para descobrir o paradeiro de Harry e S/n por meio de tortura? - perguntou Hermione, com um fio de irritação na voz.

Remus hesitou um momento, então tirou da capa um exemplar dobrado do Profeta Diário.

- Leiam - disse, empurrando o jornal para Harry do outro lado da mesa -, vocês irão saber mais cedo ou mais tarde. É o pretexto que estão usando para procurar vocês.

Harry abriu o jornal. Me inclinei para ler e vi uma enorme fotografia nossa na primeira página.

PROCURADOS PARA DEPOR SOBRE A MORTE DE ALVO DUMBLEDORE

Ron e Hermione gritaram indignados.

- S/n não estava comigo quando sai da Torre - disse Harry.

Remus riu, uma risada cansada e rouca.

- Você acha que eles ligam para fatos verdadeiros, Harry? Tudo o que querem é descobrir onde vocês dois estão, diante deles a verdade é apenas uma palavra sem importância neste momento.

Remus continuou a falar, dizendo que agora aqueles que haviam ficado do nosso lado estavam receosos e duvidando de nossa real intenção contra Voldemort. Contou também que o Ministério criou a chamada "Comissão de Registro dos Nascidos Trouxas", onde os mesmos são chamados para uma audiência, e caso não comprovem alguma ancestralidade bruxa, os mesmos serão extirpados.

Ron olhou para Hermione.

- E se os sangues-puros e os mestiços jurarem que um nascido trouxa faz parte da família? Eu direi a todo mundo que Hermione é minha prima...

Hermione pôs a mão sobre a mão de Ron e apertou-a.

- Obrigada Ron, mas eu não poderia deixar...

- Você não terá escolha - disse Ron, segurando a mão dela. - Eu a ensino a reconhecer a minha árvore genealógica e você poderá responder às perguntas deles.

Hermione deu uma risada gostosa.

- Ron, estamos fugindo com Harry e S/n, as pessoas mais procuradas deste país, acho que isso não tem importância.

Harry olhava para mim e pude ver uma sombra de culpa passar por seus olhos verdes. Coloquei a mão em seu ombro e balancei a cabeça desdenhosamente querendo dizer "não se preocupe". Após um longo momento de silêncio, Remus tornou a falar:

- Eu compreenderei se vocês não puderem confirmar - ele olhou de mim para Harry, novamente - mas a Ordem está desconfiada de que Dumbledore lhes confiou uma missão.

- Confiou, e Ron e Hermione a conhecem e vão nos acompanhar - falou Harry, colocando sua mão sobre a minha.

- Vocês pode me contar qual é a missão? - ele perguntou diretamente para mim.

Hesitei por um momento, queria por tudo dar outra resposta a ele, mas não havia.

- Não podemos, Moony, lamento. Se Dumbledore não lhe revelou, acho que também não posso.

- Supûs que essa seria a sua resposta - disse Remus, desapontado. - Ainda assim, eu poderia lhes ser útil, poderia acompanhá-los para lhes fornecer proteção. Não haveria necessidade de me dizer exatamente o que pretendem.

Harry olhou para mim, hesitante. Era uma oferta tentadora.

- E Tonks? - perguntou Hermione, de repente.

- Que tem ela?

- Bem, vocês são casados! O que ela está achando dessa sua viagem conosco?

- Tonks estará perfeitamente segura. Na casa dos pais dela.

O tom de Remus foi estranho; quase frio.

- Remus - perguntei, hesitante -, está tudo bem... entende... entre você e...

- Tudo está ótimo, obrigado - respondeu ele, enfaticamente.

Levantei as sombrancelhas. Houve uma segunda pausa, inoportuna e constrangedora, então Remus acrescentou com ar de quem era forçado a admitir algo desagradável:

- Tonks vai ter um bebê.

- Ah, que maravilhoso! - guinchou Hermione.

- Excelente! - disse Ron, entusiasmado.

- Parabéns - acrescentou Harry.

Eu não o parabenizei de imediato. Não por falta de empatia ou algo do tipo, mas por uma certa decepção. Encarei o rosto do homem que tanto gostava e Remus deu um sorriso forçado, mas logo desconversou:
- Então... aceitam a minha oferta? Os quatro poderiam ser cinco?

- Só... só para deixar bem claro - falei, séria. - Você quer deixar Tonks na casa dos pais e nos acompanhar?

- Tonks estará perfeitamente segura, eles cuidarão dela! Harry, tenho certeza que James iria querer que eu estivesse ao seu lado...

- Bem - disse Harry, lentamente -, eu não. Tenho certeza que o meu pai iria querer saber por que você não vai ficar ao lado do seu próprio filho.

A cor sumiu do rosto de Remus.

- Você não entende - disse o bruxo mais velho.

- Explique, então - falei.

- Cometi um grave erro me casando com Tonks. Agi contrariando o meu bom-senso, e tenho me arrependido muito desde então. Acho... acho que tudo foi rápido demais, eu estava com muitos problemas pessoais... tinha acabado de perder alguém pelo qual tinha sentimentos...

