PRÓLOGO

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Porque isso é sujo, garota (uh-huh)
Está vendo estas correntes, garota, eu sou seu escravo (uh-huh)
Eu deixo você me chicotear se eu me comportar mal (uh-huh)
É que ninguém me faz sentir assim (uh-huh)

Porque isso é sujo, garota (uh-huh)Está vendo estas correntes, garota, eu sou seu escravo (uh-huh)Eu deixo você me chicotear se eu me comportar mal (uh-huh)É que ninguém me faz sentir assim (uh-huh)

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PRÓLOGO

ERIC

ALGUNS ANOS ATRÁS

Apertei a minha mão com força ao lado do corpo vendo Enzo Velásquez caminhar na minha direção, eu o tinha como um pai e desde o primeiro momento que o conheci o respeitei, afinal, ele era o meu chefe, não só meu, mas também do meu pai e dos muitos homens daquela organização. Era uma honra estar na sua presença, sentar à sua mesa e ser amigo do seu único filho, mas a expressão fria e sombria de Enzo Velásquez enquanto ele se aproximava deixou claro que havia algo de errado. Meu pai não aparecia em casa há três dias e minha mãe me pediu para encontrar com Enzo para descobrir o que estava acontecendo. Um consigliere não sumia assim do dia para noite sem deixar vestígios, sem conta que o Meu pai era o braço direito de Enzo Velásquez e seu maior confidente.

— Tudo bem, filho?

Enzo se aproximou de mim puxando o meu pescoço, minha testa tocou em seu peito e permaneci naquela posição por alguns segundos até que ele me soltasse.

Meus olhos caíram sobre Henrico ao lado do seu pai. Regulávamos de idade, eu estava com 18 anos e ele com 19 e erámos amigos desde o primeiro momento que fomos obrigados a assistir o nosso primeiro assassinato juntos, mas diferente de mim, Henrico foi iniciado na organização no momento em que matou Frank Griggio, o assassino da sua irmã mais nova, Nelly.

Olhei dentro dos olhos do meu amigo encontrando algo sombrio nublando suas feições, ele já não era mais o mesmo e o jeito que me encarava fez com que eu engolisse em seco temendo pela minha vida.

— Tudo, senhor — respondi ao Enzo.

Enzo se virou de costas fazendo um sinal para o Henrico, olhei confuso para o meu amigo o assistindo avançar contra mim, não tive tempo de pensar, não quando seu pulso acertou em cheio o meu queixo, enchendo a minha boca de sangue. Mal tive tempo para me recuperar daquele golpe antes que o punho do Henrico me acertasse de novo, dessa vez socando a minha barriga. Imediatamente o ar me faltou, meus sentidos ficaram nublados e só conseguia pensar que precisava reagir antes que fosse morto. Mas como eu podia reagir contra o filho do chefe? No momento em que eu levantasse a minha mão, ela seria arrancada por acertar o rosto bonito de Henrico Velásquez.

— Henrico — adverti levantando uma mão entre a gente, ele a empurrou para o lado avançando de novo.

— Você é um traidor como o seu pai? — ele perguntou e aquele questionamento me pegou de surpresa antes que seu punho se chocasse com o meu rosto de novo. O impacto do golpe foi tão forte que lançou minha cabeça para trás. — Responda, Ferrari, você é um verme como seu pai?

ERIC - DO COMEÇO AO FIM - LIVRO 5Where stories live. Discover now