01. HUMANO

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Oi tudo bem? Me chamo Lary, e fico muito feliz que você esteja começando a acompanhar essa história, seja muito bem vindo a essa aventura.
Cada Capítulo desta Fanfic terá uma música tema, por isso não adicionei playlist rsrsrs Espero que vocês gostem e me dêem biscoitos porque eu adoro ser bajulada🤦😂

Bom, a música tema deste capítulo, é * Human/ Rag'n Bone Man.
Que é uma música que eu gosto bastante e tem uma letra bem forte.
O Capítulo de hoje é narrado pela Hope, sempre será narrado por ela, ou pelo Rick, espero que gostem❤️
Bom é isso, em breve eu volto com Capítulo novo , beijinhos e até mais.

***

🎼Algumas pessoas têm problemas reais, algumas pessoas sem sorte, algumas pessoas pensam que eu posso resolvê-los , Deus do céu, eu sou apenas um humano, apenas um humano, afinal.
Não coloque a culpa em mim.

* Human/ Canção de: Rag'n Bone Man.

Hope|Alisson

Era como se tudo naquele lugar berrasse para mim dizendo que eu não devia estar ali, o dia estava gelado e as pessoas pálidas e assustadas, um alvoroço anunciava o fim dos tempos, e os rostos viravam borrões enquanto as pessoas gritavam e choravam num constante vaivém, acotovelando e esbarrando umas nas outras. Passei espremida pela multidão de carros e pessoas, todos querendo sair de Atlanta, lá não era mais seguro, quer dizer, eu não sabia se havia lugar no mundo que parecesse seguro, não mais...
Naquela tarde eu estava preocupada em conseguir chegar ao banco para sacar o máximo de dinheiro possível, mal sabia eu que o papel não valeria coisa alguma.
- Uma água por favor.
- Berrei para o vendedor ambulante, mas ele não pareceu ouvir, vi algumas pessoas gesticulando para se comunicar em meio a tanto barulho e resolvi fazer o mesmo, o homem praticamente riu da minha cara quando me viu balançar a nota de cem dólares na mão, acabei me arrependendo de não ter saqueado os mercados a alguns metros atrás como as outras pessoas haviam feito, naquela hora eu acabei entendendo que ninguém era mais dono de nada, nunca mais seria, água, alimentos e todas as outras coisas agora seriam mais valiosas doque o próprio ouro, desapontada voltei para a van, pelo menos eu tinha carona, não era grande coisa mas era melhor do que ficar parada na rua correndo risco de ser devorada viva.

- O mundo acabou, Fim.

Respirei fundo e fechei o livro, eu que sempre soube oque escrever, eu que vendi quatro livros de sucesso mundial agora não tinha mais nada para contar, não haviam mais leitores, não havia editora, não havia mais inspiração, o mundo havia se tornado assustador demais, e escrever romances parecia uma piada de mal gosto, afinal oque eu contaria?

- A história de quando meu pai mordeu a minha mãe, e então depois de morta ela reviveu?
Talvez se eu soubesse escrever contos de terror eu faria sucesso, ou talvez não, já que as pessoas estão mais preocupadas em sobreviver, ninguém mais tem tempo para ler livros, as histórias não são mais importantes, a única coisa que as pessoas fazem com os livros agora é usá-los para acender uma fogueira, ou nos últimos casos, manter a higiene pessoal, fico imaginando que talvez neste exato momento alguém esteja limpando o traseiro com algum dos meus exemplares, talvez essa pessoa tenha até lido o meu nome em voz alta, autor: Hope Alisson, romancista, mais de um milhão de cópias vendidas. Oh legal demorei dois anos para terminar minha obra para no fim ela servir de papel higiênico, vejam como meu sucesso acabou em merda.

O fim do mundo não é como nos filmes e séries em que eu assistia, não tem emoção nenhuma, ainda mais porque eu não tenho a força da mulher maravilha, nem a coragem da Otávia Black de The 100, muito menos tenho as habilidades de médico dos personagens de Grey's Anatomy, e qualquer machucado nestes tempos podem ter consequências terríveis, não existe mais hospitais, mesas de cirurgia e anestesia, bem dizendo, não existe mais nada. Eu não posso mais me sentar no meu restaurante favorito nem pedir uma taça de vinho e um petisco, porque agora eu sou um petisco ambulante e qualquer descuido, posso virar a refeição principal.

THE HOPE • Rick GrimesWhere stories live. Discover now