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𝙷𝙴𝙻𝙴𝙽𝙰

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𝙷𝙴𝙻𝙴𝙽𝙰

As coisas ainda estavam confusas, mas Helena não as chamariam de ruim, mas isso não quer dizer que não poderiam ser chamadas de estranhas. Ainda tinha a cena de seu irmão e sua mãe na cabeça, mesmo que já tenham se passado dias. 

Nunca achou que seria daquele jeito que tudo iria acontecer, que desde o casamento tudo iria mudar e ainda mais tragicamente desde que tinha descoberto sobre a sua gravidez. 

Tudo estava de cabeça para baixo. 

Ainda não conseguia se sentir relaxada, mesmo que seu marido continuasse a afirmar que tudo estava bem, tinha algo que dizia lá no fundo que não estava. Que era uma falsa paz, que os tempos ainda estavam difíceis.  

Helena acordou cedo demais, ainda nem tinha amanhecido. Passou o tempo refletindo, pensando em coisas que poderiam acontecer, algo que pudesse justificar a sua inquietude.  

Ela se levantou, calçou as pantufas felpudas e saiu do quarto, caminhando até a porta ao lado. O quarto de sua garotinha, onde logo teria a sua bebê. Tudo estava tão bonito, cores claras e simples, tudo em tom pastel.  

O berço bem no centro do quarto, um mosquiteiro ao seu redor e um tapete felpudo abaixo dele. O trocador ao canto, uma poltrona confortável e uma parede inteira de vidro, naquela hora ela estava fechada, Helena se aproximou e abriu, deixando os tímidos raios de sol entrar no quarto de sua menina. 

Tinha uma pequena estante também no quarto, Helena caminhou até lá e passou a ponta do dedo pela lombar dos livros, lendo os títulos, eram finitos contos de fadas, tudo organizado por cor. Helena sorriu imaginando seu marido gritando com alguém para que não faltasse nenhuma princesa ali. 

― Tudo está indo tão bem, meu amor. ― Helena sussurrou enquanto acariciava o seu ventre. ― Isso me dá medo. Medo que seja só uma fase. Eu sei que o papai também está com medo, mesmo que ele não diga, eu sinto que sim, e se ele está com medo como eu posso ficar tranquila, bolinha? 

Ela balançou a cabeça em negação, não deveria contar aquilo para a menina, não deveria ser negativa. 

― Desculpe a mamãe. ― Ela rapidamente quis se redimir. ― Pode ser só besteira ou um aviso que eu deveria fazer as coisas diferentes.  

Helena sentiu quando bolinha começou a se mexer, estava começando a ser um incomodo. Sentia dores nas suas costelas toda vez que a menina começava a sua movimentação. 

― Eu acho que está certa. Eu tenho que fazer as coisas diferentes, por mim e por você. Sem brigas. ― Um sorriso largo apareceu em seus lábios com a ideia que iluminava os seus pensamentos.  

A Bertinelli saiu do quarto da filha e voltou para o seu, se surpreendeu em encontrar o marido dormindo ainda, então para não acordar Ettore ele fez tudo na ponta do pé. Do closet para o banheiro, trocando a camisola por um vestido mais formal. 

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now