𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿...

By heatherpoetic

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Ela perdeu os pais muito nova, por motivos que nunca a foram revelados. Ele passou pelo mesmo, porém, a causa... More

Apresentação
1. Você acha que nós gostamos?
2. Ordem da Fênix
3. É bom estar em casa
4. "Mas vocês estão diferentes um com o outro..."
5. Não me faça rir
6. Eu confio em você
7. Eu amo você
8. Obdormiscere
9. Claro que aceito
10. Jealousy
11. Corujal
12. Precisamos agir
13. Música?
14. Cabeça de Javali
15. A festa
16. Armada de Dumbledore
17. O jogo
18. Now you see her
19. A visão
20. Natal
21. Oclumência
22. Dia cheio
23. Parque de diversão
24. E quem vai dirigir Hogwarts?
25. Carência
26. As lembranças de Snape
27. Eles fazem falta
28. Gêmeos Weasley
29. N.O.M.S
30. Ministério da Magia
31. A profecia perdida
32. Unbelievable
6° ano
1. Ela não vai estar sozinha
2. Harry?
3. Do céu ao inferno
4. You make me feel
5. A fuga de Draco
6. O clube de Sluge
7. Príncipe Mestiço
8. Acidinhas
9. Insegurança
10. Sempre vocês quatro
11. Jogo de Quadribol
12. O baile
13. O álbum
14. Envenenado
15. Ele pode ser confuso as vezes
17. O colar de Libitina
18. Quarteto de ouro
7° ano
1. Batalha no Céu
2. Feliz Aniversário Harry
3. O testamento de Dumbledore
4. O casamento
5. Promessas
6. R.A.B
7. Ela não...
8. Ministério
9. To love you is easy
10. Você não tem família
11. Eu prometi
12. Xenofílio Lovegood
13. Cada átomo que me constitui
14. O melhor erro que já cometi
15. Gringotes
16. A Guerra
17. Júpiter e Saturno
18. A batalha final
19. Os dias de cão acabaram
Pós Guerra
1. Um novo começo
2. O Casamento
3. Honeymoon
Epílogo
Agradecimento

16. Horcruxes

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By heatherpoetic

⚠️: Contém cenas que pode ser desconfortáveis para algumas pessoas.

A semana seguinte correu tranquila, os testes de aparatação se aproximavam, e, embora eu já conseguisse aparatar não poderia fazê-los.

Dobby e Monstro relataram que Draco visitava a Sala Precisa diversas vezes, colocando outros alunos para vigiar o corredor enquanto ele estava lá dentro. Harry, previsivelmente ficou mais obcecado por isso, querendo por tudo nesse mundo descobrir o que o menino tanto fazia lá.

O final de semana chegou, e com isso os sextanistas que iriam completar dezessete até abril se arrumavam para as aulas práticas em Hogsmeade. Hermione e eu nos afastamos um pouco dos meninos e a mesma cochicou para mim:

- Você poderia tentar falar com ele hoje.

- Depois de Harry acho muito difícil que ele seja maleável a respeito disso. - respondo, segundos antes de morder uma rosquinha.

- S/n, pense bem. - a menina disse, arrancando a rosquinha da minha mão e dando uma mordida - Com todos esses boatos de você também ser "a escolhida", ter relação com a profecia, ser a "guardiã do mundo bruxo" ou qualquer asneira que estejam dizendo à seu respeito... tudo isso lhe dá uma vantagem sobre Slughorn. Ele adora Harry, mas...

- Nunca subestime a persuasão de uma mulher. - falamos ao mesmo tempo.

- Mione, vamos! - gritou Ron e os dois sairam pelo portão acompanhados de outros alunos.

- Vai fazer o que agora? - ele perguntou enquanto entrávamos no castelo novamente.

- Vou tentar falar com Slughorn.

- A gente podia brincar um pouco, né? - ele fala, em tom maroto - Temos o dia todo, você pode falar com ele mais tarde...

Não respondi por um longo momento mas me vi rindo quando o menino me prendeu contra a parede, o corredor estava vazio e eu tapava a boca evitando que mais uma gargalhada escapasse.

- Amor, eu realmente preciso falar com ele.

- E eu preciso de você... agora, se é pra ser direto.