Respirei pesadamente. Sei o quanto deveria ser difícil para Remus falar sobre Sirius... afinal eles tinham algo, não sério, mas tinham. A questão é que ele também havia se apaixonado por Tonks... não era justo fazer isso com a moça.

- Entendo, então você vai simplesmente abandonar Tonks e o filho e fugir conosco? - disse Harry.

Remus se pôs repentinamente de pé: a cadeira tombou para trás e ele nos encarou com ferocidade.

- Você não entende o que fiz à minha mulher e ao meu filho que vai nascer? Eu jamais devia ter casado com Tonks, eu a transformei em uma pária! Até a família dela se desgostou com o nosso casamento, que pais querem ver a única filha casada com um lobisomem? E o filho... se, por milagre, ele não for como eu, então estará mil vezes melhor sem um pai do qual sempre se envergonhará!

Me levantei também, Remus parecia muito descontrolado. Seu peito subia e descia rapidamente, ofegante.

- Remus! - sussurrou Hermione, os olhos marejados de lágrimas. - Não diga isso, como uma criança poderia ter vergonha de você?

- Não sei, Hermione - falei, séria. - Eu teria muita vergonha do Professor Lupin.

- Desde quando você me chama de Professor Lupin? - murchou Remus, se acalmando um pouco.

- Desde quando você se acovarda por medo? - repliquei.

- Olha, meu pai morreu tentando proteger a mim e minha mãe, e você acha que ele lhe diria para abandonar seu filho e nos acompanhar em uma aventura? - protestou Harry, que também se levatara.

- Como... como se atreve? - disse Remus, retomando o ar furioso. - Não se trata de um desejo de... correr riscos ou obter glória pessoal... como se atreve a comparar...

- Remus, não queremos discutir com você, ainda mais por algo que você deveria saber ser certo e não nós - o interrompi.

Novamente o silêncio quente se apossou do ambiente.

- Você não entende... - disse ele, se sentando na cadeira - Não posso correr o risco de colocar Tonks e nosso filho em perigo... simplesmente não posso.

Olhei para Harry; ele também entendera que frase do bruxo fora parecidíssima com a sua, dias atrás. Fui até seu lado e coloquei a mão sob seu ombro, apertando-o.

- Você sabe que eles estarão mais seguros com você, Remus - murmurei - Você é um dos melhores e mais inteligentes bruxos que já vi, tenho certeza que o pai de Harry não gostaria de ver um de seus melhores amigos abandonando a esposa e o filho.

Os olhos dele subiram para mim. Assenti levemente com a cabeça e ele suspirou, levantando-se.

- Se cuidem - ele disse, e com uma menção de sorriso sem graça saiu. Harry veio até mim, passando o braço por minha cintura. Suspirei e descansei a cabeça em seu peito, ele se virou para me abraçar de frente quando ouvimos um estampido no ar e um homem apareceu, sendo segurado por seis perninhas.

- Monstro retornou com o ladrão Mundungo Fletcher, meus senhores.

Mundungo se desvencilhou com dificuldade e sacou a varinha; eu, no entanto, fui mais rápida.

- Expelliarmus!

A varinha de Mundungo saiu voando pelo ar e eu a recolhi.

- O que estão querendo? - berrou. - Mandando três elfos atrás de mim?!

- S/n, minha senhora!

- Maggie! - admirei-me, estendendo a mão para a elfo - Como chegou aqui?

- Dobby a trouxe, Srta.Bennet - justificou o elfo, os dois subiram na mesa - Dobby só estava querendo ajudar. Dobby viu Monstro no Beco Diagonal, o que deixou Dobby curioso e aí... Dobby viu Monstro mencionar os nomes de Harry Potter e S/n Bennet.

Maggie tentava segurar no ombro dele, que se desvencilhava da mesma; Monstro também subiu em cima da mesa retangular e velha.

- Dobby viu Monstro falando com o ladrão Mundungo - continuou.

- Eu não sou ladrão seu... idiota! - ele fez menção de avançar na criatura mas Hermione apontou a varinha para o mesmo - Sou um vendedor! De objetos raros e fantásticos.

- Todo mundo sabe que você é um ladrão, Mundungo - falou Ron, se aproximando de nós.

- Sr. Weasley! - exclamaram Maggie e Dobby, contentes em vê-lo. O ruivo estendeu a mão para que eles o comprimentassem - Que bom ver você novamente - completou Dobby.

Mundungo se encolhia à um canto da cozinha. Nós o cercavamos com as varinha em mãos.

- Entrei em pânico naquela noite, tá legal? - ele vociverou, se sentando na poltrona velha que estava atrás de si - Tive culpa do Olho-Tonto ter caído da vassoura?!

- Não estamos interessados em suas razões para abandonar Olho-Tonto - falei. - Nós já sabíamos que você não prestava.

- Então, por que diabos estou sendo caçado por elfos domésticos?

