Capítulo 1

31.2K 1.6K 236
                                    

Ettore soltou o ar preso em seus pulmões no momento em que chegaram à mansão D'Angellis

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Ettore soltou o ar preso em seus pulmões no momento em que chegaram à mansão D'Angellis. Travava uma pequena luta interna entre ir embora, ignorar as ordens do pai, ou simplesmente continuar ali, sem deixar transparecer muita coisa. 


― Sem gracinhas. São apenas negócios. Seja direto e depois partiremos. 

Seu pai disse, sem esboçar emoção alguma. Tratava do assunto como se fosse algo simples e sem importância, apenas dando ordens. O Bertinelli mais velho foi o primeiro a sair do carro assim que o motorista abriu a porta.  

Atravessaram o pequeno jardim para encontrar Lorenzo D'Angelis, junto de sua esposa, mesmo que de cabeça baixa, totalmente submissa ao marido, os dois estavam sorridentes, quando ofereceram a passagem para os Bertinelli. 

― Leonel, Ettore, sejam bem-vindos, espero que aproveitem.  

Foi Lorenzo que falou, ponderando as palavras, enquanto parecia pensar no que falar, escondendo a satisfação que brilhava nos olhos de quem acabava de receber um prêmio da loteria.  

Entraram na mansão e se acomodaram na enorme sala. Os móveis rústicos, cobertos por jarros com flores. O aroma enjoativo era sentido em toda a extensão da sala, ao mesmo tempo em que era colocado estrategicamente soava exagerado.  

Fora os pais da noiva e os homens Bertinelli, o filho mais velho do casal D'Angelis também estava presente. Pietro, o rapaz que emanava frustração. 

Uma empregada surgiu, com uma bandeja em mãos, passou servindo aos homens uísque e a mulher um suco.  

― Sem cerimônias, Lorenzo. Isso é apenas um jantar, não se preocupe em fazer coisas extravagantes e exageradas. Não ainda. 

O Bertinelli mais velho disse, ao saborear o uísque. O homem era mais prático, mesmo que adorasse o luxo sabia que aquele não era o momento de coisas grandes. 

― Não é sempre que casamos nossa filha com alguém como o seu filho. Devemos saber, ao menos, recebê-los. 

Mais uma vez Ettore notou a satisfação presente na voz do homem, a entonação alegre de quem o via como um passaporte para ter status.  

― E quanto a Pietro? Já é tempo de casar-se também, não, garoto? 

Enquanto saboreava da bebida mais uma vez, o pai se dirigiu ao homem que estava alheio a conversa, mas todos deveriam concordar que: ele daria um ótimo vigia, com certeza é um observador. 

― Sim, meu pai já providenciou. Por pouco não vai haver um casamento duplo, senhor.

Como se aquilo realmente fosse uma oportunidade. 

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now