Estudei aquelas esmeraldas verdes, que intercalavam entre meus olhos e minha boca. Harry estava muito perto então conseguia sentir sua respiração em meu rosto, o que me causou arrepios bons.

- Onde? - perguntei.

O menino sorriu e me beijou de forma voraz, esmagando seus lábios contra os meus. Inverti nossas posições, empurrando Harry contra a parede. Ele soltou um pequeno e falho arfar com o atrito mas abafei o mesmo com outro beijo, dessa vez mais intenso e nessecitado que o anterior.

- Sala Precisa. - ele balbuciou e me afastei, pegando em sua mão e saindo correndo em direção ao sétimo andar.

Dessa vez foram os meus pensamentos que fizeram a mesma abrir, relevando o meu próprio quarto, sorri confusa quando vi o cômodo.

- Meu amor, eu sempre admirei sua criatividade! - ele comentou divertido enquanto me abraçava por trás.

- Besta. - murmurei segurando o riso e me virei para ele. O menino tirou as mãos da minha cintura, as pousando em meu rosto e puxando o mesmo para que nossos lábios se tocassem. Enquanto sua língua explorava minha boca recoloquei suas mãos no lugar em que estavam antes, e ele passou a apertar a região, subindo habilmente para meus seios.

Harry caminhou para frente de forma desengonçada e me vi obrigada a andar para trás, caindo na cama. O garoto rapidamente veio por cima de mim e, apoiada nos cotovelos deslizei na cama. Após arrancar a blusa, me oportunizando uma vista completa de seu abdômen, ele selou nossos lábios num beijo estalado e desceu para meu pescoço, chupando e mordiscando o lugar com destreza. Harry sabia o que fazer, sabia onde encontrar meus pontos fracos e isso se provou evidente com meus arrepios, me deixando totalmente a mercê de seus toques.

- Isso aqui está atrapalhando um pouco, não acha? - ele se referia a minha blusa, que rapidamente foi desabotoada e jogada no chão do quarto, me deixando apenas de sutiã.

Enquanto nossos lábios se entrelaçam novamente, coloquei as pernas nas laterais do corpo do menino e inverti nossas posições, ficando por cima do mesmo. Voltei a beijá-lo. Suas mãos apertavam minhas nádegas com luxúria, enquanto arfava em consequência dos chupões que eu distribuía em seu pescoço.

Me reergui para encarar o menino, ele estava ofegando e sua ereção era claramente visível em baixo de mim. Ele desabotou o feiche do meu sutiã com destreza e contemplou faminto meus seios, inteiramente visíveis agora. Harry abocanhou um mais rápido do que consegui ver, ergui levemente a cabeça para trás, segurando em seu ombro.

Ele chupava meus mamilos com um certo desespero enquanto a outra mão circundava pelo outro, gemia com a força que era distribuída pela boca do menino nos mesmos. Era muito bom e assustadoramente excitante, não sei por quanto tempo ficamos naquilo e muito menos como minha calcinha ficou tão molhada.

- Acho que... - balbuciei, tentando formar palavras coerentes - acho que podiamos ir além disso...

Ele subiu a cabeça e enquanto me olhava molhou os lábios, me peguei desejando os mesmos passeando pelo meu corpo. Ele segurou em minha bunda e nos virou novamente, em outra situação eu teria impedido mas eu estava tomada pelo tesão, pensar em dificultar as coisas não era algo plausível no momento.

Ele passou as mãos pelas minhas coxas, entrando por debaixo da minha saia e puxando minha calcinha, que deslizou por minhas pernas até os pés, onde a chutei para qualquer lugar. Harry se levantou e tirou o cinto rapidamente, enquanto retirava a calça eu me livrava da minha saia; as peças foram arremessadas para o chão nos deixando completamente nús um para o outro.

Potter se ajoelhou em minha frente, separando meus joelhos e abrindo minhas pernas com uma delicada brutalidade. Ele pegou seu comprimento e começou a se masturbar, gemendo com os olhos fechados. Aquela visão somada a espera estavam me deixando completamente louca. Antes que protestasse Harry enfiou dois dedos para dentro de mim, me fazendo gritar, ele ainda não havia parado com os movimentos em seu próprio pênis.

Uma onda inebriante de prazer me invadia aos poucos, mas senti um desejo avassalador de ter o menino dentro de mim o mais rápido possível. Ele diminuiu os movimentos e agarrei seu pulso.

- Potter, onde você quer chegar com isso?

Ele sorriu maroto.

- Você quer tanto assim? - ele se inclinou sussurando em meu ouvido.

- Você que me chamou para tranzar, querido.

- Chamei. - ele falou, rouco, esfregando seu membro para cima e para baixo em minha intimidade, sem enfiá-lo. - Mas agora parece que você está nessecitada, não?

- Não brinque comigo, Potter. - suspirei, meus quadris agora se mechiam buscando mais contato.

- Por quê? - ele perguntou, desafiador.

"Porque você simplesmente não me fode logo" pensei.

Ele riu com escárnio.

- Que pensamentos imundos, Bennet.

Revirei os olhos, agora eu mesma guiava o membro de Harry, se esfregando em minha intimidade, ele não iria aguentar por muito tempo, isso era visível através dos gemidos incompletos e escassos que soltava.

- Saia da minha cabeça e foque na sua. - crucitei - De preferência essa de baixo.

O menino me olhou, sorrindo de lado. Me ergui tirando seus óculos e colocando em mim mesma, e de repente ele enfiou todo o comprimento em meu interior. O senti me preencher por inteiro enquanto o ele estocava lentamente, fazendo seu escroto se chocar com minha vagina. O barulho de nossas peles em um contato frenético juntaram-se com nossos gemidos, se propagando no ambiente.

Ele apertava minha cintura com uma mão, e a outra foi para meu pescoço enquanto ele aumentava a velocidade, indo cada vez mais fundo. Agarrei suas costas involuntarimente, arranhando sua pele com minhas unhas não tão grandes para causar machucados mais sérios. O menino juntou nossa testas.

- S/n... ah... - ele gemeu, seus lábios entrabertos nos meus, senti uma onda elétrica percorrer meu corpo com aquilo.

Ele continuou a ir e vir com seu pau dentro de mim, o tirando e enfiando quase que na mesma proporção. Nossos corpos se chocando com agressividade e os gemidos do menino a minha frente me faziam revirar os olhos.

- Pott- isso... eu vou... - tentei avisar mas da minha boca saíram apenas gemidos semelhantes a palavras, afundei os dedos em suas costas e senti meu corpo todo amolecer, enquanto sentia a onda do prazer me invadir de uma forma imensurável.

Ele continuou estocando por alguns minutos, o que me fazia soltar espasmos, mesmo já tendo gozado. Harry se desfez dentro de mim, soltando a cabeça na curvatura do meu pescoço. Ofegante e suado ele despencou ao meu lado, nossos peitos subindo e descendo em busca de ar.

- Harry... - murmurei, cansada - a... a varinha...

Ele não respondeu imediatamente, se apoiou nos cotovelos e passou a contemplar meu corpo.

- Queria você de quatro. - ele murmurou e eu arregalei os olhos.

- Mas você acabou...

- Eu sei, eu acabei de gozar. - ele me interrompe - Você têm esse efeito em mim...

Olhei para o menino e percebi que ele ficara duro novamente, estava sensível pelo recém orgasmo mas aquelas palavras me estimularam. Me posiciei e Harry rapidamente se colocou atrás de mim. O mesmo passou a distribuir beijos suaves por minhas costas enquanto roçava seu membro em minhas nádegas. Após segundos irritantes de provocações, Harry finalmente se empurrou para dentro de mim, ambos arfamos com a penetração.

Ele segurou meus quadris, forcando-se para dentro e para fora, de forma lenta, provavelmente para não me machucar ou algo do tipo. Embora soubesse que poderia me arrepender depois, me empurrei contra ele, fazendo o menino gemer alto. Ele entendeu a deixa e aumentou a velocidade.

Com um xingamento bateu em minha bunda, me fazendo gemer e agarrar os lençóis ao meu lado. As estocadas foram se aprofundando e aumentando cada vez mais, ao ponto em que meu corpo se impulsionava para frente e para trás.

- Bennet... nossa... a-ah... - seus gemidos soavam roucos, o que inebriava meus sentidos.

