37/ Amor de Verão (Part.3 FINAL)

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— Certo. Juliana disse que a fila não é tão grande, mas é melhor prevenir do que remediar. — Acrescentou mamãe. Percebi que ela queria me falar algo. Eles se levantam e papai acena, enquanto mamãe se aproxima do meu ouvido, sussurrando: '' A verdade é que todo mundo vai te machucar. Você apenas tem que encontrar aqueles pelos quais vale a pena sofrer, nae salang.'' Eu não sei se ela sabe sobre Becky, mas parece que sabe. Talvez o papai tenha contado a ela sobre a nossa última conversa, o que, com certeza, não é nada demais. Contudo, o que mamãe acabou de me dizer me faz refletir até um longo tempo.
 

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À medida que a noite foi chegando, não sabia quem estava mais inquieto: Goddie ou eu.  Eu me lembro do fracasso da última vez que fiquei com Goddie e o cachorro nem ajuda muito correndo de um lado para o outro e fazendo coco e xixi em lugares errados.  Jeremih e a sua mãe estão passando o dia todo fora da cidade e precisou que eu ficasse de olho em Goddie, pois a ultima vez ele rasgou o forro do sofá. O cachorro precisava de certo cuidado, a senhora Scott disse. Ela precisava ter a certeza que alguém estaria à disposição para olhar Goddie nem que seja por uma horinha. E, sinceramente, eu estava devendo isso para Jeremih e sua mãe.

Depois da catástrofe que foi a minha conversa com Priscilla, todos os dias que era para visitá-la eu focava para ter animação para tocar com os garotos da banda. Uma ansiedade triste e constante instalou-se. Em alguns aspectos, esses últimos dias que seguiram foram tão pesados. Todos me diziam para dar tempo ao tempo. Naquela mesma tarde, durante o almoço, na segurança de nossa cozinha, mamãe conversou que iria visitar Priscilla no hospital, pois ela estava prestes a receber alta.

Jason fez o máximo para manter a aparência de boa convivência comigo, mas eu percebia que me culpava por ter magoado Becky. Naqueles momentos, eu vislumbrava em outra dimensão onde as coisas seriam mais fáceis. Fiz uma prece para que aquilo passasse logo. Respiro fundo.
 

Priscilla: É difícil quando um novo dia começa e alguém que amamos não está presente. Se for assim que o seu coração quer, Dylan, vá atrás de Becky.
 

Encaro o celular meio surpreso. Na verdade, surpreso é pouco. Eu estou pasmo, depois um pouco confuso, e então fecho a minha boca. Goddie enroscou-se em mim ao lado do sofá, olhou-me com um olhar ''questionador'', quase da mesma forma que estou tentando assimilar a mensagem de Priscilla. Não era exatamente isso que eu esperava de Priscilla.

 
O que eu faço, Goddie? – Pergunto para o buldogue inglês. Ele fica em silêncio, claro.

 
Dylan: O que te levou a chegar nessa conclusão?
 

Espero pela sua resposta...
 

Priscilla: Sua mãe.

 
Priscilla: Ela veio me visitar hoje à tarde, e eu entendi que não posso ser o empecilho no seu caminho e no da Becky. Você disse que gosta dela, certo? Pois então, não pode deixá-la ir, Dylan. Faça Becky saber que você a ama com a mesma intensidade.

 
Priscilla: O que está esperando, afinal? Deus te deu uma vida, Dy, não uma eternidade.

 
Dylan: Eu amo você!
 

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Eu nem sei que horas são. Eu não me importo. Eu só peguei a guia do Goddie, ele e o carro e vim parar no meu apartamento. Assim que eu cheguei, ou seja, uns 10 minutos atrás esperei Jason e Yollanda chegarem, inquieto. A porta se abre.

Talvez Em Um Verão (Completa)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora