10. FEITOS PARA SOFRER

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Limpei o rosto quando vi Maggie se aproximar, a mulher se sentou ao meu lado e sorriu.
- Você está bem Hope? - Perguntou com a sua voz doce, e então eu também sorri.

- Vou ficar! Não gosto de despedidas, sou emotiva com essas coisas!
- Falei com sinceridade.

- Eles vão vir atrás de nós, até chegarem tudo já vai estar quase pronto.
- Segurou meu ombro.

- Eu sei, vou sentir saudade daquela bebê!
- Brinquei enquanto a olhava.

- Eu também! De todos eles!
Rick é um bom homem, ele vai trazer todos em segurança, e vamos voltar a ser uma família, bem vinda, você faz parte dela agora!
- Me abraçou e eu retribui o gesto, Maggie era doce e gentil, era muito fácil e agradável tê-la por perto.

- Talvez já estejam atrás da gente, talvez o Daryl e a Carol já tenham voltado, podem ter pegado o mapa, achado uns carros e ja estão na estrada.
- Gleen se aproximou e quebrou o silêncio, sorri para o coreano, agora eu simpatizava com o homem bem mais doque antes.

Concordei enquanto olhava a estrada.
- É, talvez já estejam!

Tara havia questionado Eugene sobre o porque o homem não cortava o cabelo, perguntando se seria essa a sua fonte de poder, acabei me distraindo com a conversa deles, pela primeira vez deis de que me despedi me senti leve novamente, estávamos indo embora, e eu tinha que aceitar isso!
- Ele não corta, nem tente chegar perto desse cabelo, sério o próprio fim do mundo!
- Avisei fazendo todos soltarem uma gargalhada.

- Quanto tempo vai levar? Depois de chegar naquele terminal e fazer oque tem que fazer?
Maggie se virou para encarar o homem, ela queria saber sobre a cura, mas como eu bem sabia, Eugene jamais revelaria nada, ele guardava essas respostas dentro de si como se fossem a sua própria vida.

- Depende de vários fatores, incluindo os níveis de infecção nos locais alvos ao redor do mundo! - Respondi antes do homem, afinal eu já havia decorado toda a sua fala a está altura do campeonato.

- Espera aí, locais alvos? Está falando de mísseis?
- O coreano perguntou assustado enquanto alternava o olhar de mim para Eugene.

- Isso é confidencial!
- Eugene me olhou e eu assenti.

- Já falamos sobre isso, poxa.
- Gleen continuou.

- E se todos sobrevivermos? Pode ser que os segredos importem, enfim, o tempo das coisas normalizarem depende de vários fatores incluindo, padrões de clima ao redor do mundo que foram modelados sem considerar que carros, aviões, navios e trens, não estariam mais jogando Hidrocarboneto na atmosfera por um bom tempo. Tudo muda quando se trata de patógenos transmissíveis pelo ar.
- Falei enquanto revirava os olhos, eu já havia decorado as falas do Eugene, e sabia que ele estava cansado de sempre ter que falar quando encontrava alguém, então eu mesma fazia este trabalho por ele. Eugene era tipo nosso patrão, nós trabalhávamos para ele, nós o defendemos e até éramos capaz de dar a vida por ele, o homem era importante demais.

- Você entende alguma coisa doque esta falando Hope?
- Maggie questionou enquanto me olhava e eu soltei uma gargalhada.

- Exatamente nada, mas deve significar alguma coisa!
Todos no ônibus riram alto, inclusive Eugene oque era coisa rara.

- E porque esse cabelo?
- Gleen questionou o homem mais uma vez, e Eugene fez o riso morrer na mesma hora.

- Porque eu gosto, e ninguém vai mexer nele, que fique claro! Tá ouvindo senhorita Espinosa?
Eugene respondeu com aquela voz de bebê de sempre.

- Alto e Claro!
A mulher falou enquanto batia continência.

- O cara mais inteligente que o Eugene conheceu gostava do cabelo dele, o tenente chefe, o diretor do projeto genoma humano.
- Falei enquanto fazia uma careta divertida, eu já estava cansada dessa história, mas conta-la para alguém que não fosse Rosita e Abraham até que era legal.

THE HOPE • Rick GrimesWhere stories live. Discover now