Ele agarrou meu cabelo, o prendendo em uma espécie de rabo de cavalo enquanto a outra mão apalpava minhas bunda, deixando possíveis marcas. Harry estendeu a mão para baixo e começou a esfregar meu clitóris, me arrancando gemidos altos enquanto se empurrava brutalmente para mim. Senti um nó familiar no estômago e atingi meu ápice, me largando contra a cama ao mesmo tempo que sentia o líquido de Harry me invadir pela segunda vez.

Não consegui dizer nada mas ele se esticou e pegou a varinha, apontando para minha barriga e arremessando a mesma para longe após executar o feitiço anti-gravidez. Eu tentava fazer minhas pernas pararem de tremer.

- S/n... acho que você vai ter esperar um pouquinho para falar com Slughorn - murmurou Harry, ofegante.

- Lógico que vou, minhas pernas não param quietas. - suspirei.

Ele soltou um risinho nasalado.

- Desculpa... mas não estou falando disso - olhei para o menino, confusa - Seu pescoço...

Cerrei o cenho e peguei um espelhinho que ficava na cabeceira, olhei meu reflexo no mesmo e a marca dos dedos de Harry se revelavam vermelhas por meu pescoço. Olhei para ele novamente e o mesmo abaixou a cabeça, bagunçando o cabelo.

- Desculpa... acho que me empolguei demais.

- Que nada - falei simplesmente -, amei o colar. - e peguei minha própria varinha para realizar alguns feitiços de desilusão.

O menino riu e me puxou para perto, me envolvendo em uma conchinha quente e aconchegante. Ele fazia um cafuné em meu cabelo enquanto distribuía beijinhos por todo meu rosto, acabamos tirando um cochilo.

Acordamos meia hora depois, tomamos banho juntos e Harry me ajudou a me vestir; visto que minhas pernas não eram mais as mesmas. Nos deitamos novamente, Harry se virou de bruços e me deitei meio que em cima dele, acariciando seus cabelos. Ficamos assim por mais meia hora, trocando carícias e conversando.

Saímos do quarto e um primeirista nos abordou dizendo que tinha uma carta para nós, Harry rasgou a mesma, revelando um papel amarelado com algumas manchas secas. Apoiei a mão em seu ombro e encostei minha bochecha sobre a mesma, lendo o que estava escrito.

Caros Harry, Ron, S/n e Hermione,

Aragogue morreu ontem à noite. Harry e Ron, vocês o conheceram, e sabem como ele era especial. Hermione e S/n eu sei que vocês teriam gostado dele. Significaria muito para mim se vocês dessem uma passada aqui mais tarde para o enterro. Pretendo fazer isso ao crepúsculo, que era a hora do dia que ele mais gostava. Sei que é proibido saírem tão tarde, mas podem usar a Capa. Eu não pediria se pudesse enfrentar esse momento sozinho.

Hagrid

- Tadinho... - murmurei ao perceber que as manchas eram de lágrimas.

- Ron e Hermione com certeza não irão.

- Você vai?

- Vou, bem.. é Hagrid, não? - tornamos a andar - Em todo caso, você vai falar com Slughorn agora?

Sorri desdenhosa.
- Porque está tão interessado nisso, medo de perder?

- Não. - ele respondeu rapidamente - Somente uma curiosidade genuína.

- Uhum... - repeti, desconfiada - Mas, respondendo sua curiosidade genuína, vou, agora mesmo pra falar a verdade. - olhei para o lado e o sol já ia embora - Com um pouco de sorte...

Parei abruptamente tendo uma ideia, segurei os ombros de Harry e sacudi o menino que estava confuso demais para falar algo.

- Harry é isso! Sorte, temos de mudar a sorte!

- Como assim?

- Vamos usar sua poção da sorte! Teremos mais chances assim!

Ele fez uma expressão de entendimento.

- Mas e a aposta?

- Fodasse a aposta, Harry. - peguei em sua mão disparando a correr - Vamos log...

Ele riu quando minhas pernas fraquejaram e ameaçaram cair, o menino me pegou e colocou em seu ombro, fiquei de cara para suas costas.

Harry me carregou por todo caminho até a Comunal, onde subiu para pegar a Felix Felicis e eu subi para tomar uma poção revitalizadora. Descemos ao mesmo tempo.

- Pronta? - ele perguntou, segurando o frasco a minha frente.

- Sim - então ele despejou um pouco na boca, e virou mais um pouco na minha.

Uma sensação de euforia me invadiu; senti que poderia fazer qualquer coisa, qualquer coisa no mundo. Harry tinha um sorriso de orelha a orelha estampado no rosto, ele pegou meu rosto delicadamente e me beijou. Nos separamos um tempo depois e ele pegou minha mão, dizendo animadamente:

- Vamos até a Cabana de Hadrig!

- Vamos! - concordei e saímos correndo. Não sei porque, mas esse pensamento causava uma sensação boa em mim.

- Harry a capa! - puxei o menino novamente para dentro, já estava entardecendo e o céu vermelho avisava que os alunos poderiam chegar a qualquer momento.

- Ah, verdade. - ele falou, nos encaramos e começamos a rir. Harry subiu e voltou correndo com a capa nos cobrindo.

Embora ouvissemos as conversas agitadas dos alunos que chegavam não vimos ninguém nos corredores, andavamos naturalmente e sem muita cautela.

- Harry! - digo de repente

- S/n!

- Vamos passar na horta?! Respirar ar puro, sentir o cheiro das hortaliças...

- Ótima idéia!

Então rumamos para o lugar, dando de cara com Slugorn. Nos encondemos rapidamente atrás de um mureta de pedra. Me sentia em paz com o mundo e tinha a certeza que nada poderia dar errado.

- Essas são suficientes? - perguntou a professora Sprout.

- São mais do que suficientes - respondeu Slughorn; vi que ele carregava uma braçada de plantas folhosas. - Bem, boa-noite para você, e, mais uma vez, muito obrigado!

A professora saiu pela escuridão em direção as estufas, e Slughorn foi andando para o lugar em que nos estávamos, invisíveis.

Harry despiu a Capa com um gesto dramático e eu me levantei rapidamente.

- Boa-noite, professor. - diz Harry, feliz.

- Pelas barbas de Merlim, vocês me assustaram! - disse Slughorn, parando de súbito, com ar cauteloso. - O que estão fazendo aqui fora?

- Bem, senhor, é o Hagrid - respondi, sabendo que o certo naquele momento era dizer a verdade - Ele está muito chateado... mas o senhor não vai contar a ninguém, não é professor? Não queremos criar problemas para ele...

- Bem, não posso lhe prometer isso. Mas sei que Dumbledore confia em Hagrid até a medula dos ossos, por isso tenho certeza de que não pode estar fazendo nada muito ruim...

- Bem, é uma aranha gigante que ele tinha há anos... vivia na Floresta... falava e tudo... - explicou Harry.

- Ouvi rumores de que havia acromântulas na Floresta. É verdade, então? - ele evidentemente ficara curioso.

- É. Mas a tal, Aragogue, morreu ontem à noite. Ele está arrasado. Quer companhia para fazer o enterro, e nos estamos indo para lá. - falei, articulando com as mãos.

- Comovente, comovente - disse Slughorn com os olhos fixos na cabana de Hagrid - O veneno da acromântula é muito valioso... parece um terrível desperdício não recolhê-lo... pode chegar a alcançar cem galeões por meio litro... para ser franco, o meu salário não é alto...

Harry e eu nos entreolhamos e demos a volta, nos preparando para sair.

- Harry!

- Senhor! - o menino se virou, falando em tom surpreso.

- Eu como professor não posso deixar que saiam sozinhos à essa hora!

- Então venha conosco, professor! - convidei, animada.

Ele olhou para o castelo, provavelmente pensando na proposta.

...

- Horácio? - comentou Hagrid, estavamos em frente a Aragogue.

- Pelas barbas de Merlin! - Slughorn exclamou, espantado - Isso é uma acromantula de verdade?

- Acho que está morta, senhor. - falei.

- Caro amigo, como foi que você conseguiu matá-lá? - tornou Horácio.

- Matá-lá? Ele era um velho amigo.

- Sinto muito eu não havia pens...

- Ah, não se preocupe, você não é o único! - traquilizou Hagrid. - Aranhas são criaturas extremamente mal interpretadas, são os olhos eu acho, enervam algumas pessoas.

