Bônus: O amor cura onde dói

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Seul, 2021

Eram tempos difíceis para o recente casal de lúpus. Jungkook e Taehyung enfrentavam tormentas em seu relacionamento de um ano.

O motivo se dá pelo passado.

Eles juraram estarem juntos no que der e vier, mas é difícil quando se ainda tem inseguranças de um passado cheio de tormentos e guerras internas.

Taehyung e Jungkook viviam tranquilamente, ainda não haviam se marcado, porque mesmo que fossem destinados um ao outro, ainda pensavam que era cedo demais para tal. E realmente não havia necessidade, pois tinham a marca do destino, não havia escapatória para eles nem se quisessem.

Entretanto, nossa mente é nossa maior inimiga e ela sempre tende a nos pregar peças, lançando palavras contrárias do que pensamos, ainda mais quando se temos traumas passados.

Traumas nunca são esquecidos, apenas são guardados no fundo de nossa cabeça e aprendemos a conviver com eles, algumas vezes levamos isso como uma experiência, uma lição da vida, porém ainda dói mesmo assim.

Taehyung e Jungkook tinham um ao outro, mas também tinham medo.

Medo de dar errado algo que sequer começou direito, medo de sofrerem como já sofreram antes, medo de serem a dor um do outro. De saber que pode dar certo ao mesmo tempo que pode dar errado, eles tinham medo de ficarem sozinhos novamente.

A insegurança é um dos piores medos que podemos sentir. É a angústia de pensar que podemos ser deixados por alguém que amamos a qualquer momento, ela é um reflexo de traumas gerados do passado que nos fazem acreditar que qualquer um vai vir, transformar nossa vida e ir embora sem explicação.

Taehyung e Jungkook estavam inseguros, por mais que não falassem um para o outro, por mais que já estivessem marcados pelo destino, não conseguiam se livrar da maldição da insegurança.

O ômega sabia que o alfa era alguém cobiçado por diversas pessoas, via os olhares de desejo dos demais, e por isso ele ficava inseguro. Ele tinha medo de que Jungkook o deixasse que nem já lhe ocorreu outra vez. Sabia que o namorado era alguém de caráter, mas uma vozinha chata e irritante insistia em dizer palavras de más intenções em sua cabeça. Taehyung tinha ciúmes de outros ômegas e betas, confiava em Jungkook, mas não confiava o suficiente em si mesmo para que não fosse deixado a qualquer momento.

Jungkook sentia o mesmo por Taehyung. O ciúmes, o medo, a insegurança. Seu ômega era alguém muito bonito com aquele rosto simétrico, lábios rosados, cabelos vermelhos e brilhosos, um corpo majestosamente perfeito com a tão sonhada linha S nas costas. Por céus! Taehyung poderia ser considerado um semideus de tamanha beleza. 

Eram novos nessa coisa de amor, por isso a fragilidade e os recentes medos de saber se vai dar certo ou não.

[...]

Era sexta feira, Taehyung estava em uma comemoração dos funcionários do mercado. O trabalhador do mês fora eleito e para comemorar, chamou todos os amigos para um bar da cidade.

Neste momento, Taehyung dava pequenos goles em sua bebida, não querendo realmente toma-la ou sequer estar ali. Seu corpo poderia estar lá, mas sua mente estava longe.

Jimin percebendo o quanto o amigo estava viajando no próprio mundo, foi para perto deste, percebendo que algo estava errado com ele.

— Hey, Tae, o que houve? — neste um ano que se passou, Jimin se focou na faculdade e no trabalho, pretendia viajar no final do ano e por isso estava guardando uma boa quantia, entretanto, mesmo depois dar dor da perca do irmão e de estar focado nos estudos, nunca deixou de dar atenção para o melhor amigo. Os dois eram unha e carne, nada nunca iria mudar isso.

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