Jungkook ama morar no campo e se preparou por muito tempo para cuidar da fazenda de seu pai. Como filho único, acostumou-se com as expectativas de todos, então faz questão de jamais decepcionar.
Jimin volta para a fazenda depois de anos, para se cur...
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Jungkook está no céu.
Há uma harpa tocando ao fundo.
Fios dourados entre seus dedos.
Anos de tantas coisas resumidas em um beijo.
Um beijo que ele não evita, não disfarça, não economiza.
Jimin sente que ficará com marcas na cintura e o couro cabeludo dolorido, mas não considera isso relevante no momento. Ele não se importa. Não o desagrada.
Jungkook o beija de volta com tanta vontade, que deixa claro o quanto quis isso durante muito tempo.
E Park simplesmente adora aquele beijo. Ele curte muito, aproveita e sente o corpo inteiro se encher de calor. Há fogo. Há uma enxurrada de vida preenchendo suas veias com toda a sorte de substâncias do prazer.
Jeon se vê imerso na nuvem de sensações que seu corpo proporciona e no cheiro de Jimin atordoando seus sentidos como uma droga.
É um feitiço.
E é tão doce... Tanto o beijo, quanto o cheiro e o próprio Park, que desliza os dedos pequenos suavemente na bochecha do maior, demonstrando com isso todo o cuidado com esse momento efêmero, assim como o carinho que sente.
Eles escutam o barulho da chuva, sentem o perfume um do outro misturados com o cheiro de terra molhada. Ventos frios entram pela pequena janela à direita, enquanto Jungkook abraça Jimin e o faz sentir protegido das intempéries externas.
Os dois parecem voar juntos numa bolha, imersos em particulares sensações, sem vontade alguma de parar, entretanto caem com extrema força — e provavelmente batem a cabeça — quando Yihwa entra ali e obviamente testemunha o beijo intenso.
Como chega desprevenida, ela causa ruídos, portanto não é capaz de sair de fininho e fingir que nunca esteve ali.
Quando Jungkook larga Jimin de supetão, ambos sentem que isso é errado. Não deveria ser assim. Não deviam se separar desse jeito tão insensível e brusco.
No entanto, nenhum dos dois corrige isso.
A brisa, agora suave, corre tranquilamente pelo ambiente e causa os únicos sons que se pode ouvir, pois os três ficam num silêncio constrangedor, controlando até mesmo as respirações.
O choque estampado no rosto de Yihwa é inegável, e isso não passa despercebido aos olhos de Jungkook.
O impacto que a Choi demonstra é porque aqueles dois vivem em pé de guerra, então quem poderia imaginar que acabariam assim?
Apesar de que ela sabe muito bem dos sentimentos do Park.
No entanto, e Jungkook?
Será que sente o mesmo e não admite?
Parece que sim.
— Foi mal... — ela se preocupa por ter atrapalhado e balança as mãos, como quem precisa se desculpar com urgência, então anda de costas para a saída, enquanto continua a falar. — Desculpa mesmo, gente. Finjam que não vi nada e podem continuar! Eu nunca estive aqui!
