The One {{DAMIE FANFICTION}}

Espero te ver de novo

DIA DA ALTA.

DANI POV.

Dra. Jamie não retornou ontem, provavelmente ela e o médico trocaram de pacientes e eu fui sorteada. Meus exames finalmente chegaram e o Dr. Estraga Prazeres Steve me deu alta. Queria ver Jamie hoje, para dizer tchau, mas ela ainda não apareceu, o que é estranho, ela nunca chegou depois das 16h da tarde.

Pego minha bolsa, com livros e roupas antigas que Olivia fez questão de mandar alguém trazer caso eu precisasse, o que foi gentil da parte dela, apesar de não ter aparecido, foi até legal ela ter se dado o trabalho a esse ponto. Eram roupas antigas, que provavelmente ainda estavam na casa dela de quando eu morava lá, que foram muito úteis pra hoje.

Coloco uma calça jeans clara, que por um milagre ainda cabe em mim e um moletom bege. Não era o que eu queria, mas era o que tinha. Não tinha ninguém pra ir buscar roupas em casa e não daria pra eu ir pra lá de camisola. 

Sigo em direção a recepção com o comprovante da alta na mão e o cartão do plano.

- Boa tarde. - Diz a recepcionista, na sua blusa está escrito "Rebecca".

- Boa tarde... Rebecca. Acredito que meu plano de saúde já tenha entrado em contato, gostaria de pagar o restante das despesas que eles não cobrem. - Respondo olhando pro lado.

Tenho a esperança de ver Jamie, mas nem sinal dela.

- Sim, só me passa o seu cartão, por favor. - Rebecca responde.

Entrego meu cartão na mão dela e enquanto ela digita por uns minutos, me pego olhando para o corredor mais uma vez.

- Prontinho, Danielle. Tudo certo, o boleto chega na sua casa esse mês. Preciso que você assine aqui... Posso te ajudar em algo mais? - Rebecca responde com um sorriso no rosto.

- Não, acho que não... Na verdade, sim. Poderia me responder uma dúvida? A Dra. Jamie, Jamie Grose... Se não me engano... Ela está por aqui hoje? Ela que me atendeu pelo tempo que estive aqui e gostaria de dizer tchau. - Digo.

Rebecca faz um expressão pensativa e como se tivesse se lembrado, me responde:

- Não. Dra. Jamie está em uma palestra. Ela volta hoje. Você quer deixar algum recado? - A mulher responde pegando o caderno de anotações.

- Oh, não. Apenas diga que mandei um oi, muito obrigada, Rebecca. Bom trabalho!

Vejo um ponto de táxi em frente ao hospital e caminho em direção a ele. Entro no táxi e dou o endereço de casa, o hospital não é tão longe, o caminho é feito silenciosamente em 15 minutos. Ao entrar no meu prédio, o porteiro me entrega as correspondências e pergunta se quero ajuda pra subir com a bolsa, logo recuso, eu estava bem. De fato me sentia bem, foi só um susto. Apenas minha perna doía, era o lugar do meu corpo que mais concentrava os meus machucados, fico feliz de ter tirado a tala no hospital e não ter precisado vir com ela pra casa.

Entro no elevador e aperto o 11 que é o meu andar, ao chegar na porta do meu apartamento, pego a chave escondida embaixo da plantinha ao lado. A casa estava do jeito que deixei antes de sair aquela noite com Flora.

Por um segundo me pego pensando em quanto a vida é um sopro, o pior poderia ter acontecido. Não comigo, porque não me importo muito, mas com Flora. Nunca iria me perdoar se Flora tivesse se machucado. Vou visitá-la hoje a noite, já estou imaginando as piadinhas que vou ouvir, mas eu sei que nosso amor é maior que qualquer coisa. Eu aguento isso e muito mais pela pessoa mais importante da minha vida.

Tomo um banho demorado e relaxante, sento no sofá e pego meu notebook. E-mails do meu supervisor do trabalho falando sobre minha licença médica, e-mails de cobranças, e-mails automáticos, nada muito interessante. É como se eu fosse invisível.