38

20.7K 2K 945
                                    

Guga 💸

Tava pensativo, mente tava girando e eu viajando enquanto a Sara cozinhava pra gente, eu tava olhando pro nada e pensando no bagulho de hoje mais cedo.

Lipe sempre agiu assim, desde menor pagava de santo e até hoje paga e pouca gente sabe quem ele é de verdade, porque na boca de geral ele é santo. Mas eu sei quem é o moleque de verdade, sou filho da puta mas alguns bagulhos que ele fez que não chega nem aos pés.

Por isso minha mente pensava na Maria luiza, tava na preocupação com ela porque eu tava envolvido na história de um jeito ou de outro, ele podia muito bem acabar com a vida em dois segundos, como já fez uma vez e não se arrepende. Ele é errado, moleque é tão sujo que mesmo no erro quer cobrar, isso que é foda.

Sara: Não vai comer? - Falou quando me viu pegando a chave da moto.

Guga: Mais tarde, volto já.- Abrir a porta pegando meu celular e liguei pro Kaká.- Irmão, bora na casa da Malu comigo.

Kaká: Fazer o que? Tô terminando de ajeitar os bagulhos aqui.- Escutei voz de mulher no fundo.

Guga: Com quem? - Ele soltou um riso.

Kaká: Vivi, tamo terminando cara.

Guga: O sexo ou de separar a carga? - Ele gargalhou.- Vem menor, aconteceu uns bagulhos aí e o lipe pode querer fazer algum bagulho com ela.

Kaká: O que rolou po? - Mudou o tom de voz.- Dei o endereço do Lipe ainda agora pra ela, achei que ela ia fazer uma surpresa ou algum bagulho, tanto que falei que queria conversar com ela depois.

Guga: Caô Kaká, lipe vai acabar batendo na Maria luiza caralho.- Me alterei subindo na moto.- Desce pra casa dele.

Ele desligou e eu saí voando do morro, fui pra boca do mato, favela que o Lipe morava. Entrei na velocidade pra casa dele e cheguei batendo no portão, escutei uma gritaria e acabei que pulei o muro mermo, bagulho era baixo e eu entrei de boa, abri a porta vendo o Felipe segurando a Maria pelos cabelos, ele me olhou e puxou mais forte.

Guga: Solta ela.- Falei seco e me aproximei puxando o braço dela pra trás, fazendo ela gritar quando ele puxou mais forte.- Bora Felipe, tá viajando caralho?

Lipe: Talarico filho da puta.- Veio pra cima de mim e a Maria andou pra trás, ele tava no ódio e eu comprando um bagulho que nem era meu, era só um sexo e virou um bagulho além.

Devolvi o soco que ele me deu hoje no ódio, tomando de conta do bagulho, aí que ele veio pra cima me xingando de altas paradas e eu só calado, conhecia a peça e se eu abrisse a boca, moleque virava o demônio.

Ratinho: Que caralho é esse? - Escutei a voz de pai e me afastei, só me defendi. Lipe continuou vindo pra cima e só levou um empurrão do senhor Flávio.

Lipe: Teu filho aí, comeu a minha mulher.- Passou a mão na boca que sangrava.

Malu: Tua mulher um caralho, vai se fuder.- Falou alto e eu vi meu pai olhando pra ela, olhei de lado e ela encarou ele cheia de marra.

Ratinho: Alguém falou contigo? Mandou tu abrir a boca? - Ela cruzou os braços e Kaká foi entrando.

Malu: Se eu tô aqui é porque eu tenho envolvimento na história e por conta disso eu tenho muito bem o direito de falar.- Olhei pro meu pai que se aproximou dela e eu só sentir a mão dele subindo.- Tá maluco, vai encostar em mim porra?

Guga: Deixa ela, coroa.- Bati na cintura dele antes dele virar o tapa na cara dela, que segurava a mão dele.

Malu: Mereço tá aqui não, namoral.- Sussurou.- Obrigada, Guga.

Balancei a cabeça e ela deu as costas saindo, vi o braço dela marcado com as mãos do Lipe e o Kaká saiu atrás, meu pai olhou pra nós dois e eu cruzei os braços, me encostando na parede.

Sob Pressão Onde histórias criam vida. Descubra agora