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Passei o restante da semana bem tranquila. A poção estava ficando boa, acordei mais cedo para ajudar Harry com os deveres atrasados e, embora isso não fosse algo muito divertido, fazer os deveres no jardim à sombra de uma frondosa faia à margem do lago era bem melhor do que ficar debruçados sobre o livro. O tempo não estava frio, então mesmo tão cedo o clima era agradável.
- Meu amor isso está errado, a Lua representa o nosso lado emocional, como e de que forma você reage nas situações do cotidiano, entende? Ela indica também como você se doa e o que espera dos seus relacionamentos. Por exemplo, se uma pessoa é "esquentadinha" - digo ironicamente - e que não leva desaforo para casa, muito provavelmente significa ter a Lua em Áries. Da mesma forma que ser uma pessoa que racionaliza demais os sentimentos e é extremamente autocrítica são sinais de alguém com Lua em Virg...O que foi? - pergunto vendo que o menino sorria tolamente para mim.
Ele me beija.
- Você fica linda falando assim sabia? - ele fala entre meus lábios.
Esboço um sorriso franzindo o nariz e o beijo novamente mas logo somos interrompidos por Ron e Hermione que haviam chegado. A menina trazia uns novelos de lã e encantou as agulhas de tricô produzindo mais gorros e cachecóis.
Harry ultimamente andava muito feliz, acho que a reunião no Cabeça de Javali fez bem para ele, saber que todas aquelas pessoas acreditavam nele e não o achavam um pirado tinha realmente aumentado seu ego, ele estava bem mais animado.
Passamos um tempo lá conversando mas logo retornamos ao castelo, eu e Hermione iamos discutindo teorias sobre Mholi e Wert, personagens de um livro que estavamos lendo e somente quando já estavamos no meio da sala banhada de sol, reparei na novidade que já atraíra a atenção de um grupinho de alunos.
Um grande aviso fora afixado ao quadro da Grifinória. O novo aviso estava impresso em grandes letras pretas e tinha um selo de aspecto muito oficial embaixo, ao lado de uma assinatura rebuscada e clara.
POR ORDEM DA ALTA INQUISIDORA DE HOGWARTS
Todas as organizações, sociedades, times, grupos e clubes estudantis estão doravante dissolvidos.
Uma organização, sociedade, um time, grupo ou clube é aqui definido como uma reunião regular de três ou mais estudantes.
A permissão para reorganizá-los deverá ser solicitada à Alta Inquisidora (Profa Umbridge).
Nenhuma organização, sociedade, nenhum time, grupo ou clube estudantil poderá existir sem o conhecimento e a aprovação da Alta Inquisidora.
O estudante que tiver organizado ou pertencer a uma organização, sociedade, um time, grupo ou clube não aprovado pela Alta Inquisidora será expulso.
O acima disposto está em conformidade com o Decreto da Educação Número Vinte Quatro
Assinado: Dolores Joana Umbridge, Alta Inquisidora
- Isto quer dizer que vão fechar o Clube das Bexigas? - perguntou um deles ao amigo.
- Acho que vai ficar tudo bem com as Bexigas - comentou Ron sombriamente, fazendo o garoto se sobressaltar - Porém, acho que não teremos tanta sorte, e vocês? - perguntou quando os segundanistas se afastaram rapidamente.
Harry estava relendo o aviso todo. Sinto minhas entranhas revirarem.
- Isto não é coincidência - disse fechando os punhos com força.- Ela sabe.
- Não pode saber - disse Ron. imediatamente.
- Havia umas pessoas escutando naquele pub. E, vamos encarar os fatos, não sabemos em quantos dos que apareceram podemos confiar... qualquer um poderia ter ido correndo contar a Umbridge...
- Zacarias Smith! - disse Ron na mesma hora, dando um soco na mão - Ou... achei que aquele Miguel Corner nnãoera um cara bom.
- Não podem ter feito isso - contestou Hermione, em voz baixa.
- Você é tão ingênua! Acha que só porque é honrada e digna de confiança...
- Não, eles não podem ter feito isso, porque porque lancei um feitiço no pergaminho que todos assinamos. Pode crer, se alguém foi correndo contar a Umbridge, nós saberemos exatamente quem foi, e a pessoa vai realmente se arrepender.
- Que é que vai acontecer? - perguntou Ron, ansioso.
- Bom, vamos dizer que a acne da Heloísa Midgeon vai parecer umas sardas engraçadinhas. Anda, vamos tomar café e ver o que os outros acham... será que isso foi afixado em todas as casas?
Ficou imediatamente óbvio ao entrar no Salão Principal que o aviso de Umbridge não aparecera apenas na Torre da Grifinória. Havia uma intensidade peculiar nas conversas, e uma multiplicação das idas e vindas de alunos correndo às mesas e se consultando sobre o que haviam lido. Nós quatro tinhamos acabado de sentar quando Neville, Dino, Fred, George e Gina caíram em cima de nós.
- Vocês viram?
- Acham que ela sabe?
- Que vamos fazer?
Todos olhavam para Harry. Ele passou os olhos pelo salão para ter certeza de que não havia professores por perto.
- Claro que vamos continuar do mesmo jeito - confirmou em voz baixa.
- Eu sabia que você ia dizer isso - disse George, abrindo um grande sorriso e dando pancadinhas no braço de Harry.
- Harry será que podemos roubar sua namorada por alguns segundos? - perguntou Fred, olhando presunçoso para Harry.
- Prometemos ser rápidos. - completou Fred.
- Claro.
Depositei um beijo na bochecha de Harry, e, pegando uma torrada acompanhei os gêmeos até a saída. O Grande Salão estava muito barulhento para conversar.
- Meninos, a poção não está pronta,eu disse à vocês que demoraria u...
- Não chamamos você para falar da poção.
- Vamos dar uma festa.
Engasgo com a torrada.
- F-festa??
- Sim, F-festa. - Fred diz me imitando.
Não achei graça.
- Vocês dois estão malucos? Umbridge iria...
- S/n corta o papel de mãe preocupada, nós sabemos que você também está querendo se divertir um pouco.
- E...minha irmãzinha - George diz passando a mão em volta dos meus ombros - Com a sua ajuda nossa festa vai ser mais do que suficiente para relaxar os alunos.
- Vai ser uma festa apenas para os alunos da Grifinória claro, na sala comunal, tudo no maior sigilo, nem mesmo Minerva vai saber. - completa Fred ficando ao meu lado.
Me acalmo. Realmente não era uma péssima ideia, se organizassemos tudo cautelosamemte seria algo normal, afinal já tinhamos dado outras festas antes...
- Tudo bem, não é uma péssima ideia. Que dia vocês estão pensando?
- Hoje. - dizem em uníssono.
- Hoje? Mas vocês têm treino, duvido muito que Angelina...
- Deixa que com Angelina eu me viro, maninha - interrompe Fred sorrindo maliciosamente.
- Então...você acha que conseguimos organizar tudo antes das nove?
- Sim, claro.
- Incrível - os dois dizem novamente em uníssono mas dessa vez com sorrisos enormes nos rostos.
- Ou como diz seu namorado, brilhante! - George faz uma imitação de Harry.
- Tadinho, não falem assim.
- Falando em Harry...como andam as coisas entre vocês? - peegunta Fred.
- Boas, muito boas!
- Acho bom mesmo, Harry é como um irmão para nós mas se ele te machucar...
- Meninos, agradeço muitíssimo a preocupação, mas tenho que ir, já vou começar a preparar as coisas e também tenho aula agora. A gente se vê, amo vocês - digo acenando enquanto me afasto.
- Também te amamos.
───※ ·❆· ※───
- Aposto como a Umbridge vai estar na História da Magia - disse Ron com ferocidade, quando caminhávamos para a aula de Binns - Ela ainda não o inspecionou... aposto que vai estar lá.
Devia ter apostado com Ron porque ao chegarmos na sala não havia nem sinal da vaca rosa.
A aula foi normal e monótona como sempre, estava distraída olhando para o lado de fora quando minha visão é interrompida por uma figura branca.
Me assusto colocando rapidamente a mão na perna de Harry. O menino que estava distraído se endireita imediatamente na cadeira e pega minha mão.
- Meu amor...aqui não é lugar para isso.
- Seu burrote, olhe! - digo apontando para a janela.
Harry vê Edwiges encarrapitada no estreito peitoril com uma carta amarrada à perna. Muitos estavam apontando ela uns para os outros.
- Ah, eu sempre adorei essa coruja, é tão linda - Lilá suspirou para Parvati.
Harry olhou para o Prof. Binns, que continuava a ler suas anotações. Ele saiu discretamente da carteira, abaixou-se e percorreu a fila até janela, onde soltou o trinco, e a abriu muito devagarinho. Edwiges pulou para dentro, piando triste. Ele fechou a janela lançando um olhar ansioso ao Prof. Binns, tornou a se abaixar e a voltar correndo para a carteira, com Edwiges ao ombro. Sentou-se de novo, transferiu a coruja para o colo e fez menção de remover a carta amarrada à sua perna mas hesitou analisando as mesmas.
- Ela está ferida! - sussurrou Harry, curvando-se para a ave - Olha... tem alguma coisa errada com a asa dela.
Edwiges estava tremendo; quando Harry fez menção de tocar sua asa, ela se assustou, eriçando as penas como se estivesse se enchendo de ar, e deu um olhar de censura à ele. Então ele esconde a coruja atrás de si e levanta.
- Prof. Binns - chamou Harry em voz alta, alta, e todos se viraram para olhá-lo - S/n não está se sentindo bem.
Olho confusa para Harry. O professor ergueu os olhos de seus papéis, parecendo espantado.
- Não está se sentindo bem? - repetiu nebulosamente me analisando.
- Nada bem - disse Harry com firmeza, levantando-se com Edwiges escondida às costas - Acho que ela preciso acompanhá-la até a ala hospitalar.
- Sei - disse o professor, nitidamente constrangido - Sei... sei, ala hospitalar... bem, vão então...
Uma vez fora da sala, Harry repôs Edwiges no ombro e saiu apressado pelo corredor me arrastando pela mão, somente se detendo para pensar quando a porta de Binns já desaparecera de vista.
- Harry...
- Precisamos achar a Profª Grubbly-Plank, Edwiges está ferida... - ele para por um instante se virando para mim - Desculpe, não devia ter te arrastado para fora da sala, se quiser voltar pode ir.
- Claro que não, vamos...vamos procurar na sala dos professores, ela deve estar lá - digo após correr os olhos pelos terrenos e não ver sinal de Grubbly-Plank.
Após levarmos Edwiges para a professora que se prontificou a ajudá-la, McGonagall nos avisou que os canais que transmissão estavam sendo vigiados. Diferentemente de Harry não fiquei surpresa, sabia que algo assim poderia acontecer.
- Amor, você quer abrir?
- Não, Siriu...Snuffles mandou para você, então abra. - incentivo o menino sorrindo.
Ele abriu a carta que dizia "Hoje, mesma hora, mesmo lugar."
Sirius se referia a lareira, como já aparecera na vez passada enquanto estávamos na sala comunal.
Trocamos um brevíssimo olhar quando a multidão encheu o pátio. Harry explicou tudo a Hermione e Ron. Fomos em direção às masmorras, e após a aula de poções e mais dois períodos de adivinhação, Harry, Ron e Mione rumaram para a sala comunal; eu tinha que resolver algumas coisas para a festa então fui na direção contrária. Harry mencionou em vir comigo mas pedi para que ele não se preocupasse.
Após mais ou menos 2 horas retornei a comunal.
Harry me recebe com um abraço.
- Receberam os convites? - pergunto sorrindo.
- Claro.
- Sim.
- Recebemos.
- Ótimo, não sabia se isso ia dar certo. Bom, cadê todo mundo? - pergunto ao ver a sala vazia.
- Foram se arrumar, todos ficaram muito entusiasmados quando receberam a notícia... - diz Hermione, receosa - S/n, você acha que é uma boa ideia?
- É uma ótima ideia! Estamos mesmo precisando de algo para distrair. - Ron responde por mim.
Estava olhando para a lareira quando vejo a cabeça de Sirius emergir das chamas.
- Almofadinhas!
- Oi, pequena. - saudou sorridente.
- Oi - responderam Harry, Ron e Hermione em coro, e se ajoelharam no tapete diante da lareira. Bichento ronronou alto e chegou perto do fogo, tentando, apesar do calor, aproximar o focinho de Sirius. Farofa fez o mesmo.
- Como vão as coisas?
- Não muito boas - respondeu Harry, enquanto afastava Farofa, para impedi-lo de chamuscar os bigodes - O Ministério nos impôs mais um decreto, o que significa que não podemos ter equipes de quadribol...
- Nem grupos secretos de Defesa Contra as Artes das Trevas? - perguntou Sirius.
Houve uma breve pausa.
- Como é que você soube? - indaguei assustada.
- Vocês precisam escolher com mais cuidado o local onde se reúnem. Logo o Cabeça de Javali, eu lhe pergunto?
- Bom, era melhor do que o Três Vassouras - disse Hermione defensivamente - Está sempre lotado...
- O que significa que seria mais difícil ouvir vocês!
- Quem nos ouviu? - perguntou Harry.
- Mundungo, é claro - e quando todos fizemos cara de espanto, ele deu uma risada. - Era a bruxa de véu.
- Aquela era Mundungo?! - exclamou Harry atordoado - Que é que ele estava fazendo no Cabeça de Javali?
- Que é que você acha que ele estava fazendo? - perguntou Sirius impaciente - Vigiando você, é claro.
Sirius direcionou um breve olhar para mim, achei que ele iria falar alguma coisa mas me enganei.
- Eu continuo sendo seguido? - indagou Harry, aborrecido.
- Continua, sim, e ainda bem, não é, se a primeira coisa que você faz no fim de semana de folga é organizar um grupo ilegal de Defesa!
Mas ele não parecia zangado nem preocupado. Pelo contrário, nós olhava com visível orgulho.
- Por que Dunga estava se escondendo da gente? - perguntou Ron, desapontado - Teríamos gostado de revê-lo.
- Ele foi expulso do Cabeça de Javali há vinte anos - disse Sirius -, e o barman tem boa memória. Perdemos a Capa da Invisibilidade sobressalente de Moody quando Estúrgio foi preso, então ultimamente Dunga tem se vestido muitas vezes de bruxa... em todo o caso... primeiro, Ron, jurei lhe passar um recado de sua mãe.
- Foi?! - exclamou Ron, apreensivo.
- Ela manda dizer que em hipótese alguma você deve tomar parte em um grupo secreto e ilegal de Defesa Contra as Artes das Trevas. Manda dizer que, sem a menor dúvida, você será expulso e o seu futuro arruinado. Ela manda dizer que mais tarde haverá muito tempo para você aprender a se defender e que ainda é muito criança para estar se preocupando com isso agora. Ela também aconselha - os olhos de Sirius se voltaram mim, Harry e Hermione - S/n, Harry e Hermione a não continuarem com o grupo, embora reconheça que não tem autoridade alguma sobre nenhum dos três, e simplesmente suplica que se lembrem de que ela quer o bem de todos. Ela teria escrito tudo isso, mas, se a coruja fosse interceptada, vocês estariam realmente enrascados, e não pôde vir falar pessoalmente porque está de serviço hoje à noite.
- Como de serviço hoje à noite? - perguntou Ron depressa.
- Não se preocupe, coisas da Ordem - disse Sirius - Por isso fiquei sendo o mensageiro, não se esqueça de dizer a ela que transmiti a mensagem completa, porque acho que ela não confia em mim.
Houve mais uma pausa em que Bichento, miando, tentou alcançar a cabeça de Sirius com a pata, e Ron brincou com um buraco no tapete.
- Então, você quer que eu diga que não vou tomar parte no grupo de Defesa? - Harry murmurou apreensivo.
- Eu? Com certeza não! - exclamou Sirius fazendo uma cara surpresa - Acho uma ideia excelente!
- Acha mesmo? - disse Harry, aliviado.
- Claro que sim! Você acha que seu pai e eu teríamos baixado a cabeça e aceitado ordens de uma megera velha como a Umbridge?
- Mas... no ano passado você só fez me dizer para ter cuidado e não correr riscos...
- No ano passado, todos os indícios mostravam que alguém dentro de Hogwarts estava tentando matar você, Harry! - disse Sirius impaciente - Este ano, sabemos que tem alguém fora de Hogwarts que gostaria de matar todos nós, por isso acho que aprender a se defender corretamente é uma excelente ideia!
- E se formos expulsos? - perguntou Hermione, com uma expressão intrigada no rosto.
- Mas, Hermione, essa história toda foi ideia sua! - exclamou Harry - Sua e de S/n.
- Eu sei que foi. Eu só queria saber a opinião de Sirius - disse ela sacudindo os ombros.
- Mas saiba que estamos pedindo sua opinião para sabermos exatamente o que não devemos fazer. - digo em tom divertido.
Sirius sopra uma risada.
- Posso estar preso dentro dessa casa, mocinha, mas sei que você não é a aluna mais quieta, embora tire notas boas eu fico sabendo o que você apronta ai, você me lembra eu mais jovem, não que eu esteja velho mas...Bom, respondendo a pergunta de Hermione, é melhor ser expulso e capaz de se defender do que se sentar em segurança na escola sem ter ideia de nada.
- Apoiado, apoiado! - exclamaram Harry e Ron entusiasticamente.
- Então, como é que vocês estão organizando o grupo? Onde vão se encontrar?
- Bom, isso é um probleminha - disse Harry - Não sei onde vamos poder nos encontrar.
- Que tal a Casa dos Gritos? - sugeriu Sirius.
- Ei, seria ideal! - exclamou Ron, excitado.
- Não, não daria certo. Eram só vocês quatro que se reuniam lá, nós somos um grupo grande, fora que nenhum de nós consegue se transformar em animal...
- Voces vão dar um jei... - Ele parou de falar de repente, seu rosto tornou-se tenso e o virou para o lado, parecendo olhar para a parede sólida da lareira.
- Sirius? - chamou Harry ansiosamente.
Mas ele desaparecera.
- Por que será...?
Hermione soltou uma exclamação de horror e ficou em pé de um pulo, ainda fixando o fogo.
Aparecera uma mão entre as chamas, tateando como se quisesse agarrar alguma coisa: uma mão gorducha de dedos curtos, coberta de anéis feios e antiquados.
- V-vamos nos arru...arruumar.
Os três saíram correndo. Com certa relutância eu fiquei, precisava organizar tudo. Observei a mão de Umbridge se movimentar no fogo como se soubesse exatamente onde a cabeça de Sirius pairava alguns segundos atrás. Logo a mesma desaparece e começo a arrumar a sala.
"Colloportus" murmuro apontando a varinha para a parte de trás do quadro da Mulher-Gorda. Sabia que a mesma não estaria no quadro essa noite, e, consequentemente não estaria vigiando a sala. Mais cedo dei um jeito para que ela fosse conversar com Serafina, uma moça de um dos quadros da Torre da Corvinal.
Junto as mesas com um rápido feitiço e conjuro vários copos, logo vejo Fred e George descerem com garrafas de uísque de fogo nas mãos. Trocamos sorrisos maliciosos enquanto os meninos colocam as garrafas em cima da mesa. Não queria mecher em muita coisa para não dar muito trabalho para arrumar no outro dia, uma festa em plena segunda não era boa idéia...mas fazer o que. Nós realmente precisamos distrair a cabeça. Arrasto os sofás para os cantos com a ajuda dos gêmeos e apago as luzes.
- Lux rubrum - murmura Fred e logo uma luz vermelha engole a comunal.
George faz o restante das mesas desaparecerem e sobe para pegar mais bebidas. Após uns ajustes aqui e ali o lugar estava totalmente pronto, parecia até uma balada de verdade.
Subo rapidamente para me arrumar e topo com várias meninas descendo. Antes de subir murmuro feitiços silenciadores em todas as direções.
As meninas já estavam prontas quando chego no dormitório. Angelina e as outras estavam de saída, elas perguntam se quero que elas me esperem mas nego com a cabeça.
- Gata...papo de urubu, pena de galinha, se você quer um beijinho dê uma risadinha - digo quando vejo Hermione.
A menina sorri e eu vou em sua direção.
- S/N! - ela diz ainda rindo.
- Eu estou brincando! Você está muito linda, Mione. Ron vai babar.
Vejo a menina sorrir envergonhada e me me dirijo ao banheiro, tomo um banho rápido e visto minha roupa, coloco rapidamente meus anéis e alguns colares, espirro perfume em mim e saio.
(gente nessa parte eu ia colocar um vestido específico mas acho melhor se vcs escolheram/imaginaram oq vcs quiserem, entt arrasem!!)
Do banheiro já não conseguia ouvir a música o que era um ótimo sinal, quer dizer que os feitiços tinham dado certo e o som estava abafado apenas la embaixo. Não corriamos o risco de algum professor nos pegar ou algum aluno mais novo acordar com a música.
▶️
Desco as escadas e vejo Harry conversando com Ron de costas, o ruivo me olha sorrindo e cutuca Harry que se vira. Ele me estuda de cima à baixo, vou em direção a eles rindo e olhando todos dançando em volta. Não tinha percebido quantos alunos estavam presentes mas a festa estava lotada.
- Cara, acho que você está babando. - diz Ron.
- Minha namorada é a mulher mais gata que na pisou nesse mundo. - ele diz se aproximando.
Sorrio e o beijo, Hermione se aproxima.
- Mione...Ron, aproveitem a festa! - pisco para os dois enquanto me afasto guiando meu namorado.
Vamos para um canto mais afastado da multidão e Harry rapidamente me joga contra a parede, ele começa a me beijar intensamente, como estava escuro eu não me preocupava preocupada se nos vissem, e afinal...não eramos os únicos se pegando.
Harry nunca ligou mesmo, as mãos do menino que estavam em minha cintura descem apertando minha bunda. Ele começa a beijar meu pescoço, vejo que a situação estava tomando um rumo inapropriado e acaricio relutante os cabelos de Harry o afastando da minha clavícula.
- Amor...
- D-desculpe. - ele diz se voltando para mim, nossos corpos estavam colados e nossos rostos muito próximos o que não cooperava com meus pensamentos.
Nos encaramos por alguns segundos, Harry intercalando entre meus olhos e minha boca, fazendo minha respiração pesar.
- Porque você não vai pegar uma bebida para nós?
-C-claro, já volto.
Sinto um certo estranhamento sem o corpo de Harry colado ao meu mas logo me distraío vendo Fred, George e Lino dançando em cima da mesa. Eles estavam sincronizando seus passos. Sorrio e vejo que Gina se aproximava.
- Bennet! - a ruiva começa com a voz arrastada, provavelmente ja estava bêbada - Você está muito linda, sabia...?
- Gina, você não acha melhor sentar? Acho que não está conseguindo ficar em pé...
- Eu? Eu estou ótima, vem cá você namora? Acho que quero beijar você.
Sim. Ela estava muito bêbada.
- Luna! Luna não está aqui.
- Não, não está, Gina vamos nós sentar, vem...
- NÃO. Tchau S/n eu preciso, preciso caçar narguiles com Luna.
A menina sai cambaleando, eu fiz menção de ir atrás dela mas Harry chega com dois copos e um sorriso enorme no rosto.
- Desculpa chegar assim, não resisti, você é muito linda - ele diz se aproximando de mim.
- Harry... - falei sorrindo.
-Shiii gata, hoje, eu e você se pegando a noite inteira.
- Amor, você não está em condic... - sou interrompida por um beijo. Harry me beijava com voracidade enquanto ainda segurava os dois copos. Ele anda para cima de mim fazendo com que eu volte novamente para a parede, pego os copos de sua mão ainda sem descolar nossos lábios e os coloco em cima de uma mesa que estava próxima. Rapidamente inverto nossos lugares, colocando Harry contra a parede, o menino acariciava meu cabelos enquanto a outra mão estava em minha cintura, apertando e puxando cada vez mais. Sinto uma ereção no meio de suas pernas e me afasto um pouco sorrindo maliciosamente.
- Está animado?
- S/n... - ele ofega.
Olho rapidamente para o lado e vejo uma ruiva prestes a vomitar.
- Já volto, querido eu preciso ajudar essa menina a não vomitar os próprios órgãos - selo nossos lábios. Me viro mas Harry me puxa novamente.
- Amor...
Eu estava com as mãos em seu peitoral e seus braços enrolados em minha cintura. Harry parecia querer dizer algo, mas Hermione chega no exato momento em que cogita tal ação.
- S/n, você está sóbria? - ela fala aos berros, a música estava muito alta.
- Sim. - respondo me inclinando para a menina.
- Ótimo, vem aqui - ela sinaliza para que eu acompanhe ela - Você também Harry, venham logo.
Então seguimos para a escada, Harry grudado atrás de mim com os braços ao redor de minha cintura, encontramos Simas aos beijos com uma garota.
- Desculpem... mas será que vocês podem dar licença porfavor? - Hermione pede, receosa.
Os dois apenas acenam e saem ainda aos beijos. Hermione se sentou e Harry fez o mesmo me puxando para seu colo, provavelmente para esconder seu problema.
- Dobby veio aqui mais cedo.
- Dobby? - questiona Harry, perplexo.
- Sim, ele disse que queria falar com vocês, que era muito importante. A-acho melhor vocês irem procurá-lo.
- Mione você está bem? - digo percebendo que a menina estava ofegante.
- Depois a gente conversa, S/n, agora vão, depressa - ela diz acenando com as maõs para que fossemos logo.
Antes de sairmos Harry vai até o dormitório e busca a capa da invisibilidade.
- Tem certeza que está em condições para sair? Eu posso ir sozi...
- Não estou bêbado meu amor, vamos.
⏸
Fico um pouco surpresa com a resposta de Harry, mas não deixo transparecer. Saimos pela porta cobertos pela capa e rumamos correndo mas sem fazer barulho pelos corredores até chegarmos a cozinha, Dobby estava na porta saindo quando chamamos pelo seu nome.
- Dobby!
- Harry Potter, S/n...o que fazem aqui essa hora?
- Você queria falar com a gente?
- Sim! D-dobby sem querer ouviu meu senhor Harry Potter falar que precisava de um lugar para praticar Defesa Contra as Artes das Trevas....um lugar secreto. Desculpe, Dobby não queria ma...
- Não tem problema, Dobby. - digo acalmando o elfo - Você conhece algum lugar?
- Dobby conhece o lugar perfeito, Srta.Bennet - disse satisfeito - Nós o conhecemos com o nome de Sala Vem e Vai, ou então a Sala Precisa.
- Porque? - perguntou Harry, curioso.
- Porque é uma sala em que a pessoa só pode entrar quando tem real necessidade dela. Às vezes existe, às vezes não, mas quando aparece está sempre equipada para atender à necessidade de quem a procura. Dobby já a usou, meu senhor - disse o elfo, baixando a voz com cara de culpa -, quando Winky estava muito bêbada; ele a escondeu na Sala Precisa e encontroulá antídotos para cerveja amanteigada, e uma boa cama para elfos, onde deitou Winky até ela curar a bebedeira...
- E se você realmente precisasse de um banheiro - perguntou Harry de repente - a sala se encheria de penicos?
- Dobby imagina que sim, meu senhor. É uma sala fantástica, meu senhor.
- Quantas pessoas sabem que ela existe? - tornou a perguntar Harry.
- Muito poucas, meu senhor. A maioria tropeça nela quando precisa, mas muitas vezes nunca a encontra, porque não sabe que ela está sempre lá, esperando ser necessária, meu senhor.
- Parece genial! - Harry e eu exclamamos em uníssono enquanto trocamos olhares sorridentes.
- Parece perfeita, Dobby. Você pode me mostrar onde fica?
- Quando quiser, Harry Potter, meu senhor - disse Dobby, parecendo encantado com nosso entusiasmo. - Podemos ir agora, se quiser.
- Hoje não, Dobby - digo após pensar um pouco - Isto é realmente importante...Não podemos correr o risco de estragar tudo, vamos precisar de planejamento. Escute, você pode nos diz exatamente onde fica essa tal Sala Precisa e como se chega lá?
───※ ·❆· ※───
Caminhavamos pelos corredores cobertos pela capa da invisibilidade.
- S/n...para onde estamos indo? A sala comunal fica para lá - diz Harry enquanto aponta para trás.
- Eu sei, mas a festa deve estar acabando à essa hora, e realmente eu não quero levar um monte de adolescentes bêbados para a cama - digo sorrindo.
- Verd... - ele para de falar quando chegamos a Torre de Astronomia.
Seus olhos verdes brilhavam com a vista linda que se projetava a nossa frente, a noite estava clara e o céu iluminado com milhares de estrelas.
Caminho até a beira da torre apoiando as mãos nas grades e observo o luar, Harry me abraça por trás apoiando o queixo no meu ombro esquerdo
- É lindo, não é?
- Sim. - ele diz sereno olhando para o horizonte - Mas eu olho para algo mais bonito todos os dias...e pretendo olhar para sempre até o dia da minha morte.
Me viro para ele.
- O quê?
- Você.
Um sorriso dança em meus lábios, ele sorri também, ajeito seus cabelos que caiam sobre sua testa.
- Te amo - sussuro.
- Também te amo - Harry responde, sussurando e logo selando nossos lábios em um beijo calmo e doce, exatamente como a situação pedia.