Ouvi um som de pezinhos apressados, um lampejo de cobre reluzente, uma batida metálica e ressonante e um grito de dor: Monstro tinha corrido até Mundungo, acertando-o na cabeça com uma frigideira.

- Monstro! - falei com a vontade de rir impedindo meu tom de se manter sério.

Os braços finos de Monstro estremeceram sob o peso da frigideira que segurava no alto.

- Só mais uma vez, minha senhora, S/n, para dar sorte.

Ron riu.

- Precisamos dele consciente, Monstro, mas, se houver necessidade de persuadi-lo, você fará as honras da casa - falou Harry.

- Muito, muito obrigado, meu senhor - disse Monstro com uma reverência, e recuou alguns passos, seus grandes olhos claros ainda pregados em Mundungo, com repugnância.

- Escute! - continuou Harry, apontando a varinha para o bruxo - Quando você vasculhou esta casa, não negue, você encontrou um medalhão, não foi?

- Por quê? Era valioso?

- Ainda está com você? - questionou Hermione.

- Não ele só quer saber se vendeu barato - disse Ron, com perspicácia.

- Pô, eu praticamente dei esse troço - resmungou Mundungo. - Eu estava lá, vendendo coisas no Beco Diagonal e a mulher chega pra mim e pergunta se eu tenho licença para negociar artefatos mágicos. Uma desgraçada metida. Ia me multar, mas gostou do medalhão e disse que ia levar e deixar barato daquela vez e que eu me desse por feliz.

- Quem era a mulher? - perguntei.

- Não sei, uma megera do Ministério... nanica, laço rosa na cabeça - ele franziu mais um pouco a testa e acrescentou - Cara de sapa.

Minha expressão endureceu e qualquer traço que eu tinha pareceu se extinguir do meu rosto.

- Merda...

O rosto de Harry se empalideceu e ele se virou para nos olhar, os quatro em choque. As cicatrizes no dorso da minha mão pareciam estar formigando outra vez.

...

Mais tarde, naquela mesma noite Harry estava muito inquieto. Eu dividia um sofá com ele enquanto Hermione deitava-se no outro; Ron persistiu para que a menina usasse o mesmo e ele acabou ficando no saco de dormir, estendido no chão.

Harry se virou pela décima vez e começou a acariciar meu ombro, depositando um beijinho no mesmo.

- O que está acontecendo? - murmurei.

- Como assim? - ele sussurou de volta.

- Como assim que você está parecendo uma minhoca do tanto que se meche! Está desconfortável?

- Não! Claro que não, eu só estou sem sono...

Me espremi no sofá estreito e me virei para ele, colocando meu rosto por baixo da bochecha sobre o travesseiro. Harry começou a passae a mão por meu cabelo.

- Não queria ter te acordado, desculpa.

- Não tem problema - murmurei - Agora... se quiser, pode me falar o que está tirando seu sono.

- Não queria que você tivesse levado a culpa por Dumbledore.

- Meu amor, não começa - supliquei, gentilmente - Isso não faz muita diferença agora, temos coisas mais importante para nos preocuparmos.

Ele fez que sim com a cabeça mas senti que isso não era tudo.

- O que mais?

- Hūm?

- Isso não é tudo, é?

Ele hesitou antes de responder.

- Bem... não - murmurou, ainda acariciando meu cabelo delicadamente - Você acha que conhecia Dumbledore? Quero dizer, de verdade.

Suspirei.

- Não. Acho que nunca conhecemos realmente alguém que só convivemos ao longe, como acontecia com ele. Dumbledore nos ajudou, Harry, mas não quer dizer que tenha sido algo grandioso... bem, ele sabia da profecia então era meio que sua obrigação nos auxiliar, não? Fora que ele nos deixou meio que a deriva com essas Horcruxes...

"Dumbledore é um homem bom, mas ele mente" - me lembrei das palavras de Seraphina.

- E com tudo o que o profeta anda dizendo... não sei, sabe. É estranho.

Coloquei minha mão sobre sua bochecha, acaricando-a levemente com meu dedão.

- Sei que você gostava muito dele.

Harry não disse mais nada após isso, apenas ficou olhando por cima do meu ombro, em direção a janela escura ao longe da sala.

- O que está pensando em fazer sobre o colar? - murmurou ele após um tempo.

- Não sei... mas... - suspirei vamos deixar esse assunto de lado... depois do que minha mãe falou não tenho mais tanta certeza disso. Fora que aquilo pode ter sido só um sonho, um muito esquisito mas não deixa de ser sonho. As Horcruxes são mais importantes.

- Tem certeza?

Fiz que sim com a cabeça.
Passado alguns segundos eu me virei para frente novamente, Harry logo me abraçou, seu braço acariciando minha barriga por debaixo da blusa.

Eu estava quase dormindo, quando ouço Harry murmurar algo como "Não vou deixar nada acontecer com você". Meu coração ficou mais quentinho com isso embora ainda sentisse uma pontada de culpa por ele se preocupar tanto e muitas vezes esquecer de si mesmo.

Continua llegint

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