A Marca

Novas lembranças

Depois de muita insistência das velhinhas para que ficassem, Jungkook e Taehyung finalmente conseguiram ir embora, já eram por volta das três da tarde, eles provavelmente chegariam em Seul por volta das seis horas. Yongsun pediu-lhes que voltassem com mais frequência, porque a visita deles foi maravilhosa, ambos prometeram voltar e Taehyung disse que os encontraria novamente para devolver o diário (embora Yerim insistisse que não precisava).

— Elas são muito gentis — Jungkook pega os capacetes em cima de sua moto, entregando um para Taehyung.

— São mesmo, adorei conhecê-las — Taehyung ficou parado enquanto segurava o capacete, sem colocá-lo em sua cabeça ainda.

— Tudo bem? Você ficou meio avoado o resto do dia — Jungkook que já estava sentado em sua moto comentou a respeito do ômega, sabia que aquela história era demais para ele, porém, eles deveriam aceitar esse fato querendo ou não.

— Estou bem, na verdade, nunca me senti tão bem — Taehyung o responde — pela primeira vez na minha vida, sinto que está tudo correndo bem, o que chega a ser estranho — solta uma risada abafada — obrigado, Jungkook. — ele agradece e o outro não entende nada.

— Pelo que? — Seu rosto demonstrava sua confusão.

— Por ter me salvado no beco, por ter me livrado de ter sido atropelado, e o mais importante, por me salvar de mim mesmo — ditou e Jungkook ficou ainda mais confuso. — Se não fosse por você, eu não teria nenhuma resposta sobre o passado e tudo o que passei antes de você iriam me assombrar pelo resto da minha vida, mas você chegou e mudou tudo isso. Agora entendo que tudo o que aconteceu foi uma consequência por termos sido teimosos e lutado contra nosso destino, porém, o próprio fez questão de fazer nós nos encontrarmos nos piores momentos de nossa vida.

— Entendo o que você quer dizer agora — Jungkook começa a expressar seus sentimentos — sinceramente, sinto que o mesmo aconteceu comigo, porque no meu mais profundo consigo sentir que te contar tudo o que me ocorreu, tirou um peso enorme das minhas costas. Desde peguei sua mão, era como se tudo o que vivi não existisse mais e agora tivesse apenas nós dois, meu lobo ficou calmo e eu me senti confortável ao seu lado, então, obrigado também! Tae. 

Os dois fixam seus olhos no outro, não teve aquele brilho diferente de quando se encontraram, pois, ali não eram seus lobos falando, e sim eles mesmos. Os globos oculares de tons castanhos transmitiam seus mais sinceros sentimentos de agradecimento. Ambos estavam se apaixonando um pelo outro sem nem perceber.

— Você precisa chegar cedo em casa? — Taehyung perguntou indo em direção à garupa da moto.

— Pode se dizer que sou livre, meus pais nunca estão em casa, então moro mais sozinho do que com eles — Jungkook fala seu lado.

— Então quero que pare em um lugar para mim — Taehyung colocou seu capacete, Jungkook fez o mesmo, já prestes a acelerar a moto.

Os dois seguiram o caminho que Taehyung indicou, estava prestes a dar cinco horas da tarde quando chegaram no destino que queriam.

— Você por acaso pretende me matar e jogar meu corpo por aí? — Jungkook pergunta ao descer de sua moto, juntamente ao outro.

O lugar em que eles foram era como se fosse uma gruta, havia apenas mato em volta e um caminho de terra para o outro lado do morro. Se fosse de noite, ali seria o cenário perfeito para um filme de terror.

— Prometo que não — o ômega diz rindo — esconda sua moto aqui atrás das plantas, sei que você é rico então perder uma motocicleta não teria tanto valor para você, mas eu não quero voltar para casa de a pé — Taehyung expressa seu deboche e ironia.