- Sem mencionar as presas - disse Harry, fazendo uma simulação do barulho que as aranhas faziam

Tentei imitá-lo e os dois olharam para nós de forma esquisita.

- É... eu acho que isso também. - falou Hagrid.

- A última coisa que quero é ser indelicado mas veneno de acromantula é extremamente raro - falou Slughorn - Você me permite extrair um frasco ou dois? Puramente para fins acadêmicos, você entende?

- Bem, eu acho que ele não vai mais precisar, não é? - respondeu, o meio-gigante lacrimoso.

- Oho! Foi isso que pensei.

...

Após o enterro e homenagens para a acromantula estavamos dentro da cabana de Hadrid, eles bebiam vinho e já se encontravam totalmente bêbados, falando coisas sem sentido ou brindando à alguém.

- Harry Potter e S/n Bennet! - berrou Hagrid, babando um pouco do vinho no queixo, ao esvaziar sua décima quarta caneca.

- Com certeza! - exclamou Slughorn com a voz meio pastosa - Parry Otter e Esinien Eneti o eleitos ou... bem... alguma coisa assim - murmurou ele esvaziando sua caneca também.

Passado um tempo os dois começaram a chorar falando sobre a morte dos nossos pais, o que não agradou à Slughorn.

- O senhor gostava delas? - perguntei.

- Se gostava de Darya e Lily? - ele respondeu, seus olhos encheram de lágrimas - Não conheço ninguém nesse mundo que não gostasse... ambas tão talentosas... esforçadas... engraçadas...

Os roncos trovejantes de Hagrid ecoavam pela cabana

- Mas o senhor não quer ajudar os filhos delas. - continuou Harry - Minha mãe deu a vida por mim, mas o senhor não quer me dar uma lembrança.

- Não diga isso - sussurrou ele - Não é uma questão... se fosse para ajudá-los, é claro... mas não vai adiantar nada...

- Vai. - falei em voz alta e clara - Dumbledore precisa de informações, e nós também!

Harry se inclinou ligeiramente para ele:
- Nós somos Os Eleitos. Temos de matá-lo. Precisamos daquela lembrança.

- Vocês são Os Eleitos? - disse Slughorn, mais pálido que nunca.

- Somos. - respondi, calmamente.

O bruxo pareceu esitar.
- Tenho vergonha do que... do que aquela lembrança mostra... acho que eu talvez tenha causado um grande estrago naquele dia...

- O senhor compensaria o que fez nos entregando aquela lembrança. Seria um ato de grande coragem e nobreza. - disse Harry.

Hagrid, adormecido, continuava a roncar e fez-se um silêncio extremamente longo. Slughorn levou a mão até o bolso e puxou sua varinha e um frasquinho vazio; o mesmo tocou sua têmpora e retirou a lembrança, despejando-a no frasco. Ele arrolhou o vidro com a mão trêmula e passou-o por cima da mesa para mim.

- Muito obrigada, professor!

- Vocês são pessoas boas - disse Slughorn, com as lágrimas escorrendo pelas bochechas - Só não pensem muito mal de mim depois que vir... - ele adormeceu enquanto falava.

...

Corremos até o escritório de Dumbledore, já era tarde da noite mas não ligamos, estávamos eufóricos com a conquista.

- Entre - mandou Dumbledore, quando Harry bateu. Pela voz, parecia exausto.

Empurrei a porta.

- Céus! - disse o diretor surpreso. - A que devo este prazer tão tardio?

- Senhor... conseguimos. Conseguimos a lembrança de Slughorn!

- Que notícia espetacular! - ele rapidamente pegou a Penseira e pôs em cima da mesa. Harry entregou o frasco e o diretor o despejou na mesma - Agora... vamos ver a verdade!

Eu e Harry mergulhamos, indo parar novamente no escritório de Horácio, desta vez, porém, quando Tom Riddle perguntou o que eram Horcruxes o professor explicou que são objetos em que a pessoa guarda parte da própria alma.

- Senhor, mas o que não entendo... só por curiosidade... quero dizer será que uma Horcrux serve para alguma coisa? Pode-se dividir a alma apenas uma vez? Não seria melhor, fortaleceria mais a pessoa, se ela dividisse a alma em várias partes? Quero dizer, por exemplo, sete não é o número mágico mais poderoso, será que sete...?

