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Tudo se mantinha confuso, senão ainda mais

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Tudo se mantinha confuso, senão ainda mais. Ettore já tinha alguns nomes, endereços e crimes que membros cometeram contra a famiglia. São traições graves, a corrupção estava infiltrada até nos níveis mais altos da hierarquia, justamente nos pontos cegos, onde jamais iria suspeitar. A sua casa estava em chamas, como iria imaginar que o responsável por atear fogo era alguém de dentro?

A pergunta que ficava passando a todo momento era apenas uma: Em quem confiar? Talvez devesse dar um basta em toda aquela situação, fazer uma grande fogueira e jogar todo traidor dentro das chamas. Não tinha paciência e nem alto controle para imaginar um plano friamente, ele só queria acabar com tudo de uma vez.

Vivianne tinha trago o pen-drive, todas as informações que continham naquele pequeno dispositivo se mostraram verdadeiras, nenhum ponto era inventado. Com a devida investigação e com as armadilhas montadas ao longo das semanas, tudo se mostrou exatamente como ela tinha dito.

A péssima notícia era o sumiço de Giuseppe, mas em sua partida ele tinha deixado duas coisas para trás, não levou tudo e com isso Ettore esperava ter alguma vantagem.. A não ser que isso seja o que Giuseppe esperava que ele acreditasse. Helen estava na cidade vizinha, sozinha e grávida.

No entanto, seria fácil demais ir até lá, nada estava sendo fácil demais nos últimos meses. Tudo que se mostrava fácil não passava de uma perda total de um grande tempo. Era desperdício com base no achismo de que era um plano perfeito.

Lorenzo estava morto. Andrei estava morto.

Mas com o tempo e com a exaustão que aquilo proporciona, Ettore cogitava a possibilidade de ser uma luta em vão, parecia cada vez mais longe de seu objetivo. Perdido.

― Não ordenou que fôssemos pegar Helen. ― Fabrizio rompeu o silêncio.

― Não. ― Nenhuma pergunta foi feita, mas Ettore se perguntava se poderia confiar em Fabrizio.

Ele estava diferente. O amor tornou ele um outro homem. Toda vez que Bertinelli olhava para seu conselheiro enxergava aquele sentimento e tentava entender a complexidade dele.

Fabrizio buscava fazer do mundo um lugar melhor. Sem mortes, com perdão, compreensão e benevolência. O oposto que Ettore fazia embora amasse a sua esposa. Tinha lutado muito contra aquele sentimento, mas não tinha como negar, mas também não tinha como aceitar a plenitude daquele sentimento.

― Vai ser tio. ― Carbonne reclamou. ― O que planeja para a criança?

― Não me importo o bastante para planejar. ― Ettore foi grosso, mas naquelas palavras não expressavam nada além da certeza, só a omissão.

Mataria Helen se colocasse as mãos nela e o bebê seria só o efeito colateral.

― Você mudou. ― Agora um resmungo seguido de um sorriso a contra gosto. ― Ou nós mudamos. Não sei. Não funciona mais, me sinto só seu empregado.

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now