Um plano em ação - Parte I

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I

Com os inesperados acontecimentos o professor Antônio foi considerado por uma equipe médica de insanidade mental que tinha sérios problemas mentais e que sofria de esquizofrenia, e deixou de ser culpado pelas mortes de Joyce e Robson, mas o detetive ainda estava convicto de que ele era culpado de alguma forma, mas nada podia fazer, e a diretora Gilda acabou sendo presa por assassinar o professor Mariano que confessara numa gravação que matara os jovens estudantes para prejudicar ela e a reputação do colégio. A diretora Gilda se viu num imenso precipício e viu no futuro seu colégio ser fechado e abandonado pelos administradores e professores, e o ministério público fecharia as portas, e os parentes da diretora entrariam na justiça para vender a propriedade e repartir suas heranças. Gilda não aguentaria aquela pressão e conseguiu encontrar um jeito para sair daquela prisão nojenta e na tarde de Agosto de 2009 seu corpo foi encontrado em sua cela enforcado.

            A família de Gilda conseguira obter licença no ministério público e vendeu o colégio para uns empresários no valor de 20 milhões de reais. Alicia tinha saído do coma e se recuperava sem ajuda de aparelhos, e estava recebendo visitas no quarto. Ficara sabendo que o professor Antônio era inocente das mortes de Joyce e Robson e que tinha sido internado para um tratamento mental, mas ainda havia manchetes do polêmico envolvimento entre ele e ela, promovido pelo detetive Lopes que ansiava em ver o professor Antônio preso logo após o tratamento mental por suposto envolvimento com um menor de idade, e Alicia logo viu a imagem do seu professor de História sendo destorcida a de um perigoso pedófilo! A opinião pública estava julgando o professor Antônio como um criminoso sexual e cada qual davam sua sentença de morte.

            Alicia não queria aquilo, ela sabia que a história era outra e que o professor Antônio era amoroso como ser humano, e respeitador como professor. Se havia um culpado por aquilo era ela mesma por ter insistido a conquistá-lo, e assim gerar essa confusão toda. Ela precisava que todos tivessem conhecimento disso e decidiu que ia dar uma entrevista ao jornal da TV, onde sabia que todos a ouviriam. De início quando seus pais souberam da intenção dela hesitaram e aconselharam-na a não se envolver mais, que ia atrair mais polêmica e atrapalhar o trabalho da polícia. Quando o detetive Lopes soube da decisão de Alicia ficou desesperado com o que ela ia dizer nas entrevistas e tentou obter no ministério público uma ordem judicial que proibiria qualquer meio de imprensa a ceder espaço para Alicia dar entrevista, caso alguma desrespeitasse essa ordem teria que pagar uma multa e responder na justiça por ter atrapalhado as investigações de um caso público.

            Alicia sabia que o detetive e a polícia tentariam impedi-la de dar esse esclarecimento a toda população. O delegado José junto com Lopes conseguiram a ordem obtida pelo juiz supremo e da corte e logo foi repassado aos meios comunicativos de toda imprensa local, nacional ou estrangeira, alegando que podia interferir nas investigações e que depois que toda a investigação fosse concluída aí sim a Alicia podia se manifestar e dar sua versão a toda população.

            A notícia deixou Alicia em pé de guerra com o detetive Lopes, mas ela nada podia fazer... então aceitou a decisão. Uma semana depois ela teve alta e foi para a casa. Marcos foi visitá-la e ela recusava a vê-lo. Ele tinha também culpa pelo que estava acontecendo com o professor Antônio, e então Alicia encontrou um jeito de desafiar a paciência da polícia, e telefonou para Marcos na sexta-feira.

- Alicia? – indagou ele surpreso ao ouvir a voz dela.

- Sim, sou eu mesma.

- Me desculpe, eu me sinto tão... – ele mal tinha palavras para se desculpar.

- Ouça e cale a boca. – sentenciou ela pelo telefone. – Tem como você vir aqui em casa amanhã de manhã?

- Claro! A que horas?

O Inferno de AliciaWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu