Do Que o Amor é Feito | Amore...

By Tayh_Souza

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O que você faria se um estranho descobrisse um segredo seu? Heloísa nutre um amor platônico pelo mesmo garoto... More

Sinopse e Nota
Capítulo 01 - O garoto do corredor
Capítulo 02 - Eu disse isso em voz alta?
Capítulo 03 - Você estava me espionando!
Capítulo 04 - Fui pega em flagrante!
Capítulo 05 - Não vou mais pensar nele
Capítulo 06 - Que tal fazermos um acordo?
Capítulo 07 - Um caso perdido de amor platônico
Capítulo 08 - Sou uma completa e perfeita azarada
Capítulo 09 - Tão cortês quanto um quadrúpede
Capítulo 10 - Você vai voltar amanhã?
Capítulo 11 - A gente meio que começou com o pé esquerdo
Capítulo 12 - Meus amigos favoritos
Capítulo 13 - Você é um desastre ambulante
Capítulo 14 - Uma discussão sobre namorados
Capítulo 15 - 17 anos
Capítulo 16 - Essa foi por muito pouco!
Capítulo 17 - Que espécie de pergunta é essa?
Capitulo 18 - Foi só sua imaginação
Capítulo 19 - Somos best friends para sempre
Capítulo 20 - Uma ideia absurdamente inusitada e idiota
Capítulo 21 - E se fosse você que gostasse de alguém?
Capítulo 22 - O que foi que eu perdi?
Capítulo 23 - Você está diferente
Capítulo 24 - O que me deu na cabeça?
Capítulo 25 - Isso significa o que eu estou pensando?
Capítulo 26 - Esse garoto é impossível!
Capítulo 27 - Ele está me chamando para sair?
Capítulo 28 - O que será que houve com ele?
Capítulo 29 - Que tipo de opinião eu posso dar sobre isso?
Capítulo 30 - O que está rolando aqui?
Capítulo 31 - Detesto segundas-feiras!
Capítulo 32 - Qual é, afinal, o meu problema?
Capítulo 33 - Apaixonado? Por mim?
Capítulo Bônus
Capítulo 34 - Como pude ser tão cega?
Capítulo 35 - Estava sentindo tanta falta dele!
Capítulo 36 - Do que o amor é feito
Capítulo 37 - Clima de desastres amorosos
Capítulo 38 - Ele é um cara de sorte
Capítulo 39 - Ele... foi embora
Capítulo Bônus
Capítulo Final
Agradecimentos
Premiações
Outra Vez o Amor Acontece

Capítulo 40 - Clichê?

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By Tayh_Souza

     O carro mal estaciona e eu já pulo dele, andando apressada em direção às porta do aeroporto. 

O que eu estou fazendo? Não faço a menor ideia. No momento, estou me sentindo em um daqueles filmes de romance em que o ator sai correndo atrás do seu par que está indo embora. 

Mas minha versão é bem menos romântica, pois ainda estou com a roupa do colégio, meu cabelo solto tem mais volume que uma juba de leão e todo mundo na rua está olhando para mim como se eu fosse louca.

Não faço a menor ideia do que vou dizer quando encontrar Diogo. Sequer posso imaginar se vou mesmo vê-lo, já que, se ele for mesmo viajar, a probabilidade de já ter embarcado é grande. 

Respiro fundo e deixo minhas emoções me guiarem, sem pensar muito. Estou quase alcançando a porta de entrada, mas paro quando escuto:

— Heloísa? 

A voz do Diogo faz meu coração gelar no peito. Me viro rapidamente e lá está ele, a alguns metros atrás de mim, me encarando, parecendo genuinamente surpreso. 

O alívio inunda meu peito tão rápido que até sinto falta de ar. No auge da emoção, corro até onde ele está e me jogo em seus braços, que não demoram a me amparar. Estamos tão próximos que até sinto seu coração batendo, rápido e forte, como da primeira vez que tivemos esse nível de contato. Será que ele já gostava de mim naquela época?

Fecho os olhos e escondo o rosto no espaço entre seu ombro e o pescoço. 

— Ah Diogo! Você está aqui! – Me afasto do seu abraço e o encaro, fitando seus olhos castanhos de perto, em total emoção. 

Ele está tão bonito. Como sempre esteve, mas, como a tonta que sou, estava olhando na direção errada esse tempo todo. Nossos rostos estão tão próximos que, se eu inclinar a cabeça só mais uns centímetros, minha boca vai encostar na dele.

— Não que eu esteja reclamando, mas... O que você está fazendo aqui? 

Eu sorrio timidamente, finalmente me dando conta de que estamos abraçados no meio da calçada, e me afasto dos seus braços, sem ter coragem de olhar ao redor para ver se alguém está encarando a gente.

— Vim atrás de você.

— Veio? – ele pergunta, com a testa franzida. Confirmo com a cabeça — Por quê?

— Achei que você iria viajar junto com a Maia.

— O quê? Por que pensou isso? – indaga, com uma expressão divertida.

— Sei lá... Eu só... Foi besteira minha – gaguejo a resposta, só agora me dando conta do quanto fui idiota ao pensar isso.

— Então veio aqui com a intenção de se despedir? – levanta as sobrancelhas, esperando uma resposta.

— Não... Quer dizer, sim... Na verdade eu percebi que... 

Droga!

Treinei o que iria dizer desde ontem a noite, mas isso é mais difícil do que eu pensava. 

Ele me encara, esperando uma resposta. 

— Me desculpe por ter te deixado falando sozinho naquela noite – peço, engolindo em seco para conseguir continuar. — E por ter te ignorado todos os dias que se seguiram. Eu só estava confusa. Não queria ter sido… estúpida com você.

Ele nem pisca para responder. 

— Você não tem que se desculpar por nada. Eu só quero que você volte pra mim… quer dizer, que a gente volte a ser amigo. – Ele coça a cabeça, as bochechas adquirindo um não tão suave cor-de-rosa. — Quero que as coisas voltem a ser como eram antes. – completa. 

Tudo bem, ele não é o único a corar nesse momento. Tenho certeza que, se minha cor permitisse transparecer, eu estaria tão vermelha quanto ele.

— Eu não acho que tem como as coisas voltarem a ser como eram antes, Diogo…

— Eu sei. Eu estraguei tudo. Me desculpe. Eu só não quero que você saia da minha vida. Prefiro que a gente seja só amigos do que não ter… – interrompo seus comentários pessimistas me aproximando mais e roubando um selinho dele.

Dura menos de dois segundos, mas quando me afasto encontro um Diogo abismado olhando para mim.

— Isso não... parece com um beijo de amigos. – Ele ri, nervoso, e eu o acompanho, fitando cada detalhe do seu rosto.

Diogo está tão lindo! O cabelo loiro já está comprido demais, e alguns fios caem sobre sua testa. Seus óculos de grau estão levemente tortos no rosto e os olhos castanhos parecem estar mais claros do que nunca. E eu me vejo refém do seu olhar, sem conseguir desviar deles nem por um mísero segundo.

— Eu estou apaixonada por você, Diogo – digo, por fim, sentindo meu coração acelerar ainda mais, se é que isso ainda é possível. — Não faço a menor ideia do momento em que comecei a sentir isso, mas... – Não consigo mais encará-lo e olho para baixo, sentindo a timidez me dominar. — Sei que te dei um fora na segunda passada, e também sei que foi bobagem te evitar a semana inteira, demorando tanto tempo para dizer o que sinto e... Isso é tão engraçado, não é? – sorrio, nervosa. — Eu correndo desesperada até o aeroporto atrás de voc... – sou interrompida da minha tagarelice sem controle quando Diogo cobre minha boca com a sua.

Não demoro a retribuir o beijo. E, por alguns segundos, esqueço completamente onde estamos, ou o show que estamos fazendo na frente do  aeroporto. A única coisa que consigo prestar atenção é nele. No cheiro dele. No gosto dele. No quanto estou completa e desesperadamente apaixonada por ele, e como esse sentimento parece aumentar cada vez mais.

Nos afastamos algum tempo depois, ambos com a respiração ofegante. Diogo encosta sua testa na minha e sorri.

— Eu nem consigo acreditar que isso está mesmo acontecendo – ele confessa, ainda com um sorriso no rosto. — É tão bom ouvir isso. – Volta a me beijar, dessa vez dando apenas um selinho.

Seu rosto se afasta do meu, mas seus braços continuam na minha cintura, e ele olha ao redor.

— Com quem você veio? – ele pergunta.

Só então me lembro dos meus amigos, e me afasto dos braços do Diogo, olhando para o lugar em que o Arthur tinha estacionado o carro. Mas nem o carro, nem meus amigos, estão mais lá. 

— Vim de carro com a Cris e o Arthur. Mas acho que me deixaram para trás. – Me viro para ele novamente. — Fiquei sem carona para casa. – Encolho os ombros. 

No fim, a Cris acabou presenciando a declaração, como ela tanto desejava. Tenho que lembrar de verificar as gravações do celular dela mais tarde...

— O uber que chamei acabou de chegar – Diogo diz, apontando com a cabeça o carro estacionando perto da calçada. — Eu te levo.

— Tá bem.

Ele segura na minha mão, me levando até o carro. Nos acomodamos no banco de trás, e pouco tempo depois o carro começa a andar. Diogo entrelaça sua mão na minha, e as descansa na sua perna.

— Então – começo a dizer. — Vamos ver um filme lá em casa? – Ele concorda com a cabeça, e eu acrescento: — vai ser Crepúsculo, claro. Você ainda está devendo ver essa saga comigo. 

— Você não desiste, não é? – Ele balança a cabeça, descrente, soltando uma risada.

— Nunca! Crepúsculo é a minha saga de vampiros favorita.

— Claro que é. – Ele suspira — Você é tão...

— Clichê? – o interrompo, sorrindo. — É, eu sei. Você já disse isso antes. 

— É. Você é exatamente isso – concorda, me encarando intensamente. — E eu amo isso em você – ele sorri para mim.

Acabou!!!

Mas ainda tem um bônus e um epílogo, para quem não está pronto para se despedir ;)

31/03/2021

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