Leia o último livro da série "Homens da Máfia."
O misterioso e criterioso Eric Ferrari conheceu o mundo do crime muito cedo jurando lealdade eterna à família Velásquez, decidido a viver para o seu juramento ele não pensa duas vezes ao ser enviado em...
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12
ROSE
Respirei profundamente caminhando até a minha bolsa sobre o sofá quando o meu celular tocou, mal eram 6 horas da manhã e já havia mais de 30 ligações da Cloe, mas eu não estava pronta para aquela conversa, não depois do meu desagradável confronto com o Eric ainda naquela manhã. Desliguei o celular caminhando de volta ao quarto, só precisava de um dia de sono e quem sabe quando eu acordasse as coisas não estariam mais tragáveis.
Joguei-me na cama pegando no sono quase que instantaneamente, despertei algumas horas depois sentindo a cama fria e vazia ao meu lado, um nó se formando na minha garganta. Era impossível não lembrar do Aitor deitado ao meu lado com seus olhos verdes sonolentos e aquele sorriso amplo que ele me dava todas as manhãs.
Ainda não podia acreditar que fui enganada por todo aquele tempo, o jeito que ele me olhava era com amor, eu tinha certeza disso, os dois anos mais felizes da minha vida não podiam ser uma mentira. Ele nunca teve medo de confessar seu amor por mim, sempre foi um perfeito cavalheiro, fez todas as minhas vontades, amou-me na praia e disse que estava pronto para ser pai. Não podia ser tudo uma mentira! As lágrimas deslizaram no meu rosto me lembrando que eu nunca mais o veria, nunca mais sentiria seus toques, beijos, carinho e morreria sem saber se um dia ele realmente me amou ou só fingiu.
Deus, o que eu fiz para merecer isso?
Você precisa trocar essas cobertas, Rose.
Meus pensamentos me incentivaram, mas na verdade eu precisava sair daquele apartamento, tudo ali o lembrava, foi escolha dele morar naquela parte da cidade, a compra do imóvel foi uma surpresa, mas tudo fazia parte do seu medíocre e maligno plano. O visitante indesejado tocou a campainha com mais afinco seguido de batidas na porta e respirei fundo ficando de pé, caminhando até a sala de pés descalços. Só percebi naquele momento que não havia mais caco de vidro no chão.
Eric, seu maldito!
Abri a porta endurecendo imediatamente, Cloe me esperava à porta com uma expressão assustada que deu lugar ao alívio quando me viu. Ela passou por mim feito um furacão, invadindo o meu apartamento e permaneci no mesmo lugar, em frente à porta. Respirei profundamente buscando meu autocontrole, com a raiva que eu estava corria o risco de machucá-la e isso era a última coisa que eu queria.
— Finalmente! — Ela levantou as mãos no ar. — Você sabe quantas vezes te liguei?
Fechei a porta devagar segurando a maçaneta com força e me virei a encarando.
— Você está bem? — Lá estavam aqueles olhos arregalados de novo que demonstravam uma preocupação que não me valia de nada. — Rose? — Ela deu um passo à frente e estendi a mão a impedindo, Cloe parou com os braços no ar olhando para os lados, procurando o motivo da minha estranheza. — Rose, fiquei preocupada e...
