Something Just Like This || a...

By JoeCris2

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Cansado de ter as noites perturbadas pelo barulhento vizinho do apartamento de cima, Louis resolve reclamar d... More

−1 | Considerações Iniciais
00 | Prólogo
01 | Dormir
02 | Idiota
03 | Legal
05 | Impulsivo
06 | Borboleta
07 | Feio
08 | Ousado
09 | Morrendo
10 | Harry
11 | Boo
12 | Princesa
13 | Zayn
14 | Liam
15 | Magia
16 | Louis
17 | Filhotes
18 | Solitário
19 | Tarado
20 | Styles
21 | Banguela
22 | Gatinho
23 | Ursinhos
24 | Bear
25 | Instintos
26 | Boate
27 | Apaixonado
28 | Rut
29 | Saudade
30 | Tentar
31 | Chance
32 | Relacionamento
33 | Feliz
34 | Esperança
35 | Realeza
36 | Seguro
37 | Amor
38 | Halloween
39 | Titio
40 | Sunzinho
41 | Skincare
42 | Bailarino

04 | Amigo

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By JoeCris2

boa leitura meus amores


Ao chegar no prédio, subiu alguns lances de escada a mais, resmungando a todo momento o quanto sentia saudades do elevador e xingando seus amigos por escolherem morar dois andares acima de Harry, fazendo-o subir muito mais do que gostaria.

Mas, de qualquer forma, ao bater na porta dos namoradinhos, sorria abertamente, recebendo um olhar surpreso do Malik, que prontamente deu espaço para o Tomlinson entrar, cumprimentando-o com um abraço apertado e voltando para trancar a porta enquanto o alfa jogava-se no sofá, sendo tão parte daquela casa quanto os amigos eram da sua.

“E aí? Quando exatamente planejava me contar que nosso adorável vizinho barulhento trabalhava na Papillons?” questionou, soltando apenas parte do nome do lugar, um sotaque perfeitamente francês brincando em seus lábios, quase como se fosse sua língua materna. E bem, chegava perto, afinal, apesar de nascer em solo inglês, Jay havia morado na França por boa parte de sua vida, ensinando a língua para o alfa quando ainda era pequeno, tornando-a sua segunda língua materna. Fato que, instantaneamente, fez com que Zayn revirasse os olhos ao ver o sorriso do amigo, assim como as sobrancelhas arqueadas na espera de uma resposta.

“Não faço ideia do quê esteja falando” deu de ombros, focando na sacola nas mãos do amigo. “O que tem aí?” perguntou, aproximando-se curioso, sentando no sofá ao lado do Tomlinson, pausando o filme adolescente que passava na tv.

“Não sabe? Oh, então você não fazia ideia de que o Harry, o mesmo que eu discuti e que mora em cima do meu apartamento, trabalhava no mesmo lugar que você me recomendou comprar alguma coisa pra me desculpar com ele e isso é tudo uma grande coincidência? Jura?” questionou sarcasticamente, acenando com a cabeça em negação, ignorando a pergunta do moreno, deixando-o chocado e confuso pelas informações, não fazendo ideia daquilo.

Imediatamente, Zayn negou, dando de ombros e não conseguindo se pronunciar de prontidão, como de costume, sorrindo ao se dar conta das coisas que seu amigo havia dito.

“Sério mesmo? O seu Harry?” perguntou desacreditando daquilo, dando ênfase ao citar o Styles, recebendo apenas um acenar em confirmação, Louis não se importando pela forma que o Styles foi citado, gostando da forma que o amigo o chamou. Bem que poderia ser verdade. “Eu te juro que não sabia, mas bro” soltou uma risadinha. “Se for assim, tenho que te aconselhar mais vezes. Sou a porra do teu amuleto da sorte, cara!” brincou, cutucando as costelas do maior, tentando fazer cócegas nele.

“Aham, okay, talismã. Mas não repete isso de ser meu, já que, você sabe, se o Liam escuta uma coisa dessas, o lado lúpus não vai pensar duas vezes antes de acabar com a minha raça.” responde, tremendo levemente ao imaginar a montanha de músculos que o Payne era, caindo em cima de si em forma de chutes e socos. Louis provavelmente acabaria todo quebrado. Tinha pena de quem praticava boxe com o alfa de olhos castanhos.

“Hey! Não fale assim do meu alfa!” Zayn repreendeu descontraído, apontando um dos dedos para o amigo, rindo ao que ele tentou mordê-lo. “Ele apenas tem genes lúpus, nada pra se preocupar.” deu de ombros, sabendo que aqueles genes, na verdade, eram sua maior sorte, já que permitiam que Liam o marcasse, mesmo que temporariamente. De qualquer forma, eles adoravam refazer a mordida, com todo o prazer.

“Okay, okay. Mas, aproveitando que seu grande lobo mau não está por perto...” mudou de assunto, prolongando o mas, lentamente começando a tirar um dos cupcakes da sacola, entregando ao amigo. “Eu acabei pegando mais algumas coisinhas pra dividirmos. Pelo menos até o Liam chegar, aí eu vou querer comida de verdade.” resmungou, pegando mais um cupcake para si próprio, dando uma grande mordida e gemendo pelo sabor.

“E quem te convidou pro jantar?” O moreno retrucou, tão entretido quanto o alfa, dando mais algumas mordidas em seu bolinho, sentindo o recheio de chocolate tomar conta de suas papilas gustativas, trazendo mais saliva para sua boca.

“Eu te trouxe a porra da sobremesa, Zen. Isso enquanto você está sofrendo sem poder pedir porcarias por sua conta, devia me tratar como uma divindade, sabia? E é óbvio que vou jantar aqui, Liam cozinha como ninguém.” revirou os olhos ao dar outra mordida em seu bolinho, tendo o tom de brincadeira e implicância de sempre, rosnando em uma falsa ameaça quando o Malik tentou afundar sua cara no cupcake que comia, transformando aquilo numa guerra que fez ambos esquecerem um pouco dos doces, até escutarem um, muito suado, Liam passar pela porta, ficando estático por um momento ao ver a cena completa.

Louis estava no sofá, sobre o corpo de Zayn, uma das mãos prendendo o sorridente Malik no lugar enquanto a outra fazia cócegas nele, o ato sendo parado apenas quando se deram conta da terceira presença na sala, travando imediatamente e desviando os olhos na mesma direção: os cupcakes abandonados.

Depois de encontrá-los dormindo na casa do Tomlinson, o alfa de olhos escuros já imaginava que aquilo aconteceria de novo, então não se surpreendeu, nem mesmo reagiu à posição que ambos se encontravam, já tendo visto coisas piores que aquilo − algumas de momentos que ele particularmente preferia esquecer.

Então, mesmo cansado, sorriu como o bom amigo e alfa perdidamente apaixonado que era, amando as poucas lágrimas de alegria que estavam acumuladas no canto dos olhos de seu companheiro, nunca se sentindo grato o suficiente por seu melhor amigo ter se dado tão bem com o namorado logo de cara.

“Vai ficar pra jantar dessa vez, Tommo?” perguntou, vendo ambos se ajeitarem enquanto o alfa ria pelo beta se apressar para ir em direção ao namorado, cumprimentando-o com beijos e promessas calorosas para depois, sempre se sentindo quente ao vê-lo tão másculo, como dizia.

“Desde que você cozinhe, não posso negar, Payno. Mas se hoje for a vez do Zayn...” brincou, recebendo um dedo do meio, assim como uma risada do maior, que só parou ao receber um tapa nem tão fraco de seu companheiro, se desculpando antes de ir para o banheiro, desesperado por um banho refrescante.

Não demorou muito para que Tomlinson e Malik entrassem em uma nova discussão, dessa vez sobre o filme que o moreno assistia antes que o alfa chegasse. Louis achava clichê e adolescente demais para quem estava tão perto dos trinta, já Zayn acreditava que a sua criança interior era acompanhada por uma garota adolescente que adorava assistir e acompanhar aquelas coisas quando tinha tempo, e Louis não podia julgá-lo já que, mesmo agindo como um velho rabugento de oitenta anos, ainda era fascinado por desenhos e animações infantis − isso sem falar em sua pequena obsessão por super heróis, algo que compartilhava com o beta.

Foram longos minutos de uma conversa séria sobre a mocinha trocar uma coisa importante por algo que poderia nem dar certo, fazendo Zayn comentar que acabaria com o Tomlinson caso ele o trocasse por algum casinho aleatório, sendo lembrado de que o Malik quem havia tomado seu melhor amigo de si, tornando ele a vítima da história. Bem, sua dramatização foi seguida de altas gargalhadas, que contagiaram até mesmo Liam ao voltar, apesar de não saber do que se tratava, fazendo a dupla rir ainda mais.

Logo eles estavam cozinhando, por assim dizer. Louis conversava com Payne, passando ingredientes para ele, conhecendo os armários e a casa em si como sua própria mão, sabendo onde tudo se encontrava. Batendo um longo papo sobre o dia a dia do amigo, perguntando sobre o trabalho, academia e até a ideia maluca de regime − que tinha surgido do nada e que de nada iria adiantar se Zayn continuasse a comer escondido ou pedir guloseimas para o amigo de tantos anos.

Enquanto isso, Zayn, terminou seu filme sem o homem de olhos azuis, livrando-se do lado crítico escondido ali dentro, se juntando aos outros assim que teve oportunidade, vez ou outra se intrometendo na conversa mas em geral apenas fazendo companhia, prestando mais atenção na refeição deliciosa − e fora do cardápio atual − que o namorado fazia, agradecendo pela presença de Tomlinson, já que ele era o causador dessa noite menos saudável, mantendo Liam longe o suficiente de coisas que Zayn preferia não comer e que Louis provavelmente rejeitaria se fossem colocadas em seu prato.

Depois de tudo pronto e a mesa arrumada, o jantar teve início, com muitos elogios sendo direcionados ao cozinheiro, deixando-o um pouco envergonhado, afinal, amava cozinhar e apesar de gostar dos elogios, era um pouco acanhado, já que cresceu com muitos alfas preconceituosos dizendo ser coisa de ômega. Besteira. Ambos os garotos mais baixos sabiam de seu talento e não julgavam-no por isso, até abusando com frequência. Liam Payne tinha mãos abençoadas e nenhum ômega havia criado receita que ele não fizesse com perfeição, então, os preconceituosos que se fodessem, eles quem perdiam mesmo.

Bem, Louis não perdeu. Na verdade, apesar de não se tratar disso, ele foi quem mais ganhou naquela noite. Primeiro teve o pedido de desculpas aceito, mesmo ainda não tendo certeza daquilo, depois os cupcakes mais deliciosos do mundo seguido de um bom momento com os amigos junto de uma janta fantástica. É, ele definitivamente era o vencedor ali.

Mas, como todo bom jogador, sabia quando era a hora de se retirar em silêncio, despedindo-se brevemente ao notar os amigos mais calados e próximos, entrando em uma bolha própria e romântica, distante do clima anterior. Era bonito de se ver, como os olhos do maior pareciam observar a mais bela criatura moldada por mãos divinas, assim como os olhos escuros analisavam-no de maneira apaixonada, Malik suspirando algumas vezes enquanto respirava próximo ao pescoço de Payne, querendo se embriagar no cheiro de seu companheiro.

Contudo, Louis sabia que era questão de tempo até as coisas ficarem fora de controle, preferindo partir antes que peças de roupa começassem a voar pelo apartamento, como muitas vezes já havia presenciado na época da faculdade. Fechando a porta atrás de si, trancou com uma chave reserva que Liam havia dado para si há alguns anos, preocupado com o modo como seu relacionamento com Zayn seria recebido, querendo acima de tudo mantê-lo protegido.

Felizmente, a chave nunca precisou ser usada para a emergência que foi criada, só para os momentos constrangedores em que precisava fugir do casal, assim como este. O que fez com que ele sorrisse ao trancar a porta e dar as costas, sabendo que se não fosse por si, eles também não o fariam, muito perdidos um no outro para se importarem.

Descendo as escadas até seu próprio andar, não pode deixar de pensar em quando encontraria alguém assim para si. Apesar de já ter tido alguns relacionamentos aqui e ali, nada o deixou daquela forma. E olha que Louis havia tentado, muito. Encontros as cegas com filhos solteiros de amigas de sua mãe e amigos de pessoas próximas, pessoas que encontrava em aplicativos, colegas de faculdade, pessoas aleatórias em bares e até mesmo clientes que flertavam consigo, mas até hoje nada. Não havia sentido nada demais, não como aquilo.

Talvez não fosse a sua hora ou não tivesse conhecido sua pessoa ainda, como dizia sua mãe, mas já estava ficando sem esperanças. Cansado demais de procurar por alguém que não existia, em algum ponto ele apenas parou, deixando que as coisas tivessem de ser da maneira que deveriam. Ou seja, ele estava da mesma forma, parado na mesma situação. Sem ninguém, mas não sozinho de verdade, apesar do vazio em seu peito.

Melodramático demais, estava andando muito com Elliot e Colin nos últimos tempos e isso começava a aparecer.

Enfim, em seu apartamento, acendeu as luzes, recebendo o silêncio como recepção, sentindo-se vazio e frio dentro do ambiente tão solitário, seguindo em direção à cozinha para beber um copo de água, sorrindo imediatamente ao ouvir algo que estava começando a se acostumar. E que até se arriscava a dizer ter sentido saudades: os passos na casa do vizinho.

Poderia ser precipitado, mas Louis saiu correndo pela porta, impulsivamente subindo os degraus de dois em dois, chegando no andar superior em tempo recorde, recuperando o fôlego antes de bater na porta, sorrindo antes mesmo dela ser aberta.

“Boa noite, senhor Styles.” cumprimentou ao ser privilegiado com a visão do outro alfa, dessa vez, em um moletom lilás, de longe o mais másculo que Louis já havia visto vindo dele. Bem, isso se o novo tom de esmalte azul bebê e suas meias de gatinho não fossem levados em consideração.

“Oh, boa noite, hum, Louis.” o homem responde, desajeitado e, pelo que o menor consegue ver, com as bochechas rosadas, uma provável consequência de sua visita tão recente após a situação de horas antes. Tomlinson não pôde deixar de sorrir um pouco mais por aquilo, gostando de saber que afetava o homem ao menos um pouco, seu ego inflando levemente por aquilo. Além de se sentir aliviado ao escutar seu nome sair pelos lábios do outro, levando aquilo como um sim para seu pedido de desculpas.

“Bem, Harry, me pergunto se foi uma má escolha ter pedido o sabor chocolate. Acredito que isso possa meio que me tornar o culpado da agitação por aqui, huh?” provocou, vendo o rosa se tornar rapidamente um vermelho vivo, o sangue manchando as bochechas do Styles de forma que ardia, fazendo-o sorrir fraco, se apoiando em um dos pés para esfregar o outro em sua canela, não sabendo o porquê do menor afetá-lo de tal forma.

“Não, não. Os donuts estavam ótimos, mas não acho que tenha sido isso. Eles... não deixei que comessem muito. Conheço meus filhos e sua habilidade em bagunçar sem se entupirem de doces, sei que eles estariam bem piores se tivessem comido muito, acredite.” sorriu ao falar das crianças, de forma que encantou ainda mais o vizinho, que apenas sorriu ao concordar. “Obrigado por eles, inclusive, foi muito gentil de sua parte.” agradeceu, piscando em confusão ao ver o outro fazer um gesto de descaso com a mão, negando com a cabeça.

Harreh, acho que já passamos disso. Aquilo não foi nada demais, provavelmente algo que eu deveria ter feito logo que se mudaram.” comentou pensativo, não reparando na forma que havia chamado o maior e a reação dele, perdendo o momento em que os olhos verdes se arregalaram levemente, o lábio inferior sendo mordido ao que suas bochechas esquentaram novamente. Oh céus, por que aquilo estava acontecendo com tanta frequência? “De qualquer forma, eu estava pensando e não é tão vantajoso ter que vir bater na sua porta toda noite, imagino que também não goste de ter que vir me atender.” supôs, vendo o homem acenar positivamente, apesar de não ser totalmente verdade. Ele estranhamente gostava das aparições de Louis, mesmo sabendo que ocorriam apenas quando o atraente vizinho se sentia incomodado com os barulhos que faziam. Não tinha sentido, então ele não tentava entender. “Quero dizer, eu particularmente não sou fã de escadas e, já que o elevador está quebrado e sua família parece ter uma rotina corrida, estava pensando se não poderia, hum...” hesitou, já não achando mais uma ideia tão boa assim ao dizer em voz alta. “Sabe, passar seu número? Apenas pra trocarmos mensagens, se necessário. Acredito que seja mais prático e menos cansativo para nós dois.” explicou rapidamente, dando a pior desculpa do mundo para ter o número do alfa, mas tendo fé que funcionaria. Tinha que dar certo. “Isso é, se você estiver de acordo...?”

Ainda sem demonstrar reação, Harry apenas ergueu uma das mãos, pedindo que esperasse um momento enquanto desaparecia em seu apartamento, deixando Louis ali, mentalmente xingando a si mesmo e sua péssima justificativa furada. Trocar mensagens sobre o barulho de seus filhos? Aquilo era uma catástrofe, o que fez com que revirasse os olhos e negasse para si mesmo, decepcionado. Ele já tinha sido melhor naquilo.

Quando o Styles voltou, tinha o próprio celular em mãos, entregando-o ao Tomlinson enquanto pedia o dele com o olhar, parecendo tímido mas decidido, arqueando uma das sobrancelhas em questionamento por Louis continuar estático ali, quase deixando que a boca escancarasse em surpresa. Porém, recuperou a pose rapidamente, desbloqueando e passando o celular para o outro, pegando o dele e digitando seu número, sorrindo satisfeito ao salvar seu contato. Apesar de querer muito, não fez gracinhas, imaginando que isso poderia incomodar o outro, não querendo ele desconfortável consigo.

“Obrigado por isso.” disse ao devolverem os aparelhos, erguendo o seu, sabendo que possivelmente tinha se tornado um milhão de vezes mais valioso ao ter aquela nova combinação de números em sua agenda. “Apesar de eu ter quase certeza de que isso possa ter sido feito pensando mais no seu conforto do que na minha preguiça de subir as escadas.” brinca, vendo o alfa rir, sem negar ou concordar, achando aquela a oportunidade perfeita para acabar com sua dúvida. “Bem, acredito que devo agradecer não só a você, como ao seu ômega também. Ele ou ela deve ter feito a diferença na balança no momento de decidir isso.” soltou de modo falsamente descontraído, dando de ombros mas mantendo-se atento, querendo saber a resposta do questionamento que havia deixado implícito ali, vendo o outro erguer as sobrancelhas e lamber os lábios, rindo um pouco.

“Oh, não. Com certeza foi pelo bem de suas pernas. Eu não estou envolvido com ninguém no momento.” deixou claro, olhando diretamente nos olhos azuis ao dizer aquilo, prosseguindo da mesma forma. “Sem ômegas, betas ou alfas. Três crianças em casa já são difíceis o suficiente, além de eu não estar procurando alguém. Estou em uma fase que não quero me envolver, meus filhos são tudo o que preciso, pra falar a verdade.” foi sincero, sendo direto ao mencionar que não estava em busca de alfas, entendendo o interesse do vizinho e indo direto ao ponto, sabendo que não poderia retribuir aquilo no momento. Louis, apesar de bonito, possivelmente preferiria alguém com menos bagagem. Além de Harry sempre colocar o bem estar de seus filhotes acima de tudo, não seria um rosto bonito que mudaria aquilo.

Entendendo o recado, o menor ergueu as mãos em rendição, chateado por não ter chances com Harry mas entendendo-o e concordando com o alfa por ter seus filhos como prioridade. Não querendo forçar nada, sorriu de forma mais amigável, deixando o interesse de lado e estendendo uma das mãos, rindo fraco da feição confusa de Styles, rapidamente se explicando.

“Okay, sem relacionamentos amorosos. Mas e que tal um amigo?” Styles não esperava por aquilo, sorrindo abertamente e apertando a mão do outro, iniciando ali algo que poderia ser bom para ambos. Ao menos era o que imaginava, afastando-se após alguns segundos, ouvindo pézinhos correrem de dentro do apartamento, vindo em sua direção.

“Papai Hazz! Você perdeu o filme tooodinho” uma garotinha, pouco maior que o garoto da outra noite, surgiu atrás da figura paterna, chamando a atenção de Louis imediatamente.

O moletom dos Styles combinavam, pelo que podia ver, incluindo as meias, o que não pôde deixar de achar adorável. Os cabelos castanhos eram lisos, presos em cada extremidade de sua cabeça com rabos de cavalo baixos. Seus olhinhos eram de um azul cintilante, que brilhavam em direção ao pai, parecendo espantados pela informação que dava, as bochechas pálidas rapidamente tomando cor ao reparar que não estavam sozinhos ali. Apesar das sutis diferenças, Louis via outra mini versão de Harry ali, mal podendo imaginar como a terceira criança deveria ser, dando-se conta disso apenas agora.

Harry era pai de três filhotes hiperativos e solteiro. Como ele conseguia?

Louis nem sequer imaginava, focando somente no momento “Papai Harry em ação!” como havia decidido chamar os momentos do alfa com seus filhotes, achando incrivelmente fofo como a garotinha se escondia de si, sorrindo toda vez que ela juntava coragem para olhá-lo, em seguida escondendo-se novamente. Quando a situação foi resolvida, os olhos verdes voltaram a se focar nele, que, agora sem motivos para continuar interrompendo a família, despediu-se, imaginando que o amigo gostaria de estar de volta a qualquer que fosse o filme que estivesse assistindo anteriormente.

“Tenham uma boa noite, Harry. E, ah, um bom filme.” sorriu, recebendo um aceno junto de um “boa noite” enquanto o Styles fechava a porta, deixando apenas vestígios de seu cheiro para trás, assim como a sequência numérica que parecia chamar por Louis naquele exato momento.

E não foi muito surpreendente para ele acabar não se segurando, iniciando uma troca de mensagens com o vizinho assim que possível, comentando alguma coisa aleatória que havia imaginado sobre filmes infantis e tendo o outro discutindo sobre aquilo consigo, estendendo a conversa o suficiente para que seus filhotes estivessem dormindo enquanto eles, que deviam fazer o mesmo, sorriam para as telas dos aparelhos, trocando mensagens bobas, já confortáveis um com o outro.

Harry:
E então, o que está fazendo?

Harry:
Além de conversar comigo, claro

Louis:
roubando o gato do meu vizinho

Tomlinson sorriu com aquilo, não mentindo sobre, tendo o animalzinho em sua cama, não suportando os miados chateados que o filhote dava ao arranhar a porta em frente a sua. Infelizmente, Louis sabia que ele tinha sido abandonado, a cor preta de seus pelos provavelmente sendo motivo suficiente para o idiota supersticioso que morava no apartamento da frente. Algumas pessoas pareciam não evoluir nunca, apesar dos vários séculos que se passavam. Idiotas sempre seriam idiotas, afinal.

Harry:
Uh, escandaloso

Harry:
Posso ajudar?

Louis riu com aquilo, respondendo de forma besta antes de explicar a situação, recebendo compreensão, tendo Styles tão indignado quanto ele pela maldade que o tal John havia cometido, jurando ameaças, em sua visão, fatais para o beta. Esta seria uma noite fria, mesmo que o ato de colocar o animal para fora já fosse completamente absurdo, deixar para fazê-lo nesta noite era cruel.

Harry:
Da próxima vez que o encontrar, vou deixar Hayley tomar conta dele.

Harry:
Ela e Logan odeiam judiação com animais fofinhos

Harry:
Quase na mesma medida que amam pegadinhas.

Louis:
yeah, eles totalmente vão dar conta dele

Louis:
deixe seus filhotinhos cuidarem dele, mas peça que deixem alguma coisa pra mim, também tenho contas a acertar com ele em nome de Larry

Harry:
Larry??

Louis:
é, escolhi esse nome pra ele, gostou?

Harry:
É bonito, diferente.

Harry:
Larry, o gato.

Louis:
mas então...

Louis:
Logan, Hayley e Lewis?

Harry:
Na verdade...

Harry:
Logan, Hayley e Lucy

Harry:
Mas até que você chegou perto.

Louis:
duas meninas então?

Louis:
entendo o possível sofrimento de Logan, ser o mais velho entre tantas garotas é de acabar com a gente

Harry:
Hey! Retire agora o que disse!

Harry:
Lucy é uma princesinha adorável.

Harry:
Além deles serem todos gêmeos e Logan ser o mais novinho. Meu garotão levou loooongos minutos pra dar o ar da graça.

Louis:
....então hoje eu conheci a Lucy?

Harry:
Hoje você vai conhecer o meu silêncio, estou ficando com sono.

Harry:
Boa noite Louis.

Louis:
heeeey, isso não foi nada legal

Louis:
boa noite Harry

Mesmo que tivesse vontade de estender o assunto, Louis se despediu, imaginando o quão cansativa deveria ser a rotina da família, ainda mais pela informação de que haviam duas crianças travessas na casa dos Styles, o que lembrava-o de si mesmo quando mais novo, fazendo-o rir fraco antes de bloquear o celular, conectando-o na tomada antes de se deitar, preparado para dormir.

E se, além dele, o vizinho no apartamento acima estivesse indo dormir com um sorriso no rosto, bochechas quentinhas e coração acelerado, isso se devia não apenas às mensagens ou a pessoa que estava do outro lado da tela. Mas sim, ao fato de, agora, uma nova amizade ter sido iniciada, parecendo uma das boas, as que realmente se levam para a vida toda.

Contudo, os sonhos de ambos não diziam aquilo exatamente, não deixando-se enganarem pelo falso desejo consciente de amizade, levando apenas o lado honesto − e subconsciente − em consideração, criando cenários possivelmente românticos e cheios de afagos que amigos jamais dariam.

Bem, ninguém saberia mesmo.

💬

oioi meus super humanos, tudo bom?

atualizando mais cedo pois amanhã é aniversário do meu irmãozinho e minha atenção vai ser 100% deleh

ent.... cap grande esse ne?
mas se preparem q daqui p frente vão surgir uns maiores (e mais interação dos nenês, obv rs

mais um pouco de zouis, da rotina do lou e sim!! rolou interação larry dnv AAA

apesar do tommo ter levado um fora, foi até fofo, se formos comparar com as outras vzs

além disso, teve um pouco mais sobre o h papai de três, q é um amorzinho msm negando ter >algo< com o lou, aiai esse styles

falando em styles, noite em família deles yaaay! mas quem será q o louis conheceu? lucy ou hayley? fica o questionamento

um pouco de texting de vez em quando não mata ngm ne? não? q ótimo pois essa não é a última vez q isso vai rolar por aqui, estejam avisadosss

mas e aí, gostaro da aparição do gatinho larry? ele foi o maior improviso dessa fic e dou graças a minha oneshot Chat Noir por me dar essa ideia, quem conheceu a diana sabe oq significa esses dois e um gato preto metido na história rs

enquanto a amizade do século começa a dar passinhos a partir da próxima att, vou deixar o cap guardadinho aqui até a próxima segunda

obvmt vou passar esse tempo entre surtos com os possíveis comentários e votos q vem , até pq vcs divulgaram a fic neah 👀

kkjkjkk brincadeiras a parte, se cuidem pessoal, essa doença não facilitando nada pra ngm, ent lavem bem as mãos, tenham smp álcool em gel e usem as máscaras ao sair!!

q a vacina parece não sair nunca, vamos nos cuidar do jeitinho q dá

ngm segura a mão de ngm mas todo mundo cuidando de si, ajuda mt!!!!

até mais verrrr

( queria dizer q planejei adicionar aqui um grande spoiler aqui nas notas porém o cap anterior deu uma flopada ent.... é)

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