5. Não toque no alecrim, maldito!

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Pois é, eu sumi.
Na verdade, esqueci de postar.
Minhas aulas do mestrado começaram, então me restam apenas algumas horas pra escrever e corrigir as coisas. Por favor, quem estiver lendo, tenha paciência comigo. Obrigada.

Boa leitura! :)

A lembrança vívida de Jinah acompanha Jeon Junsoo desde o amanhecer

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A lembrança vívida de Jinah acompanha Jeon Junsoo desde o amanhecer.

Ele se levanta um pouco desanimado, sentindo que o mundo não é tão bom sem ela. Há toda a falta habitando os cantos do casarão, como aranhas domésticas, que nunca desaparecem por muito tempo. No entanto, a ausência é mais vívida no meio, no coração da casa: a sala de estar.

Isso porque Jinah adorava reuniões familiares e encontros de amigos. Ela tinha o hábito de movimentar as coisas, então a sala de estar raramente ficava sem uso por um dia inteiro. Tudo bem que se fala muito sobre a cozinha ser o cômodo mais importante, porém a Jeon nunca foi de passar tanto tempo cozinhando; até por isso contratou a senhora Lee e outras pessoas, para cuidarem do que não era de seu interesse pessoal.

De fato, Jinah era uma amante do convívio familiar e de suas plantas, sem deixar de desempenhar outras funções com louvor. Junsoo a viu ser uma excelente mãe, uma amiga incrível, uma madrinha carinhosa, uma dona de casa primorosa, além de uma profissional competente e apaixonada. E por falar em paixão, é claro que foi também uma esposa devotada e amável.

O Jeon sabe que sua vida não acabou por ter ficado viúvo, nem mesmo por ter perdido a melhor amiga, e que todas as pessoas que conhece, e que ainda estão vivas, têm o potencial de ajudá-lo a seguir em frente e ser feliz. No entanto, teme que leve muito tempo para isso acontecer.

Ainda cabisbaixo, ele se encontra com os mais novos para o café da manhã.

Mais calado que de costume, observa o filho durante toda refeição e assim, capta os olhares irritados que Jungkook lança sobre Jimin.

Há uns anos, isso era o mais absoluto oposto. O pai se lembra muito bem e lamenta a atualização indesejada.

Jungkook sempre foi quase um de Jimin. Vivia pela fazenda atrás do garotinho bochechudo e fofo. Quando Park vinha para Golden Tokki nas férias, Jungkook não existia para os outros; era apenas Jimin e ele o tempo todo, juntos, mesmo que interagissem com as outras crianças também.

O "grude" era tanto, que às vezes Jinah chamava a dupla de "J.J.", quando ia buscá-los para uma refeição, interrompendo as peripécias. Ela brincava que os dois eram quase um; até porque frequentemente Jungkook era visto de mãos dadas ou abraçado com o garotinho mais velho, porém menor em estatura.

Junsoo sente uma falta imensa dessa época, não apenas pela falecida esposa, mas também por essa amizade que enchia os olhos dos adultos e preenchia os dias dos garotos com felicidade.

Agora, todos parecem um pouco infelizes.

Com esse desgosto incomodando seu âmago, e como um adolescente que maquina planos travessos para juntar pais separados, o Jeon mais velho estreita o olhar para os jovens e pensa em algo, amadurecendo a ideia enquanto mastiga com calma um pão com ovo.

Alecrim dourado • JikookWhere stories live. Discover now