- Pelas barbas de Merlim, Tom! - ganiu Slughorn. - Sete! Já não é bastante ruim pensar em matar uma pessoa? E em todo caso... bastante ruim romper a alma uma vez... mas rompê-la em sete partes...

Após mais alguns minutos de um clima tenso no ambiente, Tom saiu da sala, com a informação que queria e um sorriso estranho no rosto.

- É isso, vamos. - disse Dumbledore em voz baixa.

Retornamos à sala do diretor. Ele basicamente nos explicou que a lembrança confirmou o que ele havia pensado: que Voldemort dividiu sua alma em seis partes, já que a sétima estava dentro do mesmo. O diário, que Harry destruiu era uma, e o anel de Servolo era outra (Dumbledore a destruiu também, ganhando uma mão murcha como consequência).

- E as outras Horcruxes? O senhor acha que sabe o que são? - perguntei.

- Só posso imaginar - respondeu Dumbledore - Pelas razões que já lhes dei, acredito que Lorde Voldemort daria preferência a objetos que, em si, possuíssem certo esplendor.

- O medalhão! - exclamou Harry em voz alta.

- A taça de Hufflepuff! - falei, ansiosa.

- Certo - disse Dumbledore sorrindo - Eu apostaria dois dedos que essas são foram transformadas nas horcruxes três e quatro. As duas restantes, são mais problemáticas... mas me arrisco a dizer que talvez ele tenha saído em busca de outros que tivessem pertencido a Gryffindor ou Ravenclaw.

"Estou certo de que quatro objetos dos quatro fundadores teriam exercido uma forte atração na imaginação de Voldemort. Não sei dizer se ele conseguiu achar alguma coisa de Ravenclaw. Atrevo-me a afirmar, porém, que a única relíquia conhecida de Gryffindor continua a salvo."

Dumbledore apontou os dedos escuros para a parede às suas costas, onde uma espada incrustada de rubis descansava em uma caixa de vidro.

- Mesmo que ele tenha encontrado alguma coisa de Ravenclaw ou de Gryffindor, ainda falta a sexta Horcrux - disse Harry, contando nos dedos - A não ser que tenha conseguido as duas?

- Creio que não - replicou Dumbledore. Então ele nos disse que talvez a cobra Nagini seria a sexta horcrux.

- Então, o diário já foi, o anel também. A taça, o medalhão e a cobra continuam intactos, e o senhor acha que talvez haja uma Horcrux que, no passado, pertenceu a Ravenclaw ou Gryffindor? - falei, calmamente.

- Um resumo admiravelmente sucinto e exato - aprovou Dumbledore, inclinando a cabeça.

- Então... o senhor ainda está procurando as Horcruxes? É atrás delas que o senhor tem ido quando se ausenta da escola? - questionou, Harry.

- Correto. Faz muito tempo que as procuro. Acho... talvez... eu esteja próximo de encontrar mais uma. Há sinais promissores.

- E se encontrar - perguntou Harry ligeiro -, posso ir com o senhor e ajudá-lo a se livrar dela?

- Acho que sim.

- Posso?! - exclamou Harry muito surpreso.

- Pode - confirmou o diretor, com um leve sorriso. - Acho que você conquistou esse direito.

Eu mechia na manga da minha blusa quando Dumbledore retomou, em um tom quase que fraternal: - S/n também pode ir, se quiser.

Ergui a cabeça, espantada.

- Eu?! É sério??

O homem riu.
- Sim, você ajudou tanto quanto Harry a conseguir a lembrança, acredito eu... - ele se virou para o menino esperando uma confirmação.

- Sim, senhor. S/n ajudou muito, ela que teve a ideia de usarmos...

- Nosso grande poder de persuasão - interrompo meu namorado antes que ele falasse sobre a poção, não sei como Dumbledore reagiu mas preferi não arriscar.

O diretor nos examinou por cima do oclinhos de meia-lua e nos dispensou.

...

Contamos tudo para Hermione e Ron no café da manhã, lancei uma abbafiato no alunos mais próximos apenas por precaução.

- Uau! - disse Ron após terminarmos de explicar tudo - Vocês vão mesmo... acompanhar Dumbledore... e destruir... uau.

- É, acho que não vai ser tão divertido assim...

...

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