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Guga 💸

Como sempre o plano de fuga tava ativado, era dia de ir pro juiz e era a melhor forma de escapar. Tava fumando um cigarro até o carcerário me chamar, fui tranquilo sem chamar muita atenção e me levaram pro carro, olhei pra um dos policiais entrando e sentando do meu lado, ele pegou o celular e eu me liguei que era um dos meus, que avisou que a gente tava saindo daqui pros meus crias.

Era um caminho longo, questão de 1h pra chegar por lá. Terça de tarde, tinha pouca movimentação pelas ruas e eu tava bem tranquilo por ali, até a ação começar. Vi os carros vindo e o policial do banco de passageiro puxar o freio de mão, olhei sem entender vendo o carro parar e o policial que dirigia questionar apontando a arma, mas o que tava atrás de mim foi mais rápido e atirou nele.

— Eu faço o que você quiser, mas não deixam eles matarem a minha filha, eu te imploro.- Falou nervoso me olhando enquanto pegava a chave pra me soltar.

Guga: Quem te ameaçou? - Olhei pra janela vendo os menor trocando tiro.

— Não sei, sei que pegaram minha filha, sequestraram ela e falaram que se eu não te ajudasse iam matar ela, ela é tudo que eu tenho.- Neguei.

Guga: Fica tranquilo que ela chega em casa sem nenhum arranhão, quando ela voltar, pega tuas coisas e some do rio.- Abrir a porta e sai correndo pelos cantos até chegar em um dos meus.- Bora porra.

Tatu: Tua filha parceiro, tá querendo nascer hoje.- falou me puxando pra dentro do carro.- Sara já tá no hospital.

Guga: Adianta então caralho, mete marcha.- Os moleques foram entrando nos carros e motos e a gente foi saindo, pegando o caminho mais escondido.

Não fui muito de papo com os moleques até chegar no morro, não podia nem pisar no hospital, nem fora no morro na verdade. Cheguei em casa tomei um banho rapidão e kaká bateu aqui na porta, me entregando o celular dele.

Quando olhei, Maria Luíza tava segurando a mão da Sara que tava colocando o bebê pra fora e a Tia da Sara mostrando tudo na chamada. Parceiro, viajei vendo aquelas duas juntas porque sabia a guerra que era, mas no momento nenhuma parecia se importar só até colocar a Rebeca pra fora, logo a Sara soltou a mão da Maria que riu olhando pra ela.

A tia da sara mostrou tudo me fazendo ficar bobo, quando a Maria perguntou quem era e apareceu na câmera, olhei pra ela que fazia careta mas ao me ver abriu um sorriso lindo. Ficou toda emocionada mas logo foi da atenção pro bebê, me deixou de canto fácil.

Guga: E aí, Kaue. Que história é essa de sequestrar filha de polícia? Já falei, não mexe com criança porra.- Falei após ver minha filha e ela desligar.

Kaká: Criança? A nega é uma cavalona po.-Eu ri.- Fiel do Tatu, veio por vontade própria passar uns dias de férias. Tem 18 anos já meu parceiro, tá ligado que eu não mexo com criança, ela até ajudou a te tirar do bagulho fazendo isso.

Guga: Entendi. Da um agrado a ela e manda ela voltar pra casa e falar a história certa ao pai pra nós não sair como errado.- Ele concordou.

Perguntei o que mais tinha rolado em quase um mês, ele me deixou de frente de tudo e eu fui resolver o que tinha, depois fui pra uma resenha com os moleques comemorar, o patrão voltou pô!

Sob Pressão Where stories live. Discover now