Conspiração Satânica

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Uma semana depois, Alicia estava aos cuidados do conselho tutelar da criança e adolescente da cidade, pois os parentes dos pais adotivos de Alicia negaram a ser seus tutores até que ela completasse a maioridade. O detetive Lopes compreendia os parentes que recusavam aceitá-la em suas casas, a repercussão dos casos envolvendo Alicia havia espalhados por todo o país e até se tornou manchete em vários jornais importantes de outros países. Ninguém queria se envolver com esses escândalos, e em outras palavras Alicia era o escândalo em pessoa. O detetive Lopes estava tentando por Alicia num orfanato, e Marcos queria que ela aceitasse ir morar com ele na sua casa, mais o juiz da vara da infância e juventude negou esse pedido.

            Alicia passara os dias depois da morte de seus pais-adotivos em total depressão, não havia alegria em seu rosto e ela não se importava mais com nada a sua volta, parecia que refugiara pra dentro de si mesma, tão distante de todos ao seu lado.

            O diretor do instituto tutelar da criança e adolescente onde Alicia estava até ser destinada a outro lugar recebera um telefonema naquela conturbada tarde de quinta-feira. Depois da conversa que durou 5 minutos pelo telefone, ele saiu do seu escritório, deixou um recado a sua secretária que ia sair e que talvez não voltasse mais àquela tarde, e se precisasse de alguma coisa o procurasse em seu celular. Ele saiu apressado e pegou seu carro e partiu ao endereço onde deveria estar e seguir as instruções que lhe fora dado.

            Sergio Castelo, o diretor, chegou depois de 20 minutos de estrada a uma casa distante do centro da cidade, e na entrada da casa já havia uma pessoa a espera dele.

- Boa tarde, vim a pedido do senhor Francisco Xavier – apresentou ele a estranha mulher de vestes pretas, ela parecia uma freira, porém sua cabeça não havia nenhum véu negro, e seu cabelo era curto e avermelhado.

- Estávamos a sua espera. Entre – pediu ela abrindo o portão de madeira. Sergio entrou sem fazer nenhuma cerimônia, como se tivesse ido ali varias vezes, porem nunca estivera naquele lugar antes.

            A casa era grande e bem cuidada, e havia um jardim de rosas nos dois cantos da casa, e uma fonte de água de uma estátua que representava um anjo de harpa.

            Sergio ia à frente, sendo acompanhado pela mulher atrás. Ele parou não vão da porta, e a mulher passou a frente dele, e abriu a porta.

- O senhor Xavier espera pelo senhor.

Ele entrou sem medo algum, e dirigiu a frente. A sala estava bem iluminada, e havia outras pessoas alem do homem calmo e bem elegante num terno preto sentado numa poltrona no centro da sala. Uma loira sedutora e linda, de vestido vermelho e salto alto da mesma cor lhe sorriu. A outra mulher observava sem expressar algum sentimento nos lábios. Sergio esperou receber o convite pra sentar no sofá de frente ao homem de terno.

- Sente-se – disse um outro homem que permanecia em pé, encostado a parede. Este era mais velho que o homem que sentava na poltrona, e tinha uma longa barba preta.

            Sergio sentou.

- Sou Francisco Xavier, mandei Charles... – e indicou com a mão ao homem de barba negra. -...  ligar para o senhor. Venho acompanhado por dias no noticiário da TV sobre o caso de Alicia e os assassinatos daquele professor, e quero saber como ela está.

            Sergio poderia perguntar antes porque ele estava interessado sobre a jovem Alicia e muitas coisas a mais, mas ele simplesmente disse tudo que sabia dela até então.

- Alicia está deprimida pela morte de seus pais-adotivos, e nenhuns de seus parentes querem a guarda dela até que complete 18 anos, agora só resta esperar a decisão do juiz pra ver se ela irá para um orfanato de jovens ou não.

O Inferno de AliciaWhere stories live. Discover now