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Malu 🌙

Acordei no outro dia de seis da manhã, fiquei sentada pensando um pouco na vida e logo me levantei indo ao meu banheiro. Tomei um banho calmo e me vesti, pus uma calça jeans e a blusa do local do trabalho, como estava frio coloquei um casaco por cima, organizei minha bolsa e sai do quarto, sai do meu quarto indo a cozinha tranquila e logo encontrei meus pais sentados na mesa do café, minha mãe era arquiteta e meu pai odontologista, eles se conheceram na faculdade e tal, coisa de velho e puro clichê.

Tomei o café com eles conversando sobre o dia e saí com minha mãe, ela me deixou no trabalho e foi pro dela. O meu dia foi relacionado a aprender aos poucos, conhecer e ir entendendo meu papel. Saí de lá cinco e meia da tarde, fui pra casa de ônibus porque fui criada no luxo, mas já tinha vindo do lixo.

Cheguei em casa e tava tudo calminho, a casa por mais grande que seja, não tinha a faxineira todo dia, minha mãe preferia que ela vinhesse apenas pra limpar uma vez por semana, fora isso minha mãe bancava uma de cozinheira e eu amava a comida dela, o foda é pra uma vagabunda que nem eu que não sabe cozinhar e quando ela não tá em casa, só falta morrer. Minha mãe chegava de cinco ou seis horas da noite, já meu pai saia de cinco e voltava as onze, já que ele trabalhava na emergência.

Peguei meu celular pra pedir comida e vi que tinha mensagem de um número não salvo no meu whats, entrei antes de pedir e vi que não tinha foto, mas tinha um "salva , gatinha." Visualizei vendo a pessoa online e levantei a sobrancelha, perguntando quem é, logo obtive a resposta, "tu me passou o número ontem."

Lembrei do menino da boca e balancei a cabeça, perguntei o nome e ele logo disse, me fazendo lembrar que ele tinha falado ontem. Porém no fim, acabei deixando ele no vácuo e fui chamar os amigos pra vim comer aqui, mas a vivi teve uma ótima ideia de ir lanchar fora com o menino que ela tinha conhecido no baile, eu não recusei e ela falou que ele ainda ia levar um amigo, Bernardo não quis ir porque disse que tava cansado do trampo e tava suave, vivi tava vindo aqui pra casa e eu aproveitei pra tomar um banho rápido, me arrumei e logo a gente chamou um uber.

Vivi: Se o amigo for feio você fica com ele mesmo assim, preciso transar com o bonito.- Falou baixo entrando no uber e eu tossi.

Malu: Quaro ver só, te deixo sozinha ein garota.- Ela riu, batendo na minha coxa.

Fomos pra uma lanchonete na zona sul, toda chique e eu já gostei. Quando chegamos, ficamos na frente e eu fiquei esperando ela falar com o garoto, logo levantou a cabeça e foi me levando, olhei pelo local procurando se tinha alguém conhecido e vi quem eu menos esperava, o tal Guga, menino da boca.

Ele entrou no banheiro e nem me viu, neguei com a cabeça sorrindo de lado e Vivi me apresentou o menino, era gatinho no nível dela e achei legal por momento, olhei de lado pra ela vendo que eu estava sozinha com eles, mas pra minha bela surpresa, o Guga chegou sentando na mesa e me encarando, me fazendo